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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS – TURMA 2 
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
PRONOMES 
Pronome é o vocábulo que, ao pé da letra, “fica no lugar do nome” 
(chamado de pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). 
Para compreender melhor a função dos pronomes, precisamos saber o 
conceito de coesão textual, pois essas palavras, assim como os 
conectivos (conjunção e preposição – a serem estudados na próxima 
aula), são responsáveis por estabelecer nexo entre as idéias do texto. 
Coesão textual é a ligação entre os elementos da oração e delas em 
relação ao texto. A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta 
de coesão, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego 
inadequado de pronomes, conjunções ou outros elementos textuais, 
inclusive a pontuação. Por exemplo, o uso inapropriado de “porquanto” 
ou de “a ele” pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se 
pretendia dar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de 
“ruptura semântica”). 
Muitas questões da ESAF abordam esse conhecimento. A banca faz 
afirmações sobre as referências textuais e o candidato deve verificar se 
estão corretas essas indicações. Para isso, a compreensão correta do 
texto e o domínio do significado de seus elementos são decisivos. 
Os pronomes podem ser: 
ƒ pessoais: referem-se às três pessoas do discurso - a que fala (1ª 
pessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se fala (3ª 
pessoa); dividem-se em retos e oblíquos – regra geral, os retos 
exercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito, 
enquanto que os oblíquos funcionam como complementos (objetos 
diretos, indiretos ou adjuntos); os pronomes oblíquos devem 
obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de colocação 
pronominal), a serem estudadas mais à frente; 
ƒ possessivos: estabelecem relação de posse entre os elementos 
regente e regido; como veremos adiante, há casos em que um 
pronome pessoal oblíquo é usado com valor possessivo; 
ƒ demonstrativos: indicam a posição dos seres no espaço e no 
tempo (função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em 
referência aos elementos do texto (função anafórica ou 
catafórica); também podem substituir algum termo, expressão, 
oração ou idéia, evitando sua repetição, no papel de termos 
vicários (“Há muito tempo eu planejo sair de férias e vou fazê-lo 
no meio desse ano.” – fazê-lo = fazer isso = sair de férias, ou 
“Eu lhe jurei que seria fiel e vou sê-lo” – ser isso – ser fiel – o 
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2
pronome permanece neutro, sem flexão de gênero ou número, 
assim como acontece com o “isso”); 
ƒ indefinidos: têm sentido vago ou indeterminado; 
ƒ interrogativos: é uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito 
importante é compreender a distinção entre eles e os pronomes 
relativos, já que a grafia é a mesma em alguns casos (como, 
quando, quem etc): os pronomes indefinidos são usados nas 
interrogações, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomes 
relativos apresentam referência a termos antecedentes; 
ƒ relativos: referem-se a um termo anterior chamado 
antecedente ou referente (substantivo ou pronome 
substantivo); sempre dão início a orações subordinadas adjetivas. 
 
Os pronomes exercem um papel decisivo na construção de um texto 
coeso e coerente, a partir de indicações corretas aos seus elementos. 
Quando um pronome demonstrativo faz referência a algum elemento do 
texto, quer antecedente (referência anafórica), quer subseqüente 
(referência catafórica), lança-se mão de um recurso lingüístico para 
evitar a repetição de palavras, expressões ou mesmo orações: “Os sem-
terra ameaçavam invadir a fazenda e isso aconteceu no último 
domingo.”. (isso = invadir a fazenda). “Para obter a aprovação em 
um concurso público, são necessários estes elementos: estudo, 
dedicação e persistência.” (estes = estudo, dedicação e 
persistência). 
Em “Não tive mais notícias de Ricardo porque não voltei a vê-lo. A ele 
não pretendo dirigir-me mais.”, os pronomes oblíquos “o” (ver + o = 
vê-lo) e “ele” (a ele) referem-se a “Ricardo”. Ficaria enfadonho o texto 
se houvesse a repetição do nome. Então, em seu lugar, foram usados 
pronomes. Esses dois pronomes têm o mesmo antecedente – Ricardo. 
O pronome relativo, como o próprio nome sugere, apresenta um 
referente, ou seja, um termo já mencionado, substituindo-o na oração 
adjetiva – “O número de candidatos que prestaram o concurso 
aumentou significativamente.” – o pronome relativo “que” está no lugar 
de “candidatos” (“os candidatos prestaram o concurso”). 
Aspectos próprios de cada um dos pronomes serão abordados nos 
comentários às questões de prova. 
Então, estude bastante. 
 
 
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3
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF 
01 - (AFRE MG/2005) 
O setor público não é feito apenas de filas, atrasos, burocracia, 
ineficiência e reclamações. A sétima edição do Prêmio de Gestão 
Pública, coordenado pelo Ministério do Planejamento, mostra que o 
serviço público federal também é capaz de oferecer serviços com 
qualidade de primeiro mundo. De 74 instituições públicas inscritas, 13 
foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e 
manter práticas e rotinas de gestão capazes de melhorar de forma 
crescente seus resultados, tornando-os referências nacionais. O perfil 
dos premiados mostra que o que está em questão não é tamanho, 
visibilidade ou importância estratégica, mas, sim, a capacidade de fazer 
com que as engrenagens da máquina funcionem de forma eficiente, 
constante e muito bem controlada. 
(Ilhas de Excelência. ISTOÉ, 2/3/2005, com adaptações) 
Julgue a assertiva abaixo, em relação aos aspectos textuais. 
d) A retirada do pronome do termo “tornando-os”(l.8) preserva a 
correção gramatical e a coerência textual, deixando subentendido o 
objeto de “referências nacionais”(l.8). 
 
Item INCORRETO 
O segmento objeto de análise é: 
“De 74 instituições públicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter 
conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter práticas e rotinas de 
gestão capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, 
tornando-os referências nacionais.” 
O pronome pessoal oblíquo faz referência a “seus resultados”. 
Substituindo os termos, então, a oração seria “tornando seus resultados 
referências nacionais”, havendo um verbo transobjetivo (tornar) que 
exige dois complementos: objeto direto (seus resultados) e predicativo 
do objeto direto (referências nacionais). 
A supressão sugerida poderia levar a uma ambigüidade indesejada: não 
se saberia o que foi considerado “referências nacionais”, se as práticas e 
rotinas de gestão, se as instituições públicas selecionadas, se seus 
resultados, causando prejuízo à coerência textual. Essa é a função do 
pronome oblíquo na oração. 
 
 
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02 - (Auditor TCE ES/2001) 
Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições 
interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus 
autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a 
direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado 
em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe 
deu origem. 
Julgue a proposição abaixo, em relação aos elementos do texto. 
c) Os pronomes possessivos na segunda oração referem-se a “arquivo 
cronológico”. 
 
Item INCORRETO 
Comentário. 
A segunda oração é a subordinada adjetiva “as quais manterão arquivo 
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemáticodo seu extrato, 
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis”. 
Tanto “extrato”, como “autógrafo” são elementos que fazem parte dos 
contratos. O arquivo cronológico dos autógrafos apostos nos contratos e 
o registro sistemático de seu extrato serão mantidos pelas repartições. 
Assim, os pronomes possessivos têm por referente “os contratos e seus 
aditamentos”, da oração principal (“os contratos e seus aditamentos 
serão lavrados nas repartições interessadas”). 
 
03 - (TFC SFC/2000) 
O saber produzido pelo iluminismo não conduzia à emancipação e sim à 
técnica e ciência moderna que mantêm com seu objeto uma relação 
ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razão humana permitiria 
emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e 
controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que 
essa razão iluminista foi abortada. A razão que hoje se manifesta na 
ciência e na técnica é uma razão instrumental, repressiva. Enquanto o 
mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia 
em cega objetividade. Inicialmente a razão instrumental da ciência e 
técnica positivista tinha sido parte integrante da razão iluminista, mas 
no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra 
as suas tendências emancipatórias. 
(B. Freitag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, p. 35, com adaptações) 
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Das seguintes expressões retiradas do texto, indique o item em que o 
elemento da coluna da esquerda faz remissão incorreta às expressões 
da coluna da direita. 
a) seu (l.2) .......... técnica e ciência moderna 
b) seus(l.4) ......... homens 
c) os (l.4) .............homens 
d) ela (l.11) ..........razão instrumental 
e) suas (l.12) .......cega objetividade 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Em questões como essas, talvez a maior dificuldade esteja na 
compreensão textual, decisiva para a identificação dos termos 
referentes. 
Uma paráfrase para o último período do texto é: “A razão instrumental 
da ciência e técnica positivista, que antes era parte da razão iluminista, 
com o tempo se tornou autônoma, indo de encontro às suas próprias 
tendências emancipatórias.”. 
Assim, nota-se que tanto o “ela”, da linha 11, quanto o “suas”, da linha 
12, têm por referente “razão instrumental”. 
 
04 - (Assistente de Chancelaria/2003) Em relação ao texto abaixo, 
assinale o que se pede. 
Compara-se vulgarmente a dominação americana sobre o mundo, hoje, 
com a do Império Romano. Mas vejo muitas diferenças. Os romanos de 
fato conseguiram fazer uma coisa que os americanos não alcançaram: 
eles transformaram os habitantes de seu império em cidadãos romanos. 
Já no primeiro século da era cristã, o próprio São Paulo, que era judeu, 
claro, se dizia antes de tudo um cidadão romano. Não quero dizer que 
seja culpa deles, mas os americanos estão num mundo onde a 
americanização deve forçosamente parar num certo momento. Com sua 
potência militar ou econômica, eles dominam muitos Estados, mas não 
estão numa situação que lhes permita fazer das pessoas que dominam 
verdadeiros americanos. Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. É bom 
porque as pessoas conservam o que se chama hoje de sua identidade. É 
ruim porque isso impede que essas pessoas se tornem membros inteiros 
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da democracia americana, que é, apesar de seus enormes defeitos, uma 
democracia. 
(Depoimento de Jacques le Goff a Alcino Leite Neto, Folha de São 
Paulo, 14/04/2002, com adaptações) 
Assinale o par em que, no texto, o pronome da primeira coluna não se 
refere à expressão da segunda coluna. 
a) “eles”(l.4) ----- “romanos”(l.2) 
b) “deles”(l.7) ----- “americanos”(l.7) 
c) “lhes”(l.10) ----- “ verdadeiros americanos” (l.11) 
d) “sua”(l.12) ------ “pessoas”(l.12) 
e) “seus”(l.14) ------ “democracia americana” (l.14) 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Para compreensão textual, será transcrito o segmento em análise na 
opção c: 
“Não quero dizer que seja culpa deles, mas os americanos estão 
num mundo onde a americanização deve forçosamente parar num 
certo momento. Com sua potência militar ou econômica, eles 
dominam muitos Estados, mas não estão numa situação que lhes 
permita fazer das pessoas que dominam verdadeiros americanos.” 
Assim, extrai-se da passagem que os americanos dominam muitos 
Estados mas não estão numa situação que permita a eles [os 
americanos] fazer das pessoas dominadas [por eles, os americanos] 
verdadeiros americanos. 
O pronome oblíquo lhes, objeto indireto do verbo “permitir” (“permitir 
alguma coisa a alguém”), refere-se aos americanos, e não aos 
“verdadeiros americanos” que seriam os estrangeiros dominados por 
aqueles. 
 
05 - (AFRF 2003) Em relação aos elementos que constituem a coesão 
do texto abaixo, assinale a opção correta. 
O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que 
limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em 
sua primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado 
sobre o indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de 
proprietário. Com a extensão dos direitos humanos a direitos políticos e 
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sobretudo sociais, aqueles passam — pelo menos idealmente — a fazer 
mais do que limitar o governante: devem orientar sua ação. Os fins de 
seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de 
vida, que não se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem 
nela, ao menos, sua condição necessária, ainda que não suficiente. 
(Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da Ética, São Paulo: Senac, 2002, 
p.140) 
a) Em “o orienta”(l.2), “o” refere-se a “cidadão”(l.1). 
b) Em “este tivesse”(l. 4), “este” refere-se a “Estado”(l.3). 
c) Em “aqueles passam”(l.6), “aqueles” refere-se a “direitos 
políticos”(l.5). 
d) “sua ação”(l.7) e “seus atos”(l.8) remetem ao mesmo referente: 
“proprietário”(l.5). 
e) “sua condição”(l.10) refere-se a “um aumento da qualidade de 
vida”(l.8-9). 
 
