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A Obra Anti-globalista de Pascal Bernardin, Autor de Maquiavel Pedagogo

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http://conspiratio3.blogspot.com.br/2013/02/educacao-na-nova-ordem-mundial-e.html
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
EDUCAÇÃO NA NOVA ORDEM MUNDIAL - MAQUIAVEL 
PEDAGOGO - PASCAL BERNARDIN 
Neste post estou reunindo informações sobre a corrupção 
deliberada da Educação e a degeneração da 
inteligência e da psique nas sociedades hoje. 
A OBRA ANTI-GLOBALISTA DE PASCAL 
BERNARDIN – Félix Causas 
Publicado em 09/01/2012 por José Carlos Zamboni 
Pascal Bernardin acaba de publicar sua terceira obra, A crucificação de São 
Pedro, subtitulada “A Paixão da Igreja”. Esta obra é de grande importância. Mas antes de 
fazer a resenha é bom lembrar que antes de A crucificação de São Pedro, P. Bernardin 
publicou dois outros livros importantes: Maquiavel Pedagogo, em 1995, e O Império 
Ecológico ou a Subversão da Ecologia pelo Globalismo, em 1998.
Em Maquiavel Pedagogo, o autor explica a “revolução pedagógica que assolou o mundo e 
continua causando danos. Apoiou-se, principalmente, em publicações oficiais de 
organizações internacionais (UNESCO, OCDE, Conselho da Europa, Comissão de 
Bruxelas) para demonstrar que o objetivo dos sistemas educacionais não é mais dar uma 
formação intelectual mas modificar os valores, as atitudes e os comportamentos, proceder a 
uma revolução psicológica, ética e cultural. Para alcançá-lo, utilizam-se técnicas de 
manipulação psicológica e sociológica.
Esse processo, manifestamente revolucionário e totalitário, não encontra nenhuma 
resistência entre as elites, quer pertençam à direita ou à esquerda (e por uma boa razão!). 
Concebida e conduzida por instituições internacionais, envolve o conjunto do planeta e são 
muito raros os países poupados. Inscreve-se num projeto globalista de tomada do poder em 
escala mundial pelas organizações internacionais. Nessa perspectiva, os diversos governos 
nacionais não serão, ou não mais são, que simples executantes encarregados de aplicar as 
diretivas emitidas em escala mundial e adaptá-las às condições locais, esforçando-se , além 
do mais, por uniformizá-las.
Os documentos apresentados em Maquiavel Pedagogo não deixam nenhuma dúvida sobre 
o aspecto globalista e revolucionário da reforma psicológica. O formidável potencial 
subversivo desse processo bastaria por si só para assegurar o sucesso da Revolução em 
uma ou duas gerações. Maquiavel Pedagogo estabelece, portanto, de maneira certeira que a 
Revolução prossegue atualmente por meio do sistema educacional.
Ora, as técnicas de manipulação psicológica e sociológica descritas nessa obra não 
poderiam ser difundidas no sistema educacional mundial se não seguida de um trabalho 
muito longo, cuidadosamente planejado e rigorosamente executado. Não poderia em caso 
algum tratar-se de um fenômeno espontâneo, e os textos produzidos o provam 
abundantemente. É certo que antes da perestroica, os comunistas (e aqueles que os 
patrocinaram depois de 1917…) haviam criado as estruturas nacionais e internacionais, 
permitindo que a Revolução prosseguisse por meios menos visíveis que os utilizados 
quando de sua fase bolchevique”.
P. Bernardin mostra ainda que as técnicas de manipulação psicológica, que em nada se 
distinguem das técnicas de lavagem cerebral, são utilizadas em todos os níveis. Os alunos 
são, naturalmente, as primeiras vítimas. Mas os professores e o pessoal administrativo 
(diretores, etc.) não são, em nada, poupados. Esta Revolução Silenciosa e totalitária quer 
fazer dos povos massas ignorantes e submissas. Ilustra, de maneira exemplar, a filosofia 
manipulatória e ditatorial que sustenta a Nova Ordem Mundial e os modos de ação sutis e 
indiretos, mas também poderosos, que ela utiliza. Compreende-se também, que P. 
Bernardin tenha concluído que sua obra poderia intitular-se “Breviário da Escravidão”…
Parece que esta estratégia foi aplicada em outras áreas, notadamente naquela que foi o 
objeto do segundo volume (de 592 páginas) de P. Bernardin: O Império Ecológico ou a 
Subversão da Ecologia pelo Globalismo.
A propósito deste livro tão importante, o autor escreve: “O desaparecimento do comunismo 
e a promulgação simultânea da Nova Ordem Mundial parecem ser produzidos sobre um 
vazio ideológico absoluto. Portanto, o Império Mundial que se edifica sob nossos olhos não 
poderia se privar do cimento ideológico que, sozinho, poderá assegurar sua perenidade. As 
organizações internacionais, cujo poder aumenta a cada dia, devem, por outro lado, 
legitimar sua existência e o desaparecimento progressivo dos Estados.”
Ora, emerge silenciosamente uma ideologia revolucionária. A Ecologia, subvertida e 
desviada de seu fim primeiro, veicula uma concepção totalitária da natureza do mundo. 
Nela, o homem é considerado como um elemento do Todo e deve submeter-se aos 
imperativos do desenvolvimento “sustentável”. Essa reversão de perspectiva priva-o de sua 
dignidade natural e abre caminho a dois dos principais movimentos totalitários da nossa 
época: o Globalismo e a Nova Era.
Simultaneamente, põe-se em evidência os “problemas ecológicos globais”, como o efeito 
estufa e o buraco na camada de ozônio, que imporiam uma colaboração de todas as nações 
sob o controle das instituições internacionais e de um poder mundial forte. Esta nova 
concepção que desloca do local para o global, do nacional para o internacional, do homem 
para a Natureza, anula o indivíduo em face do Todo, os Estados em face das instituições 
internacionais e a sociedade em face do poder. Assim, aparecem as premissas ideológicas 
do Império Ecológico, último avatar do totalitarismo.
O autor apoia-se também, nesta obra, em publicações oficiais de instituições internacionais, 
e só podemos constatar que as consequências revolucionárias dessa mudança de perspectiva 
se exercem em todos os campos: político, econômico, demográfico, mas sobretudo 
espiritual, religioso e ético. A perestroica e o desaparecimento do comunismo, longe de ter 
marcado o fracasso da Revolução, permitiram, ao contrário, efetuar a síntese entre 
comunismo e o grande capitalismo, e fizeram convergir todas as forças revolucionárias: 
comunistas, globalistas e “humanistas”.
A etapa revolucionária atual, que se apoia principalmente sobre a concepção de Deus, do 
homem e do mundo veiculada por uma ecologia equivocada, deve resultar na instauração 
de uma nova civilização e de uma espiritualidade global! Assim se acaba a subversão da 
verdadeira ecologia, respeito devido à obra do Criador, da qual essas forças são o inimigo 
jurado. É preciso reconhecer que este tour de force foi magistral.
Mobilizar todas as sensibilidades políticas e fazê-las trabalhar por um objetivo 
supranacional, que envolve “cada um entre nós” — enquanto que a desafeição pela “coisa 
pública” torna-se geral e que o Sistema perde a cada dia sua credibilidade — revela um 
prodígio! Quem, agora, pode ousar levantar a cabeça contra os éditos da “Mãe Terra” 
(Gaia) e não querer colaborar no plano de salvamento universal, pelo qual nos interpelariam 
todos, assim como as futuras gerações…
Temos que reconhecer que esse “coringa” brandido in extremis pelos Arquitetos do 
Governo Global constitui uma prestidigitação fenomenal, que a Ecologia Globalista é e vai 
tornar-se, cada vez mais, o cimento unificador de todos os blocos da pirâmide iluminista, o 
liame que ninguém poderá recusar sob pena de ser excluído da Sociedade Globalista em 
gestação!
Isto nos leva a falar do último volume de P. Bernardin, publicado em novembro, 2009: A 
crucificação de São Pedro. O autor bem demonstrou, nas suas obras precedentes, que a 
ideologia globalista impregnou todos os setores de atividade da Sociedade, que corre a 
passos largos para o Governo Global. É impensável que a espiritualidade seja deixada de 
lado, e que as religiões fiquem fora da “Concentração Global”.
É a razão pela qual a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu, ela também, ainvestida, tomada pelo turbilhão suscitado pela Nova Torre de Babel Globalista. O autor 
demonstra, por uma escolha de textos excepcionais, não equivocados, que “o segundo 
Concílio do Vaticano pôs em marcha um processo “de auto-destruição” da Igreja, que a 
abalou desde seus fundamentos. Como consequência, todos os países católicos, todas as 
nações foram gravemente afetadas”. Seria preciso ser cego, ou espiritualmente cego, para 
não ver “que a Igreja atravessa uma das mais graves crises de sua história e que o Concílio 
Vaticano II é a origem imediata”.
Pascal Bernardin demonstra, apoiando-se em obras maçônicas e textos do Magistério 
Conciliar, que “o Concílio Vaticano II e a “Nova Teologia” inspiram-se na doutrina 
panteísta da Maçonaria, que confunde o Criador e a criatura, a natureza e a graça”!
As provas passam sob os olhos: “o panteísmo maçônico dá conta imediata e 
necessariamente das inovações catastróficas do Vaticano II: ecumenismo, liberdade de 
consciência, colegialidade, protestantização do Santo Sacrifício da Missa… Inversamente, 
essas inovações não podem ser explicadas senão por influência de doutrinas panteístas”.
Na primeira parte desta obra apaixonante, o autor expõe o panteísmo maçônico que forma a 
armadura da espiritualidade global, difundidas já por várias instituições internacionais 
como a Nova Era. Pascal Bernardin anuncia que esta “Espiritualidade Global”, que será a 
Religião Global, ligada indissoluvelmente ao Governo Global, será o objeto da próxima 
obra, complementar à que acaba de publicar. Esperamos já, com grande impaciência, o 
aparecimento desta obra que nos dará uma pequena ideia do que será a armadura da 
Religião do Anticristo!
