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Exercícios e Complementos-20190801

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação à Distância – AD1
Período - 2011/2º
Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
Coordenador: ALEXIS TORÍBIO DANTAS
ALUNO: MATR:
	Boa Prova!!!
Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões:
A produção de café para exportação no Brasil tem seu início no Rio de Janeiro. Examine os principais determinantes deste processo;
A industrialização brasileira no último quarto do século XIX apresentou estreita correlação com o avanço da produção cafeeira no oeste novo paulista. Como explicar esta associação?
Discuta os fatores determinantes da recorrente desvalorização cambial brasileira ao final do século XIX.
Orientações para prova:
Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis.
feb___gab_ap1.doc
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação Presencial – AP1 (GABARITO)
Período - 2011/2º
Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
Coordenador: ALEXIS TORÍBIO DANTAS
ALUNO: MATR:
	Boa Prova!!!
Falso ou verdadeiro (5,0 pontos) – (justifique a resposta quando falso).
O pacto colonial garantia às colônias portuguesas autonomia comercial e produtiva, estimulando fortemente o mercado interno.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A mineração e o fortalecimento do mercado interno são fatores explicativos do aumento da importância do sudeste brasileiro.
___VERDADEIRO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O início da produção de café na Amazônia permitiu a recuperação da economia brasileira e o predomínio do nordeste sobre as demais regiões.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A falta de recursos naturais e de mão de obra foi compensada pela grande oferta de capitais para o início da produção de café no Vale do Paraíba.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A industrialização brasileira é fortemente associado ao colonato.
___VERDADEIRO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O Convênio de Taubaté é a prova cabal da autonomia do governo central sobre os governos das províncias no Brasil.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A Industrialização por Substituição de Importações é uma resposta simples à crise econômica internacional do final do século XIX.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A superação da fase difícil do Processo de Substituição de Importações no Brasil é representada pela implemantação do Plano de Metas.
___VERDADEIRO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O PAEG foi um ambicioso programa de distribuição de renda no Brasil.
______FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A Revolução de 1930 garantiu ao Brasil um lugar destacado nas exportações mundiais de produtos manufaturados.
___FALSO____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O Convênio de Taubaté em 1906 inaugurou, no Brasil, uma forma particular de proteção da renda dos cafeicultores. Quais são suas bases? (2,5 pontos).
Compra dos excedentes da produção de café pelos governos das Províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais;
Arrecadação de um imposto sobre exportações para financiar a compra;
Compromisso de reduzir a produção no longo prazo – o que efetivamente não ocorreu;
Discutas as principais mudanças determinadas pelas reformas monetária e financeira de 1964 no Brasil. (2,5 pontos).
correção monetária com a criação da ORTN;
a criação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e doBanco Central do Brasil (Bacen);
criação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Banco Nacional da Habitação;
especialização financeira
incremento dos instrumentos de política monetária
Orientações para prova:
Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis.
gabarito1.doc
GABARITO – Revisão 1
1 Consistia em transformar a colônia em produtoras de especiarias que não podiam ser obtidas na Europa, principalmente devido ao clima. Toda a produção colonial estava destinada à metrópole, que comprava a baixos preços e revendia na Europa, acumulando os lucros desta transação.
2 Tinha como bases o poder descentralizado, a economia agropastoril e o trabalho do servos.
3 Política econômica de caráter protecionista que se desenvolveu na Europa ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Sua base é o acúmulo de capital, protecionismo alfandegário e balança de comércio favorável.
4 Conjunto de relações econômicas e políticas que subordinavam a colônia à metrópole. No plano político a dominação era exercida por meio da presença de autoridades civis nomeadas pela metrópole e cujo desempenho era assegurado pela ocupação militar. No campo econômico, o Pacto Colonial significava uma série de obrigações de compra e venda da colônia para com a metrópole, sendo os mecanismos desse comércio controlados de forma monopolista pelas companhias de comércio.
