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PAPER IMPORTANCIA DO USO EPI

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A importância do uso de EPI no Manuseio dos Defensivos 
Agrícola 
 
 
Cristiano Polanczyk,¹ Francelizia Ribeiro2 
Tutora: Tainá Gomes Farias 3 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
Agrotóxicos ou Praguicidas ou Pesticidas ou Defensivos Agrícolas são substâncias químicas 
utilizadas para prevenir, combater ou controlar uma praga. 
 Pela definição citada, incluem-se nas pragas: insetos, carrapatos, aracnídeos, roedores, fungos, 
bactérias, ervas daninhas ou qualquer outra forma de vida animal ou vegetal danosa a saúde e ao 
bem estar do homem, a lavoura, a pecuária e seus produtos e a outras matérias primas alimentares. 
Incluem-se ainda os agentes desfolhantes, os dessecantes e as substâncias reguladoras do 
crescimento vegetal. Os defensivos agrícolas ou agrotóxicos, são produtos e agentes de processos 
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e 
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, 
e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a 
composição da fauna ou da flora, a fim de preserva-las da ação danosa de seres vivos considerados 
nocivos, bem como as substâncias de produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, 
estimuladores e inibidores do crescimento. 
 
 
 
 
Equipamento de Proteção Individual 
 O uso do EPI – equipamento de proteção individual – é obrigatório durante o manuseio, 
preparação e aplicação do agrotóxico, porque protege o aplicador contra o risco da intoxicação. 
Exemplos: máscara, óculos, avental e luvas impermeáveis, botas de borracha, camisa de mangas 
compridas e calças (tratadas com produto repelente a calda tóxica). 
supervisão sobre a aplicação e seguimento das normas de segurança adotadas para o processo 
de aplicação 
- Avaliação dos equipamentos de proteção a serem implantados – máscaras – respiradores 
com filtros adequados 
- Proteção para cabeça e corpo – capuz –avental 
- Proteção para mãos e pés – luvas – botas 
- Proteção para os olhos – óculos de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
“Atualmente o Brasil se encontra em 10o. lugar mundial no consumo de agrotóxicos com 
média de utilização de 3,2 quilos por hectare, sendo a Holanda a primeira com 17,5 quilos 
por hectare (fonte SINDAG)” 
Implantação de fluxo de sistema de lavagem dos equipamentos de proteção em 
local e pessoal definido na propriedade, sendo que o conjunto de proteção 
utilizado pelo trabalhador deverá ser trocado diariamente, havendo um mínimo 
de 3 conjuntos de proteção disponíveis para cada aplicador na propriedade 
Implantação de sistema de informações entre os encarregados da área de 
aplicação de agrotóxicos e o SESMT responsável pela área – sistema de vigilância 
epidemiológica – notificando qualquer acidente ou doença relacionado a 
operação de aplicação dos produtos agrotóxicos – fluxo diário de informações. 
 
2 
 
 
 
Para o uso destes equipamentos, o trabalhador deve receber treinamento específico de seu 
empregador, visando usá-los adequadamente higienizá-los e conservá-los. 
Além disto, treinamento de primeiros socorros com substâncias químicas, deve ser estabelecido 
periodicamente. Várias substâncias do grupo dos agrotóxicos são cancerígenas e mutagênicas, 
portanto, mulheres grávidas devem ser afastadas do trabalho. 
não fumar, beber ou comer durante a aplicação; 
menores de 18 anos, gestantes e idosos não podem manusear ou aplicar agrotóxicos - é 
proibido por lei; e 
- Respeitar os períodos de carência para colher o produto, abater animais, liberar o leite 
para consumo, para a entrada de pessoas ou animais na área etc. 
- Correto armazenamento, transporte e condições de uso apropriado dos produtos agrotóxicos 
- Orientação sobre correto programa de manutenção de equipamentos - seja para aplicadores 
de bomba costal e para os equipamentos de aplicação mecanizados 
buscar a maneira de aplicação que traga o menor contato do aplicador com o agrotóxico – 
mecanizar – automatizar as operações para o menor contato com o produto 
- Buscar junto ao responsável pela prescrição do uso do produto agrotóxico o uso daqueles 
produtos de menor grau de toxicidade possível 
- Orientações de manuseio e aplicação dos produtos agrotóxicos em condições de campo 
- Avaliar e propor juntamente com os responsáveis pela área de engenharia de segurança do 
trabalho a adoção de equipamentos de proteção adequados, confortáveis e com possibilidade de opção 
em caso de não adaptação de algum tipo de equipamento pelo trabalhador 
 
Como utilizar da forma correta? 
 
