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Projeto de Desenvolvimento de Ações de 
Preservação Ambiental na UFCSPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Novembro de 2009 
 
 2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Apresentação ......................................................................... 3 
 
Introdução ............................................................................ 4 
 
Objetivo ............................................................................... 7 
 
Ações de Sustentabilidade .......................................................... 7 
 
Resultados esperados .............................................................. 13 
 
Referências Bibliográficas ........................................................ 13 
 
Anexos ............................................................................... 14 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
O desenvolvimento de projetos/atitudes de preservação ambiental faz 
parte do plano de metas da atual gestão da Universidade Federal de Ciências da 
Saúde de Porto Alegre. 
 
A meta proposta pela Reitora busca o desenvolvimento de ações que 
contribuam a promoção de informações com ênfase em projetos de 
desenvolvimento sustentável, a inserção da comunidade interna em projetos 
voltados à proteção do meio ambiente e o adequado manejo de resíduos sólidos no 
âmbito da Universidade. 
 
Em outubro de 2009 foi constituído um grupo de trabalho composto por 
membros da Comissão Interna de Biossegurança da Instituição, docentes não 
vinculados à comissão e por estudantes do Curso de Psicologia, sob a orientação da 
Pró-Reitoria de Planejamento, para o desenvolvimento do projeto ora 
apresentado. 
 
O projeto apresenta um relato das ações já empreendidas pela 
Universidade e propõe novas ações a serem implantadas. 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
A crescente preocupação com a qualidade de vida envolve a preocupação 
ambiental, pois a sociedade, por meio da evolução científica e tecnológica, 
descobriu que as condições ambientais são importantes para a saúde e para o seu 
bem-estar, tanto em curto, como também em longo prazo. Segundo a Teoria de 
Gaia (Lovelock 2006), o planeta Terra é um sistema auto-regulador, constituído da 
totalidade dos organismos, rochas da superfície, oceano e atmosfera 
estreitamente unidos. Este sistema está em contínuo processo de evolução, com o 
objetivo da manutenção do equilíbrio das condições de superfície, para que sejam 
sempre as mais favoráveis possíveis à vida. 
 
A qualidade do ar nas grandes cidades, a ausência de contaminantes na água 
e no solo, a preservação da biodiversidade são quesitos que os cálculos econômicos 
não contemplam, mas que representam a garantia da saúde humana e o bom 
desempenho do ser humano na realização de suas atividades (Tarantino 2008; 
Redação Época 2009; Varella 2009). A obra pioneira de Rachel Carson (1962), 
“Primavera Silenciosa”, representou um marco na ecologia, apontando para os 
problemas decorrentes da contaminação ambiental, por produtos químicos, 
procedente das atividades humanas. Posteriormente, o escrito de Colborn et al. 
(2002), “O futuro roubado”, reuniu as alarmantes evidências, obtidas em estudos 
de campo, experimentos de laboratório e estatísticas humanas, para tratar em 
termos científicos, mas acessíveis para todos, o caso deste novo perigo. 
 
Diversos acontecimentos trataram de problemas ambientais, alertando 
sobre a importância das questões do meio ambiente. O Quarto Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontou para as alterações no 
clima e para o aquecimento global, com previsões de aumento de 1º a 3,5ºC, nos 
próximos 100 anos. Os efeitos de tais mudanças acarretariam, principalmente, 
modificações nos padrões regionais de chuva, transferência de áreas produtivas 
para os pólos, elevação nos níveis dos mares ameaçando zonas costeiras 
densamente povoadas, intensificação de tempestades tropicais, propagação de 
doenças, desertificação de regiões áridas, entre outros efeitos. A primeira 
 
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Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Conferência de 
Tbilisi), realizada em Tbilisi, capital da Georgia, em outubro de 1977, definiu os 
conceitos da Educação Ambiental, seus objetivos, seus princípios orientadores e 
suas estratégias de desenvolvimento. A ECO-92 (ou Rio-92) foi a Conferência das 
Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em 
junho de 1992, no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal foi buscar meios de 
conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos 
ecossistemas da Terra. Nesta Conferência o conceito de desenvolvimento 
sustentável ficou consagrado, contribuindo para a mais ampla conscientização de 
que os danos ao meio ambiente eram, principalmente, de responsabilidade dos 
países desenvolvidos e sobre a necessidade dos países em desenvolvimento 
receberem apoio financeiro e tecnológico, para avançarem na direção do 
desenvolvimento sustentável. 
O Brasil possui vastos recursos naturais que devem ser cuidadosamente 
explorados e utilizados. A busca do desenvolvimento socioeconômico é tarefa mais 
difícil num país cuja grande parte da população ainda carece de condições 
mínimas de sobrevivência. Falar de preservação ambiental requer também 
repensar o modelo de desenvolvimento e a distribuição desigual de renda. No 
entanto, o grau de dificuldade do desafio não deve representar uma desculpa para 
a falta de preocupação com o tema. As instituições, ao buscarem sua 
sustentabilidade ambiental, podem revisar práticas de consumo, identificando 
fontes de desperdícios e também reduzindo seus custos. Utilizar racionalmente os 
recursos naturais responde adequadamente à busca pela qualidade ambiental e 
melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que pode significar redução 
de despesas. 
A inserção da sustentabilidade ambiental na educação superior é requerida 
pela responsabilidade social da universidade. Espera-se das universidades a 
formação de cientistas, investidores, trabalhadores do conhecimento e líderes que 
agirão nos setores públicos e privados, sendo futuros profissionais, de cuja 
consciência ambiental dependerá a capacidade humana para rever a degradação 
ambiental e recuperar a sustentabilidade planetária. O texto do Instituto Anima, 
“Rumo a uma educação holística do III milênio”, enfatiza a importância das 
 
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Universidades no processo de formação de “educadores com uma nova visão de 
futuro – um futuro sustentável” e a idéia de que a “Educação Ambiental deveria 
atuar como uma ferramenta para se construir pontes mais sólidas entre a sala de 
aula e o mercado de trabalho, promovendo ações ambientalmente corretas para 
motivar a retomada de harmonia entre o Homem e a Natureza, e o equilíbrio na 
extração e uso dos recursos naturais para assegurar um desenvolvimento 
sustentável, como a principal estratégia para promover a paz mundial”. A inserção 
de questões ambientais no ensino superior é atrelada a fatores diversos, dos quais 
o papel do gestor é fundamental, pois com sua capacidade integradora e 
agregadora de pessoas e recursos, pode-se proporcionar e oportunizar o 
desenvolvimento de estruturas, recursos e suporte aos projetos e as iniciativas 
pró-ambientais de pesquisadores, docentes, gestores, funcionários e alunos. 
 