Compreendemos melhor, nessa perspectiva, porque a igreja Conciliar tinha necessidade do 
Concílio Vaticano II e que esta Igreja apóstata — que não tem mais nada a ver com a 
autêntica Igreja Católica — deve se fundir à Religião Universal em curso de edificação…
P. Bernardin nos mostra ainda porque o espírito maçônico soprou sobre o Vaticano II. No 
começo da introdução escreveu, muito justamente, que “a História da Humanidade é a 
história da salvação e da luta entre as Duas Cidades pela conquista das almas, única questão 
que vale a pena. De essência diabólica, a Revolução é uma revolta contra Deus, inspirada 
constantemente por Satã. Seu fim último é a destruição da Igreja, e a edificação da Contra-
Igreja. Com esta verdade elementar esquecida, o fio condutor partido, a História se 
obscurece, perde seu sentido e se torna um mistério incompreensível.”
Aí está o interesse das notáveis obras de Pascal Bernardin que permite guardar 
constantemente no espírito esse quadro de análise. Apelamos ao leitor que adquira seus 
livros e estude-os com a caneta na mão. Enfim, e dedicamos especialmente essas poucas 
linhas a todos os Celier/Sernine & Tanoüarn, Pascal Bernardin demonstra ainda na sua 
última obra — e o livro seguinte será a demonstração amplificada — que toda a Revolução 
desses últimos quarenta anos foi inspirada pela Gnose au Nom Menteur. Toda essa 
subversão é de essência gnóstica. A Gnose conquistou a Igreja no Concílio Vaticano II. 
Tudo isso confirma os trabalhos essenciais de Étienne Couvert e condena o miserável 
veneno dos lamentáveis “Paul Sernine”!
Tradução de Aversoni Zamboni
Em Sous la bannière, n° 147, janeiro-fevereiro de 2010, p. 8-16
http://jczamboni.wordpress.com/2012/01/09/a-obra-anti-globalista-de-pascal-bernardin-
felix-causas/
O LIVRO NO BRASIL:
PASCAL BERNARDIN
MAQUIAVEL PEDAGOGO
Ficha Técnica:Número de Páginas: 159
Editora: Ecclesiae e Vide Editorial
Idioma: Português
http://www.videeditorial.com.br/VIDE-Editorial/Maquiavel-Pedagogo/flypage.tpl.html
O livro de Pascal Bernardin procura responder às seguintes perguntas- Quais são 
as razões da profunda crise na escola? É possível encontrar uma espécie de vírus 
no gene da sociedade e do sistema educativo? Pode-se concluir que é urgente 
uma redefinição do papel da escola e de suas prioridades? Pascal Bernardin 
pretende mostrar detalhadamente que o objetivo prioritário da escola moderna 
não é mais possibilitar aos alunos uma formação intelectual e muito menos fazê-
los adquirir conhecimentos elementares. O que se pretende com a redefinição do 
papel da escola é torná-la nada mais do que o instrumento de uma revolução 
cultural e ética destinada a modificar os valores, as atitudes e os comportamentos 
das pessoas em escala mundial.
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/13913-billie-jean.html
Escrito por Ricardo Hashimoto | 05 Março 2013 
Artigos - Cultura
O controle psicológico, por meio da educação, da mídia, da gestão de empresas e do controle 
social, conduz a uma sociedade igualmente totalitária, na qual os modos primitivos de controle 
foram substituídos por técnicas não aversivas.
Em seu hit Billie Jean, Michael Jackson canta “Be careful of what you do ‘cause the lie becomes 
the truth” (Cuidado com o que você faz, porque a mentira vira verdade). Ou, como se dizia 
antigamente, “quem não vive conforme pensa, acaba pensando conforme vive”.
Boas frases para definir a “dissonância cognitiva”, técnica de manipulação psicológica em que, por 
exemplo, o manipulador constrange você, num contexto de liberdade relativa, a agir contra os seus 
princípios, o que faz com que você modifique os seus valores para diminuir a tensão que o oprime.
Esta e diversas outras formas de engenharia comportamental – friamente concebidas e cruelmente 
aplicadas, destinadas à lavagem cerebral – são descritas por Pascal Bernardin no livro Maquiavel 
Pedagogo, importante lançamento das editoras Vide Editorial e Ecclesiae, obra imprescindível para 
quem quer entender por que o sistema educacional mundial (com raríssimas exceções) não tem 
mais o objetivo de ensinar (o ensino, agora, deve ser “não cognitivo”), mas de servir de instrumento 
de uma revolução cultural e ética cujo propósito é mudar os valores e criar o cidadãozinho bem-
comportado da Nova Ordem Mundial (leia-se ditadura global).
Amplamente documentado, o livro mostra como UNESCO, Conselho da Europa, Comissão de 
Bruxelas e OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) promovem 
uma revolução pedagógica visando criar uma nova sociedade, numa sofisticada reapresentação da 
utopia comunista (não devemos nunca nos esquecer do aviso de Fátima: “a Rússia espalhará os 
seus erros pelo mundo”). A partir de uma mudança de valores, da manipulação da cultura e da 
modificação das atitudes e dos comportamentos pretende-se fazer a revolução psicológica e, 
ulteriormente, a revolução social.
Para atingir este objetivo são usados os resultados de pesquisas pedagógicas obtidos pelos 
soviéticos e pelos criptocomunistas norte-americanos e europeus. São utilizados métodos ativos 
para inculcar, nos estudantes (e, de modo mais geral, em toda a sociedade), valores, atitudes e 
comportamentos definidos de antemão. Os traços mais relevantes dessa revolução pedagógica 
são: testes psicológicos (em grande escala), subordinação do ensino livre, anulação da influência 
da família e informatização mundial das questões do ensino e o censo de toda a população escolar 
e universitária.
Assim deve ser, segundo tais planejadores, a educação futura: para a massa, o ensino não 
cognitivo, pura doutrinação esvaziada de toda substância intelectual; para a elite, uma verdadeira 
formação intelectual necessária ao trabalho mental (não isenta da doutrinação comuno-globalista). 
Tudo isso visando criar a sociedade dual, em que só existirão duas classes: dirigentes e dirigidos, 
elite e povo, senhores e escravos.
É este o objetivo do livro: demonstrar que não existe qualquer contradição entre democracia 
aparente e socialismo (ante-sala do comunismo, segundo Olavo de Carvalho). O socialismo não é 
um sistema econômico, mas um sistema social, que pode acomodar-seao capitalismo, para dele 
se livrar, se necessário, quando a revolução psicológica tiver sido concluída. O controle 
psicológico, por meio da educação, da mídia, da gestão de empresas e do controle social, conduz 
a uma sociedade igualmente totalitária, na qual os modos primitivos de controle foram substituídos 
por técnicas não aversivas, das quais o povo não tem conhecimento. Manipulado, ele não percebe 
que o seu comportamento é controlado, de modo diverso, com mais eficácia do que num sistema 
totalitário, no qual a sua revolta latente haveria de lhe garantir a sua última proteção psicológica.
Não se deixe manipular – leia urgentemente este livro. (Que, a bem da verdade, devia ter chegado 
antes, pois o original é de 1995. Mas, antes tarde do que nunca. Parabéns à Vide Editorial e à 
editora Ecclesiae.)
E, acima de tudo, viva conforme pensa, senão... (Be careful of what you do, otherwise...).
Ricardo Hashimoto é engenheiro e coach.
*
MANIPULAÇÃO DE COMPORTAMENTO E BAIXARIA NA EDUCAÇÃO - DAMARES ALVES E 
OLAVO DE CARVALHO
http://bibliotecaecosdoexilio.blogspot.com.br/2013/06/maquiavel-pedagogo-pascal-
bernardin.html
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Maquiavel Pedagogo - Pascal Bernardin 
 Quais são as razões da profunda crise na escola? É possível encontrar uma espécie de 
vírus no gene de nossa sociedade e de nosso sistema educativo? Podemos concluir que é 
urgente uma redefinição do papel da escola e de suas prioridades?
 Inúmeros pais e educadores, testemunham, estupefatos, a revolução em curso. 
Interrogam-se sobre as profundas mutações que de forma acelerada vêm ocorrendo em 
nosso sistema educativo. Porém, nenhum governo, seja de direita ou de esquerda, vem à 
público esclarecer os fundamentos ideológicos dessas constantes reformas no ensino e 
tampouco se preocupam em apresentar, de forma clara, as coerências e os objetivos dos 
métodos adotados.
 Mas ainda que tudo nos pareça muito obscuro, podemos encontrar todas as respostas na 
filosofia da revolução pedagógica que se expõe, em termos explícitos, nas publicações dos 
organismos internacionais como a Unesco, a OCDE, o Conselho da Europa, a Comissão de 
Bruxelas e tantas outras. Apoiando-se sobre textos oficiais desses organismos, Pascal 
Bernardin mostra detalhadamente que o objetivo prioritário da escola atual não é mais 
possibilitar aos alunos uma formação intelectual e muito menos fazê-los adquirir 
conhecimentos elementares. O que se pretende com a redefinição do papel da escola é 
torná-la nada mais do que o instrumento de uma revolução cultural e ética destinada a 
modificar os valores, as atitudes e os comportamentos das pessoas em escala mundial. As 
técnicas de manipulação psicológica, que não se distinguem muito das técnicas de lavagem 
cerebral, estão sendo utilizadas de forma maciça. Naturalmente, os alunos são as primeiras 
vítimas porém, os educadores e também o pessoal administrativo – diretores, pedagogos e 
até mesmo inspetores – não estão sendo poupados.
 Essa revolução silenciosa, antidemocrática e totalitária, quer fazer dos povos meras 
massas ignorantes e totalmente submissas à classe governante. Ela ilustra, de maneira 
exemplar, a filosofia manipuladora e ditatorial que tem abrigo na chamada Nova Ordem 
Mundial. Tal filosofia é imposta por meio de ações sutis e indiretas, porém poderosíssimas, 
gerando resultados catastróficos à inteligência humana.
