Buscar

Centro Sebrae Sustentabilidade - FLIP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO 
SEBRAE DE 
SUSTENTABILIDADE
TéCNICAS CONSTRUTIvAS 
SUSTENTávEIS
SEBRAE NACIONAL
Presidente do Conselho Deliberativo: Robson Braga de Andrade 
Diretor-Presidente: Guilherme Afif Domingos
Diretora Técnica: Heloísa Regina Guimarães de Menezes 
Diretor de Administração e Finanças: Vinícius Nobre Lages
Unidade de Acesso à Inovação, Tecnologia 
e Sustentabilidade do Sebrae Nacional
Gerente: Célio Cabral de Sousa Júnior 
Técnico: Alexandre de Oliveira Ambrosini
SEBRAE EM MATO GROSSO
Presidente do Conselho Deliberativo: Hermes Martins da Cunha 
Diretor-Superintendente: José Guilherme Barbosa Ribeiro 
Diretora Técnica: Leide Garcia Novaes Katayama
Diretora Administrativo Financeira: Eneida Maria de Oliveira
 
CENTRO SEBRAE DE SUSTENTABILIDADE 
Gerente: Suenia Sousa
Equipe: Elton Menezes, Isabela Rios, Jéssica Ferrari, José Santiago, Luanna Duarte, Nager 
Amui, Raquel Apolônio, Renata Taques e Rogério Sousa
Revisão de conteúdo: Luanna Duarte, Jéssica Ferrari e Renata Taques
EDIÇÃO: IABS – INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENvOLvIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Direção técnica: Luís Tadeu Assad e Paulo Sandoval Jr.
Redação: Ana Carolina Propato, Raquel Attiê e Raquel Apolônio 
Coordenação editorial: Flávio Silva Ramos
Revisão textual: Stela Máris Zica
Diagramação e infografia: Editora IABS
Foto de capa: Centro Sebrae de Sustentabilidade
Centro Sebrae de Sustentabilidade: técnicas construtivas sustentáveis. / Cuiabá, MT: 
 Sebrae, 2017. 
 54p.:Il. Color.
 1.Inovação; 2. Sustentabilidade; 3. Edificações; 4. Pequenos negócios I. Titulo
ISBN: 978-85-7361-097-0
CDU: 502.131.1:721
cuiabá/mt • 2017 • 1ª edição
CENTRO 
SEBRAE DE 
SUSTENTABILIDADE
TéCNICAS CONSTRUTIvAS 
SUSTENTávEIS
CENTRO SEBRAE DE SUSTENTABILIDADE .......................................................................5
ESPAÇO INTERATIvO ......................................................................................................................................................7
A EDIFICAÇÃO E SUAS TéCNICAS CONSTRUTIvAS .......................................9
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL .......................................................................................................................................11
ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA ........................................................................................................................................14
Iluminação Natural .....................................................................................................................................................................15
Proteções Solares ..........................................................................................................................................................................16
Conforto térmico e redução da carga térmica ....................................................................17
Eficiência Energética ................................................................................................................................................................19
Geração de Energia Fotovoltaica ................................................................................................................21
Micro usina .................................................................................................................................................................................................23
Edifício Zero Energy Building ..................................................................................................................................25
EFICIÊNCIA HÍDRICA E APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA ..................................26
Bacias e metais com baixa vazão ................................................................................................................26
Coleta e armazenamento da água de chuva ........................................................................28
PROTEÇÃO E AUMENTO DA BIODIVERSIDADE ...................................................................................31
MATERIAIS AMBIENTALMENTE PREFERÍVEIS ..............................................................................................34
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS E COMPOSTAGEM ..............................................................36
GESTÃO SUSTENTÁVEL INTERNA .............................................................................................................................41
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE 
EFICIÊNCIA ENERGéTICA E CERTIFICAÇÃO 
AMBIENTAL DE EDIFICAÇÕES ..............................................................................................................43
ETIQUETA PBE EDIFICA ...............................................................................................................................................................43
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL BREEAM IN USE ......................................................................47
SUMáRIO
3
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
O SEBRAE é responsável por promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas 
empresas e fomentar o empreendedorismo no Brasil. Presente 
em todo o país, possui uma extensa rede de atendimento e 
apoio aos micro empreendedores. Para alimentar esta rede 
com conhecimentos na área de sustentabilidade, foi criado o 
Centro SEBRAE de Sustentabilidade (CSS), localizado na cidade 
de Cuiabá – Mato Grosso e inaugurado em 2010.
O conceito de sustentabilidade pode ser definido como 
a capacidade da economia humana em atender à demanda 
das gerações presentes sem comprometer as necessidades das 
gerações futuras. Destaca-se, no que tange ao meio ambiente, 
que a sustentabilidade está relacionada ao ecologicamente 
correto, ou seja, refere-se às condutas que provoquem, direta 
ou indiretamente, algum impacto na natureza.
Negócios sustentáveis fazem parte de um novo modelo 
empresarial, onde produtos e serviços se baseiam no equilíbrio 
da integração entre aspectos sociais, econômicos e ambientais 
e os resultados das empresas precisam refletir este equilíbrio. 
Suas estratégias devem ir além da tecnologia e abranger todo 
o ciclo de vida do produto, da matéria prima à eliminação, 
através das dimensões da sustentabilidade.
CENTRO SEBRAE DE 
SUSTENTABILIDADE
5
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Assim, a sustentabilidade se alcança através de um 
trabalho contínuo desenvolvido por toda a sociedade, indivíduos, 
empresas, comunidade, sendo considerado sustentável um 
determinado empreendimento que possa ser definido como 
ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente 
justo e culturalmente diverso.
Atualmente, o desafio das pequenas empresas é saber 
como incorporar e adaptar os conceitos de sustentabilidade ao 
dia a dia corporativo. O Centro SEBRAE de Sustentabilidade 
atua na área de geração, prospecção e disseminação de técnicas 
e práticas sustentáveis aplicadas aos pequenos negócios. É um 
laboratório ativo para empresários, estudantes e instituições 
públicas que desejam conhecer sua aplicação e verificar sua 
viabilidade no cotidiano. Sua missão é realizar pesquisas, 
mapeamentos e diagnósticos e fornecer conteúdo através de 
sites especializados, boletins, cartilhas, apresentações e outros 
materiais de apoio. O CSS mantém parcerias com imprensa, 
fornecedores, órgãos públicos e instituições empresariais para 
reforçar sua rede de contatos em todas as esferas da sociedade, 
estabelecendo uma comunicação direta, presente e efetiva 
com todo o SEBRAE. 