Gabarito: E (Adaptada – originalmente anulada por erro de digitação na 
opção “e”) 
Comentário. 
Para resolver essa questão, devemos relembrar as regras do emprego 
do pronome demonstrativo em referências textuais. 
O recurso lingüístico de ligar a elementos textuais os pronomes que a 
eles se referem chama-se referência anafórica (se o termo for 
antecedente ao pronome) ou catafórica (em caso de termo referente 
após o pronome). 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS EM REFERÊNCIAS TEXTUAIS 
Forma 1 - Quando um pronome demonstrativo faz referência a algo já 
mencionado no texto, ou seja, a algo que está no “paSSado” do texto, 
deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com o SS do paSSado). Se a 
referência ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro), usa-se 
ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) – gostou dessa dica 
mneumônica? 
Forma 2 - Quando se citam dois elementos, retoma-se o último, ou 
seja, o mais próximo, pelo pronome "este" (ou "esta", "estes", "estas"). 
O primeiro elemento citado, isto é, o mais distante, é retomado por 
"aquele" (ou suas flexões). Exemplo: “Em 1998, João e Pedro fizeram a 
prova para Auditor da Receita Federal. Este para Aduana e aquele para 
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Auditoria.” – Nesta construção, “este” é o referente mais próximo 
(Pedro) e aquele, o mais distante (João). 
Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome 
demonstrativo em referências textuais, inclusive emrelação às provas 
(veremos na próxima questão) mas, em textos formais e nas provas, 
deve-se observar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. 
De volta à questão da prova. 
A análise sintática depende da análise semântica. Por isso, 
apresentamos abaixo uma paráfrase ao texto: 
“Primeiramente, os direitos humanos, exclusivamente na qualidade de 
direitos civis, somente limitavam a ação do Estado sobre o indivíduo, 
especialmente na qualidade deste como proprietário. Posteriormente, 
com a extensão desse conceito também a direitos políticos e, sobretudo, 
sociais, os direitos humanos, além de limitar a ação do Estado (o que já 
fazia), passou a orientá-lo, ou melhor, a orientar a ação de seu 
governante, pelo menos idealmente. A finalidade dos atos do 
governante deve ser o aumento da qualidade de vida, que não se limita 
aos direitos humanos, mas tem neles a condição necessária, mesmo que 
não suficiente, para esse aumento de qualidade de vida.” 
a) Tanto a expressão “este último” como o pronome “o” exercem 
função anafórica em relação a “poder”: “O caráter ético das relações 
entre o cidadão e o poder está naquilo que limita este último e, mais 
do que isso, o orienta” [limita e orienta o poder]. 
b) como o pronome demonstrativo utilizado foi “este”, denota que está 
se referindo ao elemento mais próximo – indivíduo – e não ao mais 
distante – Estado, ao qual se empregaria o pronome “aquele”. 
c) A partir da compreensão textual, e sobretudo a partir do uso 
anafórico do pronome demonstrativo aqueles (fazendo referência ao 
termo mais distante), deduz-se que esse pronome faz menção a 
“direitos humanos”, e não “direitos políticos” como sugerido. 
d) “O fim de seus atos” – atos do governante; “devem orientar a sua 
ação” – ação do governante. Assim, os possessivos possuem o mesmo 
referente – governante. 
e) Havia um erro de digitação (corrigido neste material) que acarretou a 
anulação desta questão. Isso não nos impede de analisar a referência do 
possessivo “sua” em “sua condição necessária”. O que se infere do 
texto, no último período, é que os objetivos dos governantes devem ser 
um aumento da qualidade de vida, que tem por condição necessária 
(condição do aumento da qualidade de vida) – mesmo que não 
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suficiente – à linguagem dos direitos humanos. Assim, está correta a 
correlação entre “sua condição” e “aumento da qualidade de vida”. 
 
 
06 - (TRF 2002.1) Julgue se as formas de redação abaixo estão 
gramaticalmente corretas. 
 
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 
3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto 
o momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão 
por dia. / Seu pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a 
hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e produtividade que 
permite encarar sem susto o momento próximo em que os EUA gastarão 
com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
 
Item CORRETO. 
Comentário. 
Observe que, no segundo segmento, o autor usa o pronome 
demonstrativo esse em referência catafórica, o que seria, segundo os 
puristas, um erro. Contudo, a banca indicou esse item como correto. 
Isso reforça a tese de que se reduziu o rigor gramatical no emprego 
anafórico do pronome demonstrativo. Originalmente na prova (questão 
10 – TRF 2002.1), o enunciado buscava o item incorreto e a resposta 
foi a letra d, em virtude do erro de construção da locução verbal 
“possam ser ignorados” (o segundo segmento apresentava a forma 
indevida “possa serem ignorados”). Esse item já foi objeto de 
comentário na Aula 2 – verbos, questão 39. Diante de uma forma 
duvidosa de referência pronominal (em vez de “este” colocou-se “esse”) 
e uma locução verbal com construção incorreta, o candidato deveria 
marcar como gabarito a segunda. 
 
07 - (AFC / 2002) Julgue a substituição proposta para adequar o texto 
ao padrão culto formal do idioma. 
“O conceito de tributo, face sua interpretação nos conformes à 
Constituição, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princípio da 
legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: não há possibilidade 
de discricionariedade na definição legislativa do tributo, mas só teremos 
tributo se o dever de pagar uma importância ao Estado for vinculado à 
previsão de ter riqueza.” 
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10
(Nina T. D. Rodrigues, com adaptações) 
III. substituir “essa”(l.2) por “esta” 
 
Item CORRETO 
Comentário. 
“O conceito de tributo, ... , tem essa peculiaridade: deve obedecer ao 
princípio da legalidade estrita.” 
Como a peculiaridade ainda será mencionada, o pronome demonstrativo 
apropriado é esta. Dessa vez, ao contrário da questão anterior, o 
enunciado exige que se siga o padrão culto formal da língua. O que 
isso significa? Que modernismos, como o comentado na questão 5/b, 
não se aplicam quando se tratar de norma culta formal. 
 
(TFC SFC/2000) Leia o texto para responder à questão 08. 
As casas-grandes requintadas, com negros tocando ópera e cantando 
em latim, não foram típicas de uma aristocracia rural que, isolando-se, 
cercando-se só de subordinados, fez sempre mais questão da 
quantidade que da qualidade dos seus títulos de grandeza: do número 
de seus pés de café e dos seus pés de cana; do número das suas 
cabeças de escravos e das suas cabeças de gado; do número das salas 
e dos quartos de suas casas-grandes. Isso é que, aos olhos da maioria 
dos brasileiros da era patriarcal ainda predominantemente rural, era 
grandeza. O senhor rural, mais pervertido pelo isolamento, desprezava 
tudo, pelo regalo de mandar sobre muitos escravos e de falar gritando 
com todo o mundo, tal a distância, não só social, como física, que o 
separava quase sempre das mulheres, dos filhos, dos negros, em casas 
vastas, com salas largas, onde quase nunca as pessoas estavam todas 
perto uma da outra; onde nas próprias mesas de jantar, de oito metros 
de comprido, era preciso que o senhor falasse senhorialmente alto para 
ser ouvido no fim da mesa quase de convento. 
(Gilberto Freire, Sobrados e Mucambos, p.46) 
08 - Julgue a assertiva abaixo, em relação à correção dos elementos 
textuais 
b) O pronome demonstrativo Isso (l.7) refere-se à enumeração 
apresentada no período anterior e constitui um recurso de coesão 
textual. 
 
Item CORRETO. 
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11
Comentário. 
Verifica-se o uso correto do pronome demonstrativo “Isso” em função 
anafórica. 
O que a maioria dos brasileiros considerava “riqueza” era o número de 
pés de café e de cana, de cabeças de escravos e de gado, de salas 
quartos das casas-grandes – elementos que antecedem o pronome 
demonstrativo “isso”. 
Essa assertiva resume o objetivo do emprego dos pronomes 
demonstrativos como recurso lingüístico, que é a retomada e 
substituição dos elementos textuais como forma de coesão. 
 
09 - (TC PR 2002/2003) 
Monteiro Lobato, ao afirmar que "um país se faz com homens e livros", 
por certo indicou o caminho das pedras àqueles que, descuidadamente, 
promovem a história sem a preocupação de seu registro e que, por 
conseqüência, legam ao pó do esquecimento tudo o que foi feito – certo 
ou errado – ou deixado de fazer. Os homens fazem a história. Os livros 
registram a história. Sem estes, os exemplos do passado, os 
conhecimentos técnicos e científicos armazenados, o testemunho e as 
provas colhidas não seriam repassados às gerações futuras, o que 
comprometeria a chamada evolução. 
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Julgue a assertiva abaixo, emrelação à correção dos elementos 
textuais. 
a) A expressão “o que comprometeria” (l.8-9) pode ser substituída por 
os quais comprometeriam, sem prejuízo das relações sintáticas e 
semânticas originais. 
 
Item INCORRETO. 
Comentário. 
A oração “o que comprometeria a chamada evolução” refere-se ao “não 
repasse” às gerações futuras de tudo o que antecede – “os exemplos do 
passado, os conhecimentos técnicos e científicos armazenados, o 
testemunho e as provas colhidas”. Assim, “o que” é uma expressão 
vicária que retoma a idéia apresentada anteriormente. Por isso, deve-se 
manter neutro, sem flexão de gênero ou número. 
 
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10 - (TFC SFC/2000) Assinale a opção incorreta em relação ao texto. 
O universo financeiro compreende dois canais principais para colocar 
doadores e tomadores de recursos, assim como poupadores e 
investidores em contato. Todos eles formam o mercado financeiro, que 
lida, basicamente, com títulos de curto prazo, como letras de câmbio, 
títulos do Tesouro e empréstimos interbancários, e o mercado de ações, 
que trabalha, principalmente, com ações e cotas empresariais e ações 
públicas. 
(Adaptado de Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais – Isto É ) 
Julgue a assertiva abaixo, em relação à correção dos elementos 
textuais. 
d) Em “que lida” (l.3-4) o “que” corresponde a cujo. 
 
Item INCORRETO. 
Comentário. 
Sem dúvida, dos pronomes, o relativo é o mais recorrente em questões 
da ESAF. E, dos pronomes relativos, o “cujo” ganha em disparada. Por 
isso, é tão importante seu estudo e domínio de seu conceito. 
Na passagem “Todos eles formam o mercado financeiro, que lida, 
basicamente, com títulos de curto prazo”, o pronome relativo tem como 
antecedente “mercado financeiro” e exerce a função de sujeito da 
oração adjetiva. Por isso, não é possível a troca por “cuja”, que é 
empregado para ligar dois substantivos com idéia de dependência (nem 
sempre há idéia de “posse”). 
 
