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Perguntas e respostas sobre o texto "Manifestações de protesto nas ruas no Brasil a partir de Junho de 2013" de Maria da Glória Marcondes Gohn

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Manifestações de protesto nas ruas no Brasil a partir de Junho de 2013: novíssimos sujeitos em cena
Maria da Glória Marcondes Gohn*
Universidade de Campinas, (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
Conforme Maria da Glória Gohn (2016) as manifestações de 2013 e 2015 inauguraram um novo ciclo de lutas sociais com significados novos. Como a autora caracteriza estes acontecimentos?
Resposta: A autora caracteriza como muito importante as manifestações e o debate sobre as mesmas, tendo em vista que induz a compreensão dos conhecimentos no mundo contemporâneo e dos processos participativos civis, além de trazer à tona que a nossa participação social não é minimamente definida em nosso mundo paralelo. Destaca, também, que elas iniciam um novo ciclo de lutas sociais buscando construir novos ideais às ações coletivas em espaços públicos, fundada pelo ativismo digital no ciberespaço e de serem fontes de aprendizagens, ensinamentos e produção de novos saberes, especialmente entre os jovens.
Quais as diferenças entre as manifestações anteriores a 2013, as de 2013 e 2015? Quem são os principais atores?
Resposta: As manifestações anteriores a 2013 eram movimentos clássicos, caracterizados pela luta por direitos e contra regimes ditatórias, especialmente na América Latina nos anos de 1970 e parte de 1980. Nestes casos, os principais atores eram pessoas diretamente ligadas aos movimentos, como os operários, sindicalistas e agrários. A partir de 2013, os chamados novos movimentos sociais que tinham na identidade seu eixo articulatório central, organizavam-se de forma diferente das estruturas rígidas dos movimentos operário ou sindicais. Eles buscavam se firmar pela identidade que construíam e não pretendem ser definidas como “movimentos”, autodenominando-se como pertencentes a coletivos. Não têm liderança, mas todos são líderes. Produzem as próprias imagens com discursos originais, como se fossem pioneiros no quesito manifestação. Eles ficam marcados pelas comunicações e as novas tecnologias, levando a novas formas de organizações de indivíduos na sociedade, com uso de ferramentas do ciberativismo e outro métodos de ocupação do ciberespaço. Trata-se de um outro momento organizativo da sociedade. Neste caso, os jovens tomam a frente como principais personagens, mesmo não estando diretamente ligados aos eventos indagados pelos movimentos, eles assumem a necessidade de ajudar a sociedade, como um todo.
A Revolução do Panelaço (2008) na Islândia, a Revolução de Jasmim (2010) na Tunísia, os Indignados (2011) na Espanha, o Occupy Wall Street (2011) nos Estados Unidos, os movimentos na Turquia (2013), as Jornadas de junho (2013) Brasil foram alguns dos movimentos que tinham algo em comum. Os protestos de Junho de 2013 demarcaram a inclusão de novas formas de ativismo, transnacionais. As causas destas alterações devem ser buscadas tanto na conjuntura econômica-interna do país como na conjuntura externa. Justifique, de acordo com a explicação da autora.
Resposta: Desde a Revolução do Panelaço, em 2008, na Islândia, até as Jornadas de Junho de 2013, no Brasil, pode-se destacar como principal motivo para a criação dos novos movimentos, a inclusão da internet e, por consequência, das redes sociais. Eventos que ocorriam em um determinado local, não chegavam até outras cidades instantaneamente, como ocorre hoje em dia. Com a rápida divulgação das notícias, a relevância de cada acontecimento torna-se cada vez maior, tendo em vista que engloba um número cada vez maior de pessoas, em diferentes locais do mundo.
Povo, massa e multidão são conceitos que a autora considera fundamentais para entender as novas formas de movimentos sociais e identificar os sujeitos que foram às ruas. Neste sentido, a partir da leitura elabore uma síntese a respeito destes conceitos e situações.
Resposta: O povo englobava as camadas médias da população, classes trabalhadoras industriais e as camadas populares da periferia da cidade. Também tem uma identidade política dado por ser parte de uma nação ou de um grupo social determinado.
A massa remete a grupos sem nenhuma autodefinição, cooptados, que acompanham ou se incorporam a eventos e acontecimentos sem nada entender.
A multidão reporta-se a múltiplas identidades em ação, pois são coletivos, ajuntamentos em função de dado evento, fato. Identidade temporária e provisória que esgota sua significação e sua função na fração de tempo em que se manifestam nas ruas e no modo como se expressa, dissolvendo-se no fim da festa.
Graduando: Fabrício Zeni
Disciplina: Temas Contemporâneos
Curso: Engenharia Química
Semestre: 2019B

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