5 Economia de subsistência, como o próprio nome sugere, é aquela produzida para autoconsumo, em que o produtor não se distingue do consumidor, sendo desnecessário o uso de dinheiro. Economia mercantil, ao contrário, é aquela em que o produto é direcionado ao mercado; a conseqüente separação entre produtores e consumidores torna necessária a intermediação monetária.
6 Constituíam uma espécie de expedição armada que desbravava os sertões a fim de escravizar indígenas ou descobrir ouro, o que intensificou a ocupação do continente sul-americano.
7 Eram núcleos de povoação indígena que visavam a defender os índios do aprisionamento pelos colonizadores brancos. Tratava-se de empreendimento comerciais, porém seus métodos de cooptação não se baseavam na escravização do nativo, como faziam os colonizadores, e sim na catequese.
8 A crise colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo. O primeiro foi a expansão dos mercados da colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Surgiram, em conseqüência, conflitos de interesses entre colonos e metrópole.
9 V, tendo em vista que o monopólio comercial e produtivo formalizado no pacto colonial era uma barreira para o capital industrial e para a produção em grande escala. Funcionava como um entrave à expansão da economia doméstica.
10 No campo externo, crescia o déficit comercial resultante, sobretudo, de dois fatores. Primeiro, a extensão de vantagens comerciais dadas a outros países além da Inglaterra. Segundo, as culturas da cana-de-açúcar e do algodão, principais fontes de recursos externos (moeda estrangeira), sofriam crescente concorrência no mercado internacional.
No plano interno, agravava-se rapidamente o déficit público. Isso ocorreu em função do aumento das despesas militares. Os conflitos regionais multiplicaram-se, e houve também disputas territoriais, como as Guerras Cisplatinas. Além disso, o Brasil se viu obrigado a pagar uma indenização a Portugal para ter sua independência reconhecida.
Durante esse período houve uma queda importante das receitas alfandegárias, resultado direto da adoção de medidas direcionadas à prática do livre cambismo.
11Pelo lado da demanda, o crescimento dos mercados europeu e norte-americano, em função do avanço da indústria e da urbanização, foi fundamental. Ao mesmo tempo, do lado da oferta, o colapso da produção haitiana determinou um importante aumento dos preços internacionais, estimulando a entrada do Brasil nesse mercado. Contava ainda, a favor do produto, uma característica crucial para o momento: a baixa capitalização requerida para o processo produtivo, bem mais reduzida do que na economia açucareira. Concorriam para isso a utilização extensiva da terra, com técnicas rudimentares e de fácil acesso, e as menores necessidades de reposição de maquinário, pois os equipamentos eram bem simples e, em grande parte, de fabricação local.
12 A decadência da cultura do café no Vale é explicada diretamente pelas bases assumidas no seu processo de produção, sobretudo no que diz respeito à utilização das terras e à mão-de-obra escrava insistentemente empregada ao longo da segunda metade do século XIX, quando sua oferta tornou-se defi nitivamente escassa. Ao mesmo tempo, a decadência da cafeicultura implicou a inadimplência crescente dos produtores junto aos comissários, levando-os também a uma situação fi nanceira complicada. A quebra de casas comissárias, por sua vez, atingiu também bancos em que os omissários descontavam títulos para obter recursos. Esse processo foi responsável por uma importante redução da disponibilidade de crédito para a produção, o que difi cultou ainda mais a continuidade do negócio. Apesar de algumas tentativas de diversifi cação produtiva com o algodão e o açúcar, no intuito de fugir da grande dependência da 
plantação de café, a maior parte das fazendas do Vale do Paraíba mais próximas da capital entrou em um processo irreversível de falência. Como resultado, a produção de café passou a se concentrar, defi nitivamente, na região conhecida como Oeste Paulista.
13A produção do café no oeste paulista apresentou duas formas bem marcadas de utilização da mão-de-obra imigrante. Primeiro aconteceu o sistema de parceria, marcando o chamado oeste velho paulista, momento inicial de inserção dos imigrantes. A segunda forma, o sistema de colonato, no oeste novo paulista, inaugurou a formação das bases de relações capitalistas de produção, de acordo com a interpretação de importantes autores na historiografia brasileira.