PRONOMES RELATIVOS 
Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. Já falamos 
sobre concordância e regência com pronomes relativos. Agora, veremos 
quais são esses pronomes e como devem ser empregados na oração 
subordinada adjetiva que iniciam, especialmente em relação aos seus 
referentes e ao emprego de preposição. 
Engraçado, sempre que abordo “pronomes relativos”, lembro a história 
dos sete anões – seis apresentavam características próprias, mas 
fisicamente eram parecidos (pareciam gnomos), e um deles se 
destacava dos demais – era completamente diferente (parecia um 
duende, era mudo) e recebia tratamento especial (dizem que era o 
preferido da Branca de Neve). 
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Faço uma analogia com os relativos: os pronomes que/o qual, onde, 
quando, quanto, como e quem devem ser usados, cada qual, de 
acordo com seus próprios referentes, mas, grosso modo, fazem a 
mesma coisa - referência a um substantivo antecedente; já “cujo” (o 
“Dunga” do grupo) é diferente de todos – liga dois substantivos com 
“idéia de posse” (coisa que os outros não fazem), flexiona-se em gênero 
e número com o substantivo subseqüente (coisa que os outros 
também não fazem – “o qual” varia, mas de acordo com o antecedente). 
Talvez seja esse o motivo de tanta gente já ter abolido o pobrezinho do 
seu dia-a-dia, usando o “que” indevidamente no seu lugar. A partir de 
hoje, procure empregar corretamente os pronomes relativos, bem como 
as preposições a eles ligadas. Assim, acho, fica mais fácil apre(e)nder a 
matéria. 
Vamos ver as características dos anões, digo, dos pronomes relativos. 
QUE Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de 
“pronome relativo universal”. Normalmente é empregado em relação 
a “coisa”, já que os demais referentes têm pronomes relativos 
específicos (lugar, quantidade, modo). 
Aceita somente preposições monossilábicas, exceto sem e sob. 
O QUAL Assim como “que”, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceita 
preposição com duas ou mais sílabas, locuções prepositivas, além de 
sem e sob (rejeitadas pelo “que”). 
 É usado quando o referente se encontra distante ou para evitar 
ambigüidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente. 
Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dúvida, uso 
“o qual” para ele ou “a qual” para ela. 
QUEM Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre virá antecedido 
de preposição – Ele é o rapaz de quem lhe falei. 
ONDE Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso 
se assemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde guardei o 
dinheiro foi arrombada.”; pode ser substituído por “em que”. 
COMO Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA – O jeito 
como escreve mostra a pessoa que é. 
QUANDO O antecedente dá idéia de TEMPO, também equivalente a “em que” – 
Época de ouro era aquela, quando todos andavam tranqüilos pelas 
ruas. 
QUANTO O antecedente dá idéia de QUANTIDADE - normalmente precedido de 
um pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) – Tenho tudo 
quanto quero. Leve tantos quanto quiser. 
Esses pronomes relativos representam sempre substantivos ou pronomes 
substantivos nas orações adjetivas que formam. Não os confunda com 
pronomes interrogativos, que não têm antecedentes e podem aparecer em 
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14
orações interrogativas diretas ou indiretas (Quem bateu? / Não sei onde 
moras/ Quanto custa? / Como farei? / Preciso saber quando estará 
pronto o almoço. / Que gostaria de saber?). 
CUJO (e flexões) – o mais especial de todos; liga dois substantivos 
indicando idéia de posse (entre os substantivos, haveria uma preposição 
de) – “O rapaz cuja mãe faleceu recentemente procurou por você.” (mãe 
do rapaz faleceu – rapaz cuja mãe faleceu); concorda com o substantivo 
subseqüente, flexionando-se em gênero e número, e dispensa o artigo 
(não existe “cujo o” ou “cuja a”); 
DICA: 
Ao usar o pronome relativo, verifique: 
1 – qual deve ser o pronome mais adequado, a depender do 
antecedente (coisa, pessoa, tempo, modo, lugar...); 
2 – se o algum termo na oração adjetiva exige preposição. 
Exemplo: 
(1) Este é o livro | que ganhei. 
Oração principal: Este é o livro 
Oração subordinada adjetiva: que ganhei - O verbo ganhar é 
transitivo direto e não rege preposição. 
(2) Este é o livro | a que me referi. 
Oração principal: Este é o livro 
Oração subordinada adjetiva: a que me referi – o verbo referir-se é 
indireto e rege a preposição de. Por isso, a preposição antecede o 
pronome relativo, que está no lugar do termo regido – “livro”. 
(3) Aquele é o professor | por quem eu tenho muita admiração. 
Oração principal: Aquele é o professor 
Oração subordinada adjetiva: por quem eu tenho muita admiração – 
o substantivo admiração rege preposição por, que antecede o pronome 
relativo que substitui o termo regido – “professor”. 
 
11 – (TRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com 
erro gramatical. 
a) Finalmente, após cinco anos de debate, a Lei Brasileira de Arbitragem 
(Lei Marco Maciel), de iniciativa do Congresso Nacional, sancionada pelo 
Executivo, recebeu o “nada obsta” do Supremo Tribunal, em uma de 
suas últimas reuniões plenárias de 2001. 
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b) Apesar de analisada e selada pelos três poderes da República, o fato 
mais marcante onde caracteriza a Lei de Arbitragem é a simpatia com 
que foi recebida por grande parcela da sociedade.c) Tal aspecto, em termos brasileiros, é emblemático, pois expressa, 
talvez, a chancela mas importante: a do cidadão, a confirmar que a lei 
pegou. 
d) De fato, a longa discussão quanto à constitucionalidade da Lei de 
Arbitragem manteve-se ao largo da atividade da sociedade civil, tendo 
em vista a implementação desse meio extrajudicial de solução de 
conflito. 
e) Foram intensos, nesses cinco anos de existência da Lei Marco Maciel, 
os cursos, as conferências, a publicação de estudos e livros, enfim, os 
debates travados ao redor do tema. 
(Baseado em Pedro Batista Martins) 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
O pronome relativo onde deve ter como referente um lugar, o que não 
se verifica na passagem. O pronome relativo mais apropriado seria 
“que”, uma vez que seu referente é “fato” - coisa: “... o fato mais 
marcante que caracteriza a Lei de Arbitragem é a simpatia ”. 
 
12 - (AFC SFC/2000) Assinale a opção em que o item gramatical 
grifado constitui erro. 
a) É preciso pensar em como ajudar as pessoas que não estão 
conseguindo se beneficiar da globalização. 
b) Uma medida necessária é o treinamento e reciclagem dos 
trabalhadores que perderam seus empregos, para que possam ser 
reincorporados. 
c) E aqueles cujos não conseguirem voltar ao sistema produtivo 
devem ser alvo de políticas compensatórias que aliviem as tensões de 
uma transição econômica tão complexa. 
d) Trata-se de mudar de uma economia protegida há décadas para 
uma mais integrada. 
e) Programas de renda mínima e seguro-desemprego, para ficar em 
dois exemplos, são extremamente necessários em países como o Brasil. 
(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) 
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16
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Mais uma vez, houve a colocação do pronome relativo cujo em 
construção inadequada, prejudicando, assim, a coesão e coerência 
textuais. Esse relativo tem a função de ligar dois substantivos com idéia 
de posse, o que não é o caso. Mais correto seria o emprego do relativo 
universal “que”, em referência ao pronome demonstrativo “aqueles” – 
“E aqueles que não conseguirem voltar ao sistema produtivo 
devem ser alvo de políticas compensatórias...” 
Em relação às opções corretas: 
a) A preposição em é exigência do verbo pensar; já o advérbio 
interrogativo como inicia uma pergunta indireta (equivalente a “Como 
ajudar as pessoas que não estão conseguindo se beneficiar da 
globalização? É preciso pensar nisso”). O como seria um pronome 
relativo se tivesse um antecedente a quem pudesse se referir. 
b) A locução conjuntiva indica finalidade (para que). Esse assunto será 
objeto de estudo na próxima aula. 
d) O verbo haver, no sentido de tempo decorrido, é impessoal e não se 
flexiona – há décadas. 
e) Preposição que inicia uma oração subordinada reduzida de infinitivo. 
 
13 - (AFC SFC/2000) Indique a opção em que o texto foi transcrito com 
problemas de estruturação sintática. 
a) Assim como em “Os Trabalhadores”, de que predomina e dá 
direção do trabalho é a visão política e social do fotógrafo. Para Salgado, 
o centro do êxodo moderno está nas populações mais pobres e 
deserdadas. 
b) A violência do sistema econômico contemporâneo é o agente que 
direciona o movimento das câmeras do fotógrafo em milhares de 
películas tradicionais, numa era aclamada pela globalização e pela 
transmissão digital de imagens num mundo virtual. 
c) Contar a história da humanidade em trânsito é, como diz o próprio 
fotógrafo, uma história perturbadora. Mais ainda com o foco de atenção 
voltado para os refugiados, os favelados, os humilhados, os fugitivos da 
pobreza, da repressão, da guerra. 
d) Por seis anos, Salgado andou dos campos de refugiados às favelas 
urbanas. Presenciou momentos históricos de Kosovo, Eldorado dos 
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Carajás e Ruanda, ícones do extermínio contemporâneo, produzindo 
lembranças fotográficas de que a globalização não é, e não será, a 
solução. 
e) Mesmo com um cenário mundial desesperador, as imagens dos 
livros de Sebastião Salgado fazem pensar que o fotógrafo acredita e tem 
esperanças na humanidade. São imagens pungentes, delicadas, 
realçadas pela qualidade e dramaticidade do preto-e-branco, numa 
crença absoluta de que a reflexão virá com a exposição do problema da 
maneira mais ampla possível. 
(Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptações) 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Na passagem “Assim como em “Os Trabalhadores”, de que predomina e 
dá direção do trabalho é a visão política e social do fotógrafo.”, não há 
termo regente que justifique o emprego da preposição de antes do 
relativo que em “de que predomina”. O correto seria colocar um 
pronome demonstrativo com o relativo correspondente – “o que 
predomina e dá direção do trabalho é a visão política e social do 
fotógrafo.” 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 14 e 15. 
Rápida Utopia 
O século do triunfo tecnológico foi também o da descoberta da 
fragilidade. Um moinho de vento pode ser reparado, mas o computador 
não tem defesa diante da má intenção de um garoto precoce. O século 
está estressado porque não sabe de quem se deve defender nem como: 
somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. 
Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas não o de eliminar os 
resíduos. Porque a sujeira nascia da indigência, que podia ser reduzida, 
ao passo que os resíduos (inclusive os radioativos) nascem do bem-
estar que ninguém quer mais perder. Eis por que nosso século foi o da 
angústia e da utopia de curá-la. Com um superego mais forte, a 
humanidade se embaraça num mal que conhece perfeitamente, 
confessa-o em público, tenta purificações expiatórias, às quais se 
juntam as Igrejas e os governos, e repete o mal porque ação a distância 
e linha de montagem impedem de identificá-lo no início do processo. 
Espaço, tempo, informação, crime, castigo, arrependimento, absolvição, 
indignação, esquecimento, descoberta, crítica, nascimento, longa vida, 
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morte... tudo em altíssima velocidade. A um ritmo de estresse. Nosso 
século é o do enfarte. 
(Umberto Eco - tradução de Paulo Neves, com adaptações) 
 
14 - (TCE ES/2001) Em relação ao emprego das palavras e expressões 
do texto, julgue a assertiva abaixo. 
e) Mantém-se o sentido e a correção gramatical ao substituir a 
expressão "às quais" (l.12) pelo pronome relativo que. 
 
Item INCORRETO 
Comentário. 
Quando falamos de pronome relativo, alertamos para os dois cuidados 
que devem ser tomados: 
1 – adequação do pronome relativo ao antecedente; 
2 – emprego da preposição exigida por algum termo da oração. 
O examinador sugere a troca de “à qual” (que, como vimos em crase, é 
a fusão da preposição a com o pronome relativo a qual) pelo pronome 
relativo “que”. 
O termo regente juntar-se exige a preposição (“as Igrejas e os 
governos se juntam a...”). O termo regido é o pronome relativo que tem 
por referente “purificações expiatórias”. No texto, foi empregado o 
relativo “as quais” que, com a crase, forma “às quais”. Com a troca do 
“as quais” pelo “que”, construir-se-á “a que”. Omitiu-se indevidamente 
a preposição que, por exigência do termo regente, deve anteceder o 
pronome relativo. 
 
15 - (TCE ES/2001) Analise a correspondência entre as estruturas 
lingüísticas do texto. 
I- "que" (l.7) refere-se a "sujeira" (l.7) 
II- "-la", em "curá-la"(l.10) refere-se a "angústia" (l.10) 
III- "-o" em "confessa-o"(l.12) refere-se a "superego"( l.10) 
IV- "-lo"em "identificá-lo"(l.14) refere-se a "processo"(l.14) 
V- "tudo"(l.17) refere-se às informações enumeradas nas linhas 15 a 
17. 
 
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Marque a opção correta. 
a) Estão corretos todos os itens. 
b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. 
c) Estão corretos apenas os itens II e V. 
d) Estão corretos apenas os itens III, IV e V. 
e) Nenhum dos itens está correto. 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Não podemos nos deixar levar pelas sugestões da banca. É preciso, 
nesse tipo de questão, ler a passagem em que se encontra o segmento 
analisado para, a partir da compreensão textual, inferir a qual elemento 
se refere o pronome. 
 
