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CESPE CAMINHO DAS PEDRAS Língua Portuguesa Preparando você para a aprovação Edson Botelho Como estamos iniciando o ano de 2019 e certamente você está bem focado no concurso TJ – AM. Por isso, guiarei você dando prioridade ao que efetivamente cai na prova. Todavia, não quero que você ignore temas com poucas ocorrências, mas tenha foco ao que mais cai, principalmente se o seu tempo de estudo é pouco. Você deve estudar e muito, mas também, outro fator que muitos candidatos deixam de lado é conhecer o estilo da banca examinadora. E essa etapa é ainda mais evidente quando você faz algum concurso realizado pela banca Cespe UnB, nova Cebraspe, pois a estratégia utilizada não é a mesma da tradição escolar, ou seja, questões de múltipla escolha. O assunto de maior importância é a interpretação e a tipologia textual, porém vejo muitos alunos deixando de estudar a parte gramatical, por julgarem que Português é só ler e entender o texto. A interpretação de texto deve ser estudada, treinada, revisada. Não é uma simples leitura, mas é a busca do que realmente o texto pede. Para interpretar textos Leia o texto, no mínimo, duas vezes (uma para interpretar e outra para compreender as ideias). Que assuntos normalmente constam dos editais do Cespe-Cebraspe? 1 Na primeira leitura, observe qual é a ideia princi- pal defendida. Os textos para compreensão e interpretação normalmente são bem objetivos. São trechos de artigos jornalísticos de autores conhecidos que abordam temas da atualidade, como economia e política. A banca Cespe-Cebraspe Caracteriza-se por deixar bem explícitas as ideias que confirmam a interpretação do texto. 2 2 Tipos de texto Na segunda leitura, aprofunde no modo como o autor aborda o tema: sublinhe palavras chaves, verifique os argumentos que fundamentam a opinião defendida por ele. 3 Ao término da segunda leitura, observe se você realmente entendeu, questionando o texto. Qual o assunto do texto? 4 Conta uma história ficcional (inventada) ou real (o que realmente ocorreu, fato). São elementos principais: personagens, ações, cenário, tempo, narrador. Destaca-se pela evolução das ações no tempo. Narrativo enumera ações, características, elementos. Muitas vezes está dentro de outra tipologia textual para elencar características e ações de personagens ou enumerar argumentos de um texto dissertativo. Descritivo Falar sobre algo, um tema, um assunto. Divide-se em argumentativo/opinativo (quando há opinião do autor) ou expositivo/informativo (apenas retransmite um conhecimento sobre algum assunto, sem opinião). Dissertativo As questões da banca Cespe/Cebraspe de interpretação de textos, em sua maioria, são simples. As de referência são simples, Basta uma leitura atenta do texto para saber onde se localiza o referente. Quanto à questão de ter que se determinar se houve anáfora (nela, o referente está antes) e/ou catáfora (nela, o referente está depois). Exemplo: As questões de inferências são questões que tratam de brincar com as noções de paráfrases (re-escrever). Nessa hora, é necessário atenção à leitura do que o texto disse, para ver se é possível admitir tal possibilidade de reedição do texto. Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 1. Na linha 22, o sinal de dois-pontos é empregado para indicar que, subsequentemente, há uma explicação. 2. Predomina no fragmento o tipo textual narrativo ficcional. 3. O texto confirma uma verdade conhecida há tempos: no Brasil, o principal problema da educação básica é a falta de vagas nas escolas públicas. 4. Infere-se do texto que a melhoria do desempenho na educação resulta de um conjunto de ações e de atitudes, entre as quais se situam o planejamento e a avaliação sistemática de alunos e docentes. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os funcionários são orientados por metas, têm o desempenho avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela eficiência na execução de suas tarefas, 5pode parecer tudo — menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas das práticas implantadas com sucesso em um grupo de escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A experiência chama a atenção pelo impressionante progresso dos estudantes depois que ingressaram ali. 11 Como é praxe no local, o avanço foi quantificado. Os alunos são testados na entrada, e quase metade deles tirou zero em matemática e notas entre 1 e 2 em português. Isso em uma escala de zero a 10. Depois de três anos, eles cravaram 6 em tais matérias, em uma prova aplicada pelo Ministério da Educação. Em poucas escolas 18públicas brasileiras, a média foi tão alta. De saída, há uma característica que as distingue das demais: elas são administradas por uma parceria entre o governo e uma associação formada por empresários da região. Os professores são avaliados em quatro frentes: recebem notas dos 23alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo cumprimento das metas acadêmicas. Aos melhores, é concedido bônus no salário. TEXTO “A política de comércio exterior do Brasil envolveu historicamente um grande debate nacional. Governo e lideranças sociais a ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econômico, desde as suas origens, na primeira metade do século XIX. Em 5 três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional:” - As duas ocorrências do pronome “ela” (ℓ.3 e 5) se referem ao mesmo antecedente: “A política de comércio exterior do Brasil” (ℓ.1). As de referência, As de inferência e As de reescrituras. Há três grupos básicos de questões: Referência Inferência 3 GABARITO Certo TEXTO As questões de re-escrituras interpretativas são questões que tratam de brincar com as noções de língua portuguesa. Nessa hora, há muito mais uma reedição do texto utilizando sinônimos e/ou antônimos e expressões equivalentes ou não. O recado é voltar ao texto atentamente e conferir o que foi efetivamente dito. (CESPE / UNB 2017) Enquanto, nas nações desenvolvidas, as pessoas abrem uma empresa porque enxergam uma oportunidade, no Brasil, o empreendedorismo surge por necessidade de sobrevivência. O conectivo “Enquanto” pode ser substituído por À medida que, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto. Emprego de tempos e modos verbais Basicamente a banca identifica um verbo no texto, muitas vezes no tempo presente do indicativo, e faz uma afirmação sobre este emprego. Uma leitura atenta do texto soluciona a questão. Nunca decore o emprego de tempo verbal, perceba o contexto em que é utilizado. Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego dos sinais de pontuação. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração: Aqui recai parte muito importante do conteúdo da prova! A pontuação tem ligação direta com a sintaxe da oração e com a sintaxe do período. Além disso, quando estudamos período composto, entendemos o emprego das conjunções, isto é, dos conectores sobre os quais falamos num dos itens anteriores. Assim, esta parte do conteúdo é um dos chavões da banca Cespe-Cebraspe. Normalmente, vemos questões que querem saber o valor da oração adjetiva com e sem vírgula; a dupla vírgula separando estruturas adverbiais intercaladas; o emprego do aposto explicativo e enumerativo por meio de travessões, dois pontos, vírgulas. Seleção e combinação lexical, Conectivos e seus efeitos, Elementos de referência interna e externa. A coesão textual, partir dos elementos componentes do texto (e do encadeamento entre eles), analisa e comenta aspectos relacionados a: COESÃO TEXTUAL Emprego de elementos de referencia, substituiçãoe repetição de conectores e outros elementos de sequenciação textual. A banca Cespe-Cebraspe explora bastante o emprego da voz passiva sintética, isto é, o reconhecimento do pronome apassivador, o que força o verbo a concordar com o sujeito paciente, em construções como “compram-se casas”. Também trabalha o valor de outro “se”: o índice de indeterminação do sujeito. Concordância verbal e nominal Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual: Basicamente é a identificação de um pronome relativo ou pessoal, o qual faz referência a uma palavra anterior. Assim, uma boa leitura do texto mata a questão. Além disso, entramos nos conhecimentos dos conectores coordenativos e subordinativos adverbiais. Isso sempre cai. 1.C 2.E 3.E 4.C 4 GABARITO GABARITO Errado Colocação dos pronomes átonos: Muito cuidado com as palavras atrativas, as quais