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DIFUSÃO ATÔMICA DEFINIÇÃO: Mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria. Os átomos, em gases, líquidos e sólidos, estão em movimento constante e migram ao longo do tempo. Gases: movimentos atômicos relativamente rápidos; Líquidos: movimentos atômicos mais lentos; Sólidos: movimentos atômicos restritos devido a forças de ligação atômica elevadas e à existência de posições de equilíbrio bem definidas. Contudo, vibrações atômicas de origem térmica permitem movimentos atômicos ainda que limitados. 1 Processos cinéticos em sólidos Muitos processos envolvidos na produção e utilização de materiais de engenharia estão relacionados à velocidade à qual os átomos se movem. Para que as reações ocorram, os átomos reagentes precisam ter energia suficiente para ultrapassar uma barreira de energia de ativação (ΔE*). Figura: Energia das espécies que intervêm na reação, quando passam de reagentes a produtos. 2 Os átomos apenas estão em repouso absoluto a -273oC (zero absoluto). Acima dessa temperatura, começam a vibrar e saem de suas posições originais. À medida que a temperatura aumenta esse movimento atômico torna-se mais intenso. Processos cinéticos em sólidos 3 Processos cinéticos em sólidos À medida que a temperatura do sistema aumenta, o número de moléculas (ou átomos) que atingem o estado ativado será cada vez maior. ������������� ∝ � � �∗�� �∙�� Energia média das moléculas Energia ativado de energia Temperatura em Kelvin Constante de Boltzmann 1,38 × 10��� � á���� ∙ �� Probabilidade de se encontrar um átomo/molécula no estado ativado de energia (E*) Reações de Boltzmann 4 Processos cinéticos em sólidos Fração de átomos ou moléculas no sistema com energia superior a E* (onde E* » E) � ������ = � ∙ � ��∗ �∙�� Constante Energia ativado de energia Temperatura em Kelvin Constante de Boltzmann 8,62 × 10�� �� �� Número de átomos/moléculas com energia superior a E* Número total de de átomos/moléculas do sistema Reações de Boltzmann 5 Processos cinéticos em sólidos ���������� �� ���çã� = � ∙ � �� �∙�� Constante Energia de ativação Temperatura em Kelvin Constante dos gases ideais 8,314 � ���∙�� Equação de Arrhenius ln ���������� = ln � − � � ∙ � � = � +� ∙ � Equação da reta Declive da reta 6 Processos cinéticos em sólidos Equação de Arrhenius Figura: Energia das espécies que intervêm na reação, quando passam de reagentes a produtos. Representação do ln da velocidade em função de � �⁄ é uma linha reta cujo declive é − � � 7 DIFUSÃO ATÔMICA IMPORTÂNCIA: PROCESSOS METALÚRGICOS TRATAMENTO SUPERFICIAL DE CEMENTAÇÃO A MAIORIA DAS REAÇÕES EM ESTADO SÓLIDO, FUNDAMENTAIS EM METALURGIA, ENVOLVE MOVIMENTOS ATÔMICOS. 8 • Filtros para purificação de gases • Dopagem de semicondutores • Sinterização • Homogeneização de ligas com segregação • Modificação superficial de peças (cementação, nitretação, carbonitretação) Aplicações práticas DIFUSÃO ATÔMICA 9 DIFUSÃO ATÔMICA Microestrutura interfacial das ligações no estado sólido que ocorrem com o molibdênio (Mo) e o carbeto de silício (SiC) submetidos a uma temperatura de 1700°C e uma pressão de 100 MPa) por uma hora. 10 DIFUSÃO ATÔMICA 11 Difusão Migração em etapas dos átomos de um sítio na rede cristalina para outro sítio na rede cristalina. Perspectiva atômica Condições 1- Deve existir um sítio adjacente vazio 2- Os átomos devem ter energia suficiente para quebrar as ligações com os átomos vizinhos e, então, causar alguma distorção na rede durante o deslocamento. Tal energia é vibracional por natureza (resultante da energia térmica dos átomos). A uma temperatura específica uma pequena fração do número total de átomos é capaz de desenvolver um movimento por difusão, em virtude das suas energias vibracionais. Essa fração aumenta com o aumento da temperatura. DIFUSÃO ATÔMICA MECANISMOS DE DIFUSÃO Em redes cristalinas existem três mecanismos de difusão atômica: 1) autodifusão; 2) substitucional ou por lacunas (vazios), 3) intersticial. 