O sistema consistia de uma proposta divulgada na Europa agentes contratados por Vergueiro visando contratar trabalha dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de p café adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do
da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. Ao trabalhador caberia ainda a exploração de subsistência – e, se houvesse excedentes, seriam também repartidos com o proprietário. Apesar do conceito de parceria, todo o processo
comercialização e contabilidade fi cava a cargo do proprietário.
No entorno de 1870, o colonato aparecia como o novo formato encontrado para garantir os fluxos de imigração para a cafeicultura, trazendo mudanças signifi cativas em relação ao sistema de parceria. Além da criação de uma forma de pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o 
fazendeiro foi obrigado a arcar com despesas de viagens e do primeiro ano de trabalho. Também era concedida ao imigrante uma fatia de terra para
o plantio de artigos para subsistência.
14 A desvalorização cambial era uma realidade decorrente de dois fatores: (1) redução da entrada de moeda estrangeira no país, devido à queda do preço internacional do café, e (2) pressão política exercida pelos cafeicultores, visando preservar seus ganhos em moeda nacional.
A desvalorização da taxa de câmbio, era o que garantia aos cafeicultores a manutenção de sua renda em moeda nacional.
Esse quadro implicava a continuidade da expansão das lavouras 
e, conseqüentemente, da oferta de café no mercado internacional, 
determinando uma grande queda dos preços do produto.
15 Quando a República foi proclamada, instaurou-se um governo provisório, comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Deodoro se manteve no poder até novembro de 1891, quando tentou dar um golpe de Estado e dissolver o Congresso. A 
campanha legalista de Floriano Peixoto, outro militar, derrotou as pretensões de Deodoro colocando Floriano Peixoto no poder, o que prolongou até 1894 a República da Espada.
O presidente seguinte foi Prudente de Moraes, civil e paulista, que foi eleito pelo povo. Prudente de Moraes deu início ao período que ficou conhecido como República do Café-com-Leite e consolida a presença dos civis no governo do país. Foi substituído, ao final de seu mandato, por Campos Sales, também representante da oligarquia cafeeira paulista.
Apoiada em um discurso de base liberal, que valorizava o papel do mercado e os efeitos negativos da intervenção governamental, a política econômica do governo Campos Sales citava a inefi ciência produtiva no Brasil (tanto no campo quanto na indústria nascente) como justifi cativa para uma mudança radical nos rumos do país. O principal mentor desse governo era o ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho.
Na verdade, a meta primordial do presidente era a obtenção de novos recursos externos para resolver o problema de solvência das finanças públicas. Logo ao tomar posse, o novo presidente foi à Europa em busca desses recursos. Campos Sales assinou o II FUNDING LOAN, negociando uma consolidação da dívida externa brasileira com novas condições (mais favoráveis) de pagamento. Em contrapartida, firmou uma série de compromissos para a condução da política econômica do país.
O objetivo principal da nova política econômica era bastante claro: defi nir uma trajetória de saneamento monetário capaz de impor uma inversão dos movimentos da taxa cambial, permitindo a valorização da moeda nacional. Por trás disso estava o fi rme propósito de garantir condições para o pagamento da dívida externa consolidada no início do governo.
16 Havia a ameaça de mais uma crise de superprodução. Exercendo sua enorme capacidade de interferência no poder, especialmente através do governo da província de São Paulo, os cafeicultores conseguiram negociar uma vantajosa solução para o problema. Conhecida como Convênio de Taubaté, esta solução foi firmada em 
1906 pelos presidentes das províncias de São Paulo (Jorge Tibiriçá), Minas Gerais (Francisco Salles) e Rio de Janeiro (Nilo Peçanha), – os três maiores produtores de café –, mesmo contando com a oposição de Rodrigues Alves, o então presidente da República.
