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Cavidade orbital, conteúdo e NC III, IV e VI Julia Muniz 101 1. Limites da cavidade Possui formato piramidal, com base voltada para a superfície da face e o ápice se aprofunda no canal óptico TETO: face orbital do osso frontal (fóvea da glândula lacrimal e fóvea troclear), asa menor do esfenoide (canal óptico) ASSOALHO: face orbital da maxila, face orbital do zigomático, processo orbital do palatino o Canal lacrimonasal: parte medial do assoalho, conecta a orbita com a cavidade nasal, abriga o ducto lacrimonasal PAREDE LATERAL: face orbital do zigomático, asa maior do esfenoide PAREDE MEDIAL: processo frontal da maxila (crista lacrimal anterior), osso lacrimal (crista lacrimal posterior, fossa do saco lacrimal), lamina orbital do etmoide (forame etmoidal anterior e posterior), processo orbital do palatino 2. Comunicações da orbita Fossa anterior do crânio: forames etmoidais anteriores e posterior Fossa média: canal óptico, fissura orbital superior Fossa pterigopalatina e infratemporal: fissura orbital inferior Região infraorbital: sulco, canal e forame infraorbital Região frontal: forame supraorbital Cavidade nasal: canal lacrimonasal Fossa temporal e região frontal: forame zigomaticofacial e zigomaticotemporal 3. Conteúdo da orbita Bulbo do olho Glândula lacrimal Mm. extrínsecos do bulbo do olho Vasos sanguíneos Nervos Gânglio ciliar: parassimpático Corpo adiposo da órbita 4. Revestimento da orbita 4.1. Periórbita Tecido conjuntivo frouxo, formato piramidal, continua com o periósteo dos ossos da face e com as meninges do interior da cavidade craniana Forma a bainha do bulbo do olho Se continua com a bainha do n. óptico Isola o bulbo do olho do conteúdo adiposo da órbita, evitando que a gordura dificulte o movimento do bulbo do olho 4.2. Septo orbital Tecido conjuntivo emitido pela periórbita quando ela chega na margem orbital, que vai em direção a uma placa de tecido conjuntivo denso na pálpebra (tarso superior e inferior) Veda toda a entrada da órbita e é junto com os tarsos e forma o esqueleto da pálpebra 5. Estratimeria da pálpebra Pele o Pálpebra superior e inferior o Ângulo medial e ângulo lateral do olho: comissuras palpebrais o Rima palpebral Tele subcutânea o Tecido adiposo ausente e onde se localiza as raízes dos cílios M. orbicular do olho: subdividido em partes palpebral e orbital Esqueleto da pálpebra o Tarsos (superior e inferior) e septo orbital o Glândulas tarsais: produzem uma secreção lipídica que é liberada na margem livre da pálpebra, que impede a aderência de uma pálpebra na outra Túnica conjuntiva o Tecido epitelial o Parte palpebral e parte bulbar, na parte bulbar, anteriormente, se funde com a córnea o Reflexão entre as duas partes: fórnices superior e inferior, forma-se um espaço entre as camadas que é o saco da conjuntiva 6. Aparelho lacrimal Forma a lagrima, que serve para lubrificar e limpar a superfície da córnea 6.1. Glândula lacrimal Produz a lagrima e libera na superfície da órbita Localiza-se na fossa da glândula lacrimal Glândula exócrina Duas partes: parte orbital e parte palpebral Possui de 8-12 dúctulos que perfuram o fórnice superior da túnica conjuntiva e liberam as lagrimas no saco da conjuntiva As lagrimas se acumulam no lago lacrimal e são drenadas por capilaridade pelos pontos lacrimais, que ficam nas pápulas lacrimais e depois para os canalículos lacrimais, de lá a lagrima vai para o saco lacrimal, que é continuo com o ducto lacrimonasal, que passa no canal lacrimonasal e se abre no meato nasal inferior 7. Musculatura extrínseca no bulbo do olho Anel tendíneo comum: origem dos 4 músculos retos do olho Com exceção do levantador da pálpebra superior, todos movimentam o bulbo do olho, parte desse musculo é liso (m. tarsal superior) e é comandado pela parte simpática do SNA Eixos de movimento do olho Eixo longitudinal: adução e abdução Eixo transversal: abaixamento e elevação Eixo anteroposterior: intorção e extorsão (dependem do movimento da cabeça em conjunto) 8. Ações