I) “Porque a sujeira nascia da indigência, que podia ser reduzida” 
– o que podia ser reduzido era a indigência, e não “sujeira”.- 
REFERÊNCIA INCORRETA 
II) “Eis por que nosso século foi o da angústia e da utopia de 
curá-la.” – utopia de curar a angústia - REFERÊNCIA 
CORRETA 
III) “Com um superego mais forte, a humanidade se embaraça 
num mal que conhece perfeitamente, confessa-o em público, 
tenta purificações expiatórias,...” – a humanidade confessa 
esse mal em público, e não “superego” - REFERÊNCIA 
INCORRETA 
IV) “e repete o mal porque ação a distância e linha de montagem 
impedem de identificá-lo no início do processo.” – impedem de 
identificar o mal no início do processo, e não “o processo”- 
REFERÊNCIA INCORRETA 
V) “Espaço, tempo, informação, crime, castigo, arrependimento, 
absolvição, indignação, esquecimento, descoberta, crítica, 
nascimento, longa vida, morte... tudo em altíssima velocidade.” 
– conforme estudamos em concordância, pronomes indefinidos, 
como tudo, nada, ninguém, se prestam à função de apostos 
resumitivos. Todos os elementos enumerados resumem-se no 
pronome tudo – REFERÊNCIA CORRETA. 
Estão corretas, portanto, as inferências II e V. 
 
16 - (AFRF 2003) Julgue a assertiva abaixo: 
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e) O Fundo Monetário Internacional deixou de disciplinar a paridade das 
moedas, cuja a função foi criada há 59 anos para contentar-se com o 
craxá de auditor de confiança dos bancos credores nas contas e nos 
planos dos governos devedores, sem entrar no mérito do formato, do 
conteúdo e da seqüela dessa assistência. 
 
Item INCORRETO 
Comentário. 
Além do erro ortográfico em “crachá”, o pronome relativo cujo foi usado 
de forma incorreta, pois ele se flexiona de acordo com o substantivo que 
antecede, concordando em gênero e número com ele. Por isso, não há 
artigo depois dele – cuja função foi criada. 
 
17 - (TCU 2006) Assinale a substituição necessária para que o texto 
fique gramaticalmente correto. 
A situação social, política e econômica em que se encontra a população 
negra é conseqüência de um longo processo estrutural-histórico do qual 
mudanças dependem de políticas públicas amplas e pautas muito além 
das formulações dos preconceitos ou das discriminações do racismo 
como têm sido dadas. Aprofundar a base teórica significa aprofundar o 
campo das ações nas áreas do trabalho, da habitação, do urbanismo, da 
economia, da saúde, da cultura e da educação. 
(Henrique Cunha Jr. “Novos caminhos para os movimentos negros” in 
Política Democrática - Revista de Política e Cultura, Brasília: Fundação 
Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto de 2005.) 
 
a) em que (l.1) > na qual 
b) do qual (l.3) > cujas 
c) de um (l. 2) > do 
d) têm sido (l. 6) > são 
e) nas ( l. 7) > em 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
O pronome relativo “cujo” é empregado entre dois substantivos que 
possuem uma relação de dependência. Note que, entre “mudanças” e 
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“processo estrutural-histórico” (substantivos), há essa relação 
(mudanças do processo). Então, deve ser realizada essa substituição 
com vistas à correção do período. 
As demais opções apresentam sugestões em que não se verifica erro no 
texto original. 
 
18 - (TCE ES 2001) Marque a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto abaixo. 
Um portal na Internet ______ o cidadão poderá consultar as suas 
pendências burocráticas e financeiras com o governo e ________ ter 
todo o tipo de informação pessoal, como extrato do seu FGTS, entre 
outros. _______ é um cenário já existente em algumas cidades do 
mundo e que poderá chegar ao Brasil nos próximos anos, dentro do 
projeto de governo eletrônico. Um dos desafios de ______ projeto é a 
parte de segurança. 
a) onde - ainda - Esse - tal 
b) que - assim - Tal - esse 
c) em que - ainda - Eis - tal 
d) onde - assim - Esse - um tal 
e) que - também - Esse - tal 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Comentaremos a possibilidade de preenchimento de cada lacuna: 
1ª) o referente é algo que pode se assemelhar a um lugar (“portal na 
Internet”), por isso podem ser empregados tanto o relativo onde 
quanto seu correspondente em que (Restam as opções a/c/d). 
2ª) Seriam válidos os vocábulos “ainda” e “também”, por atribuírem à 
passagem valor complementar/aditivo. Devemos eliminar a opção d, 
pois o conectivo “assim” tem valor causal (= por isso), não se aplicando 
ao contexto. (Restam a/c) 
3ª) O demonstrativo “Eis” prejudica a coerência textual acaso 
empregado, em virtude da forma verbal que se segue. O demonstrativo 
“esse”, por se referir a elementos antecedentes, estaria sendo 
corretamente utilizado. (gabarito: a) 
4ª) “tal” é pronome demonstrativo, usado no texto em referência 
anafórica (projeto já foi mencionado: “projeto de governo 
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eletrônico”). Se acompanhado de “um”, o “tal” ganha valor indefinido – 
“um tal sujeito passou por aqui”. Seria impróprio o emprego de “esse” 
porque o demonstrativo automaticamente se contrai com a preposição 
de (desse) e não a forma apresentada na opção (de esse). 
 
19 - (AFRF/2003) Vinte e quatro séculos atrás, Sócrates, Platão e 
Aristóteles lançaram as bases do estudo científico da sociedade e da 
política. Muito se aprendeu depois disso, mas os princípios que eles 
formularam conservam toda a sua força de exigências incontornáveis. O 
mais importante é a distinção entre o discurso dos agentes e o discurso 
do cientista que o analisa. Doxa (opinião) e episteme (ciência) são os 
termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se 
desgastaram pelo uso que, para torná-las novamente úteis, é preciso 
explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez Edmund 
Husserl com a distinção entre discurso “pré-analítico” e o discurso 
tornado consciente pela análise de seus significados embutidos. Por 
exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao 
anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo é uma 
ideologia, mas o anticomunismo não é uma ideologia, é a simples 
rejeição de uma ideologia. É analisando e decompondo compactados 
verbais como esse e comparando-os com os dados disponíveis que o 
estudioso pode chegar a compreender a situação em termos bem 
diferentes daqueles do agente político. Mas também é certo que os 
próprios conceitos científicos daí obtidos podem incorporar-se depois no 
discurso político, tornando-se expressões da doxa. É isso, precisamente, 
o que se denomina uma ideologia: um discurso de ação política 
composto de conceitos científicos esvaziados de seu conteúdo analítico e 
imantados de carga simbólica. Então, é preciso novas e novas análises 
para neutralizar a mutação da ciência em ideologia.(Olavo de Carvalho, com cortes) 
Marque com (V) as afirmações verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, 
em seguida, a seqüência correta. 
( ) Mantém-se a correção gramatical substituindo-se a expressão 
‘Vinte e quatro séculos atrás’(l.1) por ‘Há vinte e quatro séculos’ 
ou por ‘Fazem vinte e quatro séculos’. 
( ) A oração ‘Muito se aprendeu depois disso’(l.2 e 3) poderia ser 
substituída por ‘Aprenderam-se muitas coisas depois’, 
preservando-se o sentido e a correção gramatical do texto. 
( ) Compromete-se a clareza do texto e há prejuízo para a correção 
gramatical do período se o pronome da expressão ‘estas 
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23
palavras’(l.7) for substituído por ‘essas’. 
 
a) F, V, F, 
b) F, F, F, 
c) V, V, V 
d) F, F, V 
e) V, F, F 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
1ª) Verbos que indicam tempo decorrido são impessoais e não se 
flexionam – Há vinte e quatro séculos / Faz vinte e quatro séculos (e 
não “fazem”, como proposto). - FALSA 
2ª) As duas formas estão em construções de voz passiva pronominal, 
tendo sido substituída apenas a forma “muito” por “muitas coisas” e, 
conseqüentemente, a forma verbal para concordar com o sujeito. A 
correção gramatical foi mantida e os aspectos semânticos respeitados. 
3ª) É preciso voltar ao texto para compreender a passagem. 
“O mais importante é a distinção entre o discurso dos agentes e o 
discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinião) e episteme (ciência) 
são os termos que os designam respectivamente, mas estas palavras 
tanto se desgastaram pelo uso que ...” 
O pronome demonstrativo “estas” está em referência anafórica, 
devendo, segundo a norma culta, ser substituído por “essas”. Note que, 
dessa vez, não houve referência a norma culta e, mesmo assim, a banca 
considerou necessária a troca dos pronomes. 
 
20 - (MPU/2005) Assinale a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto. 
A _______ intelectual de Nabuco provém de suas ________ e é por isso 
que nele ______, mais do que o artista, o pensador político. É uma 
tradição espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda 
que a______ vocação política se alie ______ sensibilidade artística. 
(Baseado em Graça Aranha) 
 
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24
a) essência origens se acentua essa a 
b) riqueza raízes se acentua esta à 
c) carreira influências marca-se tal à 
d) qualidade raízes acentua-se esta a 
e) vivência raízes acentua-se essa à 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
A partir dessa 3ª lacuna dessa questão, abordaremos um dos pontos 
mais incidentes em questões que envolvem pronomes – COLOCAÇÃO 
PRONOMINAL. 
Para fins didáticos, iremos comentar cada uma das lacunas. 
1ª E 2ª) Qualquer das formas propostas serviria para preencher a 
primeira e a segunda lacunas. 
3ª) As três posições que o pronome ocupa em relação ao verbo são: 
antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise, que só ocorre 
com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito do indicativo) 
ou após o verbo (ênclise). 
A fim de facilitar, resumimos todas as regras de colocação pronominal a 
três: 
1) REGRA GERAL: 
Segundo a norma culta, a regra é a ênclise, ou seja, o pronome 
após o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação é 
mais comum. No Brasil, o uso da próclise é mais freqüente, por 
apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os 
aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usando próclise 
em situações excepcionais, que são: 
¾ Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, conjunção) 
atraem o pronome. Por “palavras invariáveis”, entendemos os 
advérbios, as conjunções, alguns pronomes que não se 
flexionam, como o pronome relativo que, os pronomes 
indefinidos quanto/como, os pronomes demonstrativos isso, 
aquilo, isto. 
Exemplos: 
“Ele não se encontrou com a namorada.” – próclise obrigatória 
por força do advérbio de negação. 
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“Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz.” – 
próclise obrigatória por força da conjunção; 
¾ Orações exclamativas (“Vou te matar!”) ou que expressam 
desejo, chamadas de optativas (“Que Deus o abençoe!”) – 
próclise obrigatória. 
¾ Orações subordinadas – (“... e é por isso que nele se acentua o 
pensador político” – uma oração subordinada causal, como a da 
questão, exige a próclise.). 
 
2) EMPREGO PROIBIDO: 
¾ Iniciar período com pronome (a forma correta é: Dá-me um 
copo d’água. / Permita-me fazer uma observação.); 
¾ Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro do 
pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde 
que não caia na proibição acima), modifica-se a estrutura 
(troca o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-
se o pronome em mesóclise. 
Exemplos: “Concedida a mim a licença, pude começar a 
trabalhar.” (Não poderia ser “concedida-me” – após particípio é 
proibido - nem “me concedida” – iniciar período com pronome 
é proibido). 
“Recolher-me-ei à minha insignificância” (Não poderia ser 
“recolherei-me” nem “Me recolherei”). 
 
3) EMPREGO FACULTATIVO: 
¾ Com o verbo no infinitivo, mesmo que haja uma palavra 
“atrativa”, a colocação do verbo pode ser enclítica (após o 
verbo) ou proclítica (antes do verbo). 
Exemplo: 
“Para não me colocar em situação ruim, encerrei a conversa.” 
“Para não colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa.” 
Assim, com infinitivo está sempre certa a colocação, 
desde que não caia em um caso de proibição (começar 
período). 
NÃO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO 
SUBJUNTIVO – Na maior parte dos verbos, essas formas são 
iguais (para comprar/quando comprar). Contudo, a regra da 
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colocação pronominal só se aplica ao infinitivo. Se o verbo 
estiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral. 
Para ter certeza de que é o infinitivo mesmo e não o futuro do 
subjuntivo, troque o verbo por um que apresente formas 
diferentes, como o verbo trazer (para trazer / quando 
trouxer), fazer (para fazer/ quando fizer), pôr (para pôr/ 
quando puser), e tire a prova dos noves. Se for infinitivo, pode 
colocar o pronome antes ou depois, tanto faz. De qualquer 
jeito, estará certo, mesmo que haja uma palavra atrativa 
(invariável). 
 