Conheça as principais dimensões da sustentabilidade mapeadas 
pelo CSS
6
Os resultados obtidos nos negócios com as construções 
sustentáveis são maior competitividade, rentabilidade e 
desenvolvimento, aliados à redução de custos e do impacto 
sobre o meio ambiente.Assim, com sua atuação ativa e proativa, 
o Centro SEBRAE tornou-se referência nacional sobre o tema 
da sustentabilidade.
ESPAÇO INTERATIvO
Dentro de sua estratégia de consolidação como centro de 
referência nacional no âmbito da sustentabilidade, o Centro 
Sebrae de Sustentabilidade apostou também na criação de 
um espaço expositivo permanente, com o objetivo de promover 
experiências e conhecimentos práticos sobre sustentabilidade, 
aplicado à vida e aos negócios. 
Por meio de jogos, aplicativos, mesas e terminais interativos, 
produções audiovisuais e painéis informativos disponíveis no 
7
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
salão principal, no auditório e nos jardins, o visitante percorre 
uma trilha de dados e informações, práticas sustentáveis, 
vantagens e oportunidades para incorporar a temática no 
dia a dia das empresas. 
Sua missão é motivar o interesse pelo conhecimento 
das vantagens e oportunidades de incorporar a temática da 
sustentabilidade na criação, no desenvolvimento e na expansão 
empresarial no Brasil. 
Este espaço recebe em torno de 12 mil visitas por ano e 
é um ponto de referência estratégico para pessoas, empresas 
ou instituições que desejam conhecer como inovar e ser mais 
competitivo, respeitando o meio ambiente e contribuindo para 
o desenvolvimento social.
Desde 2015, o CSS passou a investir também em um 
espaço itinerante, que pode ser montado em feiras, congressos, 
empresas e universidades. A ideia é aumentar a repercussão 
nacional e internacional do Centro Sebrae de Sustentabilidade, 
disseminando seu espaço interativo e promovendo oficinas, 
seminários e formações. 
8
A EDIFICAÇÃO E SUAS 
TéCNICAS CONSTRUTIvAS
O edifício do Centro SEBRAE de Sustentabilidade foi 
desenvolvido pelo arquiteto mato-grossense José Afonso Botura 
Portocarrero. O partido do projeto foi inspirado na cultura 
indígena e cada aspecto construtivo foi considerado de forma 
a otimizar recursos naturais e minimizar o impacto ambiental 
do edifício sobre o meio ambiente e seus habitantes.
A edificação possui proporções próximas as casas 
xinguanas, entre as quais se destacam a Yawalapiti e 
Kamairurá, com seus quase 30 metros de comprimento por 11 
de largura e pé direto elevado. A cobertura do CSS possui 
forma aerodinâmica das casas xinguanas, com duas camadas 
de concreto, permitindo a formação de um colchão de ar entre 
elas, por onde escorre a água das chuvas que posteriormente 
são armazenadas e reaproveitadas. Com a separação entre as 
duas camadas de concreto, baseadas nas camadas de palmas 
das coberturas das casas indígenaspor onde o ar é filtrado, é 
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
Todo o conteúdo apresentado no 
espaço interativo também encontra-
se disponível no site do CSS. goo.gl/vqc8d0
9
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
possível manter a laje inferior com uma temperatura menor, 
reduzindo a demanda do ar condicionado e consequentemente, 
o consumo de energia elétrica. 
A luminosidade natural bastante explorada, foi tratada 
de forma a possibilitar o seu controle, através de brises móveis 
que estão dispostos nas quatro faces do prédio.
Princípios projetuais considerados na concepção do CSS
• Resgate da cultura indígena;
• Proporções xinguanas;
• Uso comunitário do espaço interior (sem paredes);
• Cobertura em duas camadas;
• Pé-direito elevado;
• Iluminação natural;
• Controle da luminosidade por meio de brises;
• Sombreamento das aberturas;
• Redução da carga térmica;
• Conforto ambiental.
10
A edificação foi assentada no terreno natural, fazendo 
uso do desnível existente, o que reduziu a movimentação de 
terra. A implantação levou em consideração a orientação 
do sol (nascente-poente). A edificação está dividida em dois 
pavimentos. O térreo, onde está o salão de trabalho, encontra-se 
nivelado com a rua e ocupa uma área aproximada de 350m². 
O aproveitamento do desnível possibilitou a existência de um 
pilotis no nível inferior, de mesma área do pavimento térreo, 
onde foi criado um auditório com capacidade para 100 pessoas.
CONSTRUÇÃO SUSTENTávEL
Uma construção sustentável deve ser ecologicamente 
correta, socialmente justa e economicamente viável, envolvendo 
com isto muitas variáveis. Ela pode incorporar uma vasta gama 
de práticas e técnicas para reduzir ou eliminar o impacto dos 
edifícios ao meio ambiente.
11
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
12
FAÇA UMA 
vISITA vIRTUAL 
AO CSS 
goo.gl/9Ujexr
13
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
No CSS, as principais práticas sustentáveis adotadas foram:
Práticas sustentáveis adotadas na construção do CSS
• Arquitetura bioclimática;
• Eficiência energética;
• Geração de energia renovável in loco;
• Eficiência hídrica; 
• Aproveitamento da água de chuva;
• Proteção e aumento da biodiversidade;
• Materiais ambientalmente preferíveis;
• Gerenciamento dos resíduos;
• Compostagem;
• Gestão Sustentável Interna.
ARQUITETURA BIOCLIMáTICA
O projeto arquitetônico bioclimático deve ser elaborado tendo 
como referência tudo o que acontece no meio ambiente externo. 
O objetivo da arquitetura bioclimática é prover um ambiente com 
conforto físico, saudável e agradável, adaptado ao clima local, 
que minimize o consumo de energia e demande menor potência 
elétrica possível, o que leva a mínima geração de poluição.
14
Para a elaboração do projeto do CSS foram observadas 
as variáveis climáticas locais: radiação solar direta, luz natural, 
temperatura, vento e umidade. 
ILUMINAÇÃO NATURAL
Em locais com alto índice de radiação solar, é fundamental 
priorizar a iluminação natural. Essa prática consiste em utilizar a 
luz do sol para iluminar os ambientes internos, aproveitando ao 
máximo as condições naturais na região. Como benefícios obtidos, 
podemos citar maior conforto visual, maior produtividade, maior 
bem-estar e maior economia de energia elétrica. 
Para fazer um bom uso da iluminação natural, é necessário 
analisar a orientação da edificação e projetar elementos de 
sombreamento. Além disso, é importante fazer uso de estratégias 
que beneficiem a entrada de luz natural nos ambientes, como 
brises e aberturas zenitais. Atingidos os níveis satisfatórios 
de iluminação, podem ser estabelecidas as estratégias de 
sombreamento e o sistema de integração entre luz natural e 
artificial.
