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AD2 VULNERABILIDADE

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1) Segundo Theodor Lowi “a política pública faz a política”. O autor declina em quatro pontos as formas de políticas públicas, o que nós permite pensar sobre o viés político, as políticas públicas.
A partir do conhecimento adquirido comente a frase do autor e traga um exemplo de política pública no Brasil que ilustre seu argumento.
2) Em uma reportagem feita para o site das Nações Unidas Brasil, o relato de uma “Professora há 16 anos, Maria, de 45 anos, dava aula em uma cidade rural da Venezuela até que viu seu salário mensal equivaler a 60 reais por conta da inflação. Sem meios para sustentar a família, ela deixou tudo para trás em busca de uma vida digna e segura. Emocionada, compartilhou com o ACNUR como tomou a decisão impossível que envolveu deixar dois filhos para trás". A Professora disse na entrevista : “Faltava tudo. Começamos a ter dificuldades para conseguir comida e só conseguíamos comer uma vez por dia. Vendemos algumas coisas para completar o dinheiro das passagens, mas não deu para todos. Minha filha ficou com minhas duas netas e meu filho Pedro, de 14 anos.” Disponível em : https://nacoesunidas.org/sem-dinheiro-para-sustentar-filhos-na-venezuela-professora-retoma-vida-em-boa-vista/
Comente o trecho citado e traga reflexões sobre a vulnerabilidade dos imigrantes em situação de pobreza.
QUESTÃO 01
R: Conforme Theodor Lowi, a política pública assume quatro formatos: políticas regulatórias, políticas distributivas, políticas redistributivas e políticas constitutivas. Esta classificação é feita segundo. A análise de política pública é o esforço de compreensão de uma política pública que busca descrever, explicar ou prescrever a ação dos governos, utilizando métodos de estudos que examinem causas e consequências para entender e interpretar o processo político. Este trabalho de pesquisa pretende contribuir para o campo de análise das políticas públicas de gestão de pessoas, por entender que pouca atenção tem sido dada a estudos teóricos nessa vertente.
o avanço das análises de políticas públicas no Brasil, que segundo a autor encontra-se no que a literatura chama de primeira geração de estudos, depende do investimento dos pesquisadores em trabalhar variáveis que efetivamente causem impacto nos resultados pretendidos pós-implementação. Para isso, salienta a importância do estudo teórico e da criação, uso e teste de tipologias, chamando a atenção para a ausência de trabalhos nessa linha, inclusive citando especificamente os estudos de Theodore J. Lowi. vários modelos de análise e diversas tipologias de políticas públicas desenvolvidas por diferentes autores, entre as quais serão destacadas aquelas relacionadas à categorização do conteúdo, que serão objeto deste estudo. A tipologia de Lowi, autor responsável por uma revolução na relação causal entre o exercício político e a política pública, fundamenta-se no impacto que a política pública pretende ter na sociedade, criando, portanto, quatro tipos: políticas regulatórias, que determinam os padrões de comportamento da sociedade; políticas distributivas, que direcionam recursos difusos da coletividade para grupos específicos de interesses; políticas redistributivas, que concedem benefícios a um grupo específico, retirando recursos de outros grupos também específicos de atores; e as políticas constitutivas, que definem as regras que irão moldar o funcionamento da sociedade e do governo.
 
 
 
 
QUESTÃO 02
R: A reflexão sobre o tema com atenção privilegiada às vulnerabilidades sociais de um território e voltada ao planejamento e à avaliação da assistência social qualifica ainda mais a abordagem da questão migratória na ótica dos direitos humanos. Esta interpela acerca das conseqüências que o ato migratório tem em relação à dignidade humana das pessoas envolvidas. No interior dessa linha de pensamento, é comum falar de vulnerabilidade enquanto elemento que caracteriza a situação das pessoas em contexto migratório. O que significa a expressão “vulnerabilidade”? De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa  a expressão“vulnerabilidade” refere-se à “qualidade ou estado do que é ou se encontra vulnerável”. Etimologicamente, “vulnerável” vem do latim vulnus-neris, que significa “ferida”. Trata-se da pessoa que “pode ser fisicamente ferida” ou que está sujeita “a ser atacada, derrotada, prejudicada ou ofendida”. Essas definições revelam como o ser vulnerável diz respeito tanto à condição física da pessoa (ser fisicamente ferido, violentado, morto etc.), quanto à sua dimensão psico-social (ser derrotado, ofendido, humilhado, reificado etc.). É, portanto, um conceito abrangente que engloba o ser humano em todas as suas  dimensões. Aplicando essas definições à questão migratória, pode-se inferir que o migrante é mais vulnerável enquanto tem mais probabilidade de ser “ferido” em suas dimensões constitutivas no ato de migrar ou a causa de sua condição de i-migrante em uma realidade que ainda não conhece suficientemente e na qual ainda tem escassas relações pessoais, sociais e trabalhistas.
Tal situação o deixa com limitações a respeito das efetivas possibilidades de reação e autonomia no desenrolar de suas estratégias de articulação, inserção e até sobrevivência na nova realidade. É bom destacar que esta interpretação do conceito de vulnerabilidade pode ser perigosa ou mal-entendida. Corre-se o risco de transmitir a idéia de que o migrante seja individualmente e constitutivamente mais fraco ou mais frágil que o não migrante. A realidade diz o contrário: com freqüência, são justamente as pessoas mais corajosas, audaciosas e fisicamente mais íntegras que migram. Mesmo assim, uma forma assistencialista de conceber a prática social e pastoral junto aos migrantes mais pobres, pode conduzir, de certo modo, a uma visão da vulnerabilidade dos migrantes como intrínseca fragilidade dos mesmos de modo generalizado, o que mortifica as pessoas migrantes e pode pressioná-las ao vitimismo e à não confiança em si mesmas, em suas possibilidades e nas capacidades que trazem consigo e que adquirem próprio através da migração. Faz-se necessário elucidar, portanto, que a vulnerabilidade não se refere à pessoa do migrante, mas à situação em que ela se encontra no ato migratório.
Por isso, ao invés de falar em “vulnerabilidade dos migrantes”, é mais correto falar de “migrantes em situação de vulnerabilidade”, frisando, desta maneira, que a vulnerabilidade não é uma característica inerente à pessoa migrante, mas à situação em que ela se encontra. Como realça Jorge Bustamante, “es el estado o condición de carencia de derechos y de acceso a recursos para su protección lo que aquí se entiende por vulnerabilidad de los migrantes como sujetos de derechos humanos.”
Esta condição de carência de direitos humanos não é necessariamente idêntica para todos os homens e mulheres migrantes ou para todas as situações em que eles e elas se encontram.

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