A lei nº 9795, de 27 de abril de 1999 (disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm) estabelece a educação 
ambiental como um componente essencial e permanente da educação nacional, 
devendo estar presente, de forma articulada, em todos osníveis e modalidades do 
processo educativo, estando as instituições educativas incumbidas de promover a 
educação ambiental, de maneira integrada aos programas educacionais que 
desenvolvem. O art. 1o da Lei nº 9795 entende a educação ambiental como “os 
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores 
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a 
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia 
qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Diante deste contexto e considerando o 
capítulo I do estatuto da UFCSPA, especialmente o artigo 2º, VII: “o 
aprimoramento da democracia, da justiça, da defesa dos direitos humanos, da 
preservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida”, e que a 
Universidade agrega e exerce influência sobre um grande número de pessoas é 
proposta a emergência de um projeto de políticas de gestão ambiental, para uma 
universidade sustentável. Tal proposta sugere o início de ações, envolvendo as 
áreas administrativas, de ensino, pesquisa e extensão, capazes de se unirem ao 
esforço empreendido por inúmeros organismos e instituições, públicas e privadas, 
no processo de construção deste novo paradigma. 
 
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OBJETIVO 
Desenvolver uma política de gestão ambiental, voltada para o 
desenvolvimento sustentável da Universidade Federal de Ciências da Saúde de 
Porto Alegre. 
 
AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE 
 
As tabelas a seguir indicam as ações já implantadas, em fase de 
implantação e a serem implantadas para a execução do projeto no âmbito da 
Universidade. 
Para a implantação e acompanhamento do projeto será criado um “Núcleo 
de Gestão Ambiental”, coordenado pela Pró-Reitoria de Planejamento, e composto 
por representantes docentes, discentes e técnico-administrativos. 
 
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TABELA 1 – Ações de sustentabilidade já implantadas na UFCSPA e suas justificativas 
Ações de sustentabilidade já implantadas na UFCSPA Justificativa 
Atividades educativas relacionadas à reciclagem e à preservação do meio ambiente 
realizadas em escolas da rede pública estadual, no município de Porto Alegre: 
 Feiras de Saúde - Curso de Enfermagem 
 Pet Saúde – Curso de Biomedicina 
Ação de educação continuada para despertar nas crianças a 
consciência da importância da preservação do meio 
ambiente 
Contrato com empresa especializada para a coleta de resíduos ambientais sólidos do 
tipo A, B e E de acordo com a classificação da RDC 306 e do CONAMA 
 Grupo A: Separação de resíduos biológicos com risco potencial à saúde e ao 
meio ambiente (sangue e derivados, animais usados em experimentação, meios 
de cultura, peças anatômicas, excreções, secreções, líquidos orgânicos e 
outros) 
 Grupo B: Separação de resíduos químicos com risco potencial à saúde e ao 
meio ambiente (resíduos farmacêuticos, tóxicos, corrosivos, inflamáveis e 
reativos) 
 Grupo E: Separação de materiais pérfuro-cortantes 
Cuidado com a saúde da comunidade acadêmica 
Destinação correta dos resíduos visando à mitigação dos 
impactos ao meio ambiente 
Grupo de Pesquisa na área de “Poluição - Estresse Oxidativo - Efeitos Biológicos” 
coordenado por docente da Universidade 
Desenvolvimento de pesquisa científica na área e formação 
de recursos humanos 
Iluminação da área externa ao prédio, por meio de lâmpadas com fotocélula Redução do consumo de energia 
Iluminação dos banheiros controladas por sensores de movimento Redução do consumo de energia 
Realização do 1º Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente e Saúde no ano de 2009 Educação continuada, junto à comunidade, sobre a gravidade 
dos problemas de poluição ambiental e a relação com a 
saúde humana. Desenvolver uma consciência sobre a 
importância de ações de sustentabilidade ambiental 
Torneiras aeradas e com fechamento automático em todos os sanitários do Campus Redução de consumo de água 
Utilização de canecas de louça em substituição aos copos descartáveis Redução na produção de resíduos 
Utilização de cartuchos de tonner reciclados nas impressoras laser e jato de tinta da 
Universidade 
Redução na produção de resíduos 
Barreiras acústicas e térmicas nas janelas do prédio principal Redução do consumo de energia 
Substituição gradual de monitores antigos por monitores LCD Redução do consumo de energia 
Utilização de lâmpadas incandescentes em salas de aula e administração Redução do consumo de energia 
 
 
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TABELA 2 – Ações de sustentabilidade em implantação na UFCSPA e suas justificativas 
Ações de sustentabilidade em implantação na UFCSPA Justificativa 
Disponibilização de lixeira para coleta de resíduos especiais para a comunidade interna 
e externa 
Destinação correta dos resíduos especiais, sendo que esse 
tipo de resíduo não é de recolhido por nenhum órgão 
público. Esta ação visa à mitigação dos impactos ao meio 
ambiente, disponibilizando também o serviço para a 
comunidade externa. 
Sistema de aquecimento solar instalado no anexo II, com uma área total de 40m2 de 
painéis solares 
Promoção de auto-suficiência e redução de consumo de 
recursos naturais 
Captação e utilização de energia solar não são poluentes 
Sistema não necessita de turbinas e geradores para a 
produção de energia 
Cada m2 de coletor solar instalado evita a inundação de cerca 
de 56 m2 de terras férteis 
Telhado ecológico (jardim) no 6º andar do prédio principal, com uma área total de 
342m2 de cobertura verde 
Melhoria do micro-clima na cidade 
No verão a transmissão de calor, pelo telhado, pode ser 
reduzida em aproximadamente 90% 
No inverno a camada de ar, entre a vegetação e a terra, 
funciona como uma contenção de calor, no interior do 
prédio, em até 10% mais, quando comparado a de um teto 
sem essa cobertura. 
A camada de terra e a de vegetação oferecem uma barreira 
acústica (diminui poluição sonora no interior do prédio) 
Proporciona ambiente de convivência e aproximação com a 
natureza, fornecendo sensação de bem estar e promovendo a 
saúde 
Torna o ambiente intelectualmente ativo, servindo como um 
símbolo de ações de sustentabilidade ambiental 
Pintura do teto do Salão Nobre de branco Com a pintura do teto de branco há uma redução da 
temperatura interna em 6ºC, já que o branco reflete 90% dos 
raios solares. Em consequência, pode-se reduzir o consumo 
de energia dos condicionadores de ar de 20% a 70%. 
 
