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Face e Couro cabeludo Julia Muniz 101 1. Considerações gerais A face vai desde a fronte (testa) ao mento (queixo) Importância da face: identificação dos indivíduos, possui aberturas (tubo digestório e respiratório), região de alta sensibilidade e que abriga os órgãos dos sentidos Face de adulto e criança: variações provocadas pelos ossos e pala diferença de desenvolvimento 1.1. Regiões da face Região superficial: região oral, da bochecha, parotideomassetérica, orbital, infra orbital, nasal, zigomática e mentual 1.2. Estruturas da face Lábios, nariz externo, olho, pálpebras e supercilio 1.3. Sulcos Sulco mentolabial: entre o mento e os lábios Sulco nasolabial: também chamado de labiogeniano, fica lateralmente ao nariz Sulcos palpebrais superiores e inferiores 1.4. Estratimeria da face Pele: fina, muito exposta ao sol, possui linhas de clivagem (fibras musculares e colágenas) que são perpendiculares aos músculos Tela subcutânea: nas crianças presença de muito tecido adiposo nas bochechas, presença do corpo adiposo da bochecha ou da face (pode ser retirado através da bichectomia) Fáscia da face: a musculatura da face movimenta a pele, logo, se insere na própria pele, não precisando de fáscia na região 2. Músculos da face ou da mímica Utilizados para expressão de sentimentos ou a sua mímica, são músculos delgados e próximos M. Bucinador: profundo ao corpo adiposo da bochecha, ação no sopro, sucção e mantém os tônus da bochecha, um dos únicos que possui fáscia, e infecção na face pode chegar ao espaço retro faríngeo devido a essa fáscia M. Occipitofrontal: possui dois ventres, um occipital e um frontal, separados por um tendão aplainado (aponeurose epicrânica), fibras occipitais inseridas na linha nucal suprema e as da parte frontal inseridas na pele, parte occipital não realiza movimento M. Orbicular do olho: fecha as pálpebras, dividido em três partes (palpebral, profunda e orbital) M. Corrugador do supercílio: profundo ao ventre frontal do occipital e ao orbicular do olho, aproxima os dois supercílios M. Prócero: abaixa a extremidade medial do supercílio e enruga a pele sobre o dorso do nariz M. levantador do lábio superior e asa do nariz: abaixa a asa lateralmente e dilata as aberturas nasais, eleva o lábio superior, aprofundam o sulco nasolabial M. Orbicular da boca: fecha a rima da boca, importante para a fala M. Zigomático menor: eleva o lábio superior, aprofundam o sulco nasolabial M. Zigomático maior: eleva a comissura labial para sorrir ou zombar M. Risório: abaixa a comissura labial para exprimir reprovação M. Abaixador do ângulo da boca: abaixa a comissura labial para exprimir reprovação M. Abaixador do lábio inferior: retrai o lábio inferior M. Mentual: eleva e protrai o lábio inferior, eleva a pele do queixo M. Platisma: abaixa a mandíbula, tenciona a pele da região inferior da face e do pescoço 2.1. Sistema músculo apneurótico superficial Composto pela aponeurose epicanica, fibras musculares e fibras conjuntivas Cirurgias de lifting: puxa o SMAS para esticar a pele Botox: bloqueia a transmissão do estímulo nervoso para os músculos, com isso não há o aparecimento de rugas dinâmicas, porém não evita rugas elásticas 2.2. Acúmulo de sangue Na região sub-periostal o hematoma forma um calo, pois o periósteo (pericrânio) é fortemente ligado ao crânio e mantém o sangue aprisionado Na parte frontal do occiptofrontal também é formado calo, pois suas fibras são aderidas a pele e o sangue não consegue ir para a pálpebra Caso ocorra profundamente as fibras do occiptofrontal, ele descende em direção à orbita, nariz e bochecha, pois a fáscia é continua Equimose: acúmulo de sangue que se movimenta Hematoma: acúmulo de sangue circunscrito Hemorragia: acúmulo de sangue que extravasa 3. Vascularização Artérias são ramos da carótida externa: artéria fácil e temporal superficial 3.1. Artéria facial Tem trajeto cervical e facial, fica aproximadamente na região do sulco nasolabial Ramos: o Artéria labial inferior o Artéria labial superior o Ramos nasais Se anastomosa com vários outros ramos da carótida externa, no ângulo medial do olho se torna artéria angular e se anastomosa com a artéria supra troclear (anastomose entre a carótida externa e interna) 3.2. Artéria oftálmica Ramo da carótida interna, passa pelo canal ótico e vasculariza estruturas no interior da orbita Ramos: o Artéria supra orbital o Artéria supra troclear o Ramo nasal dorsal 3.3. Artéria temporal superficial Ramo terminal da carótida externa Termina no couro cabeludo dividindo-se em ramos frontal e parietal Ramos: o Artéria facial transversa o Artéria zigomático-orbital 4. Veias Mesmos nomes das artérias Anastomoses: ocorrem perto da linha mediana, do lado direito ou esquerdo, no interior da orbita (veia angular com a veia supra troclear depois formando a veia orbital superior) Fluxo sanguíneo é do interior para o exterior 5. Linfático Poucos linfonodos na região, alguns acompanham a veia facial (linfonodos faciais), alguns juntos à glândula parótida (linfonodos parotideos) Colar Peri cervical 6. Couro cabeludo Formado por uma série de camadas chamadas de ESCALPE 6.1. Camadas Pele: muitos folículos pilosos, glândulas sudoríferas e sebáceas, irrigação arterial abundante Tela subcutânea: extremamente vascularizada, presença de tecido conjuntivo denso com muitas fibras colágenas, bem suprida por nervos cutâneos Aponeurose epicrânica: rígida e espessa, se fixa no arco zigomático, local de fixação dos ventres musculares, todas as partes são inervadas pelo nervo facial Tecido subaponeurótico frouxo: permite o deslizamento das três primeiras camadas o Escalpamento: comum em acidentes de barco, a regeneração é por reposicionamento de tecidos e sutura quando possível, se não tiver tecido para repor, faz-se enxerto Pericrânio: periósteo do crânio, baixa capacidade osteogênica 6.2. Região temporal Camadas: o Pele o Tela subcutânea o Aponeurose epicrânica (fáscia temporoparietal) o Tecido subaponeurótico frouxo o Fáscia do m. temporal o M. temporal o Periósteo do osso o Osso 6.3. Vascularização A. supra troclear e supra orbital Ramos frontal e parietal da a. temporal superficial Parte posterior tem-se a a. auricular posterior e a. occipital e As paredes arteriais estão firmemente fixadas ao tecido conectivo denso, logo as feridas do couro cabeludo estão associadas a hemorragia abundante 6.4. Drenagem venosa Veias hemissárias: comunicam sangue intracraniano com extracraniano, o fluxo normalmente é de dentro, vv. Frontal, parietal, occipital, mastoidea e condilar Veias diploicas: estão na díploe Hematomas sub-periostal: fica circunscrito porque o periósteo esta aderido ao osso Hematoma no tecido subcutâneo: fica circunscrito devido as inserções musculares Hematoma no tecido subaponeurótico frouxo: disseminará, pois, o tecido é frouxo 7. Nervos da face e couro cabeludo
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