Considerando as vantagens da iluminação natural, toda 
a fachada do CSS foi projetada com vidro, que permite a 
entrada de luz natural abundante e evita que seja necessário 
15
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
acionar a iluminação artificial durante a maior parte do dia. 
Para evitar a entrada de radiação solar direta juntamente com 
a iluminação natural, cada fachada apresenta elementos de 
sombreamento distintos, uma vez que cada uma se comporta 
de forma diferente com relação à insolação. 
Mais do que uma questão de economia de energia, o uso 
da iluminação natural está diretamente ligado à saúde, bem-
estar e produtividade dos usuários. 
PROTEÇÕES SOLARES
Um problema muito comum em países de altas temperaturas, 
como o Brasil, é o superaquecimento de ambientes internos 
devido à incidência do sol nas fachadas da edificação. Este 
calor elevado pode provocar extremo desconforto, além 
de determinar gastos maiores com estratégias artificiais de 
resfriamento, como o ar condicionado. 
Buscando proporcionar conforto térmico ao interior do 
edifício do CSS, as fachadas possuem proteções solares que 
garantem a permeabilidade visual do interior para o exterior 
16
e ao mesmo tempo protegem o vidro contra a incidênciada 
radiação solar direta. Essas proteções são brises metálicos 
móveis que podem ser posicionados de forma a possibilitar a 
entrada de luz, mas evitar a entrada de calor excessivo. 
CONFORTO TéRMICO E REDUÇÃO DA CARGA TéRMICA
17
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
O cuidado com a orientação e com a insolação, o 
sombreamento de fachadas, o bom aproveitamento de recursos 
como iluminação e ventilação naturais e a especificação 
criteriosa de materiais são algumas das soluções que, inseridas 
globalmente em um projeto, podem contribuir para garantir 
boas condições de climatização a um edifício. Prover conforto 
térmico ao usuário para que ele possa desempenhar plenamente 
suas atividades é uma condição inerente à boa arquitetura, 
independentemente do tipo de construção ou do local onde 
se situa. 
No CSS, as grandes fachadas de vidro aliadas aos brises 
externos e à cobertura de camada dupla proporcionam uma 
temperatura interna sempre mais amena em relação à externa, 
contribuindo para a criação de um ambiente de trabalho mais 
agradável e produtivo.
A cobertura projetada e construída em duas cascas de 
concreto, espaçadas 40cm entre si, possui frestas superiores que 
permitem a entrada de água da chuva. Desse modo, o escoamento 
BRISE MÓVEL 
DE MADEIRAFACHADA 
DE VIDRO
BRISE MÓVEL 
METÁLICO
FRESTAS NA 
COBERTURA
18
da água entre essas camadas proporciona a diminuição da 
temperatura da cobertura, o que auxilia a reduzir a carga térmica 
do edifício e minimiza a necessidade de uso do ar condicionado. 
Ainda entre as camadas da cobertura, ocorre o insuflamento de 
ar, que atua como isolante térmico, minimizando a transferência 
de calor para o interior da edificação e tornando o ambiente 
interno até 5 graus mais fresco em relação à temperatura externa. 
No Brasil, a referência normativa técnica sobre conforto 
térmico é a NBR 15220:2005 - Desempenho Térmico de Edificações. 
Apresentando um método simplificado de avaliação do desempenho 
térmico de componentes construtivos, a norma funciona como apoio 
à elaboração de projetos bem resolvidos termicamente. 
EFICIÊNCIA ENERGéTICA 
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM COMPLEMENTAÇÃO à 
ILUMINAÇÃO NATURAL
Eficiência energética é produzir a maior quantidade de 
produtos ou serviços utilizando a menor quantidade de energia 
possível, sem comprometer a qualidade do que está sendo 
oferecido. Segundo a doutora em Tecnologias Energéticas e 
Ambientais, Claudia Amorim, a energia elétrica usada em edifícios 
corresponde a 45% do consumo total de energia elétrica do Brasil. 
Portanto, a substituição das lâmpadas pela iluminação natural 
pode ter um impacto significativo nas contas no final do mês. 
Buscando reduzir sua carga térmica, o edifício do CSS faz 
uso abundante da luz solar. No centro da cúpula da cobertura, 
foram instaladas lâmpadas solares altamente eficientes com o 
objetivo de corrigir a iluminação central da edificação. Essas 
lâmpadas possuem formato de bulbo e funcionam capturando 
a luz solar externa e, através de espelhos, distribuindo fluxo 
luminoso externo para o interior do ambiente.
19
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
LâMPADAS EFICIENTES E LUZ DE TAREFA
Para complementar a iluminação natural, quando 
necessário, foi implantado um sistema de iluminação artificial, 
composto por lâmpadas fluorescentes e de alta eficiência 
energética (LED), além de luminárias individuais nas estações 
de trabalho (iluminação de tarefa). 
A iluminação de tarefa complementa a iluminação natural 
quando esta for insuficiente no plano de trabalho e permite o 
controle local das condições de iluminação. É uma estratégia 
que auxilia na redução do consumo de energia com iluminação 
geral, que pode ser acionada somente quando a luz natural 
não estiver mais disponível.
20
LâMPADAS EFICIENTES E LUZ DE TAREFA
Para complementar a iluminação natural, quando 
necessário, foi implantado um sistema de iluminação artificial, 
composto por lâmpadas fluorescentes e de alta eficiência 
energética (LED), além de luminárias individuais nas estações 
de trabalho (iluminação de tarefa). 
A iluminação de tarefa complementa a iluminação natural 
quando esta for insuficiente no plano de trabalho e permite o 
controle local das condições de iluminação. É uma estratégia 
que auxilia na redução do consumo de energia com iluminação 
geral, que pode ser acionada somente quando a luz natural 
não estiver mais disponível.
 
GERAÇÃO DE ENERGIA FOTOvOLTAICA
As fontes de energia renováveis são, conceitualmente, 
inesgotáveis, mas a produção potencial de materiais renováveis 
tal como a madeira é limitada. As principais fontes renováveis 
são: 
• Solar; 
• Eólica; 
• Biomassa; 
• Hidrelétrica; 
• Geotérmica.
Algumas fontes renováveis que podem ser usadas em 
edifícios para gerar energia. Entre os benefícios estão a redução 
na demanda de energia da rede pública e uso de recursos 
energéticos renováveis.
A seleção da melhor estratégia para a geração in loco 
dependerá de fatores como o tipo e a localização do projeto, clima 
e microclima, o preço da energia elétrica e os possíveis incentivos 
fiscais e financeiros para energias limpas e/ou renováveis. 
Na escala da edificação, o método mais comum de geração 
de energia elétrica in loco tem sido a solar, fazendo uso de 
células fotovoltaicas.