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TABELA 3 – Ações de sustentabilidade a serem implantadas na UFCSPA e suas justificativas 
Ações de sustentabilidade a serem implantadas na UFCSPA Classificação da ação Justificativa para implantação da ação 
Racionalização das impressões através de terceirização de serviço de 
reprografia com definição de cotas por usuário 
Economia de recursos 
naturais 
Redução de consumo de papel e tonners 
Redução do desperdício de impressões 
Redução da produção de resíduos 
Realização de Campanha institucional para redução da impressão de e--
mails 
Economia de recursos 
naturais 
Redução do desperdício de impressões 
Redução da produção de resíduos 
Realização de Campanha institucional para uso da impressão frente e 
verso 
Economia de recursos 
naturais 
Redução de consumo de papel e tonners 
Redução do desperdício de impressões 
Redução da produção de resíduos 
Reutilização de envelopes para expediente interno Economia de recursos 
naturais 
Redução do consumo de recursos da instituição 
(envelopes) 
Redução da produção de resíduos 
Confecção de camisetas da UFCSPA com material reciclado Economia de recursos 
naturais 
As camisetas recebem 50% do fio reciclado 
(poliéster) e 50% de algodão. A confecção de uma 
camiseta consome 2 garrafas PET, seguindo assim a 
regra dos três Rs: 
Redução do consumo de algodão e da produção de 
resíduos 
Reutilizaçãode garrafas (PET) 
Reciclagem de poliéster 
Utilização de papel reciclado em materiais de expediente em toda a 
Universidade 
Economia de recursos 
naturais 
Reutilização de materiais já reciclados 
Cerca de 50 kg de papel reciclado evitam o corte de 
uma árvore. A reciclagem de papel consome de 70 a 
90% menos energia do que o papel comum 
Separação do papel de expediente para reciclagem Economia de recursos 
naturais e geração de 
renda 
Incentivo à reciclagem 
Um pedaço de papel pode ser reciclado de 4 a 6 
vezes antes da deterioração de suas fibras. 
Inclusão de temas relacionados ao meio ambiente na programação do 
Cinema na UFCSPA 
Educação continuada Desenvolvimento de práticas sensibilizadoras, para a 
compreensão sobre o papel do indivíduo e o 
compromisso da coletividade em ações de 
sustentabilidade ambiental 
Inserção no site institucional de “folders” eletrônicos com dicas ou 
instruções sobre sustentabilidade para a comunidade interna e externa 
Educação continuada Desenvolvimento de práticas sensibilizadoras, para a 
compreensão sobre o papel do indivíduo e o 
compromisso da coletividade em ações de 
 
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sustentabilidade ambiental 
Inserção no site institucional de um banco de idéias de novas ações de 
sustentabilidade a serem adotadas pela Universidade 
Educação continuada Desenvolvimento de práticas que valorizem o 
envolvimento e participação do indivíduo e da 
comunidade em ações de sustentabilidade ambiental 
Realização de Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente Educação continuada Desenvolvimento de práticas educativas sobre 
sustentabilidade ambiental 
Realização de oficinas de reciclagem de materiais Educação continuada Desenvolvimento de práticas geradoras de ações de 
sustentabilidade ambiental 
Realização de treinamento de servidores terceirizados para separação do 
lixo 
Educação continuada Desenvolvimento de práticas educativas que 
valorizem o papel do indivíduo e o compromisso da 
coletividade em ações de sustentabilidade ambiental 
Criação de página no site institucional para divulgar as ações de 
sustentabilidade empreendidas pela UFCSPA 
Educação continuada Divulgação de ações de sustentabilidade ambiental 
da UFCSPA, como referência e modelo a ser seguido 
por outras instituições 
Criação de “Núcleo” responsável pelo apoio ao planejamento, 
implantação, acompanhamento de ações de sustentabilidade na UFCSPA 
Política de gestão voltada 
para o desenvolvimento 
sustentável 
Desenvolvimento de Políticas de desenvolvimento 
sustentável e suas ações, para atingir as metas da 
gestão da UFCSPA 
Implantação do “Programa de Atividades Físicas ligadas ao meio 
ambiente na UFCSPA” 
Promoção da saúde e 
qualidade de vida 
 A aproximação do indivíduo com a natureza, assim 
como as atividades físicas geram sensação de bem 
estar e promoção da saúde 
Aproveitamento de água de fonte não potável do subsolo do anexo II para 
limpeza e jardinagem 
Redução do consumo de 
água 
Promoção de auto-suficiência 
Conservação dos recursos hídricos 
Redução de energia (energia para operar um sistema 
centralizado de tratamento e bombeamento de água 
não é utilizada) 
O Brasil é o lugar do planeta onde mais chove e ao 
mesmo tempo, onde mais se desperdiça água. 
Instalação de descargas de 2 volumes em todos os banheiros da 
Universidade 
Redução do consumo de 
água 
Redução de consumo de água com a liberação de 3 
litros, para líquidos e 6 litros, para sólidos 
Economia de até 6.480 litros de água por pessoa 
anualmente 
Sistema de aproveitamento da água da chuva para utilização no jardim 
localizado no 6º andar do prédio principal 
Redução do consumo de 
água 
Contenção de água da chuva, em cisternas, para 
diminuição de alagamentos, erosão e sobrecarga da 
rede pluvial. 
Promoção de auto-suficiência 
Conservação dos recursos hídricos 
Redução de energia (energia para operar um sistema 
centralizado de tratamento e bombeamento de água 
 
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não é utilizada) 
O Brasil é o lugar do planeta onde mais chove e ao 
mesmo tempo, onde mais se desperdiça água. 
 
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RESULTADOS ESPERADOS 
 
Espera-se com o presente projeto promover ações voltadas a uma política 
de gestão para uma Universidade Sustentável, estabelecendo com isso uma 
sistemática de ação, que possa servir de referência para uma gestão integrada da 
Universidade com a comunidade. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CARSON, R. Primavera Silenciosa. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1962. 305 p. 
 
COLBORN, T., DUMANOSKI, D., MYERS J. O futuro roubado. Porto Alegre: L&PM, 2002. 
354 p. 
 
LOVELOCK, J. A vingança de Gaia. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2006. 
 