forçam a próclise. (Cespe/Cebraspe/2018) Nos países do Ocidente da Europa, as lutas democráticas do fim do século XVIII e século XIX, aliadas à prosperidade econômica, permitiram uma solução parcial da contradição apontada acima, com relativa difusão do saber. A flexão de plural da forma verbal “permitiram” justifica-se pela relação de concordância estabelecida, na oração, entre o verbo e o sujeito “países do Ocidente da Europa”. Por exemplo: Você acertou a questão 10 da prova e errou a questão 12. Na hora de contar os pontos, a questão 12 que você errou é considerada, obviamente, como errada e a 10 que você acertou também. Resumindo: uma errada anula uma certa. Isso limita o candidato a ter 50% de chance de acertar cada resposta. Em um levantamento, foram coletados os seguintes dados, relativos à distribuição dos 224 itens examinados: Reescritura 12,05% Redação Oficial 11,61% Texto 40,18% Gramática 36,16% 90 deles (40%) consistiam em questões de interpretação e intelecção de textos; 81 (36%) eram itens sobre gramática; 27 (12%) tratavam de reescritura textual; e 26 (12%) versavam sobre redação oficial, conteúdo extraído diretamente do Manual de Redação da Presidência da República. Geralmente as provas objetivas não aderem ao estilo múltipla escolha, são questões em que somente é preciso assinalar certo e errado. Isso pede uma atenção dos candidatos, pois muitos não estão acostumados a essa estratégia. Você tem 3 opções para optar na hora de marcar as questões: Ou marca a questão como correta, ou marca como errada ou deixa em branco. Isso porque uma resposta errada que você marque no gabarito anula uma certa que você marcou, ou seja, você perde ponto em dobro. (Cespe/Cebraspe/2018) O tamanho do cérebro e a capacidade de emitir sons foram vantagens selecionadas ao longo do tempo que permitiram o avanço da cultura. A flexão de plural em “foram” mostra que esse verbo se refere a “sons”, uma vez que “capacidade” e “cérebro” estão no singular. (Cespe/Cebraspe/2018) Não há personagem mais criticado na sociedade contemporânea que o político. Caso o termo “personagem” estivesse empregado no plural, a forma verbal “há” deveria ser substituída pela forma na 3ª pessoa do plural. (Cespe/Cebraspe/2018) O tráfico de drogas e a atuação das gangues perto de escolas foram citados pela maioria dos alunos durante as entrevistas. A expressão “foram citados” está no plural para concordar com “alunos”. Exemplos: MODELO DE PROVA 5 1.E 2.E 3.E 4.CGABARITO 1. 2. 3. 4. Basicamente, o que iremos tratar agora são os tópicos que causam mais dúvidas nos alunos: Concordância Verbal - Sujeito Composto posposto ao verbo, Sujeito Oracional. Índice de Indeterminação do Sujeito e Pronome Apassivador Verbo Haver Pronome Relativo Orações Adjetivas Restritivas e Explicativas O sujeito oracional ocorre quando temos uma oração como sujeito de outra, ou seja, o próprio sujeito é constituído também por um verbo. A regra é bastante simples, o que pode ser mais difícil é a sua percepção. Antes, vamos entender a diferença de um sujeito simples para um oracional. É importante a aprovação do aluno. (sujeito simples)- Neste caso o termo “a aprovação do relatório” é o sujeito do verbo ser. Sujeito Oracional Regra sujeito composto posposto ao verbo: este será flexionado na terceira pessoa do plural, concordando com a totalidade do sujeito, ou concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. Exemplos: O Cespe-Cebraspe poderá trazer um caso em que o verbo encontra-se no singular e dizer se a sua flexão está correta ou não. Outra forma de cobrar seria indicar a substituição do verbo no plural para o singular, dizendo que tão alteração não implica em erros gramaticas. Mas como isso pode ser cobrado em sua prova? Faltaram trabalho e dedicação. Faltou trabalho e dedicação. verbo deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural. Exemplo: Maria e Paulo viajaram. Mas o maior problema e que traz as maiores dificuldades é quando o sujeito se encontra posposto ao verbo. Exemplo: Exemplo: Compraram um carro Mario e eu. Perceba que temos o sujeito “o aluno” e o verbo “estuda” em concordância. Para um sujeito simples fica fácil o entendimento. Se for no singular, o verbo estará