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Sistema Imune: Imunidade Inata e Adaptativa

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20/08/2019
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IMUNOLOGIA
Aula 2
O Sistema Imune.
 A resposta imune é dotada da capacidade de distinguir entre o que é 
próprio (Self) e o que não é próprio ao organismo (Nonself). 
 Imunidade → conjunto de estruturas e mecanismos que garantem a 
integridade do organismo. 
 Elementos da “imunidade inata” interagem e se integram com 
aqueles da “imunidade adaptativa” (nos vertebrados) para 
constituir a imunidade do indivíduo. 
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 Imunidade inata - conjunto de barreiras naturais que já estão 
estabelecidos ou que passam a compor os mecanismos da resposta 
imune que imediatamente se inicia.
 Consiste na primeira linha de defesa do organismo quando este for 
invadido por um determinado agente infeccioso.
 PRRs (receptores para padrões de reconhecimento) são moléculas 
presentes na superfície das células da imunidade inata que 
reconhecem padrões moleculares associados aos patógenos 
(PAMPs).
 TLRs (Toll like receptores) representam um tipo de PRR presente 
na membrana de fagócitos que apresentam sua localização 
cromossômica identificada.
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 Imunidade adaptativa – resposta imunológica estimulada pela exposição 
a agentes infecciosos.
 Ocorre graças à proliferação de células (linfócitos B e T) que reconhecem 
antígenos de maneira bastante específica. 
 Pode se desenvolver contra substâncias estranhas ao organismo (patógenos 
ou substâncias tóxicas) ou em situações patológicas (doenças autoimunes).
 Além da capacidade fagocítica das células, observa-se também o
incremento de elementos celulares e moleculares que passam a compor a 
resposta imune.
 Assim, a resposta imune passa a apresentar mais duas características, 
relacionadas a imunidade adquirida:
 Especificidade Antigênica
 Memória Imunológica.
 A especificidade antigênica permite ao sistema imune distinguir 
diferenças sutis entre antígenos. 
 Exemplo: reconhecimento de antígenos que diferem em apenas um 
aminoácido.
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 A memória imunológica confere ao sistema imune maior eficiência e 
rapidez na resposta contra antígenos que já se apresentaram ao organismo. 
 Pelo fato de o sistema imune ser dotado de memória imunológica é que as 
vacinas podem conferir, aos organismos vacinados, proteção eficaz contra 
um determinado agente infeccioso, por exemplo.
 A especificidade antigênica decorre da presença de duas estruturas:
1) Os anticorpos (ou imunoglobulinas), produzidos pelos Linfócitos B;
2) Os TRCs (do inglês T Cell Receptor) presentes na superfície dos 
Linfócitos T.
 O TCR é a estrutura molecular que reconhece antígenos na superfície 
dos linfócitos T e se assemelha estruturalmente ao anticorpo. 
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 A memória imunológica designa a capacidade do sistema imune 
de “lembrar” de um antígeno ao qual foi anteriormente exposto, e 
agora responder com maior rapidez em comparação com a 
primeira exposição.
Tipo de barreira Descrição
Barreira Anatômica
Pele
Mucosas
Flora bacteriana normal
Cílios
Lágrima
Cera
Suor
Barreiras Físico-químicas
Temperatura normal do corpo
Capacidade de produzir febre
pH (estômago, vagina, pele)
Barreiras Endocíticas
Internalização de moléculas, materiais particulados e 
microrganismos (fagocitose e pinocitose)
Barreira Inflamatória
Moléculas com atividades antimicrobianas (proteínas do 
sistema complemento)
Células com capacidade fagocítica
Barreiras da Imunidade Inata
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CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
 Se originam na medula 
óssea, pela hematopoiese, a 
partir de células tronco.
 A maioria das células do 
sangue é originada e 
amadurece na medula óssea.
 Os linfócitos T, que são 
originados na medula e 
amadurecem no timo. 
 Em humanos, a hematopoiese se inicia na membrana do saco vitelínico
nas primeiras semanas de vida embrionária. 
 Do 3º ao 7º mês de gestação - fígado e baço fetal. 
 A partir do 7ºmês a medula óssea assume esta função. 