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
sobre Eficiência Energética, 
consulte o infográfico 
goo.gl/sXwcb5
21
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Os sistemas fotovoltaicos produzem eletricidade por meio 
da conversão da insolação (radiação solar incidente). A célula 
fotovoltaica gera energia em corrente contínua, utilizada para 
abastecer diretamente cargas em corrente contínua, armazená-la 
em um sistema de baterias ou convertê-la em corrente alternada 
para abastecimento de cargas em corrente alternada ou seja 
para ser enviada para uma rede elétrica pública. 
A célula fotovoltaica é um dispositivo fabricado com 
material semicondutor e é a unidade fundamental do processo 
de conversão da luz solar em eletricidade. Quando a luz solar 
incide sobre uma célula fotovoltaica, os elétrons do material 
semicondutor são colocados em movimento, gerando eletricidade.
Essa eletricidade, captada pelo painel fotovoltaico, é 
conduzida ao inversor que faz a conversão e direciona a energia 
à sua destinação de consumo. Em caso de excedente de energia, 
o relógio bidirecional se encarrega de devolver à rede elétrica.
Os sistemas conectados a rede elétrica local utilizam a rede 
como suprimento de energia de apoio e local para armazenar 
a capacidade de geração em excesso. 
No caso de uma edificação eficiente, a geração de energia in 
loco é capaz de reduzir ainda mais o impacto ambiental.
Primeiramente, deve-se fazer todo tipo de esforço para dimi-
nuir a demanda de energia na edificação. A redução da de-
manda diminuirá o tamanho do sistema de geração de energia 
in loco ou permitirá que determinado sistema atenda a uma 
maior porcentagem de energia da edificação. 
22
MICRO USINA 
Em abril de 2016, uma micro usina de geração de energia 
fotovoltaica foi instalada no Centro SEBRAE de Sustentabilidade. 
A micro usina possui potência de 45 kWp (quilowatt-pico), 
sendo composta por 180 painéis fotovoltaicos instalados como 
cobertura do estacionamento. O sistema está conectado a rede 
pública e atende as exigências da ANEEL – Associação Nacional 
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
sobre Energia Solar, consulte 
a cartilha Energia Solar
goo.gl/u2QT99
23
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
de Energia Elétrica para geração distribuída. (Resolução 
Normativa Nº 687/2015).
Implantou-se um sistema de supervisão,controle e aquisição 
de dados do tipo SCADA para monitorar o desempenho e o 
funcionamento dos equipamentos da micro usina. O sistema 
apresenta entre outras funcionalidades registro de potência 
instantânea e energia gerada/acumulada, registro de condições 
meteorológicas e registro solarimétrico. 
A geração dos painéis supre 100% da demanda de 
energia elétrica do CSS, o que reduziu aproximadamente 98% 
o valor da conta de energia. O CSS paga hoje à concessionária 
apenas a taxa de disponibilidade da rede. A previsão é que 
o retorno do investimento aconteça em até 6 anos.
O excedente gerado é injetado na rede e o crédito 
referente é disponibilizado pela concessionária, podendo 
ser utilizado em até cinco anos, de acordo com a norma da 
Associação Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de micro 
geração distribuída (Resolução Normativa Nº 687/2015).
A micro usina ainda funciona como unidade demonstrativa 
para empresários que desejam aprender mais sobre o assunto 
e também como fontes de pesquisas sobre as variáveis que 
influenciam a geração de energia solar, tais como temperatura, 
umidade, insolação, indicadores de rendimento mensal, custos, 
entre outras.
24
Aliado às questões de competitividade e sobrevivência no 
mercado, está o marco regulatório aprovado por meio da Resolução 
Normativa da ANEEL nº 687/2015, que é uma medida estratégica 
para impulsionar o mercado de energia fotovoltaica no Brasil.
EDIFíCIO ZERO ENERGy BUILDING
Os chamados ZEBs - Zero Energy Buildings são classificados 
como edificações que geram toda a energia necessária para 
abastecê-las. 
A edificação deve possuir a menor demanda de energia 
possível, em função da eficientização de seus sistemas construtivos e 
tecnológicos, e a demanda remanescente deve ser suprida através 
de fontes renováveis de energia instaladas no próprio local. 
O Centro Sebrae de Sustentabilidade é um dos poucos 
edifícios zero energia existentes no Brasil. 
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
sobre Energia Fotovoltaica, 
consulte o infográfico
goo.gl/PR4YaU
25
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
EFICIÊNCIA HíDRICA E APROvEITAMENTO 
DE áGUA DA CHUvA
BACIAS E METAIS COM BAIxA vAZÃO
Os equipamentos instalados no CSS foram especificados 
para minimizar o consumo de água. Esses equipamentos, que 
reduzem a demanda de água, são chamados de economizadores. 
Nas bacias sanitárias, são utilizadas válvulas com duplo 
acionamento, que possuem botões de 3 litros para líquidos e 
de 6 litros para sólidos. 
As torneiras dos sanitários apresentam temporizador, 
sendo possível assim, regular o tempo de vazão da água 
imediatamente após a saída do usuário. 
Além das opções utilizadas no CSS, existem no mercado 
vários outros equipamentos que auxiliam na redução do consumo 
de água, como arejadores, sensores para torneiras, mictórios 
e outros. 
A mesma tecnologia de arejadores e temporizadores 
aplicada a torneiras já é utilizada em chuveiros. 
26
Opte sempre por equipamentos 
economizadores!
Uma válvula de descarga convencional acionada por seis 
segundos consome em média 10 litros de água, já com a 
válvula economizadora, o consumo passa a ser de 6 litros, 
40% a menos.
O uso consciente é fundamental para a redução do con-
sumo de água. Ao se escovar os dentes com a torneira 
aberta, por exemplo, o consumo é de aproximadamente 
12 litros de água. Fechando a torneira o gasto passa a ser 
de apenas 3 litros. Com o mesmo equipamento é possível 
controlar o consumo de água através do uso consciente.
27
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
COLETA E ARMAZENAMENTO DA áGUA DE CHUvA 
A captação da água pluvial é uma técnica simples com 
inúmeros benefícios. Ela pode ser utilizada para reduzir o 
consumo da água da concessionária ou complementar as fontes 
de água potável em momentos de maior necessidade ou de 
redução de recursos. Do ponto de vista econômico, a captação 
de água pode resultar em menos gastos com o abastecimento 
e maior disponibilidade de recursos. 
No CSS, a coleta da água de chuva é feita por meio 
da cobertura do prédio, que apresenta forma arquitetônica 
aerodinâmica em duas cascas, permitindo que a água da chuva 
permeie o seu interior através de frestas na casca externa. 
A água da chuva, além de resfriar o material da cobertura, 
auxiliando na redução da carga térmica do prédio, é coletada 
e armazenada em reservatório com capacidade de 16 mil 
litros para seu posterior aproveitamento nas bacias sanitárias, 
irrigação e manutenção do prédio. 