 Portanto, o que o leitor verá exposto neste livro é alto terrivelmente sério. Trata-se de 
uma análise minuciosa de tudo aquilo que está exposto nos documentos oficiais dos mais 
célebres organismos internacionais. E, embora documentos públicos, causa estranhamento 
o silêncio mortal que paira sobre eles. Certamente porque quando lidos, revelam-se uma 
verdadeira síntese do que é a escravidão.
Postado por Ecos do Exílio às 15:45 
A face oculta do mundialismo verde
Os visitantes deste site já conhecem o nome de Pascal Bernardin, tanto pela alusão que a 
ele fiz no meu artigo “Ideário do absurdo” quando pelos comentários ...
www.olavodecarvalho.org/.../bernardin2.htm 
Leituras recomendadas – 40
A face oculta do mundialismo verde
Pascal Bernardin
http://www.euro92.org/edi/biblio/bernardin2.htm
 
Tradução de Joel Nunes dos Santos e Roberto Mallet
 
Os visitantes deste site já conhecem o nome de Pascal Bernardin, tanto pela alusão que a 
ele fiz no meu artigo “Ideário do absurdo” quando pelos comentários de Charles Lagrave 
no link O império ecológico e o totalitarismo planetário. Agora encontrei esta conferência 
dele na página do Instituto Euro 92 (onde há dezenas de outras leituras importantíssimas), e 
não pude deixar de transcrevê-la aqui com algumas notas minhas, malgrado minha falta de 
tempo para traduzi-la. Se algum visitante puder fazer a tradução e enviá-la a 
olavo@olavodecarvalho.org, terá prestado um esplêndido serviço a todos. – O. de C.
 
Nota do Instituto Euro 92
Desde o fim do comunismo, o socialismo bate em retirada ao conceder mais espaço aos 
mecanismos que deixam uma maior margem de liberdade aos comportamentos individuais. 
Contudo, a ameaça não desapareceu. Embora não se trate de grandes leis históricas que 
fariam do Proletariado o instrumento e o veículo do Progresso, trata-se da Ecologia – 
mais precisamente, das elites científicas e ecológicas que se autodenominaram os messias 
dos novos tempos – que pretendem impor seus objetivos como elementos reguladores da 
liberdade dos indivíduos. No texto a seguir, Pascal Bernardin, autor de “O Império 
ecológico” mostra como o problema da gestão dos “bens comuns” é hoje em dia utilizado 
como álibi para recriar completamente as regras da justiça e da moral, sempre 
pretendendo manter-se no estrito limite de uma crítica liberal. Este texto é a transcrição de 
uma conferência pronunciada ao Instituto Euro 92 no dia 14 de abril de 1999.
---
Permitam-me, de início, apresentar-me. Sou politécnico e doutor em informática. Ensino 
informática fundamental, quer dizer, matemática da informática na Universidade de Aix-
Marseille III.
Esclareço-o porque irei tratar de questões científicas muitas vezes debatidas, em particular 
a questão do efeito estufa.
Vim falar de minha obra intitulada O Império Ecológico, lançada em dezembro de 98, a 
qual trata da ecologia em suas principais dimensões, com a notória exceção dos aspectos 
jurídicos e educativos.
No curso desta conferência, vou mostrar como e em que medida a política e os temas 
ecológicos se articulam com os dois fenômenos políticos maiores do último decênio e do 
fim do século, a saber, a perestroika e a emergência da Nova Ordem Mundial.
As questões ecológicas são as questões fundamentais que envolvem todos os domínios: 
domínio econômico, político, constitucional, financeiro, e às vezes o ético e o religioso. 
Trata-se, portanto, para mim, de uma questão verdadeiramente central, que retoma certas 
idéias liberais mas que vai muito além delas.
De início, na primeira parte desta intervenção, quero falar dos objetivos mantidos pelas 
elites pós-comunistas que permaneceram de pé, malgrado o desaparecimento do 
comunismo e da queda do muro de Berlim, as quais, hoje em dia, estão integradas no 
conjunto das elites ditas mundialistas, alojadas no coração das instituições internacionais. 
Vocês notarão a diferença entre mundialismo e mundialização. Conservo o termo 
mundialismo para descrever a emergência das forças políticas em nível mundial; reservo o 
termo mundialização para a emergência de um mercado global e de instituições econômicas 
e financeiras globais.
A situação política do último quarto de século tem sido marcada pela queda do muro de 
Berlim, e simultaneamente pela instauração de uma “Nova Ordem Mundial” proposta pelo 
presidente George Bush. Considero que a análise desses dois fenômenos permanece ainda 
muito incompleta.Com efeito, nenhuma explicação real do fenômeno da perestroika foi 
dada. Além do mais, os objetivos precisos da mundialização e do mundialismo 
permaneceram muito vagos. Dito de outro modo, estamos, atualmente, num vazio 
conceptual absoluto; vazio que toca os dois elementos principais da vida política mundial 
deste fim de século. Tais são os elementos que vou pôr em evidência, adotando a ecologia 
como fio condutor.
No que se refere ao mundialismo, vou basear-me exclusivamente nos textos oficiais das 
instituições internacionais – e eles são extremamente numerosos –, como Our Global 
Neighbourhood (1995 – Oxford University Press), um relatório da Comissão sobre o 
Governo Global (Comission on Global Governance). É uma comissão estabelecida sob a 
égide da ONU, que inclui membros eminentes e de elevadíssimo nível, em particular 
Jacques Delors, atualmente Presidente da Comissão européia.
De um outro ponto de vista, vou referir-me a Ethics and Spirituals Values, relatório 
redigido pelo Banco Mundial, centrado nos valores éticos e espirituais para um 
desenvolvimento durável; quer dizer, para um desenvolvimento ecologicamente são, ou 
pelo menos pretendido tal.
Enfim, e não o menor deles, a um documento oriundo da conferência de Copenhague, 
organizado pelas Nações Unidas (Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social, de 6 a 
12 de março de 1995), com o título de As Dimensões Éticas e Espirituais do 
Desenvolvimento Social.
Para as referências à perestroika, apoio-me igualmente em documentos públicos, que não 
têm a mesma autoridade porque não possuem a chancela das Nações Unidas, contudo 
escritos por Gorbatchev e Chevernadze entre outros.
Da Perestroika à ecologia
Para começo de conversa, que é a perestroika? Contrariamente ao que a mídia quer nos 
impingir, é algo diferente da queda do muro de Berlim sob um incontido impulso 
democrático. A perestroika é, na realidade, um movimento que foi planejado desde o fim 
da década de 1950. Sua descrição chegou-nos de um certo Goligsyne, oficial superior da 
KGB, que mudou para o Ocidente no fim dos anos 1960. Encontramos seus escritos num 
relatório que estava destinado aos Serviços Secretos, mas também numa obra pública que 
apareceu antes de 1985 e da chegada ao poder de Gorbatchev. Que diz ele? Que a 
perestroika é um processo socialista revolucionário, inspirado na Nova Política Econômica 
de Lênin: que ela está destinada a reestruturar (perestroika significa reestruturação) o 
socialismo na URSS e não a erradicá-lo. Sobretudo, trata-se de reestruturar a imagem que 
os ocidentais podem ter do socialismo em geral.
Descartando completamente a tese de um complô mundial, minha convicção é que é a 
reunião dos temas revolucionários, que permanece de pé atualmente, contidos na 
perestroika, que se encontra no coração da política ecológica. Não existe acaso. É possível 
lembrar que Gorbatchev, em seus escritos, diz explicitamente que a ecologia é um veículo 
revolucionário. Hoje em dia, Gorbatchev é o Presidente da Cruz Verde internacional.
Falemos agora dos objetivos do poder mundialista. Este poder pretende, evidentemente, 
tirar proveito, ao mesmo tempo, tanto da experiência democrática como da liberal – as 
referências aos elementos liberais são numerosas, não obstante considerando-as num 
quadro que não tem, na realidade, muita coisa a ver com o liberalismo – a fim de, delas, 
fazer uma síntese orientada por um objetivo na verdade coletivista. Este poder parte do 
princípio – liberal! – de que toda coerção está voltada ao fracasso, que os métodos não 
coercitivos, que deixam nos governados a ilusão de liberdade, são os que devem ser 
utilizados para chegar ao objetivo pretendido.
A idéia de recusar a coerção e fazer apelo apenas ao sentimento de liberdade é uma idéia 
fundamental utilizada por um grande número de pensadores. Penso, por exemplo, em 
Antônio Gramsci, o revolucionário do início do século, que sempre achou que a política 
stalinista era um erro, que ela não poderia senão conduzir ao fracasso da Revolução, muito 
simplesmente porque era preciso, antes, proceder a uma revolução cultural – uma revolução 
da superestrutura ideológica – para, em seguida, ser bem sucedido na condução desta 
revolução na infraestrutura. Isto é o exemplo típico de uma idéia não coercitiva, que 
denominarei também não aversiva (para retomar uma certa terminologia de psicologia 
social), cujo objetivo visa, primeiramente, à cultura, antes de tentar modificar o estrato 
econômico.
Outras correntes de idéias desenvolvem a mesma relação: como por exemplo B. Skinner, o 
fundador de uma escola de psicologia – o Behaviorismo – que, em substância, diz que o 
homem é uma máquina à qual basta dar estímulos positivos para obterem-se boas respostas. 
Skinner diz também, de maneira ainda mais explícita, que a repressão é inútil: que, ao 
contrário, os reforços não-aversivos – quer dizer, as recompensas – são sempre 
extremamente úteis para modificar o comportamento dos indivíduos. Os reforços aversivos, 
eles, provocam a oposição e a crispação dos indivíduos e da sociedade, e estão, em 
conseqüência, fadados ao fracasso.
Uma aplicação das teorias do controle
Outros trabalhos de psicologia social dedicam-se a desenvolver esta relação. Penso na 
psicologia do engajamento, uma teoria psicológica segundo a qual modifica-se eficazmente 
os comportamentos, e, em conseqüência, os valores, ao levar as pessoas a se engajar (no 
sentido de dirigismo), e, portanto, proibindo-se, por isso, toda prática aversiva.