O Convênio estabeleceu que:
(a) haveria a compra de excedentes de produção pelos governos estaduais envolvidos;
(b) a compra seria viabilizada por meio de um financiamento de 15 milhões de libras esterlinas;
(c) o gasto com a compra do excedente de café seria coberto pela criação de um imposto em ouro aplicado a cada saca exportada de café;
(d) um fundo seria criado para estabilizar a taxa de câmbio, impedindo sua constante valorização – que funcionaria na forma de uma CAIXA DE CONVERSÃO;
(e) seriam tomadas medidas para desencorajar a expansão das lavouras no longo prazo, como a definição de taxas proibitivas.
Essas medidas mudariam signifi cativamente a orientação da política econômica do país no que diz respeito às exportações de café. O Convênio de Taubaté determinou, nesse sentido, a institucionalização da prática de controle de estoques para regular o preço internacional, artifício permitido pela enorme parcela do mercado internacional ocupada pela produção brasileira.
gabarito2.doc
1. Basicamente, o aluno deve ser capaz de analisar a situação do nosso país, até meados do século XIX: as regiões eram caracterizadas como ilhas regionais, sem guardar relações econômicas entre si. De 1850 a 1930, a expansão cafeeira e a industrialização romperam este isolamento regional, fazendo surgir uma economia centrada em São Paulo. Isso tornou as demais regiões dependentes do dinamismo paulista. A análise da experiência de ocupação econômica do território, no contexto histórico em que ela ocorreu, demonstrou uma forte polarização espacial a partir do processo de industrialização brasileiro, muito identificado com a industrialização paulista.
2. Uma característica que distinguia a mineração da cultura canavieira era a concentração da população em cidades, necessitando de abastecimento alimentar, o que impulsionou a economia do interior da Colônia.
3. O fator mais importante a favor da cultura cafeeira paulista, em relação à fluminense, estava nas relações de trabalho, livre no oeste paulista e escravo no Estado do Rio de Janeiro. A proibição do tráfico negreiro, em 1850, elevou os preços dos escravos, o que estimulou a emigração de trabalhadores europeus, interessados em se tornar pequenos proprietários. A necessidade de poupar fez do emigrante um trabalhador muito mais produtivo do que o escravo. Além disso, o trabalhador livre era consumidor, e o escravo não era o que impactava significativamente a formação do mercado consumidor, necessário para estimular o surgimento de indústrias.
4. Por ser uma atividade muito dependente de mão-de-obra (agora constituída de trabalhadores livres), houve estímulo ao surgimento de muitas cidades: ao deslocar-se o plantio de novos cafezais, a terra era reconvertida para outros usos agrícolas, intensificando uma agricultura mercantil iniciada pelos trabalhadores em regime de colonato. Ao receber permissão para cultivar alimentos paralelamente ao café, os trabalhadores produziram uma agricultura mercantil que permitiu o abastecimento das cidades, contribuindo para sua consolidação, e conseqüente não-reversão, como no caso da Amazônia.
5. A Revolução de 30 representou um marco político que separa dois modelos de desenvolvimento econômico. Até 1930, o país havia sido caracterizado pelo modelo de desenvolvimento primário-exportador. A partir de então, prevaleceu o modelo de desenvolvimento de INDUSTRIALIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DE IMPORTAÇÕES. Houve, também, uma mudança no papel do Estado, que passou a intervir de maneira mais direta na economia. Esta revolução significou um rompimento institucional, pois a ordem política vigente desde a Proclamação da República, em 1889, foi superada com a tomada do poder por um governo revolucionário. Marcou o início do processo de transformação social brasileira de eminentemente rural a sociedade de base urbana. Finalmente, constituiu uma ruptura econômica, pois o eixo da economia brasileira deslocou-se da agro exportação para a indústria.
Liderada por GETÚLIO VARGAS, a Revolução de 1930 delimita a passagem de um modelo de desenvolvimento voltado “para fora”, isto é, para o mercado externo (o modelo primário-exportador), para um modelo “voltado para dentro”, isto é, para o mercado interno – o modelo de industrialização substitutiva de importações (ISI). Nessa passagem, houve significativa mudança no papel do Estado, que se tornou um importante ator econômico nesse novo modelo de desenvolvimento.