no singular, se estiver no plural, o verbo também o acompanhará. O aluno estuda para ser aprovado. Os alunos estudam para serem aprovados. Regra Geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número. Exemplo: Meu objetivo não é tratar de todas as regras de concordância verbal existentes, mas trazer de forma direta a maioria dos tópicos cobrados e abrangidos nesta parte do conteúdo. Para melhor entendermos essa questão, queremos lembrá-lo da regra geral que trata da concordância verbal: CONCORDÂNCIA VERBAL Sujeito Composto ao verbo Então vamos conversar sobre cada tópico para que possamos entendê-los. 6 Regra sujeito composto anteposto ao verbo: Regra sujeito composto posposto ao verbo: É importante que o aluno seja aprovado. (sujeito oracional) - Perceba que a primeira oração que possuía um sujeito simples foi transformada em um sujeito oracional, quando transformamos o substantivo “aprovação” em um verbo “aprove”. Índice de Indeterminação do Sujeito e Pronome Apassivador Existem alguns casos de não existir sujeito na oração (sujeito inexistente). São quatro casos: Verbo Haver Verbos de Fenômeno da Natureza; Verbos fazer, ser, estar e passar, quando indicarem tempo; Bastar e chegar, indicando cessamento; Verbo haver no sentido de existir. Exemplos: Pronome Relativo Exemplo: As orações subordinadas adjetivas são as que limitam ou restringem alguém ou um grupo e nunca podem ser acompanhadas de vírgulas. Já as orações explicativas não restringem e sim explicam a oração principal e sempre são apresentadas entre vírgulas. Restritivas Explicativas O pronome relativo ocorre quando há uma oração subordinada adjetiva, que possui a função equivalente a um adjetivo (Adjunto Adnominal). As orações adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo, e são divididas em restritivas ou explicativas. Você deverá sempre substituir o verbo haver pelo existir e, caso a substituição possa ser feita, não existirá sujeito na oração. Houve diversas ocorrências no evento de ontem. (Existiram diversas ocorrências no evento de ontem) Houve uma divergência de gabarito em sua prova de concurso. (Existiu uma divergência de gabarito em sua prova de concurso) Há manifestantes em frente ao Congresso Nacional. (Existem manifestantes em frente ao Congresso Nacional) Todos estes casos são importantes, mas o que é mais relevante no quesito prova é o verbo HAVER no sentido de existir, vamos entendê-lo: 7 Regra do verbo haver (existir): Este deverá ser sempreconjugado no singular. Regra para sujeito oracional: verbo deverá estar sempre flexionado na terceira pessoa do singular. Regra para sujeito indeterminado: verbo deverá ser conjugado na terceira pessoa do plural. TEXTO 1. O verbo pode concordar com a porcentagem expressa. (errado) 2. Alguns casos permitem que o verbo seja conjugado tanto no plural, quanto no singular, de acordo com o elemento com o qual ele está concordando. É o caso do excerto que aparece em [B], uma vez que o verbo “desaparecer” pode concordar tanto com “metade das mais de 6 mil línguas faladas” (singular), quanto com só “6 mil línguas faladas” (plural). (Certo). 1. No trecho da população mundial falam”, segundo parágrafo, o verbo “falar” deveria ficar obrigatoriamente no singular, concordando com “população mundial”. 2. No trecho “metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá”, o verbo “desaparecer” poderia ir para o plural, concordando com “6 mil línguas faladas”. 3. No trecho “ao menos enquanto houvesse paz”, o sujeito da forma verbal “houvesse” é a palavra “paz”, por isso a concordância no singular. 4. A leitura do quarto parágrafo e a percepção do contexto em que se insere a forma verbal “ocorrem” indicam que o sujeito desse verbo é “antigas migrações”. 