Vemos assim surgir uma diferença fundamental entre poder e controle. O exercício do 
poder é a técnica tradicionalmente adotada por todos os Estados do planeta. Ela tem como 
principal defeito chocar-se contra a revolta latente dos indivíduos que lhes estão submissos. 
O exercício do controle é uma técnica toda diferente, que consiste em colocar as pessoas 
num quadro tal que elas desfrutarão de um sentimento de liberdade, às vezes de grande 
liberdade, ao tempo em que esta liberdade será, na realidade, estreitamente canalizada num 
quadro fixado pelos governantes. Esta oposição entre controle e poder permite assegurar a 
síntese de numerosos trabalhos, e de compreender o que está a caminho de ocorrer tanto no 
Ocidente quanto no antigo bloco comunista. 
As idéias que presidem tanto à perestroika quanto à instauração da Nova Ordem Mundial 
são uma aplicação das teorias do controle. Elas pretendem modificar os quadros que 
organizam nossas ações em todos os domínios. Os quadros (âmbitos) são numerosos: 
religiosos – os principais âmbitos mentais são fornecidos pela religião –, éticos – citados 
nos documentos abaixo mencionados –, ideológicos. Mais freqüentemente, trata-se de 
reorganizar a cultura e os objetivos de nossa sociedade com relação a um “objetivo supra-
ordenado” – quer dizer, um objetivo final da socidade em torno do qual todos os demais 
objetivos se ordenam.
Eis-nos portanto confrontados, devido a nossos problemas ecológicos, com um inimigo, 
que não é mais comunista, mas coletivista. O inimigo, sempre socialista, está sempre vivo, 
e, embora esteja imerso na cultura liberal, persegue sempre a velha idéia de realizar a 
síntese do “socialismo de mercado”, porém por outros meios.
Uma descrição mais científica da lógica deste movimento revolucionário articula-se em 
torno da teoria dos sistemas e da teoria do caos. Para os que não estão familiarizados com 
estes conceitos, vou descrever a teoria do caos a partir de um exemplo muito simples. Se 
alguém coloca um cigarro no meio desta sala, a fumaça a encherá muito rapidamente. 
Porém, a fumaça vem quase que de um único ponto, da ponta do cigarro, e cinco minutos 
mais tarde, as parcículas de fumaça preencherão toda a sala. Este exemplo significa que as 
partículas de fumaça, que estão inicialmente em posições muito próximas, podem, ao cabo 
de um tempo relativamente curto,encontrar-se nas posições extremamente afastadas, às 
vezes totalmente opostas. A característica de um sistema que se encontra numa situação de 
caos é que ele pode evoluir em diereções radicalmente opostas.
De um ponto de vista construtivista – quer dizer, do ponto de vista de indivíduos que 
querem agir sobre a sociedade para conduzí-la a uma certa condição – esta experiência 
significa que, se é possível escolher uma partícula de fumaça, e se se conhece precisamente 
a evolução das partículas de fumaça, pode-se escolher aquela que se encontra em tal lugar, 
lá onde se deseja que ela chegue. Se uma partícula não se encontra lá onde se deseja 
conduzí-la, basta deslocá-la muito levemente desde o início – desde as condições inciais, 
como dizem os cientistas – para que ela acabe lá onde se deseja que ela esteja. A 
característica de uma situação de caos seria tal que permitira modificar radicalmente a 
evolução futura, sempre introduzindo apenas leves modificações na situação inicial. Para 
usar uma linguagem mais abstrata, dir-se-ia que uma situação caótica se controla com as 
forças muito fracas, como o deslocamento quase que infinitesimal das partículas de fumaça 
da ruim à boa posição inicial. 
Se se transporta esta relação ao domínio social, ao domínio econômico e ao domínio 
político, as conseqüências são, evidentemente, imensas.
Segundo a teoria dos sistemas, caso se queira modificar a trajetória da partícula de fumaça, 
aquele que estiver fora deste sistema, deverá fazer parte de um sistema de ordem superior. 
Devemos então imaginar que o subsistema inferior, a fumaça, está submissa a um sistema 
de ordem superior – por exemplo, ao experimentador, este podendo estar também submisso 
a um outro sistema, digamos, por exemplo, a um sistema jurídico, ele também 
condicionado por sua dependência a respeito de um quarto sistema de uma ordem ainda 
superior, como o sistema legislativo, e assim por diante. Temos, portanto, uma hierarquia 
de sistemas onde cada um dentre eles pode intervir sobre o sistema de nível imediatamente 
inferior graças a forças muito fracas. Portanto, o sistema (a fumaça) pode ver suas 
trajetórias modificadas graças às forças infinitesimais, aplicadas por um operador do qual 
se poderá, caso ele se encontre numa situação caótica, modificar o comportamento por 
meio de forças igualmente muito fracas, o processo repetindo-se indefinidamente de um 
nível a outro. Assim, se admitimos uma hierarquia sistêmica de universos caóticos, 
podemos manipulá-los com forças muito fracas em cada nível.
Conciliar um liberalismo aparente com um construtivismo sempre real.
Não descrevi, no caso presente, nada mais que as instituições de poder internacional que 
estão na iminência de se estabelecerem, com uma hierarquia de níveis, em princípio 
mundial, depois continental, regional, nacional, departamental, municipal, etc.
A particularidade desta teoria dos sistemas, quando aplicada às ciências sociais, é permitir, 
em teoria, conciliar liberalismo – um liberalismo “aparente” – e coletivismo – mas um 
coletivismo bem “real”; o que, do ponto de vista midiático e político, não é, bem entendido, 
nêutro.
Temos assim um subsistema que está em baixo, o dos atores econômicos, numa situação 
aparentemente liberal; depois, acima, as instituições internacionais, que não canalizam 
necessariamente a ação desses atores econômicos, mas modificam suas antecipações 
manipulando a moeda, o orçamento, as legislações ou as regras do comércio internacional. 
Temos, então, um dirigismo real no alto e, para as necessidades intermediárias, uma 
suficiente aparência de liberalismo em baixo. Temos exatamente a mesma coisa no domínio 
político, com uma democracia aparente e um dirigismo, às vezes um totalitarismo, 
totalmente reais. Em baixo vota-se, mas o quadro dentro do qual se efetua o voto é 
predeterminado desde cima.
Lembro a vocês que o mundialismo é o movimento que se identifica com a emergência de 
forças políticas mundiais, no primeiro nível das quais está a ONU. Esta representa uma 
verdadeira força política mundial. Ela responde a uma lógica que, de um lado, lhe é interna; 
de outro lado, o mundialismo dá-se por objetivo a criação de uma nova civilização, como se 
verá na seqüência de minha explicação. Não nos iludamos: temos necessidade de 
instituições internacionais em certos domínios; tais domínios, porém, são, de fato, pouco 
numerosos.
Depois de ter mostrado os métodos, vou agora falar dos objetivos.
O primeiro, tal como está claramente expresso em todos os documentos citados, é diminuir, 
ou pelo menos estabilizar, a população humana, com números variáveis segundo as fontes. 
Há textos que falam de quinhentos milhões de pessoas! É o caso, por exemplo, de Jacques-
Yves Cousteau, para quem a população humana não deveria ultrapassar meio bilhão! de 
pessoas.
Um segundo objetivo é o de impor, graças à influência da mídia, mas também por meio da 
lei, valores ecológicos que implicam numa profunda modificação de nossos valores. É 
assim que alguns chegam mesmo até a pretender criar uma nova religião, que se apoia 
numa nova espiritualidade, como abertamente o dizem certas obras às quais já me referi.
Terceiro objetivo: a equalização mundial dos salários. Os textos são superabundantes e 
totalmente explícitos. Eles revelam uma obsessão igualitarista que tende à equalização dos 
salários em todo o planeta. O que resulta, bem evidentemente, num controle da economia, 
das riquezas e da finança.
Uma vez que se tenha esses objetivos na cabeça, não é difícil compreender que a ecologia 
constitui uma formidável alavanca para assegurar sua realização.
O falso processo da camada de ozônio
Referir-me-ei, em princípio, ao buraco na camada de ozônio, depois ao efeito estufa. E para 
isto, começarei pela questão dos “objetivos supra-ordenados” dos quais já falei.
Trata-se de um conceito de psicologia social, desenvolvido, por exemplo, nos trabalhos de 
Mustapha Shérif. Em substância, diz-nos, dois grupos antagonistas – ou pelo menos 
aparentemente antagonistas – não podem chegar a cooperar ou a se aproximar a menos que 
exista um objetivo suscetível de focalizar o conjunto de suas energias. Este objetivo, 
qualificado de “supra-ordenado”, deve amalgamar todos os outros objetivos, em particular 
aqueles dos atores individuais, mas também congregar os Estados, os ministérios, ou toda 
outra organização dirigente. Isto significa reinventar o totalitarismo, caso se lembre que, no 
passado, os “objetivos supra-ordenados” foram os da raça, da classe ou de uma casta.
Enquanto que o buraco na camada de ozônio nada mais é que um balão de ensaio, o efeito 
estufa, ele, é verdadeiramente concebido e apresentado como um “objetivo supra-
ordenado” maior. Penso, por exemplo, em Al Gore, quando ele diz que é preciso criar uma 
nova civilização, cuja proteção do meio-ambiente será o pivô.
Interroguemo-nos sobre a realidade desses fenômenos. O buraco na camada de ozônio , 
como, sem dúvida, você se lembra, foi o símbolo de uma época quando a abertura do jornal 
televisado das 20 horas se fazia freqüentemente com uma imagem em cores falsas 
representando a Antartica e o buraco, este enorme buraco que, diziam-nos, crescia 
inexoravelmente e ameaçava cobrir todo o planeta, absorver-nos, queimar-nos, com, em 
conseqüência, um aumento considerável e inelutável do número de cânceres de pele, 
mutações genéticas incontroláveis, ou ainda a destruição inevitável da bio-diversidade 
(porque algumas espécies são mais sensíveis a ele que outras).
Desde então, o gás acabou. E, desde há muito, não se escutou mais falar do buraco na 
camada de ozônio.