O ideal é que o trabalhador utilize o EPI sempre que tiver contato direto ou indireto com o produto. 
Para escolher qual o melhor equipamento de proteção individual, deve ser avaliado o tipo de 
aplicação e a exposição que o aplicador ou preparador irá sofrer. 
Veja quais são os principais EPIs utilizados para aplicação de defensivos e porque eles são tão 
importantes: 
Bota: Ela é utilizada para a proteção dos pés e deve ser totalmente impermeável. O cano longo 
também protege a região das pernas e evita que respingos entrem. 
Avental: O avental protege toda a parte frontal e diminui a chance de contaminação nessa área. 
Quando a aplicação é feita com pulverizador costal, também é importante que o trabalhador utilize 
um avental nas costas para proteger contra possíveis vazamentos. 
Camisa e calça: Essas peças devem ser hidro-repelentes, ou seja, não absorverem nenhum o 
líquido. Na hora da retirada dessa vestimenta, o defensivo pode entrar em contato com a pele e 
causar contaminação. Por isso, quanto mais fácil for a retirada dessas peças, menor a possibilidade 
de intoxicação, as camisas contêm zíper, o que facilita tirar o EPI. 
Boné tipo touca árabe: A proteção para a região da cabeça é feita com um boné e a touca árabe, 
que protege o pescoço, o boné é acoplado à viseira, o que garante mais comodidade e dá a 
possibilidade de utilizar juntamente com a máscara. 
Luvas: As luvas são fundamentais para proteger as mãos e essas devem ser de borracha nitrílica ou 
de látex natural. 
Respiradores e máscaras: Esse produto costuma ser descartável e utilizado apenas uma vez. 
Em alguns casos, é preciso reforçar a proteção em algumas regiões do corpo. 
Possui kits de EPI para defensivos agrícolas que trazem a proteção necessária para todo tipo de 
aplicação. Confira todos os produtos clicando aqui. 
Para colocar e retirar o EPI agrícola, existe um passo a passo que auxilia o trabalhador e diminui 
chances de contaminação: 
3 
 
 
 
Como colocar e retirar o Equipamento de Proteção Individual? 
A sequência ideal para vestir o EPI é desta forma: 
1. Calça 
2. Camisa 
3. Botas 
4. Avental 
5. Máscara 
6. Boné e touca 
7. Luvas 
Já para a retirada do EPI, a sequência muda: 
1. Boné e touca 
2. Avental 
3. Camisa 
4. Botas 
5. Calça 
6. Luvas 
7. Máscara 
A sequência de retirada dos EPIs é importante para evitar a contaminação do trabalhador, mas o 
principal é utilizar a proteção sempre que houver exposição aos produtos. Vale lembrar que o uso 
correto das vestimentas também é indispensável e fundamental para a realização de um trabalho 
seguro. 
Na hora de escolher o equipamento de proteção individual para culturas agrícolas, observe os 
certificados que a empresa carrega. O CA (Certificado de aprovação) é dado pelo Ministério do 
Trabalho e obrigatório para as empresas que produzem EPI. 
Outras certificações também podem garantir a qualidade das vestimentas, como o QUEPIA, um 
selo dado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) que é atribuído a equipamentos de 
proteção individual na agricultura. A utilização dos EPIs na agricultura é regulamentada pela NR 
31, do Ministério do Trabalho, que aponta como responsabilidade do empregador fornecer EPIs 
adequados para o trabalho, instruir e treinar os funcionários quanto ao seu uso, fiscalizar autilização e repor os equipamentos danificados. Já ao trabalhador cabe a função de usá-los e 
informar a necessidade de substituição. 
Objetivo: 
Informatizar, orientar quanto ao risco da saúde do agricultor. 
O agricultor intoxicado pode apresentar as seguintes alterações: 
• irritação ou nervosismo; 
• ansiedade e angústia; 
• fala com frases desconexas; 
• tremores no corpo; 
• indisposição, fraqueza e mal estar, dor de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais; 
• salivação e sudorese aumentadas; 
• náuseas, vômitos, cólicas abdominais; 
Quais os sintomas de intoxicação por herbicida? 
• Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão. 
A NR 31 – Norma Regulamentadora 31 – tem como objetivo estabelecer os preceitos a serem 
observados na organização e no ambiente de trabalho. Estes devem tornar compatível o 
planejamento e desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração 
florestal e aquicultura. 
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm
4 
 
 
 
• Sintomas: Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, 
sudorese e salivação excessiva, diarreia, chegando até coma e morte. 
 Principais Sintomas 
Inalação: respiração acelerada, tosse e olhos irritados. 
Ingestão: mudança na cor dos lábios, dor, sono, confusão mental, diarreia, convulsões e cheiros 
estranhos no corpo ou na boca. 
Contato: Manchas na pele, coceira, dor de cabeça e olhos irritados. 
Como agir: Intoxicação por contato: lavar o local com água corrente. Se a intoxicação atingiu os 
olhos, lave com água corrente por 15 minutos e cobri-los com pano limpo. Após limpar o local, 
levar imediatamente para atendimento médico. 
Lembre-se sempre de ter cuidado com o socorrista, evitando contato com o produto químico. Tente 
sempre levar a vítima para um local arejado e afrouxar as roupas. Não deixe a vítima sozinha, 
converse com ela e tente deixá-la calma, na hora do transporte, carregue-a em posição lateral para 
evitar a aspiração do vômito. 
 
Os agrotóxicos são agentes tóxicos que mais matam no Estado, correspondendo ao maior 
número de óbitos registrados no Centro de Informações Toxicológicas do Hospital da Universidade 
Federal de Santa Catarina. A cada mês são cerca de 30 a 40 casos de intoxicações. A média de casos 
de intoxicações chega hoje a 500 casos registrados anualmente. Destes quinze acabam em morte. 
Muitos são os agentes causadores. Segundo pesquisadores, o produto Tamaron, por exemplo, provoca 
Irritação, depressão, alterações no sistema nervoso central, impotência e até má-formação de fetos. 
Uma bomba química. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
Autor: Hoeppner, Marcos Garcia 
Ano: 2015 
Edição: 6ª 
Idioma: Português 
Livro - NR Normas Regulamentadoras Relativas à Segurança e Saúde no Trabalho - Hoeppner 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do 
Trabalhador 
Edição: Volume 01 
Idioma: português 
Livro - Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos 
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs

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