REDAÇÃO ÉPOCA. Por que é importante ter contato com a natureza. 2009. 
(http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26745-15228,00-
POR+QUE+E+IMPORTANTE+TER+CONTATO+COM+A+NATUREZA.html) 
 
TARANTINO, M. O remédio da natureza, Medicina & Bem-estar. ISTOÉ, n. 2042, 2008. 
 
VARELLA, D. Poluição e longevidade. Folha de São Paulo, 2009. 
 
 
 
* Participaram da elaboração deste projeto as docentes Cláudia Bica e Márcia Vignoli 
da Silva e as estudantes Elida Fluck Pereira Neto e Nathalia Fattah Fernandes. 
 
 
 
 
ANEXO 1- DANDO TESTEMUNHO 
 
 
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 A primeira etapa do Projeto de Educação Ambiental versa sobre adaptações possíveis na 
Universidade, para que esta possa se desenvolver dentro do paradigma da sustentabilidade. 
 
1) Criar postos de coleta para lâmpadas fluorescentes, remédios fora da validade, óleo de cozinha, 
pilhas, baterias e celulares 
As seguintes informações são do site do DMLU (www2.portoalegre.rs.gov.br). 
 
Lâmpadas fluorescentes: 
 O interior do tubo das lâmpadas fluorescentes é revestido com uma poeira fosforosa contendo 
diferentes metais, como vapor de mercúrio, componentes revestidos com óxidos de metais pesados e 
soldas de chumbo. Por isso, estas lâmpadas são consideradas como resíduos perigosos, não devendo ser 
descartadas no lixo comum. A quantidade de mercúrio em uma única lâmpada, fluorescente comum, é 
capaz de tornar não potável cerca de 20 mil litros de água. 
 Legislação: 
 Lei municipal nº 9851/2005 - obriga as empresas a receberem resíduos perigosos em devolução. 
Pela definição do Código Municipal de Limpeza Urbana (Lei Complementar 234/1990), eles se 
enquadram como especiais. 
 Lei estadual nº 11.187/1998 - proíbe o descarte de lâmpadas fluorescentes em aterros 
sanitários municipais, impedindo o DMLU de executar sua coleta. 
 Em Porto Alegre, estas lâmpadas devem ser encaminhadas às empresas e redes autorizadas de 
assistência técnica que as distribuem ou comercializam. 
 Destino final: 
 O tratamento das lâmpadas contendo metais pesados dá-se em plantas para descontaminação. 
Poucas empresas no país possuem tais plantas licenciadas. No Rio Grande do Sul não existem tais 
empreendimentos. Há intermediárias, sediadas em Porto Alegre, que podem efetuar contratos para 
recolhimento e encaminhamento do material para tratamento. São elas: Pró-Ambiente Ltda (F: 51 
3219-4000) e Axia Administrações e Participações Ltda (F: 51 3346-3999 ou 9113-332 - 
www.axias.com.br). 
 
 Medicamentos vencidos: 
 Legislação: 
 De acordo com a Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA), cabe aos geradores de resíduos de serviços de saúde a responsabilidade pelo 
gerenciamento destes, a partir da geração dos mesmos até a disposição final, de forma a atender aos 
requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional. Ainda segundo a Resolução (art.21), os 
resíduos considerados de risco químico, como é o caso dos medicamentos, quando não forem 
submetidos a processos de reutilização, recuperação ou reciclagem,devem ter tratamento e disposição 
final específicos, em locais previamente licenciados pelo órgão ambiental competente. Os 
medicamentos vencidos podem ser descartados na farmácia de manipulação Pharma & Cia. A Prefeitura 
de Porto Alegre, por meio do Comitê Gestor de Educação Ambiental, lançou a campanha "Medicamento 
 
 15 
Vencido - Destino Ambientalmente Correto" em parceira com aquela farmácia. A Universidade poderia 
também contatar a Santa Casa para que ali fosse entregue o material coletado. O DMLU respaldado na 
Legislação Federal, Estadual e Municipal vem desenvolvendo, juntamente com os hospitais de Porto 
Alegre, o Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, nos 28 Hospitais e nas Unidades de Saúde 
do município e também em consultórios médicos e odontológicos. O gerenciamento correto dos 
resíduos sólidos significa controlar e diminuir os riscos para a saúde e o meio ambiente, impedindo que 
os resíduos biológicos e especiais, que geralmente são frações pequenas contaminem os outros resíduos 
gerados no hospital. 
 Destino final: 
 A Pharma & Cia. encaminhará os medicamentos recebidos à Central de Resíduos Pró-Ambiente, 
que é licenciada pela Fepam. 
 
 Óleo de cozinha: 
O óleo despejado nos ralos de casas, ruas e indústrias é a maior fonte de poluição marinha com 
petróleo. Mais de 1,3 bilhão de litros de petróleo são jogados anualmente no mar. Por ser menos denso 
que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre a mesma, provocando retenção de sólidos, 
entupimentos e problemas de drenagem quando colocado nas redes coletoras de esgoto. Nos arroios e 
rios, a película formada pelo óleo dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando a 
morte de peixes e outros seres, que necessitam de oxigênio. Cada litro de óleo contamina 20 mil litros 
de água, no entanto, segundo dados do site Ambiente Brasil (www.ambientebrasil.com.br), apenas 1% 
do óleo consumido no mundo é reciclado. A recomendação é entregar o óleo, para reciclagem, em 
recipientes como garrafas PET, tampadas. 
 Destino final: 
 As empresas Celgon, Faros, Oleoplan e Ecológica receberão o óleo e darão um destino 
ambientalmente correto à substância. A Celgon usará o óleo como gerador de energia em suas 
caldeiras; a Faros utilizará como base para a produção de ração animal, a Oleoplan e a Ecológica 
desenvolverão o biodiesel (PMPA - Comunicação Social 2009). 
 
 Pilhas e baterias: 
Diversos compostos químicos são utilizados na confecção de pilhas e baterias, como agentes 
ativos das reações eletroquímicas ou como protetores de corrosão. As pilhas e baterias consideradas 
mais nocivas à saúde pública e ao meio ambiente são as que contêm mercúrio, cádmio ou chumbo em 
seu sistema eletroquímico. Geralmente esses materiais contêm metais pesados prejudiciais ao meio 
ambiente e aos seres vivos, como o mercúrio, que se acumula na cadeia alimentar e pode provocar 
efeitos crônicos e danos ao cérebro, o chumbo, que causa danos nos sistemas nervosos central, e o 
cádmio, que se acumula no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los. 
 Legislação: 
 Lei municipal nº 9851/2005 – Determina que os comerciantes e redes de assistência técnica que 
distribuem ou comercializam pilhas e baterias são obrigados a recebê-las. 
 