Observação importante: quando houver DUAS palavras 
invariáveis, o pronome poderá ser colocado entre elas. A esse 
fenômeno dá-se o nome de APOSSÍNCLESE. 
Exemplo: “Para não levar-me a mal, irei apresentar minhas 
desculpas.” – como vimos, com infinitivo está sempre certa a 
colocação (caso facultativo), mesmo que haja uma palavra 
invariável (no caso, são duas – para e não). 
COLOCAÇÕES IGUALMENTE POSSÍVEIS: 
(1) “Para não me levar a mal, ...”- O pronome foi atraído pelo 
advérbio. 
(2) “Para me não levar a mal, ...” – O pronome foi atraído pelo 
pronome. 
Voltando à questão da prova, como vimos, em orações subordinadas, 
ocorre a próclise. Essa é uma oração subordinada adverbial conclusiva: 
“... é por isso que nele se acentua ... o pensador político.”. 
Há somente duas opções que oferecem essa construção: a e b (já 
temos 50% de chances de ganhar o ponto!). 
4ª) A quarta lacuna é preenchida por um pronome demonstrativo que se 
refere um termo mencionado na passagem anterior do texto (a vocação 
política pertencia ao pensador político, Nabuco). Esse é o uso anafórico 
do pronome demonstrativo. 
O pronome, por fazer referênciaa algo do passado, deve ser usado na 
forma ESSA: “... ainda que essa vocação política se alie...”. 
5ª) O termo regente aliar, na construção, é pronominal (eu me alio, tu 
te alias, ele se alia) e transitivo indireto, exigindo a preposição a 
(“Alguém se alia a outrem.”). 
Deve-se ler todo o período para se verificar qual seria o termo regido. 
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Vamos lá. O segmento é: 
“É uma tradição espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, 
ainda que a essa vocação política se alie ____ sensibilidade artística”. 
Percebe-se que o “a” que a antecede “essa vocação” só pode ser uma 
preposição, não poderia ser um artigo definido. Quer ver? Vamos 
colocar a expressão “essa vocação política” como sujeito de uma 
oração: “Essa vocação política surgiu ainda na adolescência”. Haveria 
alguma possibilidade de se colocar um ARTIGO DEFINIDO FEMININO 
antes do pronome “essa” (A essa vocação política surgiu...)? Não! 
Então, esse “a” que antecede a penúltima lacuna é uma preposição, 
exigida pelo verbo “aliar-se”. O termo regido, portanto, é essa vocação 
política. 
Colocando na ordem direta, a construção seria: “... ainda que a 
sensibilidade artística se alie a essa vocação política ...” 
Percebe-se, assim, que “sensibilidade artística” é o sujeito da oração e 
sujeito não admite ser iniciado por preposição (se existir preposição, ela 
pertence a outra oração que não a desse sujeito). 
Conclusão: esse a não é acentuado. 
A resposta foi a letra a – “essência / origens/ se acentua / essa / a”. 
 
Leia o texto para responder à questão 21. 
A defesa do contribuinte no Brasil é mais ampla do que em muitos 
países mais desenvolvidos, onde a democracia já está consolidada. 
Antes de recorrer à Justiça comum, o contribuinte pode-se defender em 
duas instâncias da esfera administrativa. São tantos expedientes 
protelatórios que, muitas vezes, os impostos devidos tornam-se 
incobráveis pela morte ou pelo desaparecimento do devedor. O 
resultado são dezenas de bilhões de reais inscritos na dívida ativa que 
ficam definitivamente nas mãos dos sonegadores. Essa tolerância com a 
sonegação, que não é vista como crime, faz parte da nossa cultura, do 
nosso processo histórico. 
(Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptações) 
21- (TRF/2000) 
É incorreto afirmar que, no texto, 
a) pode-se eliminar o “do” da expressão “mais ampla do que” (l.1) sem 
prejuízo gramatical para o período 
b) o pronome relativo “onde” (l.2) equivale a “nos quais” 
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c) a expressão “pode-se defender” (l.3) admite a colocação “pode 
defender-se” 
d) a expressão “que não é vista como crime” (l.9) está entre vírgulas 
por tratar-se de uma explicação 
e) o “–se” em “tornam-se” (l.5) indica a indeterminação do sujeito 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Na passagem “São tantos expedientes protelatórios que, muitas vezes, 
os impostos devidos tornam-se incobráveis pela morte ou pelo 
desaparecimento do devedor”, o verbo tornar é transobjetivo, ou seja, 
possui um objeto direto e um predicativo do objeto direto. O que se 
torna incobrável? Resposta: os impostos. Então, com o verbo tornar, 
que é transitivo direto e está acompanhado do pronome “se”, constrói-
se voz passiva, sendo o sujeito paciente representado pelo vocábulo 
“impostos”. A função desse pronome “se”, portanto, é apassivadora. 
As demais opções corretas são: 
a) é facultativa a colocação da preposição antes da conjunção 
comparativa – “mais ampla (do) que”. 
b) O pronome relativo onde pode ser substituído, sem problemas, pelo 
correspondente “em que” ou “no qual” (e flexões), mas a recíproca nem 
sempre é verdadeira. O relativo onde deve ter como referência um 
lugar. O “em que” pode ser usado com qualquer referente desde haja 
um termo que exija a preposição “em”. Exemplo: “Nas palestras em que 
o tema foi abordado houve discussões acirradas.”, o vocábulo 
“palestras” é um evento, e, pela norma culta, não admite o relativo 
onde. No texto, o relativo refere-se a “países”, então tanto onde 
quanto em que/nos quais estariam corretos. 
c) A norma culta condena o pronome “solto” no meio da locução verbal 
ou, numa linguagem mais apropriada, em próclise em relação ao 
principal (pode se defender). Na linguagem coloquial (do dia-a-dia), é 
constantemente utilizada essa forma de colocação. 
Na construção analisada, o verbo auxiliar aceita ênclise (pode-se 
defender); o principal está no infinitivo, que também aceita o pronome 
nessa posição (pode defender-se). Portanto, está correta a proposta do 
item c. 
d) na aula sobre pontuação, veremos que elementos de natureza 
explicativa são colocados entre vírgulas. 
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22 - (AFC 2002) Quanto à norma culta, em relação aos termos grifados, 
assinale a opção correta. 
Para que a intervenção governamental se justifique é preciso, 
primeiro, que se prove a existência de uma distorção que faça com que 
o mercado não aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se 
pondere as alternativas para corrigir aquela distorção à luz de seus 
custos e benefícios. Pode-se concluir pela adoção de medidas 
corretivas, e de que tipo devem ser, somente após esta análise. Dada a 
realidade brasileira, é provável que essas tendam a ser muito mais 
relativas à natureza da política econômica do que da política industrial. 
Esta última ainda precisa ser muito melhor embasada. 
(Adaptado de Cláudio Haddad) 
a) Todas as ocorrências de “se” admitem mudança de colocação. 
b) Em “se justifique”, a próclise do “se” está em desacordo com a norma 
culta. 
c) Em “se prove”, a norma culta admite a ênclise do “se”. 
d) Em “se pondere”, a próclise do “se” é facultativa. 
e) Em “Pode-se”, a ênclise do “se” justifica-se por ser início de oração. 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Os erros das demais opções são: 
a) há ocorrências em que a colocação apresentada não admite 
mudanças – próclise em “que se prove” (atração pela conjunção); 
ênclise em “Pode-se concluir” (início do período). 
b) a próclise de “se justifique” se deve à oração subordinada a qual 
integra (“para que a intervenção governamental se justifique...” – 
oração subordinada adverbial final). 
c) a próclise é obrigatória em “se prove” por força da conjunção 
integrante que (“É preciso ISSO” – “que se prove a existência...”). Para 
relembrar a diferença entre pronome relativo e conjunção, leia a aula 5, 
comentário à questão 2. 
 
23 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que 
corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerência 
por impropriedade vocabular. 
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No Brasil, os intelectuais formaram-se e desenvolveram-se à sombra(A) 
do Estado. São uma elite que reafirma-se(B) como classe média. 
Estiveram em evidência como pensadores do social nos anos 30, como 
ideólogos(C) do desenvolvimento na década de 60, como atores(D) 
políticos sob(E) a ditadura. 
(Baseado em Ana Maria Fernandes) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
O pronome relativo que (substitui “elite”), por ser uma palavra 
invariável, provoca a atração do pronome oblíquo “se” – que se 
reafirma. 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão 24. 
Uma das grandes ilusões da década dos 90 é que houve tal mudança na 
economia americana que precisamos de uma “nova teoria econômica” 
para explicá-la. É verdadeque no período 1995/1999 houve uma 
aceleração do crescimento da economia acompanhada (o que parece 
paradoxal) por uma redução da taxa de inflação. É um paradoxo apenas 
na aparência. Não existe nenhuma razão para pensar que a simples e 
pura aceleração do crescimento deve, necessariamente, levar a um 
aumento da taxa de inflação. Isso só deveria ocorrer se a demanda 
global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e 
a economia estivesse em pleno emprego. Há muitas razões pelas quais 
não se deve aceitar tal relação de causalidade. Por exemplo, se a 
participação da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a 
produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por 
unidade de produto diminuirá e haverá um aumento de lucro. Isso 
estimulará o investimento e a incorporação de novas tecnologias, 
aumentando a oferta global. Outra possibilidade é a combinação de uma 
redução dos preços das importações com uma valorização externa da 
moeda. Mas em que a década dos 90 é diferente da dos 80 na economia 
americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a média trimestral 
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das variáveis. Verificamos que as diferenças residem no aumento da 
produtividade do trabalho, na redução da taxa de desemprego e na 
queda da taxa de inflação. Esta última é notável quando levamos em 
conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflação 
acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma 
inflação acumulada, na década, de 34%. 
(Antonio Delfim Netto, com adaptações) 
24 - (CVM/2000) Marque com (V) as afirmações verdadeiras e com (F) 
as falsas. Indique, em seguida, a seqüência correta. 
( ) O segmento “Há muitas razões pelas quais...”(l.10) pode 
também ser corretamente escrito como Há muitas razões por 
que... 
( ) Por uma questão estilística, deve-se preferir a ênclise do 
pronome ao verbo auxiliar em “não se deve aceitar”(l.11). 
( ) O pronome “Isso”(l.14) refere-se a todo o período anterior. 
 
a) F / F / V 
b) F / V / F 
c) V / F / V 
d) V / V / F 
e) V / V / V 
 
Gabarito: C – V / F / V 
Comentário. 
1ª) O relativo as quais (cujo antecedente é razões) com a preposição 
por forma pelas quais. Então, a substituição do relativo as quais pelo 
que e manutenção da preposição (por que) mantém o período 
correto. 
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais listas 
sobre o porque e suas formas (separado com acento, separado sem 
acento, junto com acento, junto sem acento). 
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo. 
Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do período, 
normalmente é átona, chegando, por regionalismo, ser pronunciada 
como “porqui”. Todavia, no fim do período, recebe ênfase e passa a ser 
forte, tônico. É por isso que, nessa posição, recebe o acento circunflexo. 
Também é acentuado o substantivo porquê, que, na mudança de classe 
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gramatical, passou a ter uma tonicidade que na forma de pronome ou 
conjunção não tinha. 
Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer pronome 
interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por quê.”), quer 
substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”). 
Se for: 
- conjunção (explicativa ou causal), é junto – porque. 
- pronome relativo acompanhado de preposição (como na 
questão) é separado e pode ser substituído por “pelo qual” e 
flexões – por que. 
- preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ou 
indireta), ele é separado – por que (“Não sei por que você não 
veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não veio por quê?” – 
recebeu acento por ser tônico), com a idéia de “por qual motivo / 
por qual razão”. 
Usa-se essa forma também como complemento de expressões 
como eis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra 
“motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive 
doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por que 
(motivo) você se aborrecer comigo.”. 
2ª) O item sugere a colocação do pronome após o verbo auxiliar. A 
forma proposta foi: “não deve-se aceitar”(ênclise ao auxiliar). Está 
incorreta, pois o advérbio (palavra invariável) atrai o pronome átono 
para junto de si – não se deve aceitar. 
3ª) O segmento a ser analisado é: 
“Há muitas razões pelas quais não se deve aceitar tal relação de 
causalidade. Por exemplo, se a participação da massa salarial na renda 
global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver 
crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuirá e 
haverá um aumento de lucro. Isso estimulará o investimento e a 
incorporação de novas tecnologias, aumentando a oferta global.” 
O pronome demonstrativo isso faz referência anafórica, ou seja, em 
relação a termos antecedentes do texto. Esses termos são os que 
compõem o período imediatamente anterior. O que estimulará o 
investimento e a incorporação de novas tecnologias, aumentando a 
oferta global, será o aumento do lucro decorrente da diminuição do 
custo do trabalho por unidade de produto. Está correta a afirmação. 
 