5. Em “A perda de línguas raras é lamentável por várias razões”, há um erro de conjugação do verbo “perder”, que teria como forma correta, nesse caso, “perca”. Considere as análises relacionadas à sintaxe de concordância e conjugação verbal dos excertos do texto e marque CERTO ou ERRADO. Conforme o que prescreve a norma padrão da Língua Portuguesa. Uma revisão de dados recentes sobre a morte de línguas Linguistas preveem que metade das mais de mil línguas faladas no mundo desaparecerá em um século — uma taxa de extinção que supera as estimativas mais pessimistas quanto à extinção de espécies biológicas. (...) Segundo a Unesco, da população mundial falam só das línguas existentes. E apenas da humanidade partilha o restante dos idiomas, metade dos quais se encontra em perigo de extinção. Entre e idiomas desaparecem por ano — uma média de uma língua a cada duas semanas. (...) A perda de línguas raras é lamentável por várias razões. Em primeiro lugar, pelo interesse científico que despertam: algumas questões básicas da linguística estão longe de estar inteiramente resolvidas. E essas línguas ajudam a saber quais elementos da gramática e do vocabulário são realmente universais, isto é, resultantes das características do próprio cérebro humano. A ciência também tenta reconstruir o percurso de antigas migrações, fazendo um levantamento de palavras emprestadas, que ocorrem em línguas sem qualquer parentesco. Afinal, se línguas não aparentadas partilham palavras, então seus povos estiveram em contato em algum momento. Um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que "o desaparecimento de uma língua e de seu contexto cultural equivale a queimar um livro único sobre a natureza". Afinal, cada povo tem um modo único de ver a vida. Por exemplo, a palavra russa mir significa igualmente "aldeia", "mundo" e "paz". É que, como os aldeões russos da Idade Média tinham de fugir para a floresta em tempos de guerra, a aldeia era para eles o próprio mundo, ao menos enquanto houvesse paz. Disponível em: <http://revistalingua.com.br/ textos/116/a-morte-anunciada-355517-1.asp> acesso em 28 set. 2015. Simulado Comentado 8 GABARITO 3. Haver é um verbo impessoal, concorda na terceira pessoa do singular. (Errado) 4. A forma verbal “ocorrem” concorda com: palavras emprestadas, que (pronome relativo) ocorrem. 5. Errado, perda é substantivo. Quanto à análise morfossintática dos elementos textuais, considere as proposições sobre o texto em estudo e marque CERTO ou ERRADO. Conforme o que prescreve a norma padrão da Língua Portuguesa. 1. Errada: o termo “mas” indica adversidade, ao passo que “ademais” indica agregação de ideia(s), podendo ser substituído por “além disso”. 1. Na referência 3, o termo “Mas” poderia ser substituído por “Ademais”. 2. Na referência 4, há um erro de concordância na palavra “haveria”. A escrita correta no contexto apresentado é “haveriam”. 3. O sujeito do verbo “aprova” (ref. 6) é “David” (ref. 5). 4. O termo “quais” (ref. 8) retoma a expressão “algumas atividades escolares específicas” (ref. 7). 5. “Dessa forma” (ref. 9) expressa finalidade. TEXTO Celular liberado Em 2010, a pesquisadora em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Glaucia da Silva Brito e o mestrando em Educação Marlon de Campos Mateus, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram uma pesquisa com professores de um colégio estadual de Curitiba (PR). A pergunta era: é possível usar os aparelhos celulares dos alunos com propósito pedagógico em sala de aula? A maioria não via nenhuma utilidade nos aparelhos, e ainda os considerava como um empecilho em suas aulas. Quatro anos depois, é crescente o número de professores que veem os celulares com outros olhos. E muitos os estão usando como aliados. No Colégio Vital Brazil, de São Paulo (SP), costuma-se dizer que a liberação do uso dos smartphones e outros aparelhos eletrônicos em aula foi uma 1“necessidade”. A coordenadora pedagógica do ensino médio, Maria Helena Esteves da Conceição, conta que, desde 2013, o uso dos aparelhos eletrônicos passou a ser feito em laboratórios e aulas específicas, como artes e matemática. Os pesquisadores da UFPR sugerem ainda outras possibilidades de uso pedagógico dos smartphones: pesquisas em dicionários on-line ou aplicativos, a câmera como recurso nas aulas de artes, as redes sociais com geolocalização para as aulas de geografia. 2Tudo depende do propósito pedagógico e da disponibilidade do professor. 