Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Traqueostomia Introdução Dentro do ABCDE, airway and brething são os principais. Após avaliação incial das vias aéreas, vejo se tem indicação de via aérea definitiva. Existem 3 tipos de via aérea definitiva: sonda orotraqueal, sonda nasotraqueal e via aérea cirúrgica (cricotireoidostomia e traqueostomia). Cada vez mais realizado devido a indicações cada vez mais visíveis, levando em consideração o envelhecimento da população e consequente aumento de pessoas idosas, que frequentemente possuem discinesia da laringe e epiglote fazendo bronco aspirações, havendo a necessidade de ventilação mecânica por muito tempo. Via aérea – Anatomia Lembrando da Anatomia da laringe e traqueia, temos os anéis traqueais já abaixo do arcabouço laríngeo. A laringe por definição é um órgão formado por várias cartilagens + uma parte membranosa. Abaixo do osso hióide tem uma membrana que é o ligamento tireóideo, a maior cartilagem chamamos de “pomo de adão” que é a cartilagem tireoide, depois a cartilagem cricoide e o início dos anéis traqueais. Entre a cartilagem tireoide e a cartilagem cricóide existe o ligamento cricotireoideo que tem uma importância na permeabilziação das vias aéreas, principalmente de vitimas poli traumatizadas através da cricotireoidostomia. A traqueostomia é feita nos anéis traqueais, normalmente abaixo da topografia da glândula tireoide. Anatomicamente seria de 1 a dois dedos acima da fúrcula esternal. Indicações Manter aguda ou cronicamente a permeabilidade da via aérea: A – Neoplasia obstrutiva da via aérea: Neoplasias malignas da laringe, orofaringe (base da língua), hipofaringe (seio piriforme) ou da traqueia. Tumor benigno (raramente obstrui). Essa obstrução precisa ser acima da traqueia, se eu tenho uma obstrução abaixo do local da traqueo, o procedimento não vai adiantar. B – Obstrução não neoplásica de vias aéreas: Doenças benignas, grandes lesões tumorais, abcesso cervical profundo comprometendo a laringe. - Obstruções Agudas: feito por cricotireoidostomia por punção ou irúrgico (contraindicação da cirúrgica: não faz em crianças abaixo de 12 anos) e não faz AT ALL em pct com laringite, diátese hemorrágica e trauma de laringe. A ÚNICA INDICAÇÃO QUE EU TENHO DE FAZER TRAQUEOSTOMIA FORA DO AMBIENTE CIRURGICO E SEM MONITORIZAÇÃO É O TRAUMA DE LARINGE, que leva a uma tríade muito conhecida: fratura da cartilagem + efisema subcutâneo e rouquidão. Se eu tenho uma situação dessa, é indicação de TRAQUEO E NÃO CRICO. - Obstruções crônicas não neoplásicas: é indicado quanto tem lesão do completo laringotraqueal, estenose após intubação prolongada (se for ficar entubado por mais de 7 dias, faz traqueo pq corre risco de ter uma estenose de difícil resolução). C – Intubação prolongada: pacientes de UTI, porque o caff do túbulo é lesivo á mucosa e insuflado causa lesões e pode evoluir com estenose traqueal, então habituamente não se deixa com um paciente com. É muito mais aceita que a entubação, necessitando de uma sedação bastante reduzida quando comparado á intubação. Análise global do paciente e prognóstico: se achar que o pct em 2 ou 3 dias terá um quadro de intubação prolongada, a traqueo já é indicada. Sem prognóstico de extubação: passaram os 7 dias e o prognóstico indica faz a traqueostomia (48 horas) D – Higiene traqueobrônquica e aspiração: pacientes com tubo orotraqueal, paciente bastante secretivo... para fazer aspirações. - Traqueostomia maior facilidade de manipulação, aspiração e secreções, fisioterapia ventilatória e desmame ventilatório. - Possibildiade de suprote ventilatório sem sedaçõa - Motivos fucionais de aspiração: alterações neurológicas com incooderação do complexo laringotraqueal = pneumonia aspirativa de repetição (normalmente a fono faz uma avaliação de acordo com determinados critérios sobre incoordenação e função deglutitória.. para indicar a traqueo. Cuidados Pré e Pós-Operatórios - Análise do risco e benefício. Tem real prognóstico? Não está anticoagulado? Se rolar faz uma broncoscopia rígida pra investigar estenose. - Contato prévio com a família, termo de consentimento assinado. - Alguns Fatores são bastantes determinantes de avaliação: > Do ponto de vista clínico Instabilidade Hemodinamicas – ato cirúrgico com alto risco, inclusive transporte. Então requer que o pct tenha um mínimo de euilibrio hemodinâmico para ser submetido. Coagulopatias – Contraindicação absoluta. Deve ser controlada as coagulopatias antes do procedimento. Prognóstico da doença de base – Analise se a possibilidade de extubação. Se é possível respiração espontânea. > Do ponto de vista irúrgico - Obesidade: incisões e afastadores mais profundos - Hiperflexão cervical: idosos – maior curvatura cervical, artrose, traqueia mais interiorizada e profunda - Presença de Bócio: bócio poderá interpor-se ao trajeto cirúrgico (istmectomia) - Presença de grandes tumores cervicais: massa cervical baixa – pode dificultar ou impedir a traqueostomia. Técnica Operatória Consiste numa incisão transversal (mais estéticas) ou longitudinal normalmente dois dedos (2cm) acima da fúrcula esternal. A maioria prefere fazer incisão transversal por ser mais estética. Você vai abrir o patisma, abrindo a musculatura que reveste a traqueia (músculos pré tireoidianos) geralmente na linha média que não tem muito sangramento acessando