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25- (APO MPOG/2005) Aponte a opção que finaliza com correção 
gramatical o trecho abaixo. 
O desenvolvimento científico e tecnológico tem, de fato, uma coerência 
imanente fundamental. O seu temido desvirtuamento decorre sempre de 
fatores acidentais, alheios portanto à sua lógica intrínseca e fatal que, 
levada às últimas conseqüências, é sempre a favor e não contra o 
homem, porquanto não somente somos parte integrante do processo, 
mas o seu remate. Se a televisão, por exemplo, pode revelar-se 
aborrecida ou nociva, _______________________________________ 
(Lúcio Costa, “O novo humanismo científico e tecnológico”) 
a) não é que o deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu 
emprego a torna assim. 
b) não é que deva sê-lo necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego a torna assim. 
c) não é porque seja-o necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
d) não é que a deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
e) não é que deve sê-la necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Além do aspecto semântico, devemos observar a correção gramatical. 
Por isso, para aumentar nossas chances de acertar a questão, vamos 
eliminar os itens que apresentam erros gramaticais: 
As opções b, c e e apresentam o vocábulo por que (separado), que é 
um pronome interrogativo. Na oração, deve ser usada uma conjunção 
de valor explicativo. 
Na opção d, o erro é de colocação pronominal: numa oração 
subordinada explicativa, iniciada pela conjunção explicativa porque, o 
pronome deve estar em próclise; contudo, observa-se o pronome em 
ênclise (“mas porque o critério do seu emprego torna-a assim”). 
Só com essa análise gramatical, teríamos acertado a questão. 
Para fins didáticos, iremos avaliar o aspecto semântico da construção e 
a função de seus elementos. É preciso, antes de tudo, compreender o 
texto. Para isso, precisamos vencer alguns obstáculos, quais sejam: o 
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emprego de vocábulos desconhecidos por nós. Alguns são essenciais, 
outros não. 
Glossário: 
Imanente – algo sempre presente, inseparável; 
Porquanto – conjunção de valor causal, equivalente a porque;Remate – acabamento, fim, e, em linguagem conotativa, cume, auge, 
ponto máximo. 
Fala-se da coerência própria do desenvolvimento científico e tecnológico, 
de seu desvirtuamento e das conseqüências disso, sempre a favor do 
homem, que é não só parte, mas também o fim desse processo. 
A partir disso, aborda-se o papel da televisão nesse contexto. 
Para compreendermos a função do pronome demonstrativo o em “não é 
que o deve ser necessariamente”, vamos dissecar a passagem: 
“Se a televisão, por exemplo, pode revelar-se aborrecida ou nociva, não 
é que necessariamente deve (a televisão) ser assim (aborrecida ou 
nociva), mas porque o seu emprego (emprego da televisão) a torna 
(torna a televisão) assim (aborrecida ou nociva).” 
Afinal, qual a função do pronome demonstrativo em “não é que o deve 
ser”? Retomar a idéia de que “a televisão pode revelar-se aborrecida ou 
nociva”. Por ser usado em referência a todo um período anterior, o 
pronome demonstrativo, em função vicária (substitui todo o 
antecedente), mantém-se neutro – no singular masculino – “o deve 
ser”. 
Um exemplo desse tipo de construção é “Preciso tirar férias mas vou 
fazê-lo no próximo ano.”. “Fazê-lo” retoma a idéia de “tirar férias”. 
Mantém-se, portanto, sob forma neutra – masculino e singular. 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão 26. 
A extrema diferenciação contemporânea entre a moral, a ciência e a 
arte hegemônicas e a desconexão das três com a vida cotidiana 
desacreditaram a utopia iluminista. Não faltaram tentativas de conectar 
o conhecimento científico com as práticas ordinárias, a arte com a vida, 
as grandes doutrinas éticas com a conduta comum, mas os resultados 
desses movimentos foram pobres. Será então a modernidade uma causa 
perdida ou um projeto inconcluso? 
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações) 
 
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26 - (AFRF 2005) Assinale a opção que constituiria, de maneira coerente 
com a argumentação e gramaticalmente correta, uma possível resposta 
para a pergunta final do texto. 
a) A resposta poderia estar na sugestão de aprofundar o projeto 
modernista, inserindo-o com a prática cotidiana, renovando-o o sentido 
das possíveis contradições. 
b) Para não considerá-la causa perdida, alguns teóricos sugerem 
encontrar outras vias de inserção da cultura especializada na práxis 
cotidiana, por meio de novas políticas de recepção e de apropriação dos 
saberes profissionais. 
c) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, 
vários autores retomam uma tradição de pensamento que diz de que o 
moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo. 
d) Segundo alguns pensadores modernos, não se tratam de projeções 
utópicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores 
modernistas, enriquecendo saberes especializados. 
e) Nem causa perdida, nem projeto inconcluso: apenas a necessidade 
que o conhecimento e as relações sociais vêm a ser recolocados em 
novos patamares de dinâmica interna, criando novas relações entre os 
sujeitos. 
 
Gabarito: B (alterado após os recursos) 
Comentário. 
O gabarito, inicialmente tido como letra a, foi alterado para b, que não 
apresenta incorreção gramatical alguma. 
O pronome átono enclítico ao verbo no infinitivo está correto, pois “com 
infinitivo está sempre certa a colocação”, mesmo que, antes do verbo, 
haja DUAS palavras invariáveis (a preposição para e o advérbio não). 
Os erros das demais opções são: 
a) O primeiro erro é de regência verbal do verbo inserir em “inserindo-
o com a prática cotidiana”. No sentido de “fixar(-se); implantar(-se)”, 
significado este que atende ao contexto, o verbo inserir pode ser 
transitivo direto e indireto, regendo a preposição em, ou transitivo 
direto pronominal e indireto, também com a mesma preposição em. 
Exemplo: “Inserir(-se) a democracia na vida nacional”. Considerando 
o contexto em que se apresenta tal passagem, a preposição empregada 
deveria ter sido em e não a preposição com. 
A segunda incorreção reside no emprego do pronome átono “o” na 
passagem “renovando-o o sentido das possíveis contradições”. Tal como 
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empregado, prejudica a coerência textual. Há duas possibilidades de 
correção do período: 
1 – caso se considere a intenção do autor em utilizar a acepção de 
“tornar novo”, a transitividade do verbo renovar é direta, devendo ser 
eliminado o pronome e mantido o objeto direto (“renovando o sentido 
das possíveis contradições”). 
2 – de outro modo, se a opção tiver sido de apresentar o pronome com 
valor possessivo, igualmente se estaria incorrendo em erro, pois, 
segundo nos ensinam Celso Cunha e Lindley Cintra na “Nova Gramática 
do Português Contemporâneo”, neste caso, o mais apropriado é o 
pronome oblíquo lhe (“renovando-lhe o sentido...”). 
Esse uso é muito comum em expressões como “Beijou-lhe o rosto” – o 
seu rosto, “Roubou-me a bolsa” – a minha bolsa. 
Assim, esse pronome oblíquo, apesar de ligado ao verbo (beijou-lhe / 
roubou-me), tem valor possessivo e sua função é a de adjunto 
adnominal (a mesma função que seria exercida por um pronome 
possessivo – seu rosto / minha bolsa). 
c) O problema foi a regência do verbo dizer. É transitivo direto, não 
havendo justificativa para o emprego da preposição de (“que diz de que 
o moderno se forma”). Além disso a construção “e na luz que trouxe 
pelo novo” está sintaticamente mal construída, com prejuízo de 
coerência. 
d) a forma de sujeito indeterminado “trata-se de” deve ficar na 3ª 
pessoa do singular – “não se trata de projeções”. 
e) A regência do substantivo necessidade exige a preposição de – 
“apenas a necessidade de que o conhecimento e as relações sociais”. Na 
seqüência, um problema de conjugação verbal. Por se apresentar em 
uma oração de valor hipotético, o verbo auxiliar deve ser conjugado no 
modo subjuntivo – “a necessidade de que o conhecimento e as relações 
sociais venham a ser recolocados em novos patamares de dinâmica 
interna”. 
 
Bons estudos para todos vocês. 
 
LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS. 
01 - (AFRE MG/2005) 
O setor público não é feito apenas de filas, atrasos, burocracia, 
ineficiência e reclamações. A sétima edição do Prêmio de Gestão 
Pública, coordenado pelo Ministério do Planejamento, mostra que o 
serviço público federal também é capaz de oferecer serviços com 
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37
qualidade de primeiro mundo. De 74 instituições públicas inscritas, 13 
foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e 
manter práticas e rotinas de gestão capazes de melhorar de forma 
crescente seus resultados, tornando-os referências nacionais. O perfil 
dos premiados mostra que o que está em questão não é tamanho, 
visibilidade ou importância estratégica, mas, sim, a capacidade de fazer 
com que as engrenagens da máquina funcionem de forma eficiente, 
constante e muito bem controlada. 
(Ilhas de Excelência. ISTOÉ, 2/3/2005, com adaptações) 
Julgue a assertiva abaixo, em relação aos aspectos textuais. 
d) A retirada do pronome do termo “tornando-os”(l.8) preserva a 
correção gramatical e a coerência textual, deixando subentendido o 
objeto de “referências nacionais”(l.8). 
 
02 - (Auditor TCE ES/2001) 
Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições 
interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus 
autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a 
direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado 
emcartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe 
deu origem. 
Julgue as proposições abaixo, em relação aos elementos do texto. 
c) Os pronomes possessivos na segunda oração referem-se a “arquivo 
cronológico”. 
 