dos músculos Reto superior: elevação (primária), adução e intorção Reto inferior: abaixamento (primária), adução e extorsão Reto lateral: abdução Reto medial: adução Obliquo superior: olha em direção obliqua (primária) e intorção Obliquo inferior: olha em direção obliqua e extorsão Posição primária: contração tônica igual de todos os músculos 9. Inervação Ramos do n. Oculomotor, nervo troclear e nervo abducente 9.1. N. Oculomotor (III) Componentes funcionais: o Eferente somático visceral: músculos extrínsecos do bulbo do olho o Eferente visceral geral: mm. intrínsecos do olho OA: sulco do n. Oculomotor Trajeto: atravessa o seio cavernoso e depois a fissura orbital superior, encrustado na parede lateral do seio OC: fissura orbital superior Ramos: o Superior: inerva o reto superior e o levantador da pálpebra superior o Inferior: inerva o reto inferior, o reto medial e o obliquo inferior. Oculomotor traz estímulos parassimpáticos fazendo comunicação com o gânglio ciliar, o ramo inferior faz essa comunicação, chamado de raiz parassimpática do gânglio ciliar 9.2. N. troclear (IV) Componente funcional: eferência somática geral OA: parte posterior do tronco encefálico OC: fissura orbital superior Trajeto: atravessa o seio cavernoso passando abaixo do Oculomotor Inerva somente o m. obliquo superior 9.3. N. abducente (VI) Componente funcional: eferência somática geral OA: sulco bulbopontino OC: fissura orbital superior Trajeto: atravessa o seio cavernoso abaixo da carótida interna Inerva o m. reto lateral 9.4. N. óptico (II) Aferente somático especial, receptor exclusivo da visão 9.5. Gânglio ciliar Um dos quatro gânglios parassimpáticos, próximo ao n. optico N. ciliares curtos: interior do bulbo do olho Raízes que chegam no gânglio: o Parassimpática: Ramo do Oculomotor Pré-ganglionar sai do tronco encefálico pelo Oculomotor, vai para ramo inferior e chega ao gânglio ciliar, fazendo sinapse e as fibras pós atravessam os nn. Ciliares curtos, chegando nos órgãos o Sensitiva: Atravessam os nn. Ciliares curtos, passam retos no gânglio, continuam na raiz sensitiva, que vai cair no nervo nasociliar (n. oftálmico) o Simpática: Gânglio simpático (cervical superior) fica próximo a carótida interna Estimulo simpático é levado por meio do n. carótico interno, após passar o plexo carótico interno, gera o n. que vai chegar ao gânglio ciliar, chegando nos nn. Ciliares curtos e inervando o olho 10. Vascularização 10.1. Artérias A a. carótida interna dá um ramo chamado Artéria Oftálmica, que entra na órbita através do canal óptico, juntamente com o N óptico Chegando na órbita (em sua parte lateral), a Artéria Oftálmica dá alguns ramos e segue trajeto semelhante ao Nervo nasociliar: o No ápice, dá uma artéria que penetra o nervo óptico - a Artéria Central da Retina: supre as camadas mais internas da retina o Artéria lacrimal + nervo lacrimal o Artérias ciliares posteriores, longas e curtas o Artéria supraorbital o Artérias Etmoidais anteriores e posterior o Termina dando 3 ramos que se destinamà face: Artéria dorsal do nariz, A supratroclear, A palpebral medial. 10.2. VEIAS As veias do bulbo do olho confluem para formar de 3 a 4 veias mais ou menos no equador do olho. Essas veias recebem o nome de veias vorticosas que perfuram a esclera no equador do bulbo do olho. Veia supratroclear, veia dorsal do nariz, veia supra orbital e veia angular (final da facial) - todas fazem anastomose ao redor da órbita, onde o sangue conflui para formar uma grande veia chamada OFTÁLMICA SUPERIOR - acompanha o trajeto da artéria oftálmica - vai em direção ao ápice da órbita, onde vai atravessar a fissura orbital superior, desembocando no seio cavernoso. Veia OFTÁLMICA INFERIOR - se inicia no assoalho da órbita, onde várias veias se anastomosam formando a veia oftálmica inferior. Possui duas comunicações: 1 se comunica com a orbital superior, drenando para o seio cavernoso; 2 atravessa a fissura orbital superior e se comunica com o PLEXO VENOSO PTERIGÓIDEO.
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