 Com o aumento da idade - medula dos ossos chatos (esterno, ossos ilíacos, 
vértebras e costelas).
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 As células sanguíneas se originam da célula-tronco destinada a se 
diferenciar em célula-tronco hematopoiética.
 As células-tronco hematopoiéticas originam as linhagens 
específicas precursoras das células do sangue, que são:
 Eritróides (hemáceas); 
 Megacariocíticas (megacariócitos que originam as plaquetas); 
 Granulocíticas (neutrófilos, eosinófilos e basófilos);
 Monocíticas (monócitos, macrófagos e células dendríticas)
 Linfocíticas (linfócitos, células dendríticas e células NK).
 A diferenciação e proliferação das células precursoras 
hematopoiéticas se dão a partir de estímulos (Citocinas e outros) 
provenientes de células do estroma da medula óssea. 
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CÉLULAS LINFOIDES
 Os linfócitos T, os linfócitos B e as células NK, juntos, correspondem ao 
percentual equivalente a:
 20-40% dos glóbulos brancos do sangue. 
 99% das células da linfa.
 Os linfócitos não-ativados são pequenos linfócitos (8–10 μm) que têm um 
núcleo grande e uma pequena camada de citoplasma com algumas 
mitocôndrias, ribossomos, lisossomos. 
 Ao serem estimulados pelo antígeno, saem da fase G0 do ciclo celular e 
entram na fase G1, aumentando de tamanho (10-12μm). 
 Linfócitos ativados apresentam maior volume de citoplasma e, com o 
aumento de organelas e RNA citoplasmáticos, são chamados grandes 
linfócitos ou linfoblastos.
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CLASSES DE LINFÓCITOS
 Os marcadores fenotípicos CD representam grupos de diferenciação dos 
linfócitos, os quais exibem moléculas específicas em sua superfície. 
 Esses marcadores podem ser uma molécula diferente das CD, como TCR e 
receptor de Fc.
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MONÓCITOS E MACRÓFAGOS
 Os pró-monócitos (precursores de monócitos e macrófagos) deixam a 
medula óssea logo após a hematopoese e ganham o sangue, onde se 
diferenciam em monócitos. 
 Nos tecidos, os monócitos se diferenciam em macrófagos. 
 Sistema mononuclear fagocítico é o conjunto de monócitos no sangue e 
macrófagos nos diferentes tecidos do corpo. 
 Os macrófagos assumem nos tecidos modificação anatômica e fisiológica, 
tornando-se até dez vezes maiores que o seu tamanho no sangue.
 Nos tecidos, eles aumentam sua capacidade fagocítica, pois são ativados 
por uma série de situações a que são expostos, como a presença de 
antígenos bacterianos e a ativação ocasionada por citocinas.
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GRANULÓCITOS
 Compreendem os neutrófilos, eosinófilos e basófilos, e podem ser 
distinguidos por se corarem com corantes ácidos e/ou básicos. 
 Os neutrófilos têm núcleo multilobulado e se coram tanto por corantes 
ácidos quanto por corantes básicos. 
 Os eosinófilos apresentam núcleo bilobular e se coram com o corante ácido.
 Os basófilos, que apresentam núcleo também lobular, se coram por corantes 
básicos. 
 Neutrófilos (57 – 70% das células brancas) e eosinófilos (1 – 3% dos 
leucócitos) são fagócitos. Basófilos representam < de 1%. 
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MASTÓCITOS
 Os mastócitos deixam a medula após a hematopoese e ganham o sangue, 
de onde alcançam os tecidos e só aí se diferenciam. 
 Podem ser observados em muitos tipos de tecido, como a pele. 
 Nos tecidos, eles liberam substâncias que estão pré-formadas no interior 
de seus grânulos. 
 As substâncias participam como mediadores da inflamação e das alergias.
CÉLULAS DENDRÍTICAS
 Apresentam prolongações citoplasmáticas, que lembram anatomicamente 
os dendritos de células nervosas. 
 Admite-se que surjam de um precursor mielóide na medula óssea e tem 
papel fundamental na imunidade adquirida.
 Capturam antígenos dos tecidos e os levam até o linfonodo (órgão linfoide) 
mais próximo do tecido onde estavam localizadas.

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