28
A água da concessionária é utilizada apenas quando o 
nível do reservatório não é suficiente para a demanda do prédio.
O ciclo natural é a água pluvial escoar superficialmente 
e ser absorvida pelo solo, recarregando os aquíferos. Com a 
crescente impermeabilização do solo nas cidades, a coleta e o 
armazenamento de água pluvial ajudam a diminuir o volume de 
água superficial que, manejada incorretamente, pode ocasionar 
os alagamentos urbanos. 
29
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Observação: Esse sistema foi projetado para atender 
a estratégia do CSS, bem como atender a demanda de 
aproveitamento no prédio. É válido ressaltar que cada 
sistema precisa ser dimensionado e projetado de acordo com 
as características regionais como índices pluviométricos, os 
objetivos de uso pretendido e a infraestrutura disponível (área 
de cobertura e área para reserva). 
É fundamental que no projeto sejam atendidas as normas 
aplicáveis e obedecida a legislação local. Pode ser que o seu 
negócio precise de um mais simplificado ou mais complexo. 
Por isso é recomendado que um profissional habilitado seja 
consultado.
30
PROTEÇÃO E AUMENTO DA BIODIvERSIDADE
O Brasil lidera a lista entre os países considerados, pela 
ONU, megadiversos em relação à biodiversidade. Empresas que 
respeitam essa biodiversidade, além de preservarem a riqueza 
natural, conquistam cada vez mais consumidores. O entorno das 
instalações das empresas deve receber a mesma atenção que é 
dispendida ao processo produtivo e ao abastecimento de matérias 
primas. 
Baseando-se nisso, a implantação do edifício do CSS no 
terreno foi projetada de forma a manter a topografia original, 
com desnível de seis metros entre as extremidades, evitando 
uma grande movimentação de terra e preservando a vegetação 
natural existente. 
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
sobre Como Fazer Captação 
da Água de Chuva, 
consulte o infográfico goo.gl/PJGLfs
31
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
O projeto de paisagismo foi elaborado por engenheiro 
florestal e é composto por espécies nativas dos três biomas do 
cerrado presentes na região: Amazônia, Cerrado e Pantanal. 
Utilizando plantas de espécies nativas, o jardim tem baixo custo 
de manutenção e maior durabilidade, já que está adaptado ao 
clima local. Além de auxiliar no sombreamento das aberturas 
do prédio, ameniza o microclima e reduz o efeito ilha de calor.
O terreno do Centro SEBRAE de Sustentabilidade tem 
2.060,72m² onde 1.580m² foram destinados à área verde 
permeável, o que corresponde a 76,6% de área verde. 
Existem 72 espécies ornamentais diferentes, além de árvores, 
palmeiras e frutíferas do Cerrado. O agrupamento de espécies 
favorece a conservação do paisagismo, que ocorre de forma 
individualizada conforme as necessidades das espécies e do 
bioma em questão, reduzindo as despesas com água e energia. A 
rotina de cuidados envolve regar com a água captada da chuva 
e adubação com húmus produzido através da compostagem 
local. O CSS implantou também um viveiro como meio de 
atuação na preservação de indivíduos arbóreos e replantio 
de espécies. Nele são produzidas diversasmudas, utilizadas 
para manutenção do paisagismo.
32
Foram construídos ninhos e abrigos com o objetivo de atrair 
a fauna do entorno e contribuir para a preservação de espécies 
animais e vegetais naturalmente presentes no local. Assim, o 
habitat e as condições de vida da fauna são reconstituídos no 
terreno, aprimorando a biodiversidade da região. É válido 
ressaltar que o próprio prédio, pelo microclima, atrai a fauna.
A fauna local pertence basicamente a espécimes 
sinantrópicos e vive em função do abrigo. São identificados 
exemplares de avifauna, herpetofauna, mastofauna e insetos.
Para valorizar ainda mais esta biodiversidade, o CSS 
propõe o contato entre os visitantes e a natureza, através de 
trilhas para visitação e observação da fauna e da flora.
Com o intuito de estabelecer ações coordenadas de gestão 
da paisagem e do habitat local, o SEBRAE firmou acordo com 
a Federação Nacional da Indústria, localizada em terreno 
vizinho, no qual as duas instituições se comprometem a preservar 
os indivíduos arbóreos de suas áreas e executar o replantio 
33
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
de espécies para manutenção da diversificação florística, 
mitigar as ameaças para a fauna permanente ou em trânsito 
nas áreas e promover ações de educação ambiental para 
colaboradores e comunidade que evidenciem a importância das 
áreas circundantes para a biodiversidade e qualidade urbana.
MATERIAIS AMBIENTALMENTE PREFERívEIS
De acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem 
de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon), 60% 
do que é gerado nas cidades vêm da construção civil, e 70% 
desse total poderia ser reutilizado. São cerca de oito bilhões 
de reais desperdiçados por ano. A problemática da geração 
desses resíduos se agrava ainda mais quando a ela se soma 
outro fator preocupante: grande parte não recebe a destinação 
correta e acaba por ser deixada clandestinamente em terrenos 
baldios, áreas de preservação permanente, vias e logradouros 
públicos. Neste quadro, a disseminação de uma cultura de 
tratamento, reciclagem e reutilização no setor se apresenta 
como uma questão cada vez mais urgente dos nossos tempos, 
em que a sustentabilidade ambiental deve ser encarada como 
aliada indispensável do desenvolvimento econômico. 
34
As obras para construção do Centro Sebrae de 
Sustentabilidade começaram em 2008 e sua inauguração 
ocorreu em outubro de 2010. Do projeto à construção, a 
edificação foi desenvolvida de forma a minimizar a utilização 
de matérias primas e o impacto ambiental, além de promover 
a integração com a natureza.
Para sua execução, foram utilizados materiais 
ambientalmente preferíveis selecionados pelo seu potencial 
sustentável, gerando economia na construção e no consumo de 
energia. Estes materiais atendem a requisitos como produzir 
baixas emissões durante a fabricação ou uso, energicamente 
eficiente, de produção local e de baixo impacto, pouco 
35
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
geradores de resíduos, de alta durabilidade e com certificações 
de procedência. O CSS possui um guia de diretrizes para a 
especificação de materiais com menor impacto ambiental como 
produtos de limpeza, tintas, vernizes, selantes.
Ao longo da obra, os materiais foram reutilizados em 
diversas etapas, como o piso de madeira construído com resíduos 
de marcenaria, tubulação de esgoto feita de material reciclado 
e pufes feitos com câmara de pneu. Até mesmo na decoração 
são encontrados objetos reutilizados como latas, garrafas e 
pneus, demonstrando que o reaproveitamento é possível de 
forma bonita e criativa. 
