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AGROTÓXICOS
Os agrotóxicos surgiram na Segunda Guerra Mundial, com o propósito de funcionarem como arma química. Com o pós-guerra, o produto passou a ser utilizado como defensivo agrícola, ficando conhecido também como pesticida, praguicida ou produto fitossanitário. Na legislação brasileira, o termo utilizado é agrotóxico, apesar de haver tentativas de mudanças.
Desde a década de 1950, com a chamada "Revolução Verde", a produção agrícola sofreu muitas mudanças. O processo agrícola foi modernizado por meio de pesquisas sobre sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo. Tudo isso para potencializar a produtividade. Grande parte dessa tecnologia também envolveu o amplo uso de agrotóxicos, a fim de controlar pragas de forma a não ter perdas no processo agrícola, já que os agrotóxicos têm por função alterar as composições de fauna e flora.
Tipos de agrotóxicos:
Perigos à saúde humana
Os tipos de intoxicação por agrotóxicos são:
Aguda
Quando a vítima é exposta a altas doses de agrotóxicos. Os sintomas são quase imediatos, ou levam poucas horas pra aparecer, sendo eles: dores de cabeça, náusea, sudorese, cãibra, vômitos, diarreia, irritação dos olhos e pele, dificuldade respiratória, visão turva, tremores, arritmias cardíacas, convulsões, coma e morte
Crônica
Quando a vítima é exposta a doses menores de agrotóxicos por um longo período de tempo (meses ou anos). Esse tipo de intoxicação por agrotóxicos pode ter consequências graves, como: paralisia, esterilidade, abortos, câncer, danos ao desenvolvimento de fetos, entre outros.
Portanto, diante desse quadro de intenso uso, os trabalhadores rurais ficam expostos aos riscos de agrotóxicos durante as várias tarefas na utilização, conforme descreve Garcia & Filho, 2005:
· no transporte;
· no armazenamento;
· no preparo da calda;
· na calibragem do equipamento antes do uso;
· no carregamento;
· na aplicação;
· na manutenção do equipamento;
· no trabalho em áreas de lavouras recém-tratadas;
· na limpeza e descontaminação dos equipamentos de aplicação, após o uso;
· na disposição final de sobras de caldas e tríplice lavagem de embalagens vazias;
· na disposição final de embalagens;
· na limpeza e descontaminação de derrames e vazamentos;
· na limpeza e descontaminação dos equipamentos de proteção individual (EPI).
O grande número de intoxicações se deve principalmente ao uso inadequado dos agrotóxicos, por não serem seguidas as recomendações dos rótulos e bulas dos produtos, por não utilizarem equipamentos de proteção individual, por falta de acesso à informação técnica dos produtos, pelo fácil acesso aos produtos mais perigosos e a falta de capacitação para seu uso.
Para controlar os riscos na utilização de produtos químicos, no caso agrotóxicos, deve-se sempre dar prioridade às medidas de engenharia, após medidas administrativas e por fim, medidas individuais. Há sempre a priorização das medidas coletivas sobre as individuais, pois serão sempre mais eficazes. A seguir, a ordem de preferência de medidas de controle de riscos:
·       substituição de produtos por outros de menor risco;
·       controle por técnicas e medidas de engenharia (equipamentos de aplicação mais seguros, sistemas fechados de abastecimento, embalagens mais seguras etc.);
·       controles operacionais (ex.: opção por sistemas de aplicação que expõem menos o operador);
·      uso de equipamentos de proteção individual
Diretrizes
Fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos a aos que desenvolvem qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou indireta a esses produtos;
Proporcionar capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente;
Fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador;
Fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário;
Orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;
Disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal;
Fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;
Garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho;
Garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação;
Vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos;
Sinalizar as áreas tratadas, informando o período de reentrada. 
COMO TRANSPORTAR
O transporte de agrotóxicos tem que respeitar regras para diminuir os riscos de acidentes e cumprir a legislação de transporte de produtos perigosos. O desrespeito das normas de transporte pode provocar multas para quem vende e para quem transporta o produto. É proibido o transporte de agrotóxicos dentro das cabines das caminhonetes e na carroceria, quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, rações ou medicamentos. E verifique que as embalagens não estão danificadas ou com vazamentos no momento da compra. 
