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Falência e Recuperação Judicial. 1 - Lei 11.101 - Aplica - se à Empresario (Individual) e Sociedade Empresaria. Não se aplica a Sociedade Simples, Advogados, Dentistas. 2 - Excluídos pela Lei: Artigo 2º inciso 1º - Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista (Totalmente Excluídos) - Institituição Financeira, Cooperativa de Crédito, Sociedade de Capitalização, Operadoras de Consorcio, Seguros, Plano de Saúde e as Entidades de Previdência Complementar (Parcialmente Excluídos. Em primeiro momento está excluído, a instituição financeira se estiver em problema financeiro, vai para liquidação extrajudicial. Ressalta - se o Inciso primeiro, o poder público que resolve. Empresa Pública, e Sociedade de Economia Mista o Poder Público que resolve isso. Ressalta - se o Inciso segundo Instituição Financeira, Cooperativa de Crédito, Sociedade de Capitalização, Operadoras de Consórcio, operadora de Seguro, Operadora de Plano de Saúde, Previdência Compelementar. 3 - Competência: Artigo 3º. Local é do próprio estabelecimento do devedor. Fórum do Principal estabelecimento. O STJ entende que é aonde exerce a principal atividade. Devedor Sempre será Empresário ou Sociedade Empresária. Exemplo: O Local de Principal exercício da função será o principal estabelecimento do devedor, sendo uma sociedade com sede no exterior, será na filial com sede no Brasil. 4 - Artigo 5º - Não são exigiveis ao Devedor: - Obrigação à titulo gratuito. - Despesas para fazer parte na recuperação judicial, salvo custas judiciais. Dos Crimes Falimentares - 183/187 Ação Penal Publica Incondicionada Competência: Será do Juiz Criminal da Mesma Jurisdição. Sentença Intimação do MP, Verificada Crime Falimentar, imediatamente promover a ação penal ou abertura de inquérito. A Prova de Existência: Documental e somente por escrito. Da Legitimidade: Quem pode pedir? Legitimidade Ativa: Próprio Devedor. Artigo 105. Artigo 97. Para Falir basta ser empresário. É muito comum o credor pedir falência de empresário. Se for Credor Empresário, têm de estar Regular. Caso seja um Credor Domiciliado no exterior, têm de prestar caução, pois, caso preste o processo têm de ser indenizado, para não correr o risco de ter prejuízo. O próprio advogado não pode pedir a própria falência. Fundamentos da Falencia: 94. Impontualidade Injustificada. (Títulos Executivos, Prostestado que ultrapasse 40 salários minimos cumulativos. Precisa o credor de titulo executivo que ultrapasse 40 salários minimos e têm de estar protestado. Execução Frustrada. Atos de Falência Admite Litisconsórcio Ativo (Pode credor juntar com outro ou com outros para solicitar falência) A execução sendo frustrada não precisa de valor minimo e exige certidão judicial. Atos de Falência, dos atos de falência existem hipóteses que a Lei fala: Exemplo: Vende estabelecimento sem restar bens, o que se pensa, para atos de falência, salvo durante o plano de recuperação judicial, se praticado não têm problema. Os Atos de Falência ficam expostos da Letra A ao G no entanto não têm problema caso praticado no plano de recuperação judicial. Efeitos da Sentença Falimentar. Inabilitação do Empresário ou Sociedade Empresario - Artigo 102 O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei. Parágrafo único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer ao juiz da falência que proceda à respectiva anotação em seu registro. Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem. § 1o O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. § 2o As sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido. Nomeação do Administrador Judicial: Profissional idôneo ou Pessoa Juridica Especializada. Quando a Lei se refere ao Idôneo diz-se do: Advogado, contador, economista, administrador. Quem Fixa o Administrador Judicial e Destitui e opta pela Remuneração: Juiz. Aonde a Remuneração será de até 5% do valor de venda dos bens. Reduz para até 2% se for Pequeno Empresário. Contratos: Bilaterais e de Concessão. Contratos Bilaterais - 117 Contratos de Concessão - 195 . Havendo Contrato Bilateral, o artigo 117, fica a critério do administrador, se for bom pra massa falida é ele quem decide. A decisão é do administrador judicial. Contrato de Concessão, o artigo 195, extingue a concessão. Pagamento dos Credores: Extraconcursais: Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a: I - remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; II - quantias fornecidas à massa pelos credores; III - despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência IV - custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida V - obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei. Pagamento dos Credores: Concursal: Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I - os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III - créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV - créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) V - créditos com privilégio geral, a saber: a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; VI - créditos quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculadosao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII - créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício. Quirografário é um credor de uma empresa falida que não possui qualquer tipo de garantia para receber seus créditos. Vídeo de Professor parado em 1:15:26 segundos. Video Kultivi.: A Lei de Falência: 11.101 de 2005. Os Atingidos e Objetos da Lei: Empresário (Devedor) Ao se referir o Empresário, todos os empresários individuais como as sociedades empresárias estão abrangidos. Alguns tipos de Empresário estão excluídos: - Empresa Pública. - Sociedade de economia mista. - Consórcio - Entidade de Previdência Complementar - Sociedade operadora de plano de assistência à saúde. - Sociedade Seguradora. - Sociedade de Capitalização. Competência para processamento da recuperação e da falência Nos termos do artigo 3. É competente para homologar o plano da recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. O principal estabelecimento - (aquele que têm o maior volume de negócios). A Lei silencia, porém será no, juizado estadual. Falência sempre será na Justiça Estadual. Suspensão da prescrição e das ações e execuções movidas em face do devedor Nos termos do artigo 6 da Lei 11.101 "a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário". Não são suspensas as ações que demandem quantia líquida, e as ações trabalhistas, já que o prosseguimento das ações, por si só, não levará a redução do patrimônio. Neste caso, após o transitado e julgado não haverá prosseguimento da execução nos respectivos juízos, devendo devendo os credores habilitarem seus créditos no processo de falência. Na mesma linha de raciocínio as execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial ressalvadas a concessão do parcelamento nos termos do código tributário nacional e da legislação ordinária específica. Por fim, prevê o parágrafo 4, artigo 6, na recuperação judicial, a suspensão não pode exceder o prazo de 180 dias em deferimento do processamento da recuperação judicial, restabelecendo se após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente do pronunciamento judicial. Obs.: Prazo de 180 dias para o legislador é o suficiente para que haja uma recuperação. O STJ afirmou entendimento de que é possível a prorrogação do prazo, a depender do caso concreto e principalmente quando a demora na aprovação do plano não decorre da culpa do empresário. Institutos tanto na Recuperação Judicial quanto Falência: Administrador Judicial: Nomeado pelo Juiz, será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica especializada. A remuneração do administrador será fixada pelo juiz e não pelos credores. Não será superior 5% do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência. No caso da Empresa de Pequeno Porte (EPP) ou Microempresa (ME) este percentual não será superior a 2%. Salienta se que o administrador judicial não necessariamente administrará a sociedade empresária falida ou em recuperação. Comitê O comitê também denominado de comitê de credores não é orgão obrigatório na recuperação ou na falência e será constituído a partir de deliberação dos credores na assembléia geral. A composição do comitê é bastante plural abrangendo todos os tipos de de credores. Assim, o comitê será composto por: Um representante indicado pela classe de credores trabalhistas com 2 suplentes. Um representante indicado pela classe com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 suplentes. Um representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 suplentes. um representante indicado pela classe de credores reprensentantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com dois suplentes. Assémbléia Geral Esta assembleia representa a vontade dos credores, razão pela sua importância é bastante grande. Formada pela classe de credores assim divididas: 1) Titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho. 2) Titulares de créditos com garantia real. 3) Titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados. 4) Titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. Função da Assembleia Geral na Recuperação Judicial: Sem dúvida alguma na recuperação a principal função desta assembleia é deliberar sobre a aprovação ou não do plano de recuperação judicial. Função da Assembleia Geral na Falencia: Na falência poderá deliberar sobre a formação ou não do comitê de credores, adoção de outras formas de realização do ativo, bem como qualquer outra matéria que interesse aos credores. Recuperação Judicial A ideia da recuperação da empresa, seja no ambito judicial ou extrajudicial é a superação da crise economica, financeira e patrimonial do empresário afim de que suas atividades não sejam enecerradas mantendo-se os postos de trabalho e atendendo os interesses de credores. O objetivo é evitar sua falência com o cumprimento de sua função social, a idéia é extraída do principio da preservação da empresa - da atividade da empresa. (Vide Conceito de Empresa - Circulação de bens e serviços.) A idéia não é salvar o Empresário e sim a Empresa. Processo de Recuperação Judicial - Fase Postulatoria: Inicia-se