03 - (TFC SFC/2000) 
O saber produzido pelo iluminismo não conduzia à emancipação e sim à 
técnica e ciência moderna que mantêm com seu objeto uma relação 
ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razão humana permitiria 
emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e 
controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que 
essa razão iluminista foi abortada. A razão que hoje se manifesta na 
ciência e na técnica é uma razão instrumental, repressiva. Enquanto o 
mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia 
em cega objetividade. Inicialmente a razão instrumental da ciência e 
técnica positivista tinha sido parte integrante da razão iluminista, mas 
no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra 
as suas tendências emancipatórias. 
(B. Freitag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, p. 35, com adaptações) 
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Das seguintes expressões retiradas do texto, indique o item em que o 
elemento da coluna da esquerda faz remissão incorreta às expressões 
da coluna da direita. 
a) seu (l.2) .......... técnica e ciência moderna 
b) seus(l.4) ......... homens 
c) os (l.4) .............homens 
d) ela (l.11) ..........razão instrumental 
e) suas (l.12) .......cega objetividade 
 
04 - (Assistente de Chancelaria/2003) Em relação ao texto abaixo, 
assinale o que se pede. 
Compara-se vulgarmente a dominação americana sobre o mundo, hoje, 
com a do Império Romano. Mas vejo muitas diferenças. Os romanos de 
fato conseguiram fazer uma coisa que os americanos não alcançaram: 
eles transformaram os habitantes de seu império em cidadãos romanos. 
Já no primeiro século da era cristã, o próprio São Paulo, que era judeu, 
claro, se dizia antes de tudo um cidadão romano. Não quero dizer que 
seja culpa deles, mas os americanos estão num mundo onde a 
americanização deve forçosamente parar num certo momento. Com sua 
potência militar ou econômica, eles dominam muitos Estados, mas não 
estão numa situação que lhes permita fazer das pessoas que dominam 
verdadeiros americanos. Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. É bom 
porque as pessoas conservam o que se chama hoje de sua identidade. É 
ruim porque isso impede que essas pessoas se tornem membros inteiros 
da democracia americana, que é, apesar de seus enormes defeitos, uma 
democracia. 
(Depoimento de Jacques le Goff a Alcino Leite Neto, Folha de São 
Paulo, 14/04/2002, com adaptações) 
Assinale o par em que, no texto, o pronome da primeira coluna não se 
refere à expressão da segunda coluna. 
a) “eles”(l.4) ----- “romanos”(l.2) 
b) “deles”(l.7) ----- “americanos”(l.7) 
c) “lhes”(l.10) ----- “ verdadeiros americanos” (l.11) 
d) “sua”(l.12) ------ “pessoas”(l.12) 
e) “seus”(l.14) ------ “democracia americana” (l.14) 
 
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05 - (AFRF 2003) Em relação aos elementos que constituem a coesão 
do texto abaixo, assinale a opção correta. 
O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que 
limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em 
sua primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado 
sobre o indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de 
proprietário. Com a extensão dos direitos humanos a direitos políticos e 
sobretudo sociais, aqueles passam — pelo menos idealmente — a fazer 
mais do que limitar o governante: devem orientar sua ação. Os fins de 
seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de 
vida, que não se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem 
nela, ao menos, sua condição necessária, ainda que não suficiente. 
(Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da Ética, São Paulo: Senac, 2002, 
p.140) 
a) Em “o orienta”(l.2), “o” refere-se a “cidadão”(l.1). 
b) Em “este tivesse”(l. 4), “este” refere-se a “Estado”(l.3). 
c) Em “aqueles passam”(l.6), “aqueles” refere-se a “direitos 
políticos”(l.5). 
d) “sua ação”(l.7) e “seus atos”(l.8) remetem ao mesmo referente: 
“proprietário”(l.5). 
e) “sua condição”(l.10) refere-se a “um aumento da qualidade de 
vida”(l.8-9). 
 
06 - (TRF 2002.1) Julgue se as formas de redação abaixo estão 
gramaticalmente corretas. 
 
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 
3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto 
o momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão 
por dia. / Seu pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a 
hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e produtividade que 
permite encarar sem susto o momento próximo em que os EUA gastarão 
com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
 
07 - (AFC / 2002) Julgue a substituição proposta para adequar o texto 
ao padrão culto formal do idioma. 
“O conceito de tributo, face sua interpretação nos conformes à 
Constituição, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princípio da 
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legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: não há possibilidade 
de discricionariedade na definição legislativa do tributo, mas só teremos 
tributo se o dever de pagar uma importância ao Estado for vinculado à 
previsão de ter riqueza.” 
(Nina T. D. Rodrigues, com adaptações) 
III. substituir “essa”(l.2) por “esta” 
 
(TFC SFC/2000) Leia o texto para responder à questão 08. 
As casas-grandes requintadas, com negros tocando ópera e cantando 
em latim, não foram típicas de uma aristocracia rural que, isolando-se, 
cercando-se só de subordinados, fez sempre mais questão da 
quantidade que da qualidade dos seus títulos de grandeza: do número 
de seus pés de café e dos seus pés de cana; do número das suas 
cabeças de escravos e das suas cabeças de gado; do número das salas 
e dos quartos de suas casas-grandes. Isso é que, aos olhos da maioria 
dos brasileiros da era patriarcal ainda predominantemente rural, era 
grandeza. O senhor rural, mais pervertido pelo isolamento, desprezava 
tudo, pelo regalo de mandar sobre muitos escravos e de falar gritando 
com todo o mundo, tal a distância, não só social, como física, que o 
separava quase sempre das mulheres, dos filhos, dos negros, em casas 
vastas, com salas largas, onde quase nunca as pessoas estavam todas 
perto uma da outra; onde nas próprias mesas de jantar, de oito metros 
de comprido, era preciso que o senhor falasse senhorialmente alto para 
ser ouvido no fim da mesa quase de convento. 
(Gilberto Freire, Sobrados e Mucambos, p.46) 
 
08 - Julgue a assertiva abaixo, em relação à correção dos elementos 
textuais 
b) O pronome demonstrativo Isso (l.7) refere-se à enumeração 
apresentada no período anterior e constitui um recurso de coesão 
textual. 
 
09 - (TC PR 2002/2003) 
Monteiro Lobato, ao afirmar que "um país se faz com homens e livros", 
por certo indicou o caminho das pedras àqueles que, descuidadamente, 
promovem a história sem a preocupação de seu registro e que, por 
conseqüência, legam ao pó do esquecimento tudo o que foi feito – certo 
ou errado – ou deixado de fazer. Os homens fazem a história. Os livros 
registram a história. Sem estes, os exemplos do passado, os 
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conhecimentos técnicos e científicos armazenados, o testemunho e asprovas colhidas não seriam repassados às gerações futuras, o que 
comprometeria a chamada evolução. 
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Julgue a assertiva abaixo, em relação à correção dos elementos 
textuais. 
a) A expressão “o que comprometeria” (l.8-9) pode ser substituída por 
os quais comprometeriam, sem prejuízo das relações sintáticas e 
semânticas originais. 
 
10 - (TFC SFC/2000) Assinale a opção incorreta em relação ao texto. 
O universo financeiro compreende dois canais principais para colocar 
doadores e tomadores de recursos, assim como poupadores e 
investidores em contato. Todos eles formam o mercado financeiro, que 
lida, basicamente, com títulos de curto prazo, como letras de câmbio, 
títulos do Tesouro e empréstimos interbancários, e o mercado de ações, 
que trabalha, principalmente, com ações e cotas empresariais e ações 
públicas. 
(Adaptado de Enciclopédia Compacta de Conhecimentos Gerais – Isto É ) 
Julgue a assertiva abaixo, em relação à correção dos elementos 
textuais. 
d) Em “que lida” (l.3-4) o “que” corresponde a cujo. 
 
11 – (TRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com 
erro gramatical. 
a) Finalmente, após cinco anos de debate, a Lei Brasileira de Arbitragem 
(Lei Marco Maciel), de iniciativa do Congresso Nacional, sancionada pelo 
Executivo, recebeu o “nada obsta” do Supremo Tribunal, em uma de 
suas últimas reuniões plenárias de 2001. 
b) Apesar de analisada e selada pelos três poderes da República, o fato 
mais marcante onde caracteriza a Lei de Arbitragem é a simpatia com 
que foi recebida por grande parcela da sociedade. 
c) Tal aspecto, em termos brasileiros, é emblemático, pois expressa, 
talvez, a chancela mas importante: a do cidadão, a confirmar que a lei 
pegou. 
d) De fato, a longa discussão quanto à constitucionalidade da Lei de 
Arbitragem manteve-se ao largo da atividade da sociedade civil, tendo 
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em vista a implementação desse meio extrajudicial de solução de 
conflito. 
e) Foram intensos, nesses cinco anos de existência da Lei Marco Maciel, 
os cursos, as conferências, a publicação de estudos e livros, enfim, os 
debates travados ao redor do tema. 
(Baseado em Pedro Batista Martins) 
 
12 - (AFC SFC/2000) Assinale a opção em que o item gramatical 
grifado constitui erro. 
a) É preciso pensar em como ajudar as pessoas que não estão 
conseguindo se beneficiar da globalização. 
b) Uma medida necessária é o treinamento e reciclagem dos 
trabalhadores que perderam seus empregos, para que possam ser 
reincorporados. 
c) E aqueles cujos não conseguirem voltar ao sistema produtivo 
devem ser alvo de políticas compensatórias que aliviem as tensões de 
uma transição econômica tão complexa. 
d) Trata-se de mudar de uma economia protegida há décadas para 
uma mais integrada. 
e) Programas de renda mínima e seguro-desemprego, para ficar em 
dois exemplos, são extremamente necessários em países como o Brasil. 
(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) 
 
13 - (AFC SFC/2000) Indique a opção em que o texto foi transcrito com 
problemas de estruturação sintática. 
a) Assim como em “Os Trabalhadores”, de que predomina e dá 
direção do trabalho é a visão política e social do fotógrafo. Para Salgado, 
o centro do êxodo moderno está nas populações mais pobres e 
deserdadas. 
b) A violência do sistema econômico contemporâneo é o agente que 
direciona o movimento das câmeras do fotógrafo em milhares de 
películas tradicionais, numa era aclamada pela globalização e pela 
transmissão digital de imagens num mundo virtual. 
c) Contar a história da humanidade em trânsito é, como diz o próprio 
fotógrafo, uma história perturbadora. Mais ainda com o foco de atenção 
voltado para os refugiados, os favelados, os humilhados, os fugitivos da 
pobreza, da repressão, da guerra. 
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d) Por seis anos, Salgado andou dos campos de refugiados às favelas 
urbanas. Presenciou momentos históricos de Kosovo, Eldorado dos 
Carajás e Ruanda, ícones do extermínio contemporâneo, produzindo 
lembranças fotográficas de que a globalização não é, e não será, a 
solução. 
e) Mesmo com um cenário mundial desesperador, as imagens dos 
livros de Sebastião Salgado fazem pensar que o fotógrafo acredita e tem 
esperanças na humanidade. São imagens pungentes, delicadas, 
realçadas pela qualidade e dramaticidade do preto-e-branco, numa 
crença absoluta de que a reflexão virá com a exposição do problema da 
maneira mais ampla possível. 
(Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptações) 
 
 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 14 e 15. 
Rápida Utopia 
O século do triunfo tecnológico foi também o da descoberta da 
fragilidade. Um moinho de vento pode ser reparado, mas o computador 
não tem defesa diante da má intenção de um garoto precoce. O século 
está estressado porque não sabe de quem se deve defender nem como: 
somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. 
Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas não o de eliminar os 
resíduos. Porque a sujeira nascia da indigência, que podia ser reduzida, 
ao passo que os resíduos (inclusive os radioativos) nascem do bem-
estar que ninguém quer mais perder. Eis por que nosso século foi o da 
angústia e da utopia de curá-la. Com um superego mais forte, a 
humanidade se embaraça num mal que conhece perfeitamente, 
confessa-o em público, tenta purificações expiatórias, às quais se 
juntam as Igrejas e os governos, e repete o mal porque ação a distância 
e linha de montagem impedem de identificá-lo no início do processo. 
Espaço, tempo, informação, crime, castigo, arrependimento, absolvição, 
indignação, esquecimento, descoberta, crítica, nascimento, longa vida, 
morte... tudo em altíssima velocidade. A um ritmo de estresse. Nosso 
século é o do enfarte. 
(Umberto Eco - tradução de Paulo Neves, com adaptações) 
 
14 - (TCE ES/2001) Em relação ao emprego das palavras e expressões 
do texto, julgue a assertiva abaixo. 
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e) Mantém-se o sentido e a correção gramatical ao substituir a 
expressão "às quais" (l.12) pelo pronome relativo que. 
 
15 - (TCE ES/2001) Analise a correspondência entre as estruturas 
lingüísticas do texto. 
I- "que" (l.7) refere-se a "sujeira" (l.7) 
II- "-la", em "curá-la"(l.10) refere-se a "angústia" (l.10) 
III- "-o" em "confessa-o"(l.12) refere-se a "superego"( l.10) 
IV- "-lo" em "identificá-lo"(l.14) refere-se a "processo"(l.14) 
V- "tudo"(l.17) refere-se às informações enumeradas nas linhas 15 a 
17. 
 
Marque a opção correta. 
a) Estão corretos todos os itens. 
b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. 
c) Estão corretos apenas os itens II e V. 
d) Estão corretos apenas os itens III, IV e V. 
e) Nenhum dos itens está correto. 
 