O que é preciso reter? Um pequeno artigo de cinco centímetros e meio por quatro e meio, 
do prêmio Nobel de química Paul Crutzen, na página vinte quatro de um número do jornal 
Le Monde: “quando as previsões apocalípticas foram noticiadas”, lia-se,“não se conhecia 
exatamente a amplitude da deterioração da camada de ozônio. Agora, sabe-se que os danos 
serão mínimos. A demonstração tem sido feita, de que a camada de ozônio deteriora-se 
num rítmo muito lento.” Este é o ponto-de-vista de numerosos outros cientistas.
Tem-se dito que o buraco seria causado pelos CFC (Cloro-Fluor-Carbono), um produto 
químico que se encontra principalmente nas geladeiras. Esses CFC foram fabricados 
industrialmente após a segunda guerra mundial, e sua produção em massa marcou os anos 
1960, época do grande boom econômico.
Ora, a comunidade científica conhecia o buraco na camada de ozônio – a literatura 
científica disso dá fé – desde 1929; quer dizer, pelo menos trinta anos antes da produção 
intensiva dos CFC ter começado. Eles não podem, portanto, ser a causa do fenômeno.
Mas sua existência serviu maravilhosamente aos desejos de certas organizações 
internacionais – notadamente a Organização Meteorológica Mundial, sempre em busca de 
maiores orçamentos para financiar suas pesquisas. É ela que iniciou a grande campanha de 
sensibilização das opiniões públicas. Por isto, os cientistas que lhe deram apoio – como 
Paul Crutzen, antes de ele mudar, parece, de ponto-de-vista – desenvolveram os modelos 
matemáticos complexos que demonstravam – diziam-nos – que os CFC rejeitados pelo 
homem destruiriam inexoravelmente a camada de ozônio. Mas esses modelos eram, na 
realidade, baseados em bases experimentais extremamente frágeis e incompletas.
Hoje em dia está quase que admitido e provado que esses modelos eram incapazes de 
simular a realidade, portanto, que eles eram falsos.
Como já disse, a literatura científica mostra claramente que, desde 1929, portanto, muito 
antes da produção em massa dos CFC, o buraco na camada de ozônio era já uma realidade. 
Ele resulta de um fenômeno natural que existe desde sempre e que se observa em lugares 
extremamente afastados, principalmente o Polo Sul. O que está em causa é principalmente 
a atividade vulcânica natural do globo. Os vulcões lançam infinitamente mais Cloro na 
atmosfera que os CFC. Por exemplo, citarei o Monte Érebo, um vulcão da Antártida em 
constante erupção, que lança permanentemente milhares de toneladas de gases, 
notadamente os compostos clorados, justamente no lugar onde se situa o famoso buraco na 
camada de ozônio.
Dispomos hoje em dia de numerosos elementos que vão em sentidos totalmente 
incompatíveis com a tese das mídias que acusam o homem de autor deste crime ecológico.
Dito isto, as conseqüências econômicas e políticas, elas, são verdadeiramente reais.
Haverá, em princípio, a criação de órgãos internacionais encarregados de controlar a 
evolução do buraco, e de incitar os Estados a impedir este processo destruidor. Elas, porém, 
têm-se mantido relativamente discretas, com relação ao que se passa num outro front, o do 
efeito estufa.
Há em seguida o efeito midiático e psicológico que se traduziu pela introdução na 
consciência coletiva de um sentimento novo: o de uma autêntica responsabilidade mundial 
que envolveria tanto os russos, os chineses, os americanos, quanto os europeus (porque, na 
atmosfera, todos os dejetos terminam por se misturar). Assim apareceu, e se impôs, a idéia 
de que se estava verdadeiramente em face de um real problema comum, que era preciso 
necessariamente gerir em conjunto.
Assim, criou-se um sentimento de interdependência, o qual conduz as opiniões públicas a 
considerar que sua sorte está doravante ligada aos dejetos de CFC que poluem o outro lado 
do planeta. Recuar admití-lo designa quem o faça, automaticamente, como cúmplice de um 
empreendimento de destruição do planeta. Difunde-se assim um sentimento de fidelidade, 
não mais a uma comunidade local, nacional, talvez européia, mas a uma comunidade 
mundial. Este fator psicológico representa um fato político de primeira grandeza.
A impostura do efeito estufa
Agora, falemos do efeito estufa. Ele resulta, dizem-nos, do aquecimento do gás carbônico 
lançado na atmosfera pela combustão da madeira, do gás natural ou do petróleo. Esta 
ameaça é terrificante, porque dela deveria resultar uma elevação da temperatura terrestre 
média, compreendida entre dois e cinco graus. O nível dos mares poderia elevar-se algumas 
dezenas de centímetros. As doenças tropicais elevar-se-iam em nós e o ciclo da água 
potável em seu conjunto seria totalmente perturbado.
Tratar-se-ia, portanto, de um problema verdadeiramente global, que envolveria todo o 
planeta, porque toda atividade humana implica numa produção de energia, portanto de 
emissão de gás carbônico. É um problema econômico global que envolve toda a sociedade, 
na menor de suas atividades, como dirigir ou se deslocar. Todo o domínio social, político e 
institucional estará fatalmente envolvido. Mesmo o domínio ético, porque, na avaliação do 
perigo infinito que esta ameça faz pesar sobre o planeta, é preciso, dizem-nos, modificar 
todo nosso sistema de valores, inclusive os valores espirituais.
É preciso igualmente adaptar o direito internacional, modificar também todo o sistema 
educativo.
Está-se então em presença de um fenômeno “sistêmico”, quase que em seu estado puro, e 
que envolve todos os domínios da liberdade e da organização dos seres humanos.
A Comissão Trilateral, cujos membros representam, exclusivamente eles, quase que 
sessenta por cento das forças econômicas do planeta, evoca claramente o objetivo de uma 
redução do consumo de energia nos países desenvolvidos compreendido entre 20 e 60%. 
Deixo que vocês imaginem o que isto significa em termos econômicos.
Do ponto-de-vista científico, o que se pode pensar disso? Duas escolas digladiam. A 
primeira, a escola dos liberais, mantida pelos sábios americanos de renome, fala 
explicitamente de impostura. A segunda escola é a dos revolucionários que, desde o fim dos 
anos sessenta, não param de anunciar uma catástrofe iminente. Para eles, é incontestável 
que a temperatura já começou a aumentar, e inclusive que o nível dos mares já sofreu um 
sensível fenômeno de elevação. Na realidade, os que falam assim baseiam-se, uma vez 
mais, em modelos muito incompletos, aproximativos, e portanto completamente falsos, 
segundo o ponto-de-vista mesmo dos sábios, os mais rigorosos e os mais objetivos.
Todas as previsões deduzidas destes modelos até aqui sempre se revelaram inexatas, muito 
afastadas da realidade. A mais bela prova de seu erro repousa em sua incapacidade de dar 
uma simulação aceitável das evoluções climáticas do passado. As equações que utilizam 
são muito simplificadas. Notadamente, elas não integram os fenômenos de ondas 
planetárias, que desempenham, neste domínio, um papel importante.
Os trabalhos mais rigorosos, e que não se apoiam unicamente sobre modelos de simulação 
matemática, sugerem que há, efetivamente, um certo aumento da temperatura devido ao gás 
carbônico. Eles não negam que as emissões humanas possam exercer uma influência sobre 
a evolução dos climas. Contudo, eles mostram que esta influência é extremamente fraca – 
da ordem de 0,5 grau apenas –, que ela está no limite do imperceptível, e que ela não 
representa, de fato, grande coisa com relação às flutuações climáticas naturais que se 
registram ao longo dos séculos.
Não devemos esquecer que o clima é um elemento que varia permanentemente. Por outro 
lado, meio grau de aquecimento seria antes uma boa coisa, porque o aumento da 
concentração de gás carbônico, que o provocasse, beneficiaria mais que prejudicaria o 
crescimento das plantas, portanto à agricultura, às florestas, e mais geralmente à vida – 
porque esta se baseia, em princípio, no fenômeno da fotossíntese.
Talvez seja possível identificar alguns efeitos secundários negativos bem insignificantes; 
contudo, fundamentalmente, os ecologistas convencem apenas a eles mesmos, e os que 
desejam ser convencidos.
De fato, o efeito estufa é principalmenteimputável às modificações da atividade solar, o sol 
sendo o principal vetor de influência do clima. Os cientistas observam esta influência desde 
há uns cinqüenta anos. Mesmo que não compreendamos ainda todos os seus mecanismos, é 
um fenômeno que se torna cada vez melhor conhecido. Destarte, é bem conhecido, 
igualmente, que os elementos contingentes, como a modulação da irradiação galática, 
exercem uma influência sobre a evolução da cobertura das nuvens e assim modificam a 
maneira pela qual uma parte dos raios solares é reenviada em direção ao espaço.
Portanto, que dizer disso, senão que isto com o que tratamos nada mais é que uma grande 
“escroqueria”? A maioria dos sábios se esforça em resistir a esta dupla impostura midiática 
e política (porque os políticos, caso realmente quisessem, teriam todos os elementos à sua 
disposição para saber do que verdadeiramente se trata).
O princípio de precaução, retorno ao pensamento mágico
As conseqüências desta impostura são gigantescas, porque elas envolvem todos os 
domínios, quer sejam econômicos, éticos ou espirituais. É preciso então bem compreender 
o que está envolvido. Principalmente tudo o que deriva da ativação do famoso “princípio de 
precaução” ao qual todo mundo se refere hoje em dia cada vez mais abertamente.
Substancialmente, este princípio diz toda ação deve ser proibida, uma vez que não esteja 
provado de maneira indiscutível que ela não introduzirá efeitos negativos.