a traqueia. As vezes a tireoide cai em cima, então precisa bascular a tireoide ou fazer a ligadura do istimo ou seja, ter o campo cirúrgico adequado não esqueça que a jugular anterior ta mt próxima. Uma vez expondo a traqueia, é bom que exponha em torno de 3 á 4 anéis traqueais, COM BISTURI FRIOfaremos a incisão. Existem várias técnicas (transversal, longitudinal...), tirar uma janela traqueal retangular ou circular... Uma vez entrando no lúmen da traqueia, inserir a cânula adequada. A primeira cânula sempre é uma cânula com cuff (modelo portex). Insuflo o cuff e depois fixar com cadarço no pescoço. A CÂNULA descartável mais comum utilizada no primeiro procedimento.... Válvula Parru-Muir – válvula de fala, para pct que não estejam mais no ventilador ou que precisem ficar com traqueo permanente, para permitir a fala do pct. Cânula Biesalski – bastante moderna já com a válvula de fala pra pct estáveis. Complicações da Traqueostomia A – Intraoperatória: sangramento, mau posicionamento do tubo, laceração traqueal (abrir muito pouco e na hora de colocar a cânula lesou a traqueia, lesão de nervo laríngeo recorrente levando a paralisia de corda vocal durante o procedimento, Peneumotórax, pneumomediastino muito comum acontecer pequenos que são reabsorvidos. E eventualmente parada cardiorrespiratória por dificuldades técnicas. B – Complicações Agudas: Hemorragias: Vasos tireoideanos, jugular anterior. Dificuldade de ventilação: Inadequação da cânula, cuff furado, estenose abaixo da cânula, coágulo, rolha de catarro (complexa, causa obstrução) Queimadura da árvore traqueal: uso de bisturi elétrico na traqueia, abertura traqueal deve ser com bisturi frio. Falso trajeto: introdução paratraqueal ou esofágica Enfisema Subcutâneo: normalmente é autolimitado, observar em casos progressivos. C – Complicações Tardias: Fístula traqueocutânea: quando após retirada ocorre manutenção de tecido epitelizado que deve ser tratado cirurgicamente. Fístula traqueovascular: grave complicação – rara. Ulceração da traqueia com comunicação com grandes vasos (especial artéria inominada à direita). Normalmente a cânula tem uma pulsação, e quando troca a cânula vê uma grande hemorragia que eventualmente pode seraté fatal. UFRJ 2018 – Um homem de 37 anos, com internação prévia há 2 meses devido a acidente automobilístico, permaneceu intubado no CTI por 7 dias. O exame físico revela sinais de esforço respiratório, taquipneia e presença de cornagem. Informa que “essa falta de ar” começou há mais ou menos 15 dias e vem piorando progressivamente. Indica-se A – Cricotireoidostomia B – Broncoscopia rígida Preciso ver se teve realmente uma estenose C – Traqueosplastia D – Traqueostomia Traqueostomia Percutânea Muito usada na UTI, pode ser no leito. Consiste em uma punção traqueal tipo a de Selinger pra passar intracat, você coloca um fio guia dentro da traqueia e coloca a cânula de traqueostomia através do fio guia. Basicamente, coloca um broncoscópio pela boca e verifica se está com o posicionamento certo. Uma vez puncionando e colocado o fio guia no sentido ascendente, faz-se uma dilatação com dilatador pra dilatar a pele e depois introduz a cânula de traqueo orientado por um broncoscópio. Via retrógrada. Contraindicações em anatomia desfavorável, sangramento. Cricotireoidostomia Pode ser cirúrgica ou por punção. Na cirúrgica: Realiza-se uma incisão na pele sobre a membrana cricotireoidiana, longitudinal ou transversa. Em seguinda, incisa-se a mebrana cricotireoidiana que será dilatada com uma pinça hemostática para introdução de cânula de traqueostomia de pequeno calibre (5 ou 7 mm). A – incisão sobre a cartilagem cricotireódea; B – divulsão por planos e abertura da cartilagem com pinça Kelly,. C – introdução da cânula traqueal e D insuflamento do cuff. Na punção é feita inserção de uma agulha na membrana cricotireoidiana. Deve ser conectada a uma fonte de oxigênio a 15 L/min, realizando insuflação intermitente. Capaz de oxigenar o doente por 30 a 45 minutos, esse tipo de método ventilatório pode ser utilizado como ponte antes da crico cirúrgica nos pacientes em apneia. É indicada em casos agudos quando tem uma obstrução de via aérea, onde a traqueo não é adequada (exceto em trauma de laringe). Abordagem alternativa na impossibilidade de Intubação oro traqueal (sempre tenta a entubação primeiro). O procedimento adequado em situação aguda de obstrução de via área muito utilizado na atenção do politraumatizado é a cricotireoidostomia. - Por punção: onde um dispositivo tipo gelco ou abocate fica posicionado de 30 á 40 minutos. Ventilação relação 4:1 a jato, pode ser feita em qualquer faixa etária. Já existe um dispotivio que já vem pronto, descartável, agulha e canula com seringa e pequeno cafff. Temos que localizar a membrana cricotireoidea que fica entre a cartilagem tireoide e cricoide, faz a punção. Esse ponto é o mesmo da de cirúrgica. - Cirurgica: eu coloco uma cânula de traqueostomia infantil sem cuff, numero 2 ou 4. LEMBRANDO QUE crico cirúrgica N PODE EM CRIANÇA MENOR QUE 12 ANOS pq causa estenose. Complicações Sangramento Deslocamento da cânula Ruptura pulmonar/pneurmotórax PEGADINHAAAAA No atendimento incial ao politraumatizado, qual é a única situação em que se aceita traqueostomia de urgência? R: trauma de laringe: TRÍADE fratura, rouquidão e enfisema subcutâneo
Compartilhar