A principal transformação política suscitada pela Revolução de 1930 foi o fortalecimento do poder do governo central diante dos governos estaduais. 
6. O governo provisório foi marcado pela acomodação, no interior das classes dominantes, de novos interesses econômicos. Politicamente,
caracterizou-se pela disputa entre o TENENTISMO e os quadros políticos tradicionais. Ambos seriam derrotados pelo Governo Vargas.
Durante o Governo Provisório, a crise econômica foi enfrentada mediante a declaração de moratória da dívida externa e a política de queima de parte da produção cafeeira. 
Politicamente, contudo, a crise evoluiu para a reação do estado de São Paulo, por meio da REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA, contra o governo provisório e em defesa de um marco legal para o país. 
7. A industrialização teve como motores principais, num primeiro momento, o declínio dos preços do café no cenário internacional e a necessidade de obter os produtos que eram importados, mas que devido à desvalorização de nossa moeda tornavam-se cada vez mais caros.
8. Teoria dos Choque Adversos - Esta foi a primeira teoria que se propôs a explicar o início da industrialização. Baseia-se fundamentalmente no fato de que o Brasil dependia diretamente do setor externo para crescer e acumular capital, sendo um país caracteristicamente agroexportador.
Na sua primeira versão, mais extremada, a Teoria dos Choques Adversos declarava que qualquer crise externa levaria a um DESEQUILÍBRIO EXTERNO, gerando um mercado interno propício para o desenvolvimento da indústria doméstica. O aumento nos preços das importações permitiria que essa indústria interna aproveitasse a demanda antes satisfeita pelos produtos importados.
Nessa chamada “versão extrema”, a Teoria dos Choques Adversos busca explicar o desenvolvimento industrial da América Latina (e, particularmente, do Brasil) como uma resposta positiva da INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO aos choques externos, especialmente a partir da I Guerra Mundial. Um ponto-chave, contudo, não se resolve nessa discussão: a crise externa e o aumento do preço das importações afetam da mesma forma os BENS DE CAPITAL, interferindo negativamente na decisão de investir. 
A Ótica do Capitalismo Tardio - A ÓTICA DO CAPITALISMO TARDIO foi defendida por Maria da 
Conceição Tavares (1974). É uma visão original porque tenta identificar a origem e a consolidação do capital industrial no Brasil, correlacionando-as com o caráter de dependência do capitalismo brasileiro. 
Assim como a teoria anterior, essa interpretação diz que o setor cafeeiro foi o responsável pela criação das condições favoráveis ao surgimento do capital industrial. Aqui, o setor cafeeiro é identificado como a origem da industrialização, por possibilitar a acumulação prévia de capital, a emergência do mercado de trabalho livre e o aumento da capacidade de importação do Brasil.
9. O processo de substituição de importações definido pela Cepal não representava uma redução no volume de importações. Na verdade, embora as importações diminuíssem em alguns setores, elevavam-se em outros setores mais complexos na medida em que a produção industrial avançava.
10. Quando a economia cafeeira passou a enfrentar crises de superprodução, a partir de 1894, a reação foi o estabelecimento de política de sustentação da renda dos cafeicultores, inicialmente através das desvalorizações cambiais, que permitiam a manutenção da receita das exportações, sustentando-lhe a lucratividade ao mesmo tempo em que encarecia as importações. Isso criava estímulo à industrialização substitutiva de importações.
 A partir de 1906, a política de sustentação da renda da cafeicultura passou a ter como base a compra dos excedentes de produção, o que continuava a assegurar a renda do negócio e, portanto, o nível de emprego 
nessa atividade. A manutenção do nível de emprego e o encarecimento das importações levaram à migração dos lucros da atividade cafeeira para financiar os empreendimentos industriais.
As medidas de defesa do café determinaram uma drástica redução da quantidade exportada do produto, pela destruição de boa parte da produção nacional nos anos iniciais da década de 1930. Como o Brasil, 
maior produtor e exportador mundial de café, contribuía com parcela altamente significativa das exportações totais (cerca de 70%), a restrição da oferta afetava todo o mercado internacional, impedindo uma queda de preços ainda mais dramática.