Fato essencial, este princípio de precaução se encontra desde já, de fato, integrado no 
direito, tanto no direito internacional quanto no direito francês. Não se trata apenas de uma 
fantasia de intelectuais. Porém, de um instrumento extremamente poderoso que nos imerge 
diretamente no universo do pensamento mágico. Com efeito, caso se o siga ao pé da letra, 
resulta que desde que alguém vislumbre um perigo, ainda que imaginário, cria-se uma regra 
de direito que nos proibe tudo que poderia concretizar este perigo (imaginário) e nos ordena 
expressamente fazer o que poderia minimizá-lo. Deste modo, se um ecologista afirma, de 
maneira convincente (mas puramente retórica) que queimar petróleo aumenta a temperatura 
da atmosfera, mesmo que ninguém de fato nada saiba a respeito, e se não existe nenhuma 
prova científica, resulta do princípio de precaução que esta afirmativa se torna ipso facto 
verdadeira do ponto-de-vista do direito, e desencadeia efeitos jurídicos(1).
A culminação de uma tal conclusão é, logicamente, conduzir à suspensão de toda atividade 
econômica, e de toda atividade tout court! Concretamente, trata-se somente de limitar a 
atividade econômica dos países desenvolvidos, de maneira, dizem-nos, que favoreça a 
recuperação dos países subdesenvolvidos. Eu sou, bem entendido, favorável ao 
desenvolvimento dos países subdesenvolvimentos, mas por que frenar o desenvolvimento 
dos outros?
Para terminar, quero voltar aos objetivos do movimento mundialista e invocar, 
momentaneamente, um texto extraordinário. Trata-se do Report From The Iron Mountain 
(1967, trad. francesa de 1984 sob o título La Paix Indésirable? [A Paz Indesejável?] – 
relatório sobre a utlidade das guerras)(2). Seu tema: a utilidade econômica das guerras. 
Mais exatamente, na perspectiva da convergência entre o sistema soviético e o sistema 
americano – portanto da desaparição das guerras – como substituir, com alguma outra 
coisa, o papel econômico que o sistema militar-econômico supria? 
Sob inúmeros aspectos, é um relatório delirante. Mas existe de fato um tema, daquela 
época, e um debate muito vivo, nos Estados Unidos, do qual os maiores intelectuais do país 
têm participado. Ele tem-se beneficiado de uma cobertura máxima da mídia.
Entre as soluções propostas como substitução ao sistema militar-industrial, apareceu a da 
criação de uma ameaça ecológica fictícia que permitiria cumprir uma “missão”. Qual 
missão? No espírito dos autores, trata-se de encontrar o meio de conservar ao Estado um 
mínimo de controle efetivo sobre o aparelho econômico. Dito de outro modo, de utilizar a 
regulamentação ecológica para manter nas mãos do Estado uma capacidade de ação 
econômica (mas também psicológica), que substituirá aquela da qual ele dispunha no 
passado, em virtude das despesas armamentistas.
Este texto remonta aos anos 1965-1967. Mas nós sofremos sua posteridade. No O Império 
Ecológico, mostro como toda uma corrente, representada hoje em dia pelo vice-presidente 
americano Al Gore, inspira-se nesta problemática.
A conseqüência de tudo isto, hoje em dia, são os protocolos adotados quando da 
conferência de Kyoto: cotas de gás carbônico, venda e revenda dessas cotas...Disso 
resultará que a produção baixará nos países desenvolvidos e aumentará nos países 
subdesenvolvidos. Haverá deslocamentos massivos de indústrias, de capitais, de tecnologia, 
talvez mesmo de mão de obra e de competências. Dito de outro modo, o ponto de chegada 
de toda esta manipulação científica, midiática, e política, corresponde, muito diretamente, 
ao que eram os objetivos de partida formulados nos anos 1970 pelos mantenedores da 
“Nova Ordem Mundial”. 
Mas tudo isso se faz, hoje em dia, sob a cobertura de uma linguagem assim dita liberal, em 
nome do liberalismo. A característica desta nova ideologia do poder é a de nos afirmar que, 
desde a desaparição do comunismo, estamos livres para fazer o que quisermos; mas, 
atenção, somente dentro de certos limites, determinados pelo nível de emissão de gás 
carbônico aceitável! Assim, encontram-se conciliados uma certa aparência de liberalismo, 
com um construtivismo e um dirigismo totalmente reais, porque isto que aí se encontra é 
um encontro “sistêmico” caracterizado, onde os atores econômicos de nível inferior estão 
livres para fazer o que querem, mas num quadro pré-determinado pelas instituições 
internacionais, em particular as que estão encarregadas das questões do efeito estufa.
Ecologia, a alavanca de um desvio do estado de direito
Quais são os elementos do liberalismo que este sistema conserva? O primeiro, 
psicologicamente o mais importante, é a ilusão da liberdade individual. É a herança de 
todos os trabalhos de psicologia social que estabeleceu de maneira firme que não se pode 
governar um país ou fazer funcionar uma economia, nem funcionando como os soviéticos, 
nem autorizando-lhe uma autonomia muito grande dos atores. O sistema atual integra esta 
crítica, porque nele você encontra uma liberdade individual que é muito considerável, com 
uma aparência de pluralismo, mas que integra um ponto que não é permitido submeter a 
discussão: a questão do efeito estufa.
Tem-se então um sistema complexo, auto-organizado, sem controle aparente, com uma 
ordem social espontânea. Tem-se igualmente um estado de direito, outro elemento 
fundamental. Portanto, aparentemente e do ponto de vista da mídia, estamos num estado de 
direito. Somos governados por leis, e não por homens ou ditadores. Mas essas leis, regras 
abstratas, inscrevem-se no seio de um quadro que é predeterminado pelas instituições 
internacionais, em particular aquelas encarregadas do efeito estufa, que estão em condições 
de exercer uma influência decisiva sobre todas as atividades econômicas.
Somos portanto governados pelas leis. A repressão está reduzida ao mínimo. Estamos 
libertos de todo sistema totalitário, para entrar em alguma coisa que tem as aparências de 
uma sociedade de direito. Mas não se trata senão de aparências de uma sociedade aberta, 
porque esta sociedade, uma vez mais, inscreve-se num quadro que já foi pré-fixado. Há, de 
alguma maneira, instrumentalização, desvio das idéias liberais, pela base, do caráter central 
dado à gestão coletiva de certos “bens comuns” tais como a atmosfera. A gestão desses 
“bens comuns” é o álibi, a alavanca que permite, hoje em dia, chegar a ponto de recriar 
completamente as regras da justiça e da moral, sempre pretendendopermanecer no reto 
caminho da crítica liberal. Isto permite manipular os valores ou as atitudes, manipular as 
normas sociais e a sensibilidade. 
A propósito da concepção marxista evocada no início de minha intervenção, vou tratar da 
modificação da superestrutura pela modificação das regras que se aplicam à sociedade.
Esta síntese “sistêmica” oferece, no nível inferior, uma aparência de sociedade aberta, mas 
com um escalão superior que se dedica a gerar as regras finalizadas, de onde resulta uma 
sociedade que só possui as aparências da abertura. Não estamos mais numa sociedade 
aberta. Dela, só possuímos sua aparência. É uma sociedade fechada, que se inscreve na 
lógica de um tal arranjo.
O objetivo, ao qual retornarei, é nada menos que criar uma nova civilização. De maneira 
global, tem-se alguma coisa que lembra, muito, uma manipulação da concepção de 
Deus(3).
A este respeito, os textos das instituições internacionais são explícitos. Eles nos mostram 
que a ecologia resume-se geralmente a uma vontade de conduzir os indivíduos a uma 
concepção pagã da natureza, onde é a natureza que é a divindade. O que é assim claramente 
buscado é uma modificação explícita da concepção do homem, de Deus, da natureza, do 
mundo...portanto, uma modificação das concepções culturais de fundo de nossa civilização.
Nossa civilização está fundada sobre uma concepção judeu-cristã do homem, quer se trate 
de cristão, judeu ou mussulmano. Este paradigma – o homem, um ser desejado e criado por 
Deus –, está na base do nosso Direito.
Desde quando se compreende que a concepção do homem no Universo está 
fundamentalmente sendo questionada – “o homem, este ser nefasto e poluidor” –, tem-se 
igualmente compreendido que a ecologia pretende finalmente nada menos que uma 
inversão desta concepção, para pôr, em seu lugar, a coletividade. O homem entra, aí, em 
segundo lugar. Passa-se do homem, enquanto indivíduo, ao homem como membro da 
coletividade. O totalitarismo não está morto.
 
Notas de Olavo de Carvalho
(1) No mesmíssimo sentido, e talvez mais fundo ainda, vai o esboço de “código penal 
cultural” da Unesco, que comentei em O Futuro do Pensamento Brasileiro (2a. ed., Rio, 
Faculdade da Cidade Editora, 1998). -- O. de C.
(2) Uma análise extensiva desse documento encontra-se em The Grening. Plot for 
Environmental Control, de Larry H. Abraham, cujo texto integral será em breve 
reproduzido neste site. -- O. de C.
(1) Não há de ser coincidência que um dos principais instrumentos teóricos concebidos para 
essa manipulação – o “princípio de precaução” – tenha sido criado logo por um cérebro 
como o do prof. Hans Jonas, o mais famoso historiador da gnose. Isto não só vem 
confirmar a tece célebre de Eric Voegelin sobre a origem gnóstica dos totalitarismos 
modernos, mas enfatizar a necessidade urgente de uma compreensão mais clara do 
fenômeno gnóstico, compreensão à qual nada contribui o alarmismo delirante de certos 
católicos ultraconservadores que, numa verdadeira “lógica dos gatos pardos”, como diria 
Ortega y Gasset, distribuem o rótulo de gnose (no sentido estrito de Hans Jonas) a tudo 
quanto lhes pareça estranho, temível ou heterodoxo, incluindo as manifestações mais 
ortodoxas da mística islâmica e judaica. Voltarei a este assunto. -- O. de C.
http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?id=34415
Opinião
Armas da liberdade
É patético observar como os analistas políticos, na universidade ou na mídia, continuam 
oferecendo ao público análises baseadas nos velhos conceitos. 
Olavo de Carvalho - 16/12/2009 - 20h55 
A coisa mais óbvia, na análise da História e da sociedade, é que, quando a situação muda 
muito, você já não pode descrevê-la com os mesmos conceitos de antes: tem de criar novos 
ou aperfeiçoar criticamente os velhos, para dar conta de fatos inéditos, não enquadráveis 
nos gêneros conhecidos.