3Mas será que esses aparelhos precisam ser usados em sala de aula? Não 4haveria outros meios para chegar aos mesmos resultados de pesquisa? Para incorporar os smartphones nas classes, é preciso preparo dos professores e planejamento para as aulas, acredita Vanderlei Cardoso, professor e assessor de matemática do Colégio Vital Brasil. Mãe do aluno 5David, do 9º ano do Colégio Bandeirantes, Beatriz Silva, 6aprova a utilização dos aparelhos eletrônicos em aula, “já que fazem parte do dia a dia dessa nova geração” e, segundo sua percepção, houve mudanças no processo de aprendizagem de seu filho. “Ele se tornou mais motivado para 7algumas atividades escolares específicas nas 8quais usa os aparelhos e apresentou mais autonomia para fazer pesquisa na internet e criatividade no uso de programas relacionados às artes gráficas”, relata. Mas Beatriz não esconde suas preocupações, que são as mesmas de muitos pais e pesquisadores, preocupados com o uso excessivo da tecnologia no cotidiano de jovens e crianças. “Minha preocupação é com o fato de os jovens permanecerem o tempo todo conectados aos smartphones. Considero que, 9dessa forma, há o risco de os recursos de informática se tornarem os ‘protagonistas’ do processo quando, na verdade, o foco deve ser sempre o recurso ‘humano’”, diz Beatriz. 9 GABARITO 1- Anexo / Anexa Errado: Seguem anexo os documentos solicitados. Certo: Seguem anexos os documentos solicitados. 2- “Em vez de” / “ao invés de” Errado: Ao invés de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião. Certo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião. 4- “Faz” / “Fazem” Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa. Certo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa. 3- “Esquecer” / “Esquecer-se de” Errado: Eu esqueci da reunião. Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião. Ou Eu esqueci a reunião. Anexo é adjetivo e deveconcordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. Orientações do professor EDSON BOTELHO para você 1. Errada: o termo “mas” indica adversidade, ao passo que “ademais” indica agregação de ideia(s), podendo ser substituído por “além disso”. 2. Errada: o verbo “haveria” é impessoal neste caso e, portanto, não deve ser flexionado no plural. 3. Errada:: o sujeito do verbo “aprova”, na verdade, é “mãe do aluno David”. 4. Certo: O termo “quais” faz parte da expressão “nas quais”, e é um pronome relativo, cuja função é justamente retomar um termo. No trecho “Ele se tornou mais motivado para algumas atividades escolares específicas nas quais usa os aparelhos” é possível perceber que “nas quais” retoma “algumas atividades escolares específicas”, uma vez que é nas atividades que se usa os aparelhos. 5. Errada: “Dessa forma” expressa conclusão. 10 Por quê? verbo esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos). Por quê? No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Em outros sentidos, concorda com o sujeito. Exemplo: Eles fizeram um bom trabalho. Por quê? 5- “Ao encontro de"/ “De encontro a” Errado: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio de encontro ao que desejavam. Certo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam. “Ao encontro de” dá ideia de harmonia e “De encontro a” dá ideia de oposição. No exemplo acima, os diretores só podem ficar satisfeitos se a atitude vier ao encontro do que desejam. Por quê? Em vez de é usado como substituição. Ao invés de é usado como oposição. Exemplo: Subimos, ao invés de descer. Por quê? Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição. Observação 11 6- A par / ao par Errado: Ele já está ao par do ocorrido. Certo: Ele já está a par do ocorrido. No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. Use “ao par” somente para equivalência cambial. Exemplo: “Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.” Por quê? 11- “A princípio” / “Em princípio” Errado: Achamos, em princípio, que ele estava falando a verdade. Certo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade. A princípio equivale a “no início”. Em princípio significa “em tese”. Exemplo: Em princípio, todo homem é igual perante a lei. Por quê? 12- “Senão” / “Se não” Errado: Nada fazia se não reclamar. Certo: Nada fazia senão reclamar. Senão significa “a não ser”, “caso contrário”. Se não é usado nas orações subordinadas condicionais. Ex: Se não chover, poderemos sair. Por quê? 13- “Onde” / “Aonde” Errado: Aonde coloquei minhas chaves? Certo: Onde coloquei minhas chaves? Onde se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência. Aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai. Indica movimento. Exemplo: Ainda não sabemos aonde iremos. Por quê? 14- “Visar” / “Visar a” Errado: Ele visava o cargo de gerente. Certo: Ele visava ao cargo de gerente. 