GERENCIAMENTO DE RESíDUOS E COMPOSTAGEM
A coleta seletiva dos resíduos é de extrema importância 
para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de 
pessoas e economia para as empresas, também significa uma 
grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui 
a poluição dos solos e rios. Este tipo de coleta é essencial para 
o desenvolvimento sustentável do planeta. 
A implantação do sistema de coleta seletiva nas empresas 
está relacionada ao segmento de atuação e depende de 
algumas etapas para que cada resíduo receba a destinação 
36
apropriada. Primeiramente, é necessário implantar um plano 
de gerenciamento de resíduos que vai mapear as atividades 
de sua empresa, diagnosticar e classificar os resíduos gerados 
e realizar o encaminhamento correto. É importante também 
disponibilizar coletores em locais de fácil acesso e alto fluxo 
de pessoas e realizar campanhas educativas para o público, 
promovendo a conscientização da importância da separação 
de resíduos. Por fim, estabelecer parcerias com as cooperativas 
da região que garantam a destinação final adequada e a 
reciclagem. 
Desde 2010, o Brasil possui uma Política Nacional de 
Resíduos Sólidos – PNRS. De acordo com essa política, até o 
ano de 2020, o país deverá dispor da infraestrutura necessária 
para destinar corretamente todo e qualquer resíduo sólido 
produzido. A PNRS determina a prevenção e a redução da 
geração de resíduos, propondo hábitos saudáveis e aumentando 
a reciclagem. 
Em grande parte dos escritórios comerciais ou de prestação 
de serviços, como o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), 
esta geração envolve resíduos comerciais, ou seja, aqueles 
constituídos por materiais recicláveis, principalmente papel/
papelão, embalagens e plásticos, além de resíduos orgânicos. 
Sua destinação final (envio aos aterros) é efetuada pelo órgão 
municipal encarregado da limpeza pública. 
37
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Para implantação da coleta seletiva no CSS, foram seguidas 
as seguintes etapas: 
• Diagnóstico e classificação dos resíduos gerados;
• Escolha de um local específico (seco, limpo e arejado) 
para acondicionamento e armazenamento temporário 
dos resíduos até a coleta;
• Disponibilização de coletores em locais de fácil acesso 
e com alto fluxo de pessoas;
• Estabelecimento de parcerias com cooperativas da 
região;
• Campanhas de conscientização/educativas para 
colaboradores e clientes, explicando a importância 
da separação de resíduos.
Em parceria com empresas, o CSS possui um ponto de coleta 
de resíduos eletrônicos e os materiais passam por uma triagem 
para verificar as condições de uso e reaproveitamento. Se 
estiverem em boas condições, são recuperados e encaminhados 
para doação. Caso não estejam adequados para uso, são 
recolhidos pela empresa e recebem a destinação adequada.
38
Existe também um ponto de coleta para resíduos de 
difícil reciclagem (embalegens de pasta de dente, shampoos, 
condicionadores, maquiagens, esmaltes, entre outros) que são 
recebidos e encaminhados corretamente, gerando créditos de 
doação a entidades beneficentes. 
Já o descarte de resíduos orgânicos, como sobras de 
alimentos e podas de árvores e plantas, é destinado às 
composteiras locais e transformado em húmus através do 
processo de vermicompostagem. De fácil instalação e baixo 
investimento, a compostagem é uma alternativa viável para os 
pequenos negócios que desejam aproveitar os resíduos gerados 
em suas instalações. No CSS, a compostagem eliminou o descarte 
de resíduos orgânicos em aterros e o húmus gerado no processo 
é utilizado no paisagismo das instalações.
A vermicompostagem tem capacidade para 2.400 litros 
e ocupa uma área de 5m². A construção é de alvenaria e 
reaproveitamento de bambu, mostrando que é uma iniciativa 
acessível a qualquer empresa, pois é possível utilizar materiais 
diversos. Em geral, as minhocas mais utilizadas são a Vermelha 
da Califórnia e a Gigante Africana, pois convertem com maior 
rapidez o composto em húmus, e o número ideal é de meio litro de 
minhocas por metro quadrado. O ciclo completo da compostagem,39
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
de acordo com dados da Embrapa, depende da origem e tamanho 
dos resíduos orgânicos, além da instalação e composição das 
pilhas do composto, podendo chegar de 45 a 60 dias. Quando o 
composto está pronto para ser retirado dos canteiros, o material 
apresenta cor escura uniforme, consistência leve e aroma neutro. 
Esta é uma alternativa de fácil instalação e baixo investimento, 
tornando-se viável para os pequenos negócios.
É importante lembrar que o local da instalação da 
compostagem deve ser de fácil acesso e o solo deve possuir boa 
drenagem. Também é desejável mantê-la em espaço sombreados 
e protegido de ventos intensos. Além disso, os materiais utilizados 
não devem conter vidros, plásticos, tintas, óleos, metais, pedras, 
excesso de gorduras ou ossos inteiros (apenas moídos). A carne 
deve ser evitada, uma vez que atraem insetos, e o papel pode 
ser utilizado em até 10% do total de materiais.
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
Para maiores informações 
sobre Compostagem, 
consulte o infográfico goo.gl/RGUELC
40
GESTÃO SUSTENTávEL INTERNA
O programa de Gestão Sustentável foi construído com o 
propósito de agregar todas as ações em sustentabilidade que 
são executadas pela Instituição e servir como referência para 
implantação por parte das empresas e instituições interessadas. 
Sua estrutura contempla as dimensões da sustentabilidade 
(econômica, ambiental e social) considerando os eixos e seus 
respectivos elementos.
O programa objetiva consolidar todas as ações de 
sustentabilidade que são desenvolvidas pelo Sebrae em Mato 
Grosso e servir de referência para unidades do Sebrae de outros 
Estados e empresas que estejam implementando uma gestão 
sustentável interna. Dentre os objetivos do programa estão:
• Implantar boas práticas de gestão sustentável interna 
no Sebrae em Mato Grosso;
• Promover a conscientização e sensibilização dos 
colaboradores da instituição por meio da educação 
ambiental;
• Diminuir custos de manutenção e operação do prédio;
• Implantar ações para o uso eficiente do consumo de 
energia elétrica nas unidades da instituição;
• Implantar práticas que permitam a redução do uso do 
papel nos processos da empresa;
• Promover a redução e destinação final adequada dos 
resíduos sólidos gerados nas atividades.
A Dimensão Ambiental, eixo Ecoeficiência, tem como um 
dos seus elementos a gestão da energia na busca constante da 
eficiência energética das unidades do SEBRAE em Mato Grosso 
que participam desta ação. 