É patético observar como, já em plena fase de implantação do governo mundial, os 
analistas políticos, na universidade ou na mídia, continuam oferecendo ao público análises 
baseadas nos velhos conceitos de ´"Estado nacional", "poder nacional", "relações 
internacionais", "livre comércio", "democracia", "imperialismo", "luta de classes", 
"conflitos étnicos" etc., quando é claro que nada disso tem grande relação com os fatos do 
mundo atual.
Os acontecimentos mais básicos dos últimos cinqüenta anos são: primeiro, a ascensão de 
elites globalistas, desligadas de qualquer interesse nacional identificável e empenhadas na 
construção não somente de um Estado mundial mas de uma pseudocivilização planetária 
unificada, inteiramente artificial, concebida não como expressão da sociedade mas como 
instrumento de controle da sociedade pelo Estado; segundo, os progressos fabulosos das 
ciências humanas, que depositam nas mãos dessas elites meios de dominação social jamais 
sonhados pelos tiranos de outras épocas.
Várias décadas atrás, Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), o criador da Teoria Geral dos 
Sistemas, ciente de que sua contribuição à ciência estava sendo usada para fins indevidos, 
já advertia: "O maior perigo dos sistemas totalitários modernos é talvez o fato de que estão 
terrivelmente avançados não somente no plano da técnica física ou biológica, mas também 
no da técnica psicológica. Os métodos de sugestionamento em massa, de liberação dos 
instintos da besta humana, de condicionamento ou controle do pensamento desenvolveram-
se até alcançar uma eficicácia formidável: o totalitarismo moderno é tão terrivelmente 
científico que, perto dele, o absolutismo dos períodos anteriores aparece como um mal 
menor, diletante e comparativamente inofensivo."
Em L'Empire Écologique: La Subversion de l'Écologie par le Mondialisme (1998), Pascal 
Bernardin explicou em maiores detalhes como a Teoria Geral dos Sistemas vem servindo 
de base para a construção de um sistema totalitário mundial, que nos últimos dez anos, 
definitivamente, saiu do estado de projeto para o de uma realidade patente, que só não vê 
quem não quer. Mas von Bertalanffy não se referia somente à sua própria teoria. Ele fala de 
"métodos", no plural, e o cidadão comum das democracias nem pode fazer uma idéia da 
pletora de recursos hoje postos à disposição dos novos senhores do mundo pela psicologia, 
pela sociologia etc. Se von Bertalanffy tivesse de citar nomes, não omitiria o de Kurt Levin, 
talvez o maior psicólogo social de todos os tempos, cujo Instituto Tavistock, em Londres, 
foi constituído pela própria elite global em 1947 com a finalidade única de criar meios de 
controle social capazes de conciliar a permanência da democracia jurídica formal com a 
dominação completa do Estado sobre a sociedade.
Só para vocês fazerem uma idéia de até onde a coisa chega, os programas educacionais de 
quase todas as nações do mundo, em vigor desde há pelo menos vinte anos, são 
determinados por normas homogêneas diretamente impostas pela ONU e calculadas não 
para desenvolver a inteligência ou a consciência moral das crianças, mas para fazer delas 
criaturas dóceis, facilmente amoldáveis, sem caráter, prontas a aderir entusiasticamente, 
sem discussão, a qualquer nova palavra-de-ordem que a elite global julgue útil aos seus 
objetivos. Os meios usados para isso são técnicas de controle "não aversivas", concebidas 
para fazer com que a vítima, cedendo às imposições da autoridade, sinta fazê-lo por livre 
vontade e desenvolva uma reação imediata de defesa irracional à simples sugestão de 
examinar criticamente o assunto. Seria um eufemismo dizer que a aplicação em massa 
dessas técnicas "influencia" os programas de educação pública: elas são todo o conteúdo da 
educação escolar atual. Todas as disciplinas, incluindo matemática e ciências, foram 
remoldadas para servir a propósitos de manipulação psicológica. O próprio Pascal 
Bernardin descreveu meticulosamente o fenômeno em Machiavel Pédagogue (1995). Leia e 
descobrirápor que seu filho não consegue resolver uma equação de segundo grau ou 
completar uma frase sem três solecismos, mas volta da escola falando grosso como um 
comissário do povo, cobrando dos pais uma conduta "politicamente correta".
A rapidez com que mutações repentinas de mentalidade, muitas delas arbitrárias, grotescas 
e até absurdas, se impõem universalmente sem encontrar a menor resistência, como se 
emanassem de uma lógica irrefutável e não de um maquiavelismo desprezível, poderia ser 
explicada pelo simples adestramento escolar que prepara as crianças para aceitar as novas 
modas como mandamentos divinos.
Mas evidentemente a escola não é a única agência empenhada em produzir esse resultado. 
A grande mídia, hoje maciçamente concentrada nas mãos de mega-empresas globalistas, 
tem um papel fundamental na estupidificação das massas. Para isso, uma das técnicas de 
emprego mais generalizado hoje em dia é a dissonância cognitiva, descoberta do psicólogo 
Leon Festinger (1919-1989). Vejam como a coisa funciona. Se vocês lerem os jornais 
americanos de hoje, saberão que Tiger Woods, o campeão de golfe, um dos cidadãos 
americanos mais queridos dos últimos tempos, está agora sob bombardeio cerrado dos 
jornais e noticiários de TV porque descobriram que o coitado tinha umas amantes.
Escândalo! Horror! A indignação geral ameaça cortar metade dos patrocínios do adúltero e 
excluí-lo do rol das "pessoas maravilhosas" que aparecem em anúncios de tênis, chicletes e 
dietas miraculosas. Mas há um detalhe: ao lado dos protestos contra a imoralidade do 
esportista aparecem ataques ferozes aos "extremistas de direita" que não aceitam o 
abortismo, o casamento gay ou a indução de crianças à deleitação sexual prematura. Os 
dois códigos morais, mutuamente contraditórios, são oferecidos em simultaneidade, como 
igualmente obrigantes e sacrossantos. Excitado e impelido a todos os desmandos sexuais, 
mas ao mesmo tempo ameaçado de character assassination caso venha a praticá-los mesmo 
em dose modesta, o cidadão angustiado reage por uma espécie de colapso intelectual, 
tornando-se um boboca servil que já não sabe orientar-se a si mesmo e implora por uma voz 
de comando. O comando pode ser oco e sem sentido, como por exemplo "Change!", mas, 
quando vem, soa sempre como um alívio.
Acusar os cientistas por esse estado de coisas é tão idiota quanto jogar nas armas a culpa 
dos homicídios. Homens como von Bertalanffy, Levin e Festinger criaram instrumentos 
que podem servir tanto para a construção da tirania quanto para a reconquista da liberdade. 
Nós é que temos a obrigação de tirar essas armas das mãos de seus detentores 
monopolísticos, e aprender a usá-las com signo invertido, libertando o nosso espírito em 
vez de permitir que o escravizem.
Olavo de Carvalho é ensaista, jornalista e professor de Filosofia
Comentários
Manoel Francisco Gomes 
25/12/2009 21:59:02 
Estou lendo seus livros e tenho procurado ler tudo que o senhor publica na imprensa. 
Lamento só ter conhecido seus escritos há bem pouco tempo. Teria feito muita diferença 
para mim se o tivesse conhecido há vinte anos. Em todo caso, como diz o clichê, 'antes 
tarde do que nunca'. Com seus textos, o senhor é um dos poucos que 'abrem a cabeça' das 
pessoas, levando-as a enxergar com mais propriedade a realidade que as cerca. 
Laurindo Cavalcanti 
18/12/2009 02:40:39 
Parabéns Olavo. Sou pernambucano, natural de Recife e me orgulho de ainda termos 
brasileiros como você. Uma análise que vai ao fundo da questão e desmascara os métodos 
para se impor um governo mundial alienante. Que Deus lhe bendiga. 
http://cavaleirodotemplo.blogspot.com.br/2012/01/obra-anti-globalista-de-pascal.html
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
A OBRA ANTI-GLOBALISTA DE PASCAL BERNARDIN – Félix Causas 
A GAVETA 
Posted on 09/01/2012
Pascal Bernardin acaba de publicar sua terceira obra, A crucificação de São 
Pedro, subtitulada “A Paixão da Igreja”. Esta obra é de grande importância. Mas antes de 
fazer a resenha é bom lembrar que antes de A crucificação de São Pedro, P. Bernardin 
publicou dois outros livros importantes: Maquiavel Pedagogo, em 1995, e O Império 
Ecológico ou a Subversão da Ecologia pelo Globalismo, em 1998.
Em Maquiavel Pedagogo, o autor explica a “revolução pedagógica que assolou o mundo e 
continua causando danos. Apoiou-se, principalmente, em publicações oficiais de 
organizações internacionais (UNESCO, OCDE, Conselho da Europa, Comissão de 
Bruxelas) para demonstrar que o objetivo dos sistemas educacionais não é mais dar uma 
formação intelectual mas modificar os valores, as atitudes e os comportamentos, proceder a 
uma revolução psicológica, ética e cultural. Para alcançá-lo, utilizam-se técnicas de 
manipulação psicológica e sociológica.
Esse processo, manifestamente revolucionário e totalitário, não encontra nenhuma 
resistência entre as elites, quer pertençam à direita ou à esquerda (e por uma boa razão!). 
Concebida e conduzida por instituições internacionais, envolve o conjunto do planeta e são 
muito raros os países poupados. Inscreve-se num projeto globalista de tomada do poder em 
escala mundial pelas organizações internacionais. Nessa perspectiva, os diversos governos 
nacionais não serão, ou não mais são, que simples executantes encarregados de aplicar as 
diretivas emitidas em escala mundial e adaptá-las às condições locais, esforçando-se , além 
do mais, por uniformizá-las.
Os documentos apresentados em Maquiavel Pedagogo não deixam nenhuma dúvida sobre 
o aspecto globalista e revolucionário da reforma psicológica. O formidável potencial 
subversivo desse processo bastaria por si só para assegurar o sucesso da Revolução em 
uma ou duas gerações. Maquiavel Pedagogo estabelece, portanto, de maneira certeira que a 
Revolução prossegue atualmente por meio do sistema educacional.