15- A /" há " Errado: Atuo no setor de controladoria a 15 anos. Certo: Atuo no setor de controladoria há 15 anos. O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição a. Por quê? 7- “Quite” / “quites” Errado: O contribuinte está quites com a Receita Federal. Certo: O contribuinte está quite com a Receita Federal. “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere. Por quê? 8- “Media” / “Medeia” Errado: Ele sempre media os debates. Certo: Ele sempre medeia os debates. Há quatro verbos irregulares com final –iar: mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se conjugam como “odiar”: medeio, anseio, incendeio e odeio. Por quê? 9- “Através” / “por meio” Errado: Os senadores sugerem que, através de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. Certo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. 10- “Ao meu ver” / “A meu ver” Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso. Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso. Por meio significa “por intermédio”. Através de, por outro lado, expressa a ideia de atravessar. Exemplo: Olhava através da janela. Por quê? “Ao meu ver” não existe. Por quê? Quando anteceder um verbo, dispensa-se a preposição a. Exemplo: Elas visavam viajar para o exterior. Observação 12 16- “Aceita-se” / “Aceitam-se” Errado: Aceita-se encomendas para festas. Certo: Aceitam-se encomendas para festas. A presença da partícula apassivadora “se” exige que o verbo transitivo direto concorde com o sujeito. Por quê? 17- “Precisa-se” / “Precisam-se” Errado: Precisam-se de estagiários. Certo: Precisa-se de estagiários. Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular. Por quê? 19- “Implicar” / “Implicar com” / “Implicar em” Errado: O acidente implicou em várias vítimas. Certo: O acidente implicou várias vítimas. No sentido de acarretar, o verbo implicar não admite preposição. No sentido de ter implicância, a preposição exigida é com. Quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em. Ele sempre implicava com os filhos. Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso. Exemplo: Por quê? 20- “Retificar” / “Ratificar” Errado: Estávamos corretos. Os fatos retificaram nossas previsões. Certo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões. Ratificar significa confirmar, comprovar. Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar. Exemplo: Vou retificar os dados da empresa. Por quê? 18- “Há dois anos” / “Há dois anos atrás” Errado: Há dois anos atrás, iniciei meu mestrado. Certo: Há duas formas corretas: “Há dois anos, iniciei meu mestrado” ou “Dois anos atrás, iniciei meu mestrado.” É redundante dizer “Há dois anos atrás”. Por quê? Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro. Exemplo: 22- “Entre eu e você” / “Entre mim e você” Errado: Não há nada entre eu e você, só amizade. Certo: Não há nada entre mim e você, só amizade. Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também.” Por quê? 25- “Tem” / “Têm” Errado: Eles tem feito o que podem nesta empresa. Certo: Eles têm feito o que podem nesta empresa. Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. Por quê? 23- “A fim” / “Afim” Errado: Nós viemos afim de discutir o projeto. Certo: Nós viemos a fim de discutir o projeto. A locução a fim de indica ideia de finalidade. Afim é um adjetivo e significa semelhança. Exemplo: Eles têm ideias afins. Por quê? 24- “Despercebido” / “Desapercebido” Errado: As mudanças passaram desapercebidas. Certo: As mudanças passaram despercebidas. Despercebido significa sem atenção. Desapercebido significa desprovido, desprevenido. Por quê? 21- “Somos” / “Somos em” Errado: Somos em cinco auditores na empresa. Certo: Somos cinco auditores na empresa. Não se deve empregar a preposição “em” nessa expressão. Por quê? Edson Botelho Jr. Marcos Antônio Emiliano Gonçalves Ewerton Rodrigo da Costa Nunes Autor PRODUÇÃO Design de Edição Revisão