41
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Cabe a diretoria executiva aprovar as diretrizes da política 
e incorporá-las nas decisões estratégicas, zelar e dar condições 
para sua aplicabilidade. Cabe ainda aos colaboradores e 
fornecedores promover, implantar e respeitar as diretrizes nos 
processos cotidianos. 
Atualmente os dados referentes ao consumo de energia 
elétrica do Centro Sebrae de Sustentabilidade são registrados 
mensalmente pela equipe da Gestão Sustentável Interna. 
Além do consumo mensal de energia, a equipe monitora 
as seguintes ações:
• Desligamentos das luzes e luminárias; 
• Desligamento dos monitores; 
• Desligamento dos no-breaks; 
• Desligamento do ar condicionado; 
• Descarte correto dos resíduos nos coletores seletivos 
(Lixeiras). 
O monitoramento tem como objetivo garantir que todas as 
atividades compreendidas no Programa de Gestão Sustentável 
do CSS sejam executadas corretamente pelos colaboradores. 
Esse processo permite uma avaliação sistemática de cada 
equipe de acordo com seu desempenho perante a gestão. 
42
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
DE EFICIÊNCIA ENERGéTICA 
E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL 
DE EDIFICAÇÕES
A construção civil é um grande gerador de resíduos e 
emissor de gases de efeito estufa. Nesse contexto, organizações 
públicas e privadas criaram normas e referencias para reduzir 
os impactos gerados pela mesma. 
Os sistemas de certificação proporcionam uma escala para 
se avaliar a incorporação de estratégias sustentáveis a uma 
edificação em comparação com prédios mais convencionais. Existem 
atualmente vários tipos de sistemas de classificação de eficiência 
energética e certificações no mercado brasileiro, dentre elas 
estão: Procel Edifica, BREEAM, LEED, AQUA, entre outras. Trata-se 
de avaliações feitas por uma terceira parte independente que 
atestam a qualidade ambiental de um empreendimento. 
Apesar de não ter sido projetado e construído visando as 
certificações ambientais, o CSS obteve duas etiquetas Nível A 
do Procel Edifica e um selo BREEAM In Use, nível Excellent, em 
função dos princípios que norteiam a criação do CSS.
ETIQUETA PBE EDIFICA 
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) 
é um documento concedito pela Eletrobras e pelo Prograna 
Nacional de Conservação de Energia (Procel) em parceria com 
o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). A ENCE, também 
chamada de Etiqueta PBE Edifica é regulamentada e fiscalizada 
43
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
pelo Inmetro e informa a eficiência energética de edificações 
numa escala que vai de A (mais eficiente) a E (menos eficiente). 
TABELA 1 – ESCOPO PROCEL EDIFICA
Sistema Itens analisados
Envoltória
• Desempenho térmico da cobertura, 
paredes e janelas levando-se em 
consideração a zona bioclimática;
• Características dos materiais 
construtivos;
• Cores e Absortância térmica;
• Transmitância térmica;
• Percentual de abertura na fachada;
• Ângulos de sombreamento;
• Iluminação zenital;
• Ventilação natural;
Iluminação
• Densidade de potência instalada 
de iluminação (DPI);
• Divisão dos circuitos;
• Consideração da iluminação 
natural e desligamento automático 
para o sistema de iluminação
Condicionamento 
de ar
• Capacidade dos equipamentos;
• Isolamento dos dutos;
• Eficiência dos equipamentos;
Bonificações
• Eficiencia dos elevadores
• Sistemas para uso racional da água
• Sistemas ou fontes de energia 
renovável, 
• sistema de cogeração e inovações 
técnicas ou sistemas;
44
Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são 
avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento 
de ar, além de alguns itens contabilizados como bonificações. 
Em 2013, o prédio do CSS conquistou duas etiquetas, uma 
na categoria Projeto e outra na categoria Edificação Construída, 
ambas com o Nível A de classificação. Além dos sistemas, envoltória, 
iluminação e condicionamento de ar, foram analisadas as medidas 
de racionalização do consumo de água, item das bonificações, 
contabilizando assim, 5,6 pontos de um total de 6 pontos possíveis. 
Estas etiquetas destacam o CSS como exemplo em eficiência 
energética, tornando-o a primeira edificação mato-grossense 
etiquetada pelo Procel Edifica.
 (A) (B)
FIGURA 1 - ETIQUETA PBE EDIFICA DO CSS. (A) PROJETO E 
(B) EDIFICAÇÃO CONSTRUÍDA.
45
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
vantagens da etiquetagem:
• Possibilita o conhecimento da classe de eficiência 
energética das edificações;
• Seu uso auxilia na busca de edificações mais 
eficientes, possibilitando o controle do crescimento 
do consumo de energia;
• Para consumidores, é uma ferramenta importante 
na tomada de decisão, pois permite comparar as 
classes de eficiência entre uma edificação e outra;
• Para instituições, proporciona mecanismos para a 
contratação de projetos de novas edificações e a 
definição de requisitos de eficiência em processos 
licitatórios. 
O processo de etiquetagem de edifícios se tornará com-
pulsório. De acordo com o Plano Nacional de Eficiência 
Energética (PNEf), a compulsoriedade deverá ser aplica-
da para edificações públicas até 2020,comerciais e de 
serviços até 2025 e residenciais até 2030.
PARA MAIS 
INFORMAÇÕES 
sobre como obter a 
certificação, acessar 
o infográfico goo.gl/IKJ0pb
46
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL BREEAM IN USE 
O BREEAM (Building Research Establishment’s Environmental 
Assessment Method) é um dos sistemas de certificação mais 
antigos e amplamente adotados no mundo para projetos de 
planejamento, infra-estrutura e edifícações. Foi desenvolvido 
no Reino Unido em 1990 pelo Building Research Establishment 
Ltd. (BRE). 
A certificação apresenta diferentes modalidades, dentre as 
quais estão: New Construction (Nova Construção), Refurbishment 
(Remodelação e Adaptação) e In-Use (Em Operação). 
Em 2016, o Centro Sebrae de Sustentabilidade obteve 
a certificação Breeam In-Use, nível Excelente, sendo até 
então o mais alto nível concedido na América Latina. Nesta 
modalidade, o impacto da edificação é analisado sob três 
aspectos: desempenho, gestão da edificação e gestão do 
uso. Cada aspecto é analisado de acordo com as seguintes 
categorias:
Cada categoria possui requisitos e créditos. Quanto mais 
créditos forem atendidos, maior será o nível de certificação 
obtido.