12 DIFUSÃO ATÔMICA • Nas redes cristalinas, os vazios em metais e ligas são defeitos de equilíbrio e estão sempre presentes, permitindo o movimento atômicos pelo mecanismo substitucional ou por lacunas. • Quanto maior a temperatura do metal, maior o número de lacunas presentes e maior a energia térmica disponível. Logo, a velocidade de difusão é maior a temperaturas mais elevadas. • A velocidade de difusão é afetada pelas diferenças de tamanho atômico e de energias de ligação entre os átomos. • Por outro lado, metais com temperaturas de fusão mais elevadas têm tendência a ter maiores energias de ligação entre os átomos (energia de ativação para mover a lacuna também aumenta). 13 DIFUSÃO ATÔMICA MECANISMO DE AUTODIFUSÃO Tabela: Energias de ativação para a autodifusão de alguns metais puros. Ocorre em metais puros. 14 DIFUSÃO ATÔMICA MECANISMO DE DIFUSÃO SUBSTITUCIONAL 15 Antes do aquecimento Perfil de Concentração Cu C on ce nt ra çã o de N i, C u (% ) Representação das posições atômicas C on ce nt ra çã o de N i, C u (% ) Depois do aquecimento Solução sólida Cu-Ni Cu Perfil de Concentração Par de Difusão: constituido de duas barras de metais diferentes (ex. Cu e Ni), colocadas de tal forma que exista contato íntimo entre as duas faces. DIFUSÃO ATÔMICA MECANISMO DE DIFUSÃO SUBSTITUCIONAL 16 DIFUSÃO ATÔMICA MECANISMO DE DIFUSÃO INTERSTICIAL • Em materiais cristalinos ocorre difusão intersticial quando os átomos se movem de um interstício para outro vizinho, sem provocarem deslocamentos permanentes dos átomos da rede cristalina da matriz. • Para que ocorra é necessário que os átomos que se difundem sejam relativamente pequenos quando comparados com os átomos da matriz. • Contudo, na difusão intersticial do carbono no ferro, especificamente, os átomos de carbono são comprimidos entre a matriz atômica do ferro. 17 DIFUSÃO ATÔMICA 18 Difusão intersticial Envolve átomos que migram de uma posição intersticial para outra posição intersticial vizinha que se encontra vazia. Este mecanismo é encontrado na interdifusão de átomos de impurezas, tais como: hidrogênio, carbono, nitrogênio e oxigênio, que são pequenos o suficiente para se encaixar no interior das posições intersticiais. DIFUSÃO ATÔMICA 19 Não há a necessidade de existir lacunas vizinhas. Os átomos hospedeiros ou de impurezas substitucionais raramente formam intersticiais, e assim normalmente não se difundem de acordo com este mecanismo. Na maioria das ligas metálicas, a difusão intersticial ocorre muito mais rápido do que a difusão por lacunas, uma vez que os átomos intersticiais são menores do que os átomos substitucionais, o que facilita a sua movilidade. Além disso, há mais posições intersticiais que vacâncias na rede, logo, a probabilidade de movimento intersticial é maior que a difusão de vacâncias (difusão substitucional). Difusão atômica intersticial Considerações gerais DIFUSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO Difusão é um processo dependente do tempo. Define-se FLUXO DE DIFUSÃO (J) como a massa que se difunde através de, e perpendicularmente a, uma área unitária de um sólido por unidade de tempo, ou seja: Onde “A” denota a área da seção transversa através da qual ocorre a difusão, e “t” é o tempo de difusão transcorrido. Se o fluxo de difusão não muda com o tempo, temos DIFUSÃO ESTACIONÁRIA (ex.: difusão de átomos de um gás através de uma placa de metal cujaconcentração - ou pressão - é mantida constante em ambas as superfícies da placa. DIFUSÃO ATÔMICA 20 DIFUSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO DIFUSÃO ATÔMICA Figura: Difusão em regime estacionário de átomos num gradiente de concentração. Um exemplo é a difusão do hidrogênio gasoso por meio de uma folha de paládio metálico. 