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Acessibilidade aos Bancos em Pau dos Ferros

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
 CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS – CMPF
 BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
BRUNO EDUARDO DA SILVA
DANYLO MENESES BATISTA
MÁRCIA GABRIELLE DE OLIVEIRA COSTA
MARIA APARECIDA DE ANDRADE SANTANA
DOCENTE: GLAYDSON FRANCISCO BARROS DE OLIVEIRA
ACESSIBILIDADE AOS BANCOS NA CIDADE DE PAU DOS FERROS RN
PAU DOS FERROS – RN
2019
ACESSIBILIDADE AOS BANCOS NA CIDADE DE PAU DOS FERROS RN
BRUNO EDUARDO DA SILVA
DANYLO MENESES BATISTA
MÁRCIA GABRIELLE DE OLIVEIRA COSTA
MARIA APARECIDA DE ANDRADE SANTANA
Resumo: De acordo com os dados do Censo 2010, cerca de 45 milhões de pessoas declaram ter algum tipo de deficiência no Brasil, mesmo com números tão expressivos ainda existe uma carência de informação sobre esses indivíduos, ou seja, muito pouco se sabe sobre as questões relacionadas a estas pessoas, quais suas principais dificuldades, o que elas pensam e sentem em relação à sociedade. Nosso trabalho visa mostrar as irregularidades encontradas, que ferem as leis dos cadeirantes, nas agências bancárias na cidade de Pau dos Ferros RN. 
Palavras-chaves: Dificuldades. Irregularidades. Inclusão. Acessibilidade.
 
 Abstract: According to 2010 Census data, about 45 million people report having some type of disability in Brazil, even with such significant numbers there is still a lack of information about these individuals, that is, very little is known about the related issues to these people, what their main difficulties are, what they think and feel about society. Our work aims to show the irregularities found, which violate the laws of the wheelchair, in the bank branches in the city of Pau dos Ferros RN.
Keywords: Difficulties. Irregularities. Inclusion. Accessibility.
INTRODUÇÃO 
Todas as pessoas necessitam de cuidados especiais como, comer, tomar banho e dormir. Quando estamos doentes o cuidado é ainda maior. Mas existem outras pessoas que precisam de cuidados ainda mais especiais. Essas pessoas que são portadoras de necessidades especiais podem ser visuais, auditivas e físicas. 
 É muito difícil a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais pelas ruas da cidade, O acesso ao transporte e as edificações ainda é muito precário. É necessário que ocorra adaptações e muitas melhorias para locomoção e garantia de vida.
A coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, é o órgão de Assessoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, responsável pela gestão de políticas voltadas para integração da pessoa portadora de deficiência, tendo como eixo focal a defesa de direitos e a promoção da cidadania. 
A Lei n° 7.853/89 e o Decreto n°3.298/99 balizam a política nacional para integração da pessoa portadora de deficiência. Criando assim as principais normas de acessibilidade para deficientes. A CORDE tem a função de implementar essa política e para isso, orienta a sua atuação em dois sentidos: primeiro é o exercício de sua atribuição normativa e reguladora das ações desta área no âmbito federal e, o segundo é desempenho da função articuladora de políticas públicas existentes, tanto na federal como em outras esferas governamentais.
REFERENCIAL TEÓRICO
 A acessibilidade consiste no direito de garantir a toda e qualquer pessoa com necessidade especial ou mobilidade reduzida, de transitar por espaços públicos e ou privados, sem que seja encontrada barreiras arquitetônicas que impossibilitem o convívio ou trânsito social em áreas de acesso, circulação ou permanência. Essas barreiras impeditivas de acesso, geram mais do que só um impedimento físico, elas impedem o usufruto por direito dos espaços físicos, propiciam acidentes e causam constrangimento. A acessibilidade garante a segurança e integridade física de pessoas com necessidades especiais ou de mobilidade reduzida, assegurando assim o direito de ir e vir, e ainda de usufruir dos mesmos ambientes que uma pessoa sem necessidade especial, seja por espaços projetados já com esse objetivo ou ainda espaços adaptados.
A norma brasileira NBR (Norma Brasileira Regulamentadora) 9050, criada no ano de 1985, define os aspectos relacionados as condições de acessibilidade no meio urbano. Através dela, são estabelecidos critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados da construção, instalação e adaptação de imobiliários, espaços e equipamentos urbanos as condições de inclusão.
Entre as várias regras de adequação contidas na norma, encontra-se a de rampas para acesso de cadeirantes, nela é indicada a inclinação correta que as rampas devem ter, inclinação essa que é medida através da equação a seguir;
 I = h x 100/C (I)
I, correspondente a inclinação (expressa em porcentagem);
h, a altura do desnível;
C, comprimento da projeção horizontal;
Também podemos calcular o ângulo de inclinação da rampa usando algumas propriedades trigonométricas, seguida calculamos o seno do ângulo interno a partir dos dados obtidos:
Como exemplo vamos calcular a inclinação e o ângulo da rampa da caixa econômica.
O triângulo obtido é:
1,37m 
 X
 