Ora, as técnicas de manipulação psicológica e sociológica descritas nessa obra não 
poderiam ser difundidas no sistema educacional mundial se não seguida de um trabalho 
muito longo, cuidadosamente planejado e rigorosamente executado. Não poderia em caso 
algum tratar-se de um fenômeno espontâneo, e os textos produzidos o provam 
abundantemente. É certo que antes da perestroica, os comunistas (e aqueles que os 
patrocinaram depois de 1917…) haviam criado as estruturas nacionais e internacionais, 
permitindo que a Revolução prosseguisse por meios menos visíveis que os utilizados 
quando de sua fase bolchevique”.
P. Bernardin mostra ainda que as técnicas de manipulação psicológica, que em nada se 
distinguem das técnicas de lavagem cerebral, são utilizadas em todos os níveis. Os alunos 
são, naturalmente, as primeiras vítimas. Mas os professores e o pessoal administrativo 
(diretores, etc.) não são, em nada, poupados. Esta Revolução Silenciosa e totalitária quer 
fazer dos povos massas ignorantes e submissas. Ilustra, de maneira exemplar, a filosofia 
manipulatória e ditatorial que sustenta a Nova Ordem Mundial e os modos de ação sutis e 
indiretos, mas também poderosos, que ela utiliza. Compreende-se também, que P. 
Bernardin tenha concluído que sua obra poderia intitular-se “Breviário da Escravidão”…
Parece que esta estratégia foi aplicada em outras áreas, notadamente naquela que foi o 
objeto do segundo volume (de 592 páginas) de P. Bernardin: O Império Ecológico ou a 
Subversão da Ecologia pelo Globalismo.
A propósito deste livro tão importante, o autor escreve: “O desaparecimento do comunismo 
e a promulgação simultânea da Nova Ordem Mundial parecem ser produzidos sobre um 
vazio ideológico absoluto. Portanto, o Império Mundial que se edifica sob nossos olhos não 
poderia se privar do cimento ideológico que, sozinho, poderá assegurar sua perenidade. As 
organizações internacionais, cujopoder aumenta a cada dia, devem, por outro lado, 
legitimar sua existência e o desaparecimento progressivo dos Estados.”
Ora, emerge silenciosamente uma ideologia revolucionária. A Ecologia, subvertida e 
desviada de seu fim primeiro, veicula uma concepção totalitária da natureza do mundo. 
Nela, o homem é considerado como um elemento do Todo e deve submeter-se aos 
imperativos do desenvolvimento “sustentável”. Essa reversão de perspectiva priva-o de sua 
dignidade natural e abre caminho a dois dos principais movimentos totalitários da nossa 
época: o Globalismo e a Nova Era.
Simultaneamente, põe-se em evidência os “problemas ecológicos globais”, como o efeito 
estufa e o buraco na camada de ozônio, que imporiam uma colaboração de todas as nações 
sob o controle das instituições internacionais e de um poder mundial forte. Esta nova 
concepção que desloca do local para o global, do nacional para o internacional, do homem 
para a Natureza, anula o indivíduo em face do Todo, os Estados em face das instituições 
internacionais e a sociedade em face do poder. Assim, aparecem as premissas ideológicas 
do Império Ecológico, último avatar do totalitarismo.
O autor apoia-se também, nesta obra, em publicações oficiais de instituições internacionais, 
e só podemos constatar que as consequências revolucionárias dessa mudança de perspectiva 
se exercem em todos os campos: político, econômico, demográfico, mas sobretudo 
espiritual, religioso e ético. A perestroica e o desaparecimento do comunismo, longe de ter 
marcado o fracasso da Revolução, permitiram, ao contrário, efetuar a síntese entre 
comunismo e o grande capitalismo, e fizeram convergir todas as forças revolucionárias: 
comunistas, globalistas e “humanistas”.
A etapa revolucionária atual, que se apoia principalmente sobre a concepção de Deus, do 
homem e do mundo veiculada por uma ecologia equivocada, deve resultar na instauração 
de uma nova civilização e de uma espiritualidade global! Assim se acaba a subversão da 
verdadeira ecologia, respeito devido à obra do Criador, da qual essas forças são o inimigo 
jurado. É preciso reconhecer que este tour de force foi magistral.
Mobilizar todas as sensibilidades políticas e fazê-las trabalhar por um objetivo 
supranacional, que envolve “cada um entre nós” — enquanto que a desafeição pela “coisa 
pública” torna-se geral e que o Sistema perde a cada dia sua credibilidade — revela um 
prodígio! Quem, agora, pode ousar levantar a cabeça contra os éditos da “Mãe Terra” 
(Gaia) e não querer colaborar no plano de salvamento universal, pelo qual nos interpelariam 
todos, assim como as futuras gerações…
Temos que reconhecer que esse “coringa” brandido in extremis pelos Arquitetos do 
Governo Global constitui uma prestidigitação fenomenal, que a Ecologia Globalista é e vai 
tornar-se, cada vez mais, o cimento unificador de todos os blocos da pirâmide iluminista, o 
liame que ninguém poderá recusar sob pena de ser excluído da Sociedade Globalista em 
gestação!
Isto nos leva a falar do último volume de P. Bernardin, publicado em novembro, 2009: A 
crucificação de São Pedro. O autor bem demonstrou, nas suas obras precedentes, que a 
ideologia globalista impregnou todos os setores de atividade da Sociedade, que corre a 
passos largos para o Governo Global. É impensável que a espiritualidade seja deixada de 
lado, e que as religiões fiquem fora da “Concentração Global”.
É a razão pela qual a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu, ela também, a 
investida, tomada pelo turbilhão suscitado pela Nova Torre de Babel Globalista. O autor 
demonstra, por uma escolha de textos excepcionais, não equivocados, que “o segundo 
Concílio do Vaticano pôs em marcha um processo “de auto-destruição” da Igreja, que a 
abalou desde seus fundamentos. Como consequência, todos os países católicos, todas as 
nações foram gravemente afetadas”. Seria preciso ser cego, ou espiritualmente cego, para 
não ver “que a Igreja atravessa uma das mais graves crises de sua história e que o Concílio 
Vaticano II é a origem imediata”.
Pascal Bernardin demonstra, apoiando-se em obras maçônicas e textos do Magistério 
Conciliar, que “o Concílio Vaticano II e a “Nova Teologia” inspiram-se na doutrina 
panteísta da Maçonaria, que confunde o Criador e a criatura, a natureza e a graça”!
As provas passam sob os olhos: “o panteísmo maçônico dá conta imediata e 
necessariamente das inovações catastróficas do Vaticano II: ecumenismo, liberdade de 
consciência, colegialidade, protestantização do Santo Sacrifício da Missa… Inversamente, 
essas inovações não podem ser explicadas senão por influência de doutrinas panteístas”.
Na primeira parte desta obra apaixonante, o autor expõe o panteísmo maçônico que forma a 
armadura da espiritualidade global, difundidas já por várias instituições internacionais 
como a Nova Era. Pascal Bernardin anuncia que esta “Espiritualidade Global”, que será a 
Religião Global, ligada indissoluvelmente ao Governo Global, será o objeto da próxima 
obra, complementar à que acaba de publicar. Esperamos já, com grande impaciência, o 
aparecimento desta obra que nos dará uma pequena ideia do que será a armadura da 
Religião do Anticristo!
Compreendemos melhor, nessa perspectiva, porque a igreja Conciliar tinha necessidade do 
Concílio Vaticano II e que esta Igreja apóstata — que não tem mais nada a ver com a 
autêntica Igreja Católica — deve se fundir à Religião Universal em curso de edificação…
P. Bernardin nos mostra ainda porque o espírito maçônico soprou sobre o Vaticano II. No 
começo da introdução escreveu, muito justamente, que “a História da Humanidade é a 
história da salvação e da luta entre as Duas Cidades pela conquista das almas, única questão 
que vale a pena. De essência diabólica, a Revolução é uma revolta contra Deus, inspirada 
constantemente por Satã. Seu fim último é a destruição da Igreja, e a edificação da Contra-
Igreja. Com esta verdade elementar esquecida, o fio condutor partido, a História se 
obscurece, perde seu sentido e se torna um mistério incompreensível.”
Aí está o interesse das notáveis obras de Pascal Bernardin que permite guardar 
constantemente no espírito esse quadro de análise. Apelamos ao leitor que adquira seus 
livros e estude-os com a caneta na mão. Enfim, e dedicamos especialmente essas poucas 
linhas a todos os Celier/Sernine & Tanoüarn, Pascal Bernardin demonstra ainda na sua 
última obra — e o livro seguinte será a demonstração amplificada — que toda a Revolução 
desses últimos quarenta anos foi inspirada pela Gnose au Nom Menteur. Toda essa 
subversão é de essência gnóstica. A Gnose conquistou a Igreja no Concílio Vaticano II. 
Tudo isso confirma os trabalhos essenciais de Étienne Couvert e condena o miserável 
veneno dos lamentáveis “Paul Sernine”!
Tradução de Aversoni Zamboni
Em Sous la bannière, n° 147, janeiro-fevereiro de 2010, p. 8-16
Postado por Canal Verdades: vídeos do Cavaleiro do Templo 
http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/12723-a-obra-anti-globalista-de-
pascal-bernardin.html
A obra anti-globalista de Pascal Bernardin 
Escrito por Félix Causas | 10 Janeiro 2012 
Artigos - Globalismo 
Pascal Bernardin acaba de publicar sua terceira obra, A crucificação 
de São Pedro, subtitulada “A Paixão da Igreja”. Esta obra é de grande importância. Mas antes de 
fazer a resenha é bom lembrar que antes de A crucificação de São Pedro, P. Bernardin publicou 
dois outros livros importantes: Maquiavel Pedagogo, em 1995, e O Império Ecológico ou a 
Subversão da Ecologia pelo Globalismo, em 1998.
Em Maquiavel Pedagogo, o autor explica a “revolução pedagógica que assolou o mundo e continua 
causando danos. Apoiou-se, principalmente,

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