21 DIFUSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO DIFUSÃO ATÔMICA Figura: Difusão em regime estacionário de átomos num gradiente de concentração. Um exemplo é a difusão do hidrogênio gasoso por meio de uma folha de paládio metálico. Quando a concentração C é plotada contra a distância dentro do sólido, x, a curva resultante é denominada PERFIL DE CONCENTRAÇÃO. A inclinação em um ponto qualquer da curva é denominada GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO. 22 DIFUSÃO ATÔMICA GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO 1ª LEI DE FICK Estabelece o fluxo global de átomos em uma difusão estacionária: onde: J = fluxo ou corrente global de átomos D = difusividade (condutividade atômica) ou coeficiente de difusão; = gradiente de concentração. Usa-se o sinal de menos porque a difusão ocorre das concentrações mais altas para as mais baixas (gradiente de difusão negativo). O gradiente de concentração no interior de um sólido varia ao longo do tempo. Com o aumento do tempo, tem-se uma diminuição da concentração ao longo do sólido. Com isto, a velocidade de difusão diminui (diminui a difusibilidade). 23 Exemplo - cementação Uma placa de ferro está exposta a 700 °C a uma atmosfera carbonetante (rica em carbono) em um dos seus lados e a uma atmosfera descarbonetante (deficiente de carbono) no outro lado. Se a condição de regime estacionário é atingida, calcule o fluxo de carbono através da placa dado que as concentrações de carbono nas posições a 5 e a 10 mm abaixo da superfície carbonetante são 1,2 e 0,8 kg/m3. Considere um coeficiente de difusão equivalente a 3×10-11 m2/s nesta temperatura. 24 Exemplo Cloreto de metileno é um ingrediente comum para remoção de pintas. Além de ser um produto irritante ao organismo, também podeser absorvido pela pele. Quando usado em removedoresdetinta, se faz necessário o uso de luvas protetoras. Se luvas de borracha butílica (0,04 cm de espessura) forem usadas, qual o fluxo de difusão do cloreto de metileno através da luva? Dados: 25 Exemplo - resolução Assumindo um gradiente de concentração linear (difusão estacionária), temos que: 26 DIFUSÃO ATÔMICA COEFICIENTE DE DIFUSÃO A análise estatística de Boltzmann aplicada ao movimento atômico permite estabelecer a intensidade de difusão atômica em materiais. A difusão de um material A (soluto) dentro de um material B (solvente) é representada pelo coeficiente de difusão (D), definido como: Observa-se que o coeficiente de difusão (D) depende da temperatura, aumentando quando a temperatura aumenta. Constante dos gases ideais 8,314 � ���∙�� Coeficiente de difusão Energia de ativação para a difusão Temperatura em Kelvin Constante do sistema soluto/solvente 27 DIFUSÃO ATÔMICA Energia de ativação 28 Qd: a energia de ativação para o processo de difusão (J/mol, cal/mol, ou V/átomo) E ne rg ia Distância Átomo Lacuna A energia de ativação (Qd) é a energia necessária para produzir o movimento de um mol de átomos Uma energia de ativação elevada resulta em um coeficiente de difusão relativamente pequeno DIFUSÃO ATÔMICA Relação linear entre a temperatura e o coeficiente de difusão 29 RT Q DD dexp0 TR Q DD d 1 3,2 loglog 0 Aplicando logaritmo na base 10 Uma vez que D0, Qd e R são valores constantes, tem-se a equação de uma reta mxby y = log D x = 1/T Sendo: Plotando o valor de logD em função do inverso da temperatura (1/T), o resultado será uma linha reta. Onde: - Qd / 2,3R é a inclinação (ver slide 6) log D0 é a interseção com o eixo y. A partir desse tipo de gráfico torna-se possível a determinação dos valores de Qd e D0 O coeficiente de difusão varia com a natureza dos átomos soluto, com o tipo de estrutura sólida e com as variações de temperatura. • Temperaturas mais elevadas conduzem a coeficientes de difusão maiores, porque os átomos têm maior energia térmica; • O tipo de mecanismo de difusão (tamanho dos átomos); • O tipo de estrutura cristalina do solvente (os átomos têm maior facilidade de difusão na estrutura CCC que na CFC devido ao menor fator de empacotamento); • Tipos de defeitos cristalinos presentes (o progresso da difusão se dá mais rapidamente ao longo dos contornos de grão porque esta é uma zona de imperfeições do cristal). • A concentração da espécie a difundir. DIFUSÃO ATÔMICA COEFICIENTE DE DIFUSÃO 30 DIFUSÃO ATÔMICA Tabela: Coeficientes de difusão, a 500 ºC e a 1.000 ºC, de alguns sistemas de difusão soluto- solvente. 