Os excedentes de café queimados foram comprados pelo governo. O financiamento da política de valorização do café teve efeitos expansionistas, pois os gastos do governo destinados às compras dos excedentes refletiam importante aumento da oferta de moeda e do crédito interno.
Apesar de não funcionar na recuperação do preço internacional do café (mesmo com a retomada do crescimento da economia mundial a partir de 1933/34), esse modelo garantiu uma importante forma de sustentação do nível de renda interna no período de crise (FURTADO, 1980). 
Para manter a renda dos setores vinculados à exportação, ocorreram sistemáticas desvalorizações do câmbio. Essa desvalorização, como você já viu diversas vezes, encarecia os produtos importados em moeda nacional e, por conseqüência, aumentava a capacidade competitiva da indústria local.
11. A idéia central do conceito de deterioração dos termos de troca reside na tendência histórica de transferência de renda dos países periféricos (exportadores de bens primários) para os países centrais (detentores da tecnologia). Essa transferência de renda eleva continuamente os níveis de subdesenvolvimento periférico – resultado dos diferentes graus de especialização produtiva dos países centrais e periféricos.
12. O nacional-desenvolvimentismo foi uma ideologia muito identificada com afirmação do Estado como ator de políticas, capaz de enfrentar as forças de mercado e de reverter a estagnação, mediante seus investimentos diretos ou por meio do apoio à iniciativa privada. Esta intervenção estatal foi uma das principais características do período de meio século (1930-1980) durante o qual a economia brasileira experimentou taxas de crescimento mais elevadas. A partir da década de 1980, contudo, houve uma reversão tanto do crescimento econômico quanto da intervenção do Estado na economia. Isso se deveu à mudança na ordem econômica internacional, bem como à gravidade da crise do Estado brasileiro, que enfrentava dificuldades em administrar uma dívida pública que crescera muito desde a década de 1970. Desde então, o nacional-desenvolvimentismo deixou de ser a ideologia de sustentação da economia brasileira.
13. Foi com base no slogan “cinqüenta anos em cinco” que o presidente Juscelino Kubitschek pretendeu acelerar o processo de modernização brasileiro, completando seu parque industrial com a criação de produtoras de máquinas e equipamentos, de infra-estrutura de transporte e energia, além da produção de bens de consumo duráveis. A partir desses investimentos, a economia brasileira desenvolveria uma dinâmica típica de economias industrializadas.
O motivo pelo qual o Plano de Metas reelaborou e aprofundou as relações entre Estado e economia é o resultado de duas tendências combinadas (IANNI, 1977): as exigências estabelecidas pelas relações de interdependência e complementaridade inerentes à estrutura econômica brasileira da época; e as exigências estabelecidas pela reprodução capitalista mundial, que então vivia um processo de internacionalização do capital.
O Plano de Metas era constituído de 30 metas (mais a fundação de Brasília, a chamada meta-síntese), organizadas nos seguintes grupos: energia; transportes; alimentação; indústrias de base (aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, exportação de ferro, veículos motorizados, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico); e educação.
14. A década de 1960 marcou o início de uma queda substantiva dos níveis de crescimento da economia brasileira, o que gerou um intenso debate acerca das causas dessa situação. Uma versão que se tornou predominante foi a tese da tendência estrutural à estagnação, compartilhada por vários pensadores associados à Cepal, definindo os traços de uma corrente interpretativa.
De maneira sucinta, essa interpretação associava a estagnação da economia às condições estruturais dos países periféricos (subdesenvolvidos), em que uma grande parcela da população estava à margem dos setores dinâmicos dessas economias – reduzindo drasticamente o salário médio e o mercado consumidor, conformando uma situação de relevante concentração da renda.