COMO GUARDAR?
Nunca permita que crianças e mulheres apliquem ou auxiliem na aplicação dos agrotóxicos. As crianças, em geral, são mais facilmente intoxicadas do que os adultos e as mulheres podem ter problemas durante a gravidez. Não beba durante a aplicação e não coma nada enquanto estiver trabalhando com agrotóxicos. Termine tudo primeiro e, depois de lavar bem as mãos, desfrute de seus alimentos tranquilamente. Lave as mãos sempre que puder, beba bastante água antes de trabalhar com agrotóxicos e após se lavar, e não fume durante o trabalho. Todo cuidado é pouco! As regras sobre os cuidados a serem tomados no preparo da calda, no uso dos agrotóxicos e no descarte das embalagens vazias estão nas Boas Práticas Agrícolas.
Agrotóxicos nos alimentos
Frutas e vegetais que estão expostos e disponíveis nos mercados têm uma "cara" boa, atrativa, mas não se engane: eles podem esconder em suas cascas uma película de resíduos de agrotóxicos usados na lavoura
 Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. Porém, no ranking de agrotóxicos aplicados por alimento produzido, fica em sexto lugar. O fato de sermos o maior consumidor se dá por ainda usarmos agrotóxicos que já foram proibidos em 1985 na União Européia, Canadá e Estado Unidos, pelas sementes melhoradas terem sido preparadas para receberem este tipo de produto, para maior e melhor produtividade, pela falta de fiscalização rigorosa, com produtos sendo lançados por via aérea (aviões) próximo a nascentes de rios, a animais, a casas, sem contar a falta de conscientização da população. Como o Brasil é um país tropical, a incidência de pragas e doenças é maior que em outros países, o que também estimula a grande quantidade de agrotóxicos utilizados no país.
Exposição aos agrotóxicos
. Exposição direta A exposição direta ocorre quando o agrotóxico entra em contato direto com a pele, olhos, boca ou nariz. Os acidentes pela exposição direta normalmente ocorrem com os trabalhadores que manuseiam ou aplicam agrotóxicos sem usar corretamente os EPIs. Exposição indireta A exposição indireta ocorre quando as pessoas que não estão aplicando ou manuseando os agrotóxicos entram em contato com plantas, alimentos, roupas ou qualquer outro objeto contaminado
Escolha de EPIs adequados Para a escolha de EPIs deve-se proceder a leitura atenta do rótulo/bula do produto
Atenção: Esta tabela não deve ser considerada como único critério para utilização dos EPIs. As condições do ambiente de trabalho poderão exigir o uso de mais itens ou dispensar outros para aumentar a segurança e o conforto do aplicador. Leia as recomendações do rótulo e bula. Observe a legislação pertinente
Para a escolha do nível de proteção deve-seobservar o modelo e o material
dos EPIs e dependerá da intensidade de exposição na qual o aplicador irá
trabalhar:
Aplicação de baixa a média exposição (quando ao longo do
trabalho a vestimenta não apresentar áreas de molhamento):
Proteção de Nível 2 (conforme legislação brasileira). O aplicador deverá
utilizar vestimenta sem reforços e sem partes impermeáveis.
Aplicação de média a alta exposição (quando ao longo do
trabalho a vestimenta apresentar áreas de molhamento):
Proteção de Nível 2 (conforme legislação brasileira). O aplicador deverá
utilizar vestimenta com reforços e partes impermeáveis nas áreas de
maior molhamento.
Aplicação de alta exposição (quando ao longo do trabalho a
vestimenta molha por completo):
Proteção de Nível 3 (conforme legislação brasileira). O aplicador deverá
utilizar vestimenta impermeável.