31 DIFUSÃO ATÔMICA Tabela: Coeficientes de difusão de alguns sistemas de difusão soluto-solvente. 32 DIFUSÃO ATÔMICA 33 DIFUSÃO ATÔMICA GRÁFICO DE ARRHENIUS 34 DIFUSÃO ATÔMICA GRÁFICO DE ARRHENIUS 35 DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO ESTACIONÁRIA A difusão é favorecida pela diferença de concentração. Ao se colocar uma camada de Ni em cima de uma placa de Cu, a difusão atômica provocará a homogeneização do Ni no Cu após um certo tempo (em uma determinada temperaura). Se for colocado uma camada de Ni em cima de uma placa de Ni, a difusão será mais lenta, uma vez que a energia de ativação para mover Ni no Ni (autodifusão) é maior que a para mover Ni no Cu. 36 Exemplo Calcule o coeficiente de difusão do magnésio no alumínio a 550 °C. 37 Resolução: Pelos dados da tabela mostrada no slide 29 temos que os valores de D0 (constante do sistema Mg/Al) e da energia de ativação para a difusão (Qd) equivalem a 1,2×10-4 m2/s e 131 kJ/mol, respectivamente. Pela equação do coeficiente de difusão, temos que: Exemplo Sabendo que o coeficiente de difusão do cobre no silício e a energia de ativação a 300 °C equivalem a: Determine o coeficiente de difusão a 350 °C. 38 Exemplo - resolução Primeiramente, devemos ter em mente que o gráfico do coeficiente de difusão em função da temperatura é uma curva exponencial (vide equação), então devemos transformar em um gráfico linear para podermos determinar o coeficiente na temperatura solicitada. 39 A constante do sistema soluto/solvente não depende da temperatura, logo permanece igual para as duas situações. Exemplo - resolução 40 Devemos, agora, subtrair os valores do coeficiente de difusão (temperatura mais elevada da temperatura menos elevada). DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO EM REGIME NÃO ESTACIONÁRIO Na maior parte dos casos, o fluxo de difusão e o gradiente de concentração em qualquer ponto do material, varia com o tempo (condição transiente), havendo como resultado um acúmulo ou esgotamento líquido do componente que se encontra em difusão. 2ª LEI DE FICK 41 Quando são especificadas condições de contorno que possuem um sentido físico, é possível obter soluções para essa expressão (concentração em termos tanto da posição quanto do tempo). Se o coeficiente de difusão for independente da composição, simplifica-se para: DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO EM REGIME NÃO ESTACIONÁRIO – solução prática para um sólido semi-infinito (concentração na superfície é mantida constante) 42 Esta equação demonstra a relação que existe entre a concentração, a posição e o tempo, qual seja, que Cx, sendo uma função do parâmetro adimensional � �� , pode ser determinado em qualquer tempo e para qualquer posição, bastando para tal que os parâmetros C0 , Cs e D sejam conhecidos. Concentração a umaprofundidade x após decorrido um tempo t. Função erro de Gauss, cujos valores são dados em tabelas matemáticas para diversos valores de � � �� Concentração superficial Figura: Perfil de concentração para a difusão em estado não estacionário. Os parâmetros de concentração estão relacionados coma equação mostrada. Condições de contorno: DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO EM REGIME NÃO ESTACIONÁRIO Figura: Difusão de um gás em um sólido. (a) O gás A se difunde no sólido B, a partir da superfície onde x = 0. Nesta superfície, o gás mantém a concentração de átomos A, designada por Cs, (b) Perfis de concentração do elemento A ao longo da direção x do sólido, para vários tempos. Antes da difusão se iniciar, o sólido tinha uma concentração uniforme do elemento A, designada por C0. 