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 Resolução CONAMA n° 257/1999 e 401/2008 - Estabelece os limites máximos de chumbo, 
cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões 
para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. 
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Banco Real, disponibiliza postos 
para o descarte de pilhas. 
 Destino final: 
 No Rio Grande do Sul, a empresa Pró-Ambiente disponibiliza o serviço de coleta e disposição 
final para esses materiais. Eles são encaminhados a aterros de resíduos especiais perigosos, a fim de 
impedir infiltrações e utilizar mecanismos de coleta e tratamento. No Brasil, existe apenas uma 
empresa que executa a reciclagem de pilhas e baterias: a Suzaquim, com sede em Suzano, São Paulo. A 
recuperação de metais pesados por meio do processo de reciclagem produz sais e óxidos metálicos, que 
podem ser utilizados pela indústria. 
 
 Celulares: 
 Mais de 140 lojas da empresa de telefonia móvel Claro, possuem urnas coletoras e estão aptas a 
receber baterias ou aparelhos de qualquer fabricante para encaminhar à reciclagem. O processo de 
coleta é realizado pela GM&C, empresa responsável pela logística e destinação final do lixo eletrônico 
junto às recicladoras homologadas no IBAMA e nos órgãos ambientais dos estados. 
Segundo informações disponíveis no site da Claro: 
* Estima-se que 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são gerados por ano no mundo; 
* Apenas 2% dos brasileiros destinam seus celulares usados para a reciclagem; 
* 74% acreditam que essa é uma atitude positiva para o meio ambiente; 
* 32% dos brasileiros deixam os aparelhos fora de uso guardados em casa; 
* 29% dos consumidores dão o celular para outra pessoa; 
* 10% jogam o aparelho antigo no lixo comum; 
* A média de troca de um aparelho celular no Brasil é de 14 meses; 
* Até 80% de um celular é reciclável. 
Tendo em vista o potencial de fomentação de uma Universidade e o grande número de pessoas 
que agrega, a criação desses postos de coleta na UFCSPA contribuiria muito para o desenvolvimento de 
atitudes mais conscientes e sustentáveis. 
 
2) Separar o lixo 
 No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que 
poderia. Se o país reciclasse, por exemplo, todas as latas de aço que consome, seria possível evitar a 
retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano e economizaria energia equivalente ao 
consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 Watts. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o 
planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas. Pesquisas indicam que cada ser humano 
produz, em média, um pouco mais de 1 quilo de lixo por dia. Na tabela abaixo, são relacionados os 
tipos de resíduos e a coleta correspondente feira pelo DMLU. 
 
 
 17 
Tabela 1: Tipos de resíduos coletados pelo DMLU e suas coletas correspondentes 
Resíduos recicláveis: metais, plásticos, 
vidros, papéis, embalagens longa vida, 
isopor 
Encaminhar à Coleta Seletiva 
 
Resíduos orgânicos: sobras de 
alimentos, cascas de frutas, erva-mate, 
borra de café e chá, corte de grama, 
terra de vaso, cinzas, restos de 
vegetação 
Encaminhar à Coleta Domiciliar 
 
Resíduos comuns/rejeito: papel 
carbono, cigarro, papel higiênico, pó de 
varrição, fraldas descartáveis, 
guardanapos, cotonetes, restos de 
cerâmica ou porcelana, esponjas, 
lâmpadas comuns 
Encaminhar à Coleta Domiciliar 
 
Dia da coleta seletiva no bairro Centro: Quarta-feira pela manhã. 
Dia de coleta domiciliar no bairro Centro: Segunda a Sábado a partir das 18h. 
 
Decreto n º 5.940, de 25 de outubro de 2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados 
pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua 
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras 
providências. 
Resolução CONAMA n º 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos 
resíduos da construção civil. 
 
 
3) Criar um Banco de Idéias e sugestões 
 Criar um local de sugestões e opiniões sobre o assunto onde as pessoas possam comentar as 
mudanças implementadas na Universidade, as atividades propostas e sugerir outras. É fundamental 
buscar no principal elemento da nova construção, que é o ativo humano, as respostas para os desafiosdesse momento planetário. 
Exemplo de sugestão: 
Autora da sugestão: Profª. Márcia Vignoli da Silva (Ecologia e Botânica aplicadas às Ciências da Saúde) 
Sugestão de uso pela UFCSPA e disponibilização, pelo departamento de informática da mesma, da 
EcoFont. A EcoFont, é um estilo de fonte desenvolvida especialmente para economizar tinta nas impressões 
(o nome completo da fonte é [WINDOWS-1252?]“Spranq eco [WINDOWS-1252?]sans”)., foi proposta pela 
Comissão A3P-AGU (Agenda Ambiental da Administração Pública – Ministério do Meio Ambiente) e já é 
adotada por alguns órgãos públicos do Brasil. A iniciativa está descrita no sítio www.ecofont.eu e trata de 
fonte Open Source, sem restrições comerciais de uso. Pode ser usada em [WINDOWS-1252?]PC’s e 
[WINDOWS-1252?]MAC’s. A fonte incluir pequenos círculos dentro dos traços que formam as letras e tem 
uma proporção diferenciada (o tamanho 10 da EcoFont equivale ao tamanho 12 da Times New Roman) e 
 
 18 
embora na tela as diferenças sejam perceptíveis, na impressão praticamente não há perda de qualidade. 
Nota-se que, em relação à Times New Roman, tamanho 12, a EcoFont, tamanho 10 (dimensões 
equivalentes), utiliza aproximadamente 12% a menos de tinta. Em comparação com a fonte Arial, tamanho 
11, a economia aumenta para 26%. Além de economizar gastos com tonners, a EcoFonte minimiza efeitos 
nocivos ao meio ambiente. 
 
