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Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Células do sistema imune Fagócitos (neutrófilos, monócitos, macrófagos) Função primária é ingerir e destruir microrganismos e se livrar dos tecidos danificados Para defesa ele vai: recrutar células para locais de infecção, reconhecer e ativar pelos microrganismos, ingestão dos microrganismos por processo de fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos Pelo contato direto e pela secreção de citocinas, os fagócitos se comunicam com outras células de modo a promover ou regular as respostas imunes. Neutrófilos/ Leucocitos polimorfonucleares Núcleo tem 3 a 5 lóbulos conectados (por isso leucócito polimorfonucleado) São produzidos na medula ossea, surgem de precursores que também da origem a fagócitos mononucleares Podem migrar rapidamente para o local de infecção/ lesão, só funcionam 1/ 2 dias quando entram no tecido Monócitos, macrófagos Macrófagos – Atua nas duas imunidades, está presente em vários órgãos (tecidos), mas recebem nomes diferentes (ex. fígado são células de kupfler). Os macrófagos ingerem e matam microrganismo através de enzimas, fazem “Limpeza”, pois ingerem as células mortas devido a trauma ou suprimento de sangue interrompido ou neutrófilos que se acumulam, ingerem as células que sofreram apoptose, secretam citocinas, que ajudam a chamar mais monócitos (futuros macrófagos) e outros leucócitos para o local, ajudam na reconstrução dos tecidos lesados. São APCs (apresentam e ativam linfócitos T). Vem de célula precursora na medula Da célula precursora surge um monocito que vai circular no sangue e ir para tecido (principalmente quando tem inflamação), nos tecidos se amadurecem em macrófagos. Os monócitos são recrutados para local de infecção ou tecido lesado. Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos Tem papel nas duas imunidades, possuem grânulos e estão relacionados com a resposta imune contra helmintos e reações que causam doenças alérgicas. Mastócitos Derivados da medula, presente na pele, mucosa epitelial, contem grânulos com histamina e outros mediadores. Apresentam receptores para IgE e ás vezes são recobertos por eles (quando recobertos liberam grânulos e levam inflamação) Defesa contra helmintos e participação da inflamação de alergias Basófilos Podem ser recrutados para locais onde está ocorrendo à inflamação Contém grânulos, possuem receptores para IgE, podem ser atingidos por eles ou por antígenos ligados a IgE Eosinófilos Possuem grânulos, atua contra parasitas Geralmente presente em tecidos periféricos, ex mucosas do tratos respiratório, gastrointestinal e genitourinario, número no sangue pode aumentar em caso de inflamação Células Apresentadoras de Antígenos Capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos Células dendríticas e macrófagos, também reconhecem e respondem aos microrganismos durante as reações imunes inatas e, assim, ligam as reações imunes inatas às respostas do sistema imune adaptativo Células Dendríticas Importantes para a ativação das células T imaturas e têm papel na ligação das respostas imunes inata e adaptativa, capacidades de fagocitar e são Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 amplamente distribuídas nos tecidos linfoides, epitélio mucoso e parênquima de órgãos. Vem de linhagem mieloide de células hematopoéticas e se origina de um precursor que também pode se diferenciar em monócitos, mas não em granulócitos. Respondem aos microrganismos com a secreção de citocinas Células dendríticas clássicas (ou convencionais)- geralmente presentes na pele, mucosa e parênquima de órgãos, que são chamadas de responde aos microrganismos migrando para os linfonodos, onde elas apresentam antígenos proteicos microbianos aos linfócitos T. Células dendríticas plasmocitoides, consiste em respondedores celulares precoces à infecção viral (interferon do tipo I) Outras Células Dendríticas Macrófagos e linfócitos B – Apresentam antígenos para células TCD4 (auxiliares) *No caso da células TCD8 qualquer célula com núcleo serve com APC Linfócitos Única célula da imunidade adaptativa que possuem receptores especifico para antígenos diferentes Surgem a partir de células tronco na medula O órgão gerador é a medula, e onde vai ocorrer maturação inicial dos linfócitos B e a maturação dos linfócitos T ocorre no timo As células B e T maduras são chamadas de linfócitos imaturos porque ainda não entraram em contato com o antígeno, depois disso que se proliferam e sofrem alterações (fenotípica e funcional). Para que eles se tornem linfócitos maduros imunologicamente falando precisam ser ativados isso depende de reconhecerem antígenos e até de citocinas como a IL-7 para linhagem T e TNF para linhagem B Após ativação os linfócitos começam a se proliferar e ficam maiores, podem se diferenciar em linfócitos efetores que vão ter a capacidade de eliminar os antígenos. Linfócitos efetores vão ser linfócitos TCD4 e TCD8 e linfócitos B que secretam anticorpos (plasmócitos) Linfócitos B – Produzem anticorpos, estágios inicias de maturação na medula óssea, depois conclui maturação nos órgãos linfoides secundários (linfonodo e baço) Plasmócitos – Células secretam de anticorpos, se desenvolve nos órgãos linfoides e em locais que precisam de resposta imune Dois grupos: Células B foliculares – produz grande quantidade de anticorpos Células B de zona marginal e B-1 – produz número limitado de anticorpos Linfócitos T – Mediam imunidade celular, surgem na medula, mas migram e amadurem no timo Linfócitos TCD4+ (Auxiliares) – Quando ativadas geralmente tem na superfície a lingante CD40 e também secretam citocinas que se ligam a receptores nos macrófagos e linfócitos B e ativam eles. Tipos funcionais de TCD4 são os TH1(secretam IFN-y), TH2, TH17 Linfócitos TCD8+ (Citotóxicos) – Possuem grânulos/ citocinas que quando essas células estão ativadas vão liberar no antígeno/célula invasora. Linfocitos T regulatórios – inibem respostas imunes, Células NKT e as células T γδ são dois subgrupos numericamente menores de células T que expressam TCRs com diversidade limitada Linfócitos de memória Células T de memoria- Migram para o local da infecção Linfócitos B de memória – Expressam tipos de anticorpos como IgG, IgA ou IgE, lembrando que as imaturas só expressam IgG e IgM. Células linfoides Inatas Derivadas da medula, função semelhante aos linfócitos T, mas sem receptores de antígeno como as células T Realizam defesa inicial contra patógenos, reconhece células danificadas, auxilia na eliminação de células que estão danificadas/estressadas e ajudam a influenciar a resposta imune adaptativa Células NK- Células Natural Killer, secretam IFN-y, matam células infectadas, Imunidade Inata Células Dendríticas Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Realizam o reconhecimento essencial e papéis efetores na imunidade inata. Presentes no epitélio e na maioria dos tecidos do corpo. São preparadas para detectar microrganismos invasores. expressam tipos diferentes de TLRs e receptores de padrão de reconhecimento (são versáteis sensores de PAMPs e DAMPs dentre todos os tipos celulares no corpo). A resposta imune inata das células dendríticas aos PAMPs, particularmente a sinalização de TLR, aumenta a habilidade das células dendríticas em processar e apresentar os antígenos estranhos. É a principal fonte de citocinas antivirais, interferons tipo I, produzidos na resposta viral a infecções. As células dendríticas são as únicas capazes de disparar e direcionar as respostas imunes adaptativas mediadas porcélula T, e isso depende de suas respostas imunes inatas aos microrganismos. Habilidade das células dendríticas em captar os antígenos proteicos microbianos, transportá-los para os linfonodos onde as células T imaturas se localizam e apresentar os antígenos proteicos em uma forma na qual as células T possam reconhecer A sinalização do TLR induz a expressão de moléculas pelas células dendríticas, incluindo coestimuladores e citocinas, que são necessários, em adição ao antígeno, para a ativação das células T imaturas e sua diferenciação em células T efetoras. Dependendo da natureza do microrganismo que induz a resposta inata, a célula dendrítica irá direcionar a diferenciação da célula T imatura em tipos distintos de células efetoras, tais como células TH1 produtoras de IFN- γ ou células TH17 produtoras de IL-17. Células NK Realizar funções efetoras sem a necessidade de expansão clonal ou diferenciação. Desempenham importantes papéis nas respostas imunes inatas principalmente contra vírus intracelulares e bactérias. Funções efetoras das células NK são matar as células infectadas e produzir IFN-γ, que ativa macrófagos para destruírem microrganismos fagocitados As células NK contém grânulos contendo proteínas que medeiam a morte das células-alvo. Quando ativadas, a exocitose dos grânulos libera essas proteínas adjacentes às células-alvo. Uma proteína, a perforina, facilita a entrada de outras proteínas granulares, as granzimas, para o citosol das célula salvo. As granzimas são