43 DIFUSÃO ATÔMICA DIFUSÃO EM REGIME NÃO ESTACIONÁRIO Tabela: Tabela da função erro. 44 Exemplo Para algumas aplicações, torna-se necessário endurecer a superfície de um aço para níveis acima do existente em seu interior através do aumento da concentração superficial de carbono (cementação ou carbonetação). Considere uma liga ferrosa que contenha inicialmente uma concentração uniforme de carbono de 0,25% e que deva ser tratada a uma temperatura de 950 °C. Se a concentração de carbono na superfície for elevada e mantida em 1,2%, quanto tempo será necessário para se atingir um teor de carbono de 0,8% em uma posição localizada 0,5 mm abaixo da superfície? Considere o coeficiente de difusão para o carbono no ferro a essa temperatura como 1,6×10-11 m2/s. Suponha que a peça de aço seja semi- infinita. 45 Exemplo - resolução 46 Como se trata de um problema de difusão em estado não estacionário (transiente) de uma peça semi-infinita, onde a concentração na superfície é mantida constante, devemos considerar o uso da segunda lei de Fick. Pelos dados fornecidos, temos que: Devemos substituir os valores na equação para determinarmos o valor da função erro. Desta forma, temos que: Exemplo - resolução 47 Como os valores da função erro de Gauss são encontrados em tabelas matemáticas, devemos determinar o valor exato de z para o qual a função erro vale 0,421. Para isto, devemos fazer uma interpolação dos dados. Substituindo o valor de z encontrado, temos que o tempo necessário será de: Exemplo Os coeficientes de difusão para o cobre no alumínio a 500 e 600 °C são de 4,8×10-14 e 5,3×10-11m2/s, respectivamente. Determine o tempo aproximado a 500 °C que irá produzir o mesmo resultado de difusão (em termos de concentração de cobre em algum ponto específico no alumínio) que um tratamento térmico a 600 °C com duração de 10 horas. 48 Exemplo - resolução 49 Uma vez que o enunciado pede que se atinja o mesmo resultado de difusão para ambas as temperaturas, temos que: Sendo assim, a expressão da função erro de Gauss também será uma constante e, subsequentemente, temos que: Sabendo que a composição em ambos os casos de difusão será igual na mesma posição, temos que x também é constante. Assim, temos que: Efeitos da estrutura na difusão Fatores que favorecem a difusão Baixo empacotamento atômico Baixo ponto de fusão Ligações fracas (Van der Walls) Baixa densidade Raio atômico pequeno Presença de imperfeições Fatores que dificultam a difusão Alto empacotamento atômico Alto ponto de fusão Ligações fortes (iônica e covalentes) Alta densidade Raio atômico grande Alta qualidade cristalina ccccfcLo g D 1000 / T carbono em ferro 910 °C O coeficiente de difusão dos átomos de Carbono no Fe ccc é maior que no cfc, pois o sistema ccc tem um fator de empacotamento menor (F.E. ccc= 0,68 e F.E. cfc= 0,74) Alotropia do Fe Caminhos de difusão A movimentação dos átomos ocorre: ― No volume do material, ― Ao longo de defeitos pontuais, tais como: lacunas e insterstícios, bem como de defeitos lineares, tais como: discordâncias ― Ao longo de defeitos bidimensionais, tais como: contornos de grão e superfícies externas. A movimentação de átomos pelos defeitos cristalinos ocorre muito mais rápido que pelo volume do material. Em alguns casos a contribuição do fluxo de átomos através dos defeitos cristalinos é insignificante (a seção transversal das duas áreas é bem pequena comparada com o interior do material). Considerações gerais: Em geral a difusividade é maior através de regiões estruturais, tais como: contornos de grãos, superfícies externas – fontes de discordâncias, em relação à difusividade do elemento através do volume do material. Efeitos da microestrutura na difusão D ifu si vi da de m 2 / s 1000/T (K-1) Volume Contorno de grão Superfície Temperatura (K) Autodifusão de Ag em Ag Começo Fim Q – en er gi a de a tiv aç ão Vacâncias e intersticiais Contorno de grão Superfície 53
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