pela apresentação da petição inicial pelo devedor (aquele que necessita se recuperar), que pode ser empresário individual ou sociedade empresária) com todos os documentos exigidos por lei. Requisitos da Recuperação Judicial: Não ser falido, e se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes. Possuir mais de dois anos de exploração da atividade econômica. (A lógica é a viabilidade da atividade) Não ter obtido recuperação judicial nos últimos 5 anos. Não ter sócio controlador ou administrador condenado por crime falimentar. Estar devidamente Registrado. A decisão que defere o processamento da Recuperação possui Alguns Efeitos: A nomeação do administrador judicial. Suspenão pelo prazo de 180 dias de todas as ações e execuções contra o devedor com exceção das que demandem quantias ilíquidas, ações trabahistas, execuções fiscais e de credores excluídos do plano de recuperação. Dispensa da apresentação de certidçao negativa para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o poder público ou para o recebimento de benefícios ou incetivos fiscais ou creditícios. Determinar ao Devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores. Ordenará a intimação do MP e a comunicação por carta Às fazendas públicas federal ede todos os estados e munícipios em que o devedor tiver estabelecimento. Destaca-se o caso acima com a intimação do devedor a respeito da decisão que autorizou o processamento do pedido de recuperação, inicia-se o prazo de 60 dias para a apresentação do plano de recuperação. Caso o prazo seja descumprido, será decretada a falência do empresário. Processo de Recuperação Judicial - Fase Deliberativa: Nesta fase o principal objetivo é deliberar sobre a aprovação do plano de recuperação judicial por isso a nomenclatura. A Aprovação do Plano de recuperação ocorrerá na assembleia dos credores ou por meio de decisão judicial, atendidas certas condições. Nos termos do artigo 45 da lei 11.101 para que o plano seja aprovado na própria assembléia, há a necessidade do atendimento dos seguintes requisitos: Todas as classes de credores. (Classe 1: Trabalhistas e Acidentes de trabalho. Classe 2: Com garantia real. Classe 3 Quirografarios, privilégio geral e especial, subordinados. Classe 4: Microempreendedor e Empresario de pequeno porte deverão aceitar a proposta. Nas classes 2 e 3 a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes. Nas classes 1 e 4 a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. Salienta-se que nem todos os credores incluídos no plano terão direito a voto, jpa que o credor que não teve alterado o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito, não poderá votar. Aquele que não teve qualquer alteração em relação ao seu crédito, não poderá votar. Só poderá votar aquele que tinha um plano e o plano foi alterado, já que teve prejuízo. Eis a Pergunta: E caso não se consiga atingir as aprovações acima mencionadas, o plano será necessariamente rejeitado? A resposta é negativa, já que o juiz poderá aprova-lo atendidas as seguintes situações: I) O voto favorável de credores já que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes. II) A Aprovação de duas das classes de credores ou, caso haja somente duas classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos uma delas. III) Na(s) classes que o houver rejeitado o voto favorável de mais 1/3 dos credores computados na forma descrita para aprovação em assembleia, acima referida. Caso não seja possível a aprovação do plano e ele seja rejeitado, será decretada a falência do devedor. Processo de Recuperação Judicial - Fase de Execução: Uma vez aprovado o plano de recuperação, o devedor permanecerá nesta condição até se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem até dois anos depois da concessão da recuperação judicial. Em relação ao cumprimento do plano, em regra, deve-se seguir à risca o nele contido, ou seja as obrigações devem ser fielmente cumpridas, sob pena de convolação (transformação) da recuperação em falência do devedor (empresário). Falência.: A idéia de falência é o afastamento do empresário afim de que sejam diminuídos os prejuízos dos credores e empregados. Segue um regime de execução concursal em face do empresário, mesmo que somente um dos credores tenha ajuizado o pedido de falência. O procedimento da falência abrange duas fases a pré falimentar (do pedido de falência até a sentença que decreta a falência) e a fase do pagamento dos credores. Sujeito passivo do pedido de falência: Em regra podem ser sujeitos passivos - O empresário individual e as sociedades empresárias - com exceção das sociedades empresárias não abrangidas pela lei 11.101.: Sociedade de economia mista, empresas públicas, instituições financeiras, cooperativas de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, seguradora, sociedade de capitalização. Sujeito ativo do pedido de falência Os legitimados ativos ao pedido de falência são descritos no artigo 97 da lei 11.101: I - o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; II - o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; III - o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; IV - qualquer credor. (Auto falência) § 1o O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. § 2o O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei. Hipóteses do Pedido de Falência: I) Impontualidade injustificada: Sem relevante razão de direito, não paga no vencimento, obrigação liquida constante em título executivo protestado cuja soma supere o valor de 40 salário minímo. II) Execução frustrada: Executado por qualquer quantia liquida, não paga, não deposita e não nomeia bens à penhora dentro do prazo leegal. Esta hipótese verifica - se tanto no processo de execução como no cumprimento de sentença. III) Prática de "Atos de Falência": Inciso 3 do Artigo 94, enumera um rol de atos que podem legitimar o pedido de falência.: - Procede à Liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; - Realiza ou, por atos inequivocos, tenta realizar com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro ou credor ou não. - Transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo. - Simula a transferência seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor. - Dá ou reforça garantia a credor por divída contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo. - Ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recurso suficiente para pagar os credores abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu principal estebelecimento. - Deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial A resposta do devedor ao pedido de falência: O devedor citado, poderá apresentar Contestação no Prazo de 10 DIAS. Poderá o devedor, quando o pedido de falência fundar-se em execução frustrada ou impontualidade injustificada, elidir a falência, pela realização do chamado depósito elisivo, pelo qual o devedor deposita o valor do título (dívida) acrescido de correção monetária, juros e de honorários advocatícios. Depósito Elisivo - Valor da dívida, correção, juros e honorários. A Denegação da falência: A denegação (não decretação) da falência pode fundamentar - se em dois motivos: I) Improcedência do pedido de falência pelo acatamento de alguma alegação da defesa, neste caso o autor arca com custas processuais e honorários advocaticios. II) Realização do deposito elisivo, neste caso o devedor arcará com as verbas sucumbenciais. Observação: A decisão que denega a falência é uma sentença já que encerra o procedimento e é recorrível por meio de apelação. A Decretação da Falência: A decretação da falência do devedor ocorrerá caso o pedido de falência seja julgado procedente (Todos os requisitos necessários atendidos) somada à ausência do depósito elisivo. A decisão é impuugnável pela via do agravo de instrumento. Efeitos da Decretação da Falência: Com a decretação alguns efeitos: - Instauração do Juízo Universal da Falência. Atraçãopara o juízo falência. - Ações não reguladas pela lei, em que a massa falida atue no polo ativo da relação processual individualmente ou em litisconsórcio. - Ações que demandam quantia ilíquida. - Demandas em curso na Justiça do trabalho. - Ações Fiscais - Ações em que a União ou algum Ente público federal sejam partes ou interessados. Com a decretação da falência deve ser definido o período que poderá ser investigado pelos credores a fim de que se verifiquem irregularidades nas ações do devedor, podendo inclusive tais atos serem declarados ineficazes. O período suspeito é determinado pelo juiz, não podendo retroagir por mais de 90 dias do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou da data do primeiro protesto por falta de pagamento. Proibição da pratica de certos atos: Ao decretar a falência o juiz proibirá o falido de praticar qualquer ato de disposição ou oneração de seus bens, submetendo - os preliminarmente à autorização judicial e do comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor naquelas situações em que foi autorizada a continuação provisória da atividade. (Artigo 99 da Lei 11.101). Ordem de pagamento dos credores: - Credores quee recebem de forma antecipada, assim que possuir dinheiro em caixa: Créditos trabalhistas de natureza salarial vencidos nos 3 meses anteriores à decretação da falência, limitados em 5 salários minímos por trabalhador. - Credores extraconcursais (Artigo 84). remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; quantias fornecidas à massa pelos credores; despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência; etc. Vide Artigo 67 - 11.101 / 83 artigo 11.101. A extinção das obrigações do devedor falido: O pagamento de todos os créditos. O pagamento depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir nessa porcentagem se para tanto não bastou a integrar liquidação. O decurso do prazo de 5 anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver condenado por prática de crime falimentar. O decurso do prazo de 10 anos contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime falimentar. Ocorrendo qualquer destas situações requererá a declaração de extinção de suas obrigações, a qual será feita por meio da sentença. (Artigo 159 - 11.101.) LER LEI 11.101
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