Vestimentas
As vestimentas (calça, jaleco e touca/capuz) devem ser confeccionadas em algodão ou em tecidos mistos e devem receber tratamento hidrorrepelente. Elas são apropriadas para proteger o corpo contra névoa do produto formulado e não para conter exposições acentuadas ou jatos dirigidos. Tecidos com tratamento hidrorrepelente ajudam a evitar o molhamento e a passagem do produto tóxico para o interior da roupa sem impedir a troca térmica, tornando o equipamento seguro e confortável. Devem ter cores claras para reduzir a absorção de calor. Há calças com reforço adicional nas pernas para serem usadas nas 13 aplicações onde exista alta exposição do aplicador à calda do produto ou desgaste mecânico como, por exemplo, no caso de pulverização com equipamento manual.
Como vestir o EPI
Calça e jaleco
A calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa comum (camisetade algodão e bermuda), fato que permitirá a retirada da vestimenta em locais abertos. O EPI pode ser usado sobre uma bermuda e camisetade algodão, para aumentar o conforto. Vestir uma roupa comum por baixo do EPI aumenta o tempo de proteção pois evita que o suor sature o tecido hidrorepelente. O aplicador deve vestir primeiro a calça do EPIe em seguida o jaleco, certificando-se que este fique sobre a calça perfeitamente ajustado.
O velcro deve ser fechado com os cordões para dentro da roupa. Caso
o jaleco de EPI possua capuz, o aplicador deve assegurar-se que estará
devidamente vestido pois, caso contrário, servirá de compartimento
facilitando o acúmulo e retenção de produto. Vale ressaltar que o EPI
deve ser compatível com o porte físico do aplicador.
Importante: vestir uma roupa comum por baixo da vestimenta aumenta
o tempo de proteção, pois evita que o suor sature o tecido hidrorrepelente.
A roupa comum não pode ser de uso pessoal, conforme descrito na
NR31.
Botas
Impermeáveis, devem ser
calçadas sobre meias de algodão
de cano longo, para evitar atrito
com os pés, tornozelos e canelas.
As bocas da calça do EPI sempre
devem estar para fora do cano
das botas, a fim de impedir o
escorrimento do produto para o
interior do calçado.
Avental impermeável
Deve ser utilizado na parte da frente
do jaleco durante o preparo da calda
e pode ser usado na parte de trás
do jaleco durante as aplicações com
equipamento costal. Para aplicações
com equipamento costal é
fundamental que o pulverizador esteja
funcionando bem e não apresente
vazamentos.
Deve ser colocado de forma que os dois elásticos fiquem fixados corretamente e sem dobras, um na parte superior da cabeça e outro na parte inferior, na altura do pescoço, sem apertar as orelhas. O respirador deve encaixar perfeitamente na face do trabalhador, não permitindo que haja abertura para a entrada de partículas, névoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador deve estar sempre bem barbeado.
Viseira facial / óculos de proteção
Deve ser ajustada firmemente na testa, mas sem apertar a cabeça do trabalhador. A viseira deve ficar um pouco afastada do rosto para não embaçar.
Boné árabe
Deve ser colocado na cabeça sobre a viseira ou óculos. O velcro do boné árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurando que toda a face esteja protegida, assim como o pescoço e a cabeça.
Luvas
Último equipamento a ser vestido. Devem ser usadas de forma a evitar o contato do produto tóxico com as mãos. As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das mãos dos usuários. Não devem ser muito justas para facilitar sua colocação e retirada. Não podem ser muito grandes, pois podem atrapalhar o tato e causar acidentes, bem como permitir que caia produto dentro delas. As luvas devem ser colocadas para dentro das mangas do jaleco normalmente. No entanto, se o jato de pulverização for dirigido para cima da linha dos ombros do trabalhador, elas devem ser vestidas para fora das mangas do jaleco. O objetivo é evitar que o produto aplicado escorra para dentro das luvas e atinja as mãos.
Como tirar o EPI
Após a aplicação, normalmente
a superfície externa do EPI
está contaminada. Portanto, na
retirada do EPI, é importante
evitar o contato das áreas mais
atingidas com o corpo do usuário.
Antes de começar a retirar o EPI,
recomenda-se que o aplicador
lave as luvas vestidas. Isto
ajudará a reduzir os riscos de
exposição acidental.
FIM

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