Determinada por condições históricas e pelo modelo de desenvolvimento da indústria (concentrada em setores intensivos em capital), a estagnação só seria superada com reformas estruturais que revertessem a heterogeneidade estrutural dessas economias. Entretanto, essa retomada de níveis de alto crescimento do PIB se deu dentro de um contexto de acirramento da concentração de renda.
A tese levantada por Conceição e Serra (1972) leva em conta esse resultado perverso, garantindo que o crescimento depende apenas da qualidade dos compradores, isto é, do poder de compra do mercado 
consumidor, para o que a concentração de renda acabou sendo funcional, pois criou um mercado capaz de adquirir bens duráveis.
15. Um dos determinantes básicos das reformas monetária e financeira relacionava-se à incapacidade da economia brasileira de funcionar com taxas crescentes de inflação sem haver garantia de valorização real dos ativos financeiros – como a inflação só podia ser conhecida a posteriori, a remuneração dos títulos não acompanhava necessariamente sua evolução, sobretudo em função da vigência da LEI DA USURA e da Lei do Inquilinato. Assim, havia um claro desestímulo à canalização das poupanças para o sistema financeiro e para a aquisição de imóveis (o valor dos aluguéis não corrigidos era rapidamente deteriorado em ambiente de alta inflação).
A solução proposta foi a correção monetária, mesmo que um objetivo da política econômica, com o PAEG, fosse a redução dos índices de inflação. A instituição da correção monetária se deu com a introdução das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), buscando garantir, na prática, a existência de juros reais positivos – os títulos seriam remunerados por uma taxa nominal de juros acrescida da variação do índice de preços. Com isso, haveria maior estímulo para as aquisições dos títulos da dívida interna, aspecto fundamental para a condução da política monetária.
Material complementar_Exemplo
Material complementar
revisao1.doc
Questionário 1 
(material de apoio a ser utilizado na fixação da conteúdo da disciplina Formação 
Econômica do Brasil) 
 
 
1- Caracterize o modelo econômico de colonização adotado por países europeus nos séculos XV e XVI
2 Caracterize a sociedada feudal:
3 O que se entende por mercantilismo?
4 Defina Pacto Colonial:
5 Diferencie economia de subsistência de economia mercantil:
6- O que foi o movimento conhecido como BANDEIRAS?
7- Discorra sobre as missões jesuíticas:
8Comente sobre a crise colonial agrícola:
9 Pacto Colonial passou a ser um empecilho à expansão dos negócios e consequëntemente aos ganhos dos colonoas, V ou F ? Justifique.
10- Caracterize o período que se seguiu ao processo de independência do país:
11 Quais fatores incentivaram a produção do café para o mercado externo?
12 Explique a decadência do café na região do Vale do Paraíba:
13 Diferencie o sistema de parcerias do sistema de colonato:
14 Comente sobre as conseqüências da desvalorização cambial:
15 Descreva as principais mudanças da política econômica, ocorridas a partir do governo Campos Sales.
16 Disserte de forma resumida sobre o Convênio de Taubaté. 
revisao2.doc
Questões:
1. Comente as raízes históricas dos desequilíbrios regionais surgidos no período de 1850 a 1930.
2. Mencione uma característica que distinguia a mineração da economia canavieira. 
3. Comente sobre o principal fator que favoreceu a cultura cafeeira em relação à paulista.
4. Existe relação entre a cultura do café e o surgimento das cidades?
5. Discorra sobre a Revolução de 30. Destaque as transformações políticas.
6. Caracterize o período que ficou conhecido com Governo Provisório.
7. Quais foram os principais motores da industrialização?
8. Fale sobre a Teoria dos Choques Adversos e a Ótica do Capitalismo Tardio.
9. O que representava o processo de substituição de importações?
10. Como se deu a política de defesa dos preços do café, adotada durante o governo Vargas?
11. O que se entende por deterioração dos termos de troca?
12. O que foi o nacional desenvolvimentismo?
13. Identifique a importância do Plano de Metas.
14. Identifique as raízes da estagnação econômica do Brasil na década de 1960.
15. Descreva as principais medidas no campo monetário e financeiro em 1964.

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