 17,70m
Para encontrarmos o ângulo interno calculamos a tangente a partir dos dados obtidos:
Para calcularmos a inclinação utilizamos a equação (I) com os dados obtidos:
 I = h x 100/C
 I = 1,37 x 100/17,70
 I = 7,74% 
 
Segundo a NBR para uma rampa ser acessível deve ter uma inclinação de 12% ou menos, e que como é possível verificar poucas das rampas seguem essa convenção, além disso, algumas delas têm alguns materiais bem “lisos”, que diminuem o coeficiente de atrito como, por exemplo, os pneus de uma cadeira de rodas. Logo, a rampa que calculamos é acessível, tendo sua inclinação de 7,74%, seu ângulo de 4,42° e sendo construída de concreto.
	 Local
	Inclinação (°)
	Inclinação (%)
	 Material
	 Acessível
	Caixa Econ.
	 4,42°
	 7,74%
	 Concreto
	 Sim
	Banco do Brasil
	 2,86°
	 5%
	 Concreto
	 Sim
	Lotéricas 
	 7,74°
	 13,60%
	 Concreto
	 Não 
Existe ainda as forças de atrito cinética e estático máximo, que acontece quando o objeto, no caso a cadeira de rodas está na iminência de se movimentar, ou seja, quando a força de atrito tem seu valor máximo. 
Suponhamos que uma cadeira de rodas ocupado por uma pessoa de 80 kg numa rampa, parado, na eminência do movimento de descida, representada pelo plano inclinado a seguir: 
Para calcularmos a força de atrito máximo devemos fazer o produto entre e o coeficiente de atrito cinético . Como já possuímos esses dados usaremos como base a Caixa Econômica que tem inclinação 4,42º. 
 = . 
 = P.cosα.µ 
Alguns fatores que devemos levar em consideração para que possamos analisar a rampa ideal, são os mais variados tipos de pessoas que vão ter acesso a rampa, com peso (massa) e tipos de cadeiras de rodas diferentes. Atribuindo como cálculo dessas variáveis a 2ª lei de Newton. 
= Mg.senᶿ - 
Relacionando com a nova incógnita que surgiu a da aceleração que achamos pela fórmula abaixo. 
 = 
O coeficiente de atrito pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Ff = 
	Superfície em concreto 
	
	
	Borracha e concreto
	1,0
	0,8
	Madeira sobre madeira
	0,4
	0,2
	Aluminío sobre aço
	0.61
	0,47
SERWAY (1992).
3 CONCLUSÃO
Percebe-se, portanto, que a acessibilidade daqueles que necessitam de ferramentas, como a cadeira de rodas, não está tão precário em relação a outras cidadesque não seja a de Pau dos Ferros. Um exemplo se da a cidade de Cascavel, no estado do Ceará, onde uma pesquisa apontou 98% de inacessibilidade para PCD.
No devido estudo, analisamos 3(três) rampas de acessibilidade, entre elas duas constaram o adepto necessário, independente do tipo de material ali prestado. Infelizmente ainda existe aqueles que nem se quer tem um olhar para os PCD, foi o caso da casa lotérica, no centro da cidade, o que nos permite entender que falta fiscalização por partes maiores.
Para sabermos as condições de cada rampa de acesso, utilizamos a formula: I = h x 100/C, achando o seu grau de inclinação e consequentemente avaliando se esta nas normas devidas, de 12% sendo o seu grau máximo permitido. Sendo assim, 68% das agências bancarias pesquisadas, estão nas normas de angulação da NBR 9050, portanto é preciso haver uma melhor ação ao se tratar de acessibilidade, permitindo, só assim, transição adequada para todos.
REFERÊNCIAS
LIMA, Tomás. NBR 9050 – acessibilidade: como adequar suas obras e sua construtora. 2017. Https://www.sienge.com.br/blog/nbr-9050-acessibilidade/. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/nbr-9050-acessibilidade/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Acessibilidade. Disponível em: <https://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes?title=Acessibilidade>. Acesso em: 26 jun. 2019.
SEGURANÇA e acessibilidade: conheça as normas e leis para a construção de rampas de acesso. 2018. Disponível em: <https://blog.freedom.ind.br/seguranca-e-acessibilidade-conheca-as-normas-e-leis-para-construcao-de-rampas-de-acesso/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
SOUZA, Eduardo. Projetando rampas acessíveis segundo a NBR 9050. 2018. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/891636/projetando-rampas-acessiveis-segundo-a-nbr-9050>. Acesso em: 26 jun. 2019.

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