 Energia Saúde e bem-estar Inovação Uso da terra Materiais
 Gestão Poluição Transporte Resíduos Água
47
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
TABELA 2 – NÍVEL DE CERTIFICAÇÃO BREEAM IN USE
Nível de certificação Pontuação
EXCEPCIONAL ≥ 70 ATÉ ♦♦♦♦♦♦
EXCELENTE ≥ 70 ATÉ < 85 ♦♦♦♦♦
MUITO BOM ≥ 55 ATÉ < 70 ♦♦♦♦
BOM ≥ 40 ATÉ < 55 ♦♦♦
ATENDE ≥ 25 ATÉ < 40 ♦♦
ACEITÁVEL ≥ 10 ATÉ < 25 ♦
NÃO CLASSIFICADO <10 -
 
FIGURA 2 – SELO BREEAM IN USE – CSS
CSS
48
TABELA 3 – CARACTERÍSTICAS DO CSS QUE AUXILIARAM 
NA OBTENÇÃO DA PONTUAÇÃO
Gestão
• O projeto inicial do edificio 
considera flexibilidade dos espaços, 
onde a adaptaçao para outros usos 
pode ser feita com facilidade.
• Elementos de sombreamento foram 
implantados de acordo com a 
orientação do edificio para evitar 
ofuscamento interno.
• É realizada a manutenção 
preventiva de acordo com 
Manual de Uso e Operação da 
edificação, revisado pelo menos 
uma vez ao ano.
• Procedimentos para informar 
os usuarios dos edificios ficam 
disponiveis na intranet.
Saúde e 
Bem-estar
• A acessibildade foi incoporada no 
projeto do edifício.
• Há um plano abrangente para 
evitar especificacões de materiais 
tóxicos;
• Há mecanismos de 
desenvolvimento profissional 
continuo;
• Temperatura interna, CO2 e ruído 
são constantemente monitorados;
• Pesquisas feitas com os 
colaboradores atestam o bem-
estar dos ocupantes;
• Há espaço dedicado aos 
funcionários para convivência e 
descanso.
49
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Energia
• Paineis fotovoltaicos foram 
instalados nas áreas de 
estacionamento. Estes paineis 
suprem 100% da demanda de 
energia do edifício.
• O edificio possui a etiqueta 
PBE Edifica, o que comprova o 
comprometimento com as normas e 
regulamentos locais.
Transporte
• O impacto por tranporte aborda 
o deslocamento dos funcionarios e 
viagens a negocios.
• O edificio é equipado com mesas de 
reuniões e equipamentos de tele e 
video conferência, diminuindo assim 
a necessidade de deslocamento.
• A localização do edifício permite 
acesso às amenidades locais por 
rotas acessiveis. Informações são 
disponíveis para os visitantes.
Uso da terra
• O edifício é cercado de áreas 
verdes que apresenta fauna e flora 
locais. Há um plano de manutenção 
para manter e melhorar a 
biodiversidade local. 
• o terreno foram instalados viveiros 
de pássaros e ninhos, com suas 
devidas proteções. 
• Informações sobre a fauna e flora 
são disseminadas através da 
intranet. 
50
Materiais
• Analises sobre o Risco de 
desastres naturais foram feitas 
para o contexto do edifício. 
• Mecanismos de levantamento 
sobre as condições do edificio 
conta com profissionais 
capacitados e acoes mitigatorias 
sao conduzidas. 
• Politica de compra de materiais 
prioriza fornecedores locais, em 
especiais aqueles que incorporam 
sustenttabilidade em suas 
operações.
Água
• O consumo de água é monitoriado 
constantemente e comparado com 
os as metas de redução estipuladas 
internamente. 
• Foram especificados metais e 
válvulas economizadoras.
• O aproveitamento da água de 
chuva reduz aproximadamente 
78% o uso de água potável. 
• O paisagismo é composto por 
espécies nativas e adaptadas, que 
exigem menos água e manutenção.
Poluição
• Tanque de armazenamento de água 
de chuva, superfiicies permeáveis 
e drenagem superficial mitigam os 
efeitos de cursos de água. 
• Os produtos de limpeza nao são 
nocivos ao meio ambiente. 
• Existem politicas de aquisicao 
responsáveis, revisadas anualmente.
51
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
Resíduos
• Existe uma política de resíduos 
na qual o armazenamento e 
a destinação dos resíduos são 
monitorados mensalmente.
• Os residuos sao segregados 
em coletores e containers com 
facilidade de acesso. 
• Os residuos orgânicos são 
utizados na compostagem e 
vermicompostagem gerando húmus 
que posteriormente são utilizados 
nas áreas vegetadas como adubo 
orgânico.
Inovação
• Os painéis de célula fotovoltaica 
suprem 100% da demanda 
energética.
• Aproveitamento da água de chuva 
reduz em 78% o consumo de água 
potável.
Os benefícios com a certificação são muitos, dentre eles:
• Diminuição dos custos operacionais;
• Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento;
• Melhora na segurança e priorização da saúde dos 
trabalhadores e ocupantes;
• Conscientização dos colaboradores;
• Aumento da produtividade do funcionário; 
• Incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades 
socioambientais
52
• Aumento da satisfação e bem estar dos ocupantes;
• Uso racional e redução da extração dos recursos naturais
• Redução do consumo de água e energia
• Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental
• Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção 
e operação.
SEBRAE - MT: www.sustentabilidade.sebrae.com.br
Diretrizes de gerenciamento de resíduos da cons-
trução: Resolução nº 307 do Conselho Nacio-
nal do Meio Ambiente – CONAMA, de 5 de 
julho de 2002
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. Eficiência Energé-
tica na Arquitetura. São Paulo: PW, 1997. 192 p.
PORTOCARRERO, J. A. Tecnologia indígena em 
Mato Grosso: habitação. Cuiabá, MT: Entre-
linhas, 2010. 
PARA SABER MAIS
Hoje há mais de 556.043 empreendimentos com selo BRE-
EAM e aproximadamente 2.259.200 edifícios registrados 
para avaliação desde que a certificação foi lançada, dis-
tribuídos em 78 países.
53
C
EN
TR
O
 S
EB
R
A
E 
D
E 
SU
ST
EN
TA
BI
LI
D
A
D
E 
– 
Té
C
N
IC
A
S 
C
O
N
ST
RU
TI
vA
S 
SU
ST
EN
Tá
v
EI
S
NORMAS E CERTIFICAÇÕES 
ISO 9000, ISO 14001 e ISO 26000
PROCEL EDIFICA 
www.procelinfo.com.br
BREEAM 
www.breeam.com
INSTITUTO ETHOS 
www.ethos.org.br
INSTITUTO AKATU 
www.akatu.org.br
PACTO GLOBAL DAS NAÇÕES UNIDAS 
www.pacto-global.org.br
INSTITUTO ENvOLvERDE 
www.envolverde.org.br
PARA SABER MAIS
54
 Esta cartilha compõe uma série de oito 
volumes com temas fundamentais para você 
aprimorar seus conhecimentos. Boa leitura!

Outros materiais