4) Mudanças de hábitos 
A resolução do problema do aquecimento global depende do engajamento e compromisso de 
todos, incluindo governos, iniciativa privada, instituições de pesquisa e a cidadania. O ex-vice-
presidente dos Estados Unidos, Al Gore (2006), diz que deter as mudanças climáticas ou minimizar seus 
impactos depende da alteração dos hábitos de consumo, sistemas de produção e de geração de 
energia, entre outras medidas. O autor também fala sobre a necessidade de ampliar a conscientização 
da sociedade e de gerar incentivos para realização de metas que possam auxiliar na migração para um 
modelo de desenvolvimento sustentável. 
Zelezny e Schultz (2005) afirmam que os problemas ambientais são indiscutivelmente questões 
sociais, causados pelo comportamento humano, e que sua resolução exigirá mudança tanto no 
comportamento em grande escala quanto no individual. Oskamp (2005) compartilha desse pensamento, 
reforçando o argumento de que os problemas ambientais poderiam ser potencialmente revertidos pelo 
comportamento humano. Esse autor entende o comportamento humano não só como aquele que é 
emitido por pessoas individualmente, mas também como os que são manifestados por grupos, 
organizações e nações. Segundo a UNESCO, para alcançar a meta da sustentabilidade é fundamental 
modificar radicalmente as atitudes e o comportamento dos seres humanos. Os progressos, nesse 
sentido, dependem, pois, fundamentalmente, da instrução e da sensibilização dos cidadãos. 
Alguns exemplos de medidas no setor doméstico, locais de trabalho e de produção são: 
promoção da conservação e eficiência energética, bem como campanhas para conscientização da 
comunidade e dos consumidores; promoção de políticas e campanhas para implementação efetiva da 
coleta seletiva de lixo; incentivo à arquitetura ecológica; promoção do consumo sustentável. 
Legislação: 
Decreto n º 4.131, de 14 de fevereiro de 2002 - "Dispõe sobre medidas emergenciais de redução do 
consumo de energia elétrica no âmbito da Administração Pública Federal." 
Seguem algumas mudanças de hábitos que, embora passem despercebidas, fazem uma grande 
diferença: 
 
Configurar impressoras em modo frente e verso e rascunho para uso interno; imprimir provas, 
cronogramas de disciplina e planos de ensino em frente e verso; incentivar a entrega de trabalhos 
em frente e verso ou via Moodle. 
 Segundo o site do Bradesco (www.bradesco.com.br - Click Conta - Se Liga Nessa) são usados 
115 bilhões de folhas para impressões caseiras, por ano. Se as impressões fossem feitas em frente e 
verso, cerca de 1,3 milhão de árvores não precisariam ser cortadas. 
 
 19 
 
Desligar o monitor quando se fizer uma pausa no trabalho, ligar as impressoras somente quando 
necessário e se possível, considerar a troca de monitor 
 De acordo com a AESSUL (www.aessul.com.br - Informe-se – Dicas – Consumo), o processo de 
acionamento e desligamento freqüente do equipamento despende muita energia além de diminuir a 
vida útil do computador. Por isso, menos que 30 minutos parado, a CEEE (www.ceee.com.br – 
Informações - Economia de Energia) recomenda desligar apenas o monitor, que representa cerca de 80% 
do consumo total. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão 
ficando cada vez mais baratos. A AESSUL lembra que impressoras despendem energia mesmo em stand 
by. 
 
Usar menos o grampeador 
Segundo a National Geographic (natgeo.uol.com.br - Você Sabia? - Dia da Terra) se cada um dos 
10 milhões de funcionários de escritórios, do Reino Unido, utilizasse um grampo a menos por dia, 
seriam economizadas quase 100 toneladas de aço, por ano. 
 
Usar canecas e não copos plásticos descartáveis 
 Segundo o site do TCE (www.tce.es.gov.br - Portal TCEES), os copos descartáveis são feitos de 
material fóssil e, apesar de poderem ser reciclados, encontramos na literatura que é insignificante a 
participação do poliestireno reciclado na obtenção de copos novos, sendo assim, todo copo descartável 
utiliza matéria prima extrativa e não sustentável e leva mais de 100 anos para se deteriorar na 
natureza. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
com financiamento da Fapesp e do CNPq, revela que os copos descartáveis possuem elementos 
cancerígenos em sua composição (Pereira et al. 2004). Segundo o estudo, a quantidade de estireno 
liberada pelos copos descartáveis está acima do recomendado pelo Ministério da Saúde (20ng/ml-I). O 
contato com estes copos, por 10 minutos, libera cerca de 13,6 e 49,3ng/l-I de estireno. Os copos 
plásticos possuem poliestireno (derivado do petróleo) que, submetido ao calor, libera o estireno, 
monômero tóxico apontado como cancerígeno. O contato com o estireno ocorre no momento em que se 
bebe um líquido quente, como o café. Outros estudos indicam que a liberação de substâncias 
cancerígenas se dá, também, quando se utilizam essas embalagens para líquidos frios. 
 
Desligar a luz quando sair da sala e trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes 
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia do que as incandescentes. Assim, 
economiza-se cerca de 136 quilos de gás carbônico anualmente. 
Deixar as janelas abertas para ventilar a sala e usar o condicionador de ar de maneira adequada 
A AESSUL (www.aessul.com.br - Informe-se – Dicas – Consumo) recomenda ligar o condicionador 
de ar uma hora antes do expediente e desligá-lo uma hora antes do seu término, procurar manter o 
filtro limpo, pois a sujeira prejudica o seu funcionamento, e pode representar uma expressiva 
 
 20 
quantidade de gás carbônico a mais na atmosfera. Nos dias quentes, indicar o termostato a 23 graus e, 
no inverno, regular o condicionador do ar para a ventilação. 
Preferir o uso das escadas ao uso do elevador 
Além de economizar energia, é mais saudável. 
 