16 - (AFRF 2003) Julgue a assertiva abaixo: 
e) O Fundo Monetário Internacional deixou de disciplinar a paridade das 
moedas, cuja a função foi criada há 59 anos para contentar-se com o 
craxá de auditor de confiança dos bancos credores nas contas e nos 
planos dos governos devedores, sem entrar no mérito do formato, do 
conteúdo e da seqüela dessa assistência. 
 
17 - (TCU 2006) Assinale a substituição necessária para que o texto 
fique gramaticalmente correto. 
A situação social, política e econômica em que se encontra a população 
negra é conseqüência de um longo processo estrutural-histórico do qual 
mudanças dependem de políticas públicas amplas e pautas muito além 
das formulações dospreconceitos ou das discriminações do racismo 
como têm sido dadas. Aprofundar a base teórica significa aprofundar o 
campo das ações nas áreas do trabalho, da habitação, do urbanismo, da 
economia, da saúde, da cultura e da educação. 
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(Henrique Cunha Jr. “Novos caminhos para os movimentos negros” in 
Política Democrática - Revista de Política e Cultura, Brasília: Fundação 
Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto de 2005.) 
 
a) em que (l.1) > na qual 
b) do qual (l.3) > cujas 
c) de um (l. 2) > do 
d) têm sido (l. 6) > são 
e) nas ( l. 7) > em 
 
18 - (TCE ES 2001) Marque a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto abaixo. 
 
Um portal na Internet ______ o cidadão poderá consultar as suas 
pendências burocráticas e financeiras com o governo e ________ ter 
todo o tipo de informação pessoal, como extrato do seu FGTS, entre 
outros. _______ é um cenário já existente em algumas cidades do 
mundo e que poderá chegar ao Brasil nos próximos anos, dentro do 
projeto de governo eletrônico. Um dos desafios de ______ projeto é a 
parte de segurança. 
a) onde - ainda - Esse - tal 
b) que - assim - Tal - esse 
c) em que - ainda - Eis - tal 
d) onde - assim - Esse - um tal 
e) que - também - Esse - tal 
 
19 - (AFRF/2003) Vinte e quatro séculos atrás, Sócrates, Platão e 
Aristóteles lançaram as bases do estudo científico da sociedade e da 
política. Muito se aprendeu depois disso, mas os princípios que eles 
formularam conservam toda a sua força de exigências incontornáveis. O 
mais importante é a distinção entre o discurso dos agentes e o discurso 
do cientista que o analisa. Doxa (opinião) e episteme (ciência) são os 
termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se 
desgastaram pelo uso que, para torná-las novamente úteis, é preciso 
explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez Edmund 
Husserl com a distinção entre discurso “pré-analítico” e o discurso 
tornado consciente pela análise de seus significados embutidos. Por 
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exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao 
anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo é uma 
ideologia, mas o anticomunismo não é uma ideologia, é a simples 
rejeição de uma ideologia. É analisando e decompondo compactados 
verbais como esse e comparando-os com os dados disponíveis que o 
estudioso pode chegar a compreender a situação em termos bem 
diferentes daqueles do agente político. Mas também é certo que os 
próprios conceitos científicos daí obtidos podem incorporar-se depois no 
discurso político, tornando-se expressões da doxa. É isso, precisamente, 
o que se denomina uma ideologia: um discurso de ação política 
composto de conceitos científicos esvaziados de seu conteúdo analítico e 
imantados de carga simbólica. Então, é preciso novas e novas análises 
para neutralizar a mutação da ciência em ideologia. 
(Olavo de Carvalho, com cortes) 
Marque com (V) as afirmações verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, 
em seguida, a seqüência correta. 
 
( ) Mantém-se a correção gramatical substituindo-se a expressão 
‘Vinte e quatro séculos atrás’(l.1) por ‘Há vinte e quatro séculos’ 
ou por ‘Fazem vinte e quatro séculos’. 
( ) A oração ‘Muito se aprendeu depois disso’(l.2 e 3) poderia ser 
substituída por ‘Aprenderam-se muitas coisas depois’, 
preservando-se o sentido e a correção gramatical do texto. 
( ) Compromete-se a clareza do texto e há prejuízo para a correção 
gramatical do período se o pronome da expressão ‘estas 
palavras’(l.7) for substituído por ‘essas’. 
 
a) F, V, F, 
b) F, F, F, 
c) V, V, V 
d) F, F, V 
e) V, F, F 
 
20 - (MPU/2005) Assinale a opção que preenche corretamente as 
lacunas do texto. 
A _______ intelectual de Nabuco provém de suas ________ e é por isso 
que nele ______, mais do que o artista, o pensador político. É uma 
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tradição espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda 
que a______ vocação política se alie ______ sensibilidade artística. 
(Baseado em Graça Aranha) 
 
a) essência origens se acentua essa a 
b) riqueza raízes se acentua esta à 
c) carreira influências marca-se tal à 
d) qualidade raízes acentua-se esta a 
e) vivência raízes acentua-se essa à 
 
Leia o texto para responder à questão 21. 
A defesa do contribuinte no Brasil é mais ampla do que em muitos 
países mais desenvolvidos, onde a democracia já está consolidada. 
Antes de recorrer à Justiça comum, o contribuinte pode-se defender em 
duas instâncias da esfera administrativa. São tantos expedientes 
protelatórios que, muitas vezes, os impostos devidos tornam-se 
incobráveis pela morte ou pelo desaparecimento do devedor. O 
resultado são dezenas de bilhões de reais inscritos na dívida ativa que 
ficam definitivamente nas mãos dos sonegadores. Essa tolerância com a 
sonegação, que não é vista como crime, faz parte da nossa cultura, do 
nosso processo histórico. 
(Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptações) 
 
21- (TRF/2000) É incorreto afirmar que, no texto, 
a) pode-se eliminar o “do” da expressão “mais ampla do que” (l.1) sem 
prejuízo gramatical para o período 
b) o pronome relativo “onde” (l.2) equivale a “nos quais” 
c) a expressão “pode-se defender” (l.3) admite a colocação “pode 
defender-se” 
d) a expressão “que não é vista como crime” (l.9) está entre vírgulas 
por tratar-se de uma explicação 
e) o “–se” em “tornam-se” (l.5) indica a indeterminação do sujeito 
 
22 - (AFC 2002) Quanto à norma culta, em relação aos termos grifados, 
assinale a opção correta. 
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Para que a intervenção governamental se justifique é preciso, 
primeiro, que se prove a existência de uma distorção que faça com que 
o mercado não aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se 
pondere as alternativas para corrigir aquela distorção à luz de seus 
custos e benefícios. Pode-se concluir pela adoção de medidas 
corretivas, e de que tipo devem ser, somente após esta análise. Dada a 
realidade brasileira, é provável que essas tendam a ser muito mais 
relativas à natureza da política econômica do que da política industrial. 
Esta última ainda precisa ser muito melhor embasada. 
(Adaptado de Cláudio Haddad) 
a) Todas as ocorrências de “se” admitem mudança de colocação. 
b) Em “se justifique”, a próclise do “se” está em desacordo com a norma 
culta. 
c) Em “se prove”, a norma culta admite a ênclise do “se”. 
d) Em “se pondere”, a próclise do “se” é facultativa. 
e) Em “Pode-se”, a ênclise do “se” justifica-se por ser início de oração. 
 
23 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que 
corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerência 
por impropriedade vocabular. 
No Brasil, os intelectuais formaram-se e desenvolveram-se à sombra(A) 
do Estado. São uma elite que reafirma-se(B) como classe média. 
Estiveram em evidência como pensadores do social nos anos 30, como 
ideólogos(C) do desenvolvimento na década de 60, como atores(D) 
políticos sob(E) a ditadura. 
(Baseado em Ana Maria Fernandes) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão 24. 
Uma das grandes ilusões da década dos 90 é que houve tal mudança na 
economia americana que precisamos de uma “nova teoria econômica” 
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para explicá-la. É verdade que no período 1995/1999 houve uma 
aceleração do crescimento da economia acompanhada (o que parece 
paradoxal) por uma redução da taxa de inflação. É um paradoxo apenas 
na aparência. Não existe nenhuma razão para pensar que a simples e 
pura aceleração do crescimento deve, necessariamente, levar a um 
aumento da taxa de inflação. Isso só deveria ocorrer se a demanda 
global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e 
a economia estivesse em pleno emprego. Há muitas razões pelas quais 
não se deve aceitar tal relação de causalidade. Por exemplo, se a 
participação da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a 
produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por 
unidade de produto diminuirá e haverá um aumento de lucro. Isso 
estimulará o investimento e a incorporação de novas tecnologias, 
aumentando a oferta global. Outra possibilidade é a combinação de uma 
redução dos preços das importações com uma valorização externa da 
moeda. Mas em que a década dos 90 é diferente da dos 80 na economia 
americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a média trimestral 
das variáveis. Verificamos que as diferenças residem no aumento da 
produtividade do trabalho, na redução da taxa de desemprego e na 
queda da taxa de inflação. Esta última é notável quando levamos em 
conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflação 
acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma 
inflação acumulada, na década, de 34%. 
(Antonio Delfim Netto, com adaptações) 
24 - (CVM/2000) Marque com (V) as afirmações verdadeiras e com (F) 
as falsas. Indique, em seguida, a seqüência correta. 
 
( ) O segmento “Há muitas razões pelas quais...”(l.10) pode 
também ser corretamente escrito como Há muitas razões por 
que... 
( ) Por uma questão estilística, deve-se preferir a ênclise do 
pronome ao verbo auxiliar em “não se deve aceitar”(l.11). 
( ) O pronome “Isso”(l.14) refere-se a todo o período anterior. 
 
a) F / F / V 
b) F / V / F 
c) V / F / V 
d) V / V / F 
e) V / V / V 
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25 – (APO MPOG/2005) Aponte a opção que finaliza com correção 
gramatical o trecho abaixo. 
O desenvolvimento científico e tecnológico tem, de fato, uma coerência 
imanente fundamental. O seu temido desvirtuamento decorre sempre de 
fatores acidentais, alheios portanto à sua lógica intrínseca e fatal que, 
levada às últimas conseqüências, é sempre a favor e não contra o 
homem, porquanto não somente somos parte integrante do processo, 
mas o seu remate. Se a televisão, por exemplo, pode revelar-se 
aborrecida ou nociva, _______________________________________ 
(Lúcio Costa, “O novo humanismo científico e tecnológico”) 
a) não é que o deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu 
emprego a torna assim. 
b) não é que deva sê-lo necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego a torna assim. 
c) não é porque seja-o necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
d) não é que a deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
e) não é que deve sê-la necessariamente, mas por que o critério do seu 
emprego torna-a assim. 
 
Leia o texto abaixo para responder à questão 26. 
A extrema diferenciação contemporânea entre a moral, a ciência e a 
arte hegemônicas e a desconexão das três com a vida cotidiana 
desacreditaram a utopia iluminista. Não faltaram tentativas de conectar 
o conhecimento científico com as práticas ordinárias, a arte com a vida, 
as grandes doutrinas éticas com a conduta comum, mas os resultados 
desses movimentos foram pobres. Será então a modernidade uma causa 
perdida ou um projeto inconcluso? 
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações) 
 
26 - (AFRF 2005) Assinale a opção que constituiria, de maneira coerente 
com a argumentação e gramaticalmente correta, uma possível resposta 
para a pergunta final do texto. 
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a) A resposta poderia estar na sugestão de aprofundar o projeto 
modernista, inserindo-o com a prática cotidiana, renovando-o o sentido 
das possíveis contradições. 
b) Para não considerá-la causa perdida, alguns teóricos sugerem 
encontrar outras vias de inserção da cultura especializada na práxis 
cotidiana, por meio de novas políticas de recepção e de apropriação dos 
saberes profissionais. 
c) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, 
vários autores retomam uma tradição de pensamento que diz de que o 
moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo. 
d) Segundo alguns pensadores modernos, não se tratam de projeções 
utópicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores 
modernistas, enriquecendo saberes especializados. 
e) Nem causa perdida, nem projeto inconcluso: apenas a necessidade 
que o conhecimento e as relações sociais vêm a ser recolocados em 
novos patamares de dinâmica interna, criando novas relações entre os 
sujeitos.

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