Implementar o uso de papel reciclado 
Um pedaço de papel pode ser reciclado de quatro a seis vezes antes de suas fibras ficarem 
deterioradas. Segundo a WWF-Brasil, a cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de um 
hectare de floresta. Reciclar uma tonelada de papel economiza aproximadamente 30 árvores, dois 
barris de petróleo e 4,1 mil quilowatts de energia. Isso equivale ao consumo de eletricidade de uma 
casa durante cinco meses, 2,4 metros cúbicos de aterro e 25 quilos de poluiçãodo ar. A produção de 
uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de 
energia. Já uma tonelada de papel reciclado consome 1.200 Kg de papel velho, 2 millitros de água e 
1.000 a 2.500 KW/h de energia. Além disso, há uma economia de 2,5 barris de petróleo e 2.500kw/h de 
energia elétrica. A produção de papel reciclado dispensa processos químicos e também evita a poluição 
ambiental, reduzindo em 74% os poluentes liberados no ar e em 35% os despejados na água. 
(http://www.wwf.org.br/participe/acao/dicas/?14001; www.bradesco.com.br - Click Conta - Se Liga 
Nessa; www.ambientebrasil.com.br – Resíduos – Reciclagem - Papel). 
 Segundo o site da Ambiente Brasil (www.ambientebrasil.com.br), a criação de 
empregos também é um importante fator nesse processo: estima-se que, ao reciclar papéis, sejam 
criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais 
empregos do que na coleta e destinação final de lixo. Embora apresente tantas vantagens, o Brasil 
recicla apenas 30% do seu consumo de papéis, papelões e cartões. Para que a quantidade de papel 
reciclado no Brasil aumente é necessário, em primeiro lugar, separar o lixo e encaminhá-lo 
corretamente para a reciclagem. Só depois disso é que podemos consumir papel reciclado, do contrário 
estaríamos criando uma demanda que não teria como ser satisfeita. 
Alguns tipos de papel são recicláveis e outros não. A tabela 2 mostra os tipos de papéis e qual a 
categoria que os mesmos se enquadram: 
 
Tabela 2 - Tipos de papel e sua classificação conforme a possibilidade de reciclagem 
 
RECICLÁVEIS NÃO RECICLÁVEIS 
Jornais 
Revistas 
Cadernos 
Livros 
Papéis de escritório 
Embalagens 
Papelão 
Longa Vida - TETRAPAK 
Papel Carbono 
Celofane 
Papel plastificado 
Papeis metalizados 
Papel vegetal 
Papéis sujos e guardanapos 
Papel higiênico 
Etiquetas ou fitas adesivas 
Fotografias 
 
 
 
 21 
5) Implantação de telhado verde (ecotelhado ou telhado ecológico) 
 
 Segundo o site Bioarquitetura (www.espiralando.com.br – Bioarquitetura - Teto Grama) o 
telhado ecológico aparece como tendência arquitetônica em um ambiente urbano saturado de 
concreto, metal e vidro, fazendo um contraponto de cor, vida e renovação. Nova opção de design para 
indústrias, residências e fachadas devido à variedade de plantas e folhagens possíveis. Cria visual 
paisagístico em um espaço ocioso. Fácil de instalar, prático e inteligente, totalmente integrado na 
paisagem. Os telhados verdes, ao invés de disputar com a natureza, usam-na em benefício da cidade. 
Há muitas vantagens na implementação de um teto verde, como, por exemplo, a melhora do micro-
clima da cidade. No verão, a transmissão de calor pelo telhado pode ser reduzida em mais de 90%, com 
a utilização do teto verde. O mesmo ocorre no inverno, onde é possível observar uma diferença na 
temperatura de mais de 10°C, entre o interior e o exterior. Isto ocorre devido a camada de ar dentre a 
vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão dos raios infravermelhos pelas plantas e 
até à liberação de calorias pelas plantas ao condensar o orvalho da manhã. Pela evapo-transpiração, o 
telhado ecológico auxilia no arrefecimento de centros urbanos. A continuidade dos destes telhados na 
cidade influencia muito significativamente para o conforto ambiental, das áreas mais 
urbanizadas. Apesar da vegetação de um teto-grama absorver apenas 2 - 3dB, uma camada de terra 
úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando como barreira acústica. 
Na Alemanha, os tetos verdes são considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e 
são resistentes ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3 cm de espessura. Alguns tipos 
de materiais usados em coberturas – à base de piche, madeira ou plástico - se deterioram quando 
expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação térmica. Estes problemas são eliminados 
mediante uma cobertura de substrato e vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm 
grande vida útil e dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Não há dúvidas de que os tetos 
verdes deixam as edificações mais agradáveis internamente e muito mais bonitas externamente. Dois 
estudos científicos (inéditos) estão sendo desenvolvidos, com apoio do Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, no Departamento de Design, da PUC – Rio, pelas alunas 
Laura de Gouvea e Manoela Ferreira, abordando também diversos efeitos positivos secundários tais 
como, aumento da área para insetos e aves, efeitos estéticos e psicológicos. 
O site Ecotelhado (www.ecotelhado.com.br) faz referências aos benefícios educacionais, deste 
tipo de telhado, quando aplicado em cobertura para prédios de instituições de ensino. Tal aplicação 
permite a instalação de um jardim não somente para convivência, mas também como um ambiente 
ativo de ensino-aprendizagem, servindo de símbolo de sustentabilidade e permitindo a implantação de 
espécies vegetais de interesse aplicado às áreas de pesquisa e ensino, em diversos cursos. Pesquisas 
apontam a rapidez de curas em hospitais onde os pacientes têm a oportunidade de entrar em contato 
com áreas verdes, pois o ser humano reage positivamente a espaços naturais verdes, opondo-se a 
aridez do concreto e do asfalto. 
 Pela retenção de água e diminuição do fluxo, a laje vegetada contribui de forma muito 
significativa no escoamento de água da chuva conforme foi constatado no estudo, em desenvolvimento, 
no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS feito por Andréa Souza Castro e Joel Avruch Goldenfum 
 
 22 
(dados inéditos). Segundo estes pesquisadores, o telhado ou o terraço com cobertura vegetal têm uma 
redução no escoamento superficial de até 97,5 e 100% respectivamente nas primeiras 3 horas após o 
início da chuva. Já 6 horas após o início da chuva, a redução no escoamento superficial é de 70 a 100% 
no terraço e de 26,6 a 100% no telhado. 
 Outras opções no sentido de aproveitar o telhado, para tornar a Universidade mais sustentável, 
seriam pintar o telhado de branco e aproveitar o espaço para a instalação de painéis solares. Segundo a 
reportagem de Cimino (2009), na Folha de São Paulo, os prédios que pintam o teto de branco reduzem 
a temperatura interna em 6ºC, já que o branco reflete 90% dos raios solares. Em conseqüência, pode-se 
reduzir o consumo de energia dos condicionadores de ar de 20% a 70%. 
 
6) Utilização de energia solar 
 A instalação de painéis solares também pode ser uma alternativa interessante par otimização dos 
telhado da Universidade. A energia solar é importante na preservação do meio ambiente, pois tem 
muitas vantagens sobre as outras formas de obtenção de energia, como: não ser poluente (a poluição 
decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é 
totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente), não influenciar no 
efeito estufa, não precisar de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica e as centrais 
necessitarem de manutenção mínima. Embora os painéis solares necessitem de um investimento 
relativamente alto para o seu aproveitamento, esse custo vem decaindo, ao mesmo tempo em que se 
tornam mais potentes. Para cada um metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inundação de 
56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas usinas hidrelétricas. Uma parte do 
milionésimo de energia solar que nosso país recebe durante o ano poderia nos dar um suprimento de 
energia equivalente a: 54% do petróleo nacional, 2 vezes a energia obtida com o carvão mineral, 4 
vezes a energia gerada no mesmo períodopor uma usina hidrelétrica (www.ambientebrasil.com.br – 
Energia - Energia Solar). 
 
7) Sistema de coleta de água da chuva para limpeza das dependências da Universidade e 
jardinagem 
 O programa Cidades e Soluções (globonews.globo.com - Cidades e Soluções – Links - Programas 
anteriores; exibido no dia 03/12/2006) tratou desse assunto. Diz-se que em nenhum outro lugar do 
mundo chove tanto como no Brasil, mas somos os campeões de desperdício desse recurso. Em quase 
todas as cidades brasileiras, a água da chuva é descartada imediatamente, vertida para os ralos e 
galerias de água pluvial. De acordo com o site Ecocasa (www.ecocasa.com.br - Chuva) aproveitar 
a água de chuva é unir os benefícios ecológicos aos econômicos. A água pode ser usada para serviços de 
limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio, na irrigação de áreas verdes. Nos 
dias de chuva intensa, as cisternas podem funcionar como "buffers" (áreas de contenção), diminuindo 
ou até evitando alagamentos e a sobrecarga da rede pluvial, juntamente com os telhados verdes. O site 
Ecossistemas (www.ecossistemas.net) aponta vantagens ecológicas de coletar a água da chuva. Coletar 
a chuva que cai em uma edificação, para sua utilização, é um conceito simples. A chuva coletada é 
independente de qualquer sistema centralizado, assim há uma promoção de auto-suficiência e 
 
 23 
contribuição para o incentivo de uma maior valorização deste precioso e essencial recurso. Coletar 
água da chuva não significa apenas conservação dos recursos hídricos, significa também conservação de 
energia, já que o montante de energia necessário para operar um sistema de água centralizado, 
construído para tratar e bombear água através de uma vasta rede, não é utilizado. A coleta de água da 
chuva também contribui para minimizar a erosão local e enchentes, causadas pelo escorrimento 
superficial em superfícies impermeabilizadas, como pátios e telhados, pois parte desta água coletada é 
armazenada. 
 
8) Descarga de dois volumes 
 As descargas de dois volumes permitem liberar 3 litros, para líquidos, ou 6 litros de água, para 
sólidos. Os dados sobre a real economia que esse sistema dual de descarga proporciona variam 
bastante, mas pode chegar a uma economia de 6.480 litros de água por pessoa anualmente (Dusse 
2008). 
 
9) Torneiras com sensores automáticos 
 As torneiras com sensores automáticos também tem dados distintos sobre o quanto 
economizam de água. Considerando as porcentagens mais extremas, a economia pode ficar em torno 
de 40% (Dusse 2008). 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AL GORE, 2006. Uma Verdade Inconveniente. Manole. 328 p. 
CIMINO, J. 2009. Prédios pintam tetos de branco para diminuir as temperaturas internas. Folha de São 
Paulo, Caderno Cotidiano. 08/03/2009 
DUSSE, C.G.S. 2008. Empresa faz campanha para economizar água nos banheiros. Jornal o Debate - 
Ciência e Ambiente. 03 de julho de 2008 (disponível em www.odebate.com.br) 
OSKAMP, S. A sustainable future for humanity? How can Psychology help?. American Psychologist, 55 
(5), 496-508, 2000. 
PEREIRA, P.A.P.; OLIVEIRA, R.F.S.; ANDRADE, J.B. 2004. Determination of Styrene Content in 
Polystyrene Cups by Purge and Trap Followed by HRGC-FID . American Laboratory, Estados 
Unidos, v. 36, n. 15, p. 16-18. 
PMPA, Comunicação Social. 2009. DMLU expande reciclagem de óleo de fritura na Capital. 
(www2.portoalegre.rs.gov.br - Notícias - 12/02/2009). 
ZELEZNY, L. C.; SCHULTZ, P. W. Promoting environmentalism. Journal of Social Issues, 56 (3), 365-371, 
2000. 
 
 
 
 
 24 
 
 
ANEXO 2 - ORIENTANDO PARA NOVAS ATITUDES 
 
 Esta parte, anexa ao Projeto proposto, prevê atividades que atuem transversalmente no ensino 
desenvolvido na Universidade. 
 
1) Ciclo de Palestras 
 A organização de um ciclo de palestras em data comemorativa (22/03 – Dia Mundial da Água, 
07/04 – Dia Mundial da Saúde; 22/04 – Dia do Planeta Terra; 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente e da 
Ecologia) relacionada a temas ambientais. 
 
2) Feira da Saúde 
 Considerando as inúmeras relações entre saúde e meio ambiente, já exemplificadas 
anteriormente, sugere-se que a Educação Ambiental possa realizar algum tipo de trabalho dentro do 
contexto da Feira da Saúde. 
 
3) Café na Fundação e Conversando sobre... 
 Discussões sobre a relação saúde e meio ambiente e a relação de cada área de trabalho com a 
ética ambiental. 
 
4) Cartazes e comunicação eletrônica sobre curiosidades dicas de ecologia 
Divulgação de dicas sustentáveis e reportagens relacionadas com o assunto, através de murais, 
e-mail e monitores de vídeo, da Universidade para divulgar. Utilização de adesivos nos interruptores de 
luz, nos controles dos condicionadores de ar e nos computadores, contendo lembretes sobre o uso 
racional de energia. 
O Manual do Aluno da UFCSPA, também poderia contemplar informações de que demonstrem o 
interesse da Universidade na aderência, por parte dos alunos, a essas novas atitudes de 
sustentabilidade. 
 
5) Incentivo ao uso de ônibus, carona solidária e redução do consumismo 
De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo (07/06/2008), um carro econômico a 
gasolina emite 2.115kg de CO² por ano, o que significa que se o carro ficar em casa uma vez por 
semana durante esse mesmo ano, ele deixará de emitir 301 kg de gás carbônico. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Coluna Dúvidas Éticas - Caderno Vitrine. Folha de São Paulo. 07/06/2008

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