enzimas que iniciam uma sequência de eventos de sinalização que causam a morte das células-alvo por apoptose. Com a morte das células infectadas com vírus e bactérias intracelulares, as células NK eliminam os reservatórios de infecção. No início de infecção viral, as células NK se expandem e são ativadas por IL-12 e IL-15, matando as células infectadas. O IFN-γ derivado da célula NK aumenta a capacidade dos macrófagos para matarem as bactérias fagocitadas. Essa interação célula NK dependente de IFN-γ-macrófago pode controlar uma infecção com bactéria intracelular (p. ex., Listeria monocytogenes) por vários dias ou semanas e, então, fornece tempo para que a imunidade mediada por célula T se desenvolva e erradique a infecção. O IFN-γ produzido pelas células NK nos linfonodos também pode direcionar a diferenciação das células T imaturas em células TH1 Depleção das células NK induz a suscetibilidade aumentada à infecção por alguns vírus e bactérias intracelulares. Receptores do Tipo Toll Os receptores do tipo Toll (TLRs) são receptores de reconhecimento de padrão em muitos tipos celulares que reconhecem produtos de uma grande variedade de microrganismos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células estressadas ou em processo de morte. Receptores Citosólicos para PAMPs e DAMPs Sistema imune inato evoluiu para equipar as células com receptores de padrão de reconhecimento que Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 detectam infecção ou célula danificada no citosol Três classes principais destes receptores citosólicos são receptores do tipo NOD, receptores do tipo RIG e sensores citosólicos de DNA. Esses receptores citosólicos, similares aos TLRs, são ligados às vias de transdução de sinal que promovem inflamação ou produção de interferon tipo I. A habilidade do sistema imune inato em detectar infecção no citosol é importante porque partes dos ciclos de vida normais de alguns microrganismos, como translação de gene viral e montagem de partícula viral, ocorrem no citosol. Algumas bactérias e parasitas têm mecanismos que permitem que eles escapem de vesículas fagocíticas no citosol. Microrganismos podem produzir toxinas que criam poros nas membranas plasmáticas da célula do hospedeiro, incluindo membranas endossomais, através das quais as moléculas microbianas podem entrar no citosol. Esses poros também podem resultar em alterações na concentração de moléculas endógenas, tais como íons, no citoplasma, que são sinais confiáveis de infecção e dano e são detectados pelos receptores citosólicos. Barreiras Epiteliais Formam barreiras físicas entre meio externo e tecido interno Pele, mucosas do TGI, respiratório e geniturinário Células epiteliais e leucócitos produzem peptídios que têm propriedades antimicrobianas, as defensinas e catelicidinas Defensinas – produzidas pelas células epiteliais das superfícies mucosas e pelos leucócitos contendo grânulos, incluindo neutrófilos, células natural killer e linfócitos T citotóxicos, são produzidas em qualquer local do intestino, nas células da mucosa respiratória e na pele. Abrangem a toxicidade direcionada aos microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus em envelope, e a ativação de células envolvidas na resposta inflamatória aos microrganismos. Catelicidina- produzida pelos neutrófilos e pelas células da barreira epitelial da pele, trato gastrintestinal e trato respiratório. Resposta inflamatória A principal maneira pela qual o sistema imune lida com as infecções e lesões teciduais é estimulando a inflamação aguda, que é oacúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e fluido derivado do sangue em tecido extravascular, local de infecção ou lesão. Os leucócitos e as proteínas plasmáticas normalmente circulam no sangue e são recrutados para os locais de infecção e lesão, onde eles realizam várias funções efetoras que servem para matar os microrganismos e iniciar o reparo do tecido danificado. O leucócito mais abundante que é recrutado do sangue para os locais de inflamação aguda é o neutrófilo, mas os monócitos sanguíneos, que se tornam macrófagos no tecido, são importantes ao longo do tempo e podem se tornar a população dominante em algumas reações. Proteínas plasmáticas importantes e que entram nos locais inflamatórios, incluem-se as proteínas do complemento, anticorpos e reagentes de fase aguda. A distribuição destes componentes derivados do sangue para os locais inflamatórios é dependente de alterações reversíveis nos vasos sanguíneos dos tecidos infectados ou danificados. As alterações incluem mudanças no fluxo sanguíneo para o tecido atribuídas à dilatação arteriolar, adesão aumentada dos leucócitos circulantes para o revestimento endotelial das vênulas e permeabilidade aumentada dos capilares e vênulas às proteínas plasmáticas e fluidos. Todas essas alterações são induzidas por citocinas e pequenas moléculas mediadoras inicialmente derivadas das células residentes nestes tecidos, tais como os mastócitos, macrófagos e células endoteliais, em resposta à estimulação por PAMP e DAMP. Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Medida que o processo inflamatório se desenvolve, os mediadores podem ser derivados de leucócitos ativados que chegaram recentemente e de proteínas do complemento. A inflamação aguda pode se desenvolver em minutos a horas e durar por dias. A inflamação crônica é um processo que demora mais do que a inflamação aguda se a infecção não for eliminada ou se a lesão tecidual for prolongada. O estímulo imune inato possa contribuir para a inflamação crônica, o sistema imune adaptativo também pode estar envolvido porque as citocinas produzidas pelas células T são potentes indutores da inflamação. Principais Citocinas Pró-Inflamatórias TNF, IL-1 e IL-6 Uma das primeiras respostas do sistema imune inato a uma infecção e dano tecidualé a secreção de citocinas pelas células tecidual São produzidas principalmente por macrófagos e células dendríticas A maioria destas citocinas age em células próximas às suas células de origem (ação parácrina). Em algumas infecções graves, uma quantidade suficiente de citocinaspode ser produzida e entrar na circulação e agem em locais distantes (ação endócrina). Diferentes citocinas têm ações similares e sobrepostas ou tem função única. Uma citocina pode estimular a produção de outras, estabelecendo, assim, cascatas que amplificam a reação ou induzem novas reações. As citocinas da imunidade inata desempenham vários papéis, induzir inflamação, inibir replicação viral, promover respostas de célula T e limitar as respostas imunes inatas. Três das citocinas pró-inflamatórias mais importantes do sistema imune inato são TNF, IL-1 e IL-6. Consequências Sistêmicas e Patológicas da Inflamação TNF, IL-1 e IL-6 produzidos durante a resposta imune inata à infecção ou dano tecidual têm efeitos sistêmicos que contribuem para a defesa do hospedeiro e são responsáveis por muitas das manifestações clínicas da infecção e da doença inflamatória. TNF e IL-1 agem no hipotálamo para induzir um aumento na temperatura corporal (febre), induzem febre pelo aumento na síntese de prostaglandinas nas células do hipotálamo. Os inibidores da síntese de prostaglandinas, como a aspirina, reduzem a febre pelo bloqueio da ação dessas citocinas. O papel da febre na defesa do hospedeiro não é bem compreendido, mas pode estar relacionado com funções metabólicas aumentadas das células imunes, funções metabólicas prejudicadas dos microrganismos e alterações no comportamento do hospedeiro febril que reduzem o risco de piora das infecções e lesão. • IL-1 e IL-6 induzem os hepatócitos a produzir reagentes de fase aguda, incluindo CRP, SAP e fibrinogênio, que são secretados no sangue. Níveis elevados dos reagentes de fase aguda são usados clinicamente como sinais de infecção ou outros processos inflamatórios. As pentraxinas CRP e SAP têm papel protetor nas infecções e o fibrinogênio, precursor da fibrina, contribui para a hemostasia e reparo tecidual. Nas infecções graves, o TNF pode ser produzido em grandes quantidades e causar anormalidades sistêmicas clínicas e patológicas. Se o estímulo para a produção de citocina é forte, a quantidade de TNF pode ser tão grande que ele entra na corrente sanguínea e age em locais distantes. As principais ações sistêmicas do TNF são: - TNF inibe a contratilidade miocárdica e o tônus do músculo liso vascular, resultando em uma marcada redução na pressão sanguínea, ou choque. - TNF causa trombose intravascular, devido prejuízo das propriedades anticoagulantes normais do endotélio. O TNF estimula a expressão do fator tecidual, um potente ativador da coagulação, e inibe a expressão da trombomodulina, um inibidor da coagulação. As alterações endoteliais são exacerbadas pela ativação dos neutrófilos, levando a tamponamento vascular por essas células. A habilidade desta citocina em causar necrose de tumores, que é a base do seu nome, é principalmente resultado da trombose dos vasos sanguíneos tumorais. A produção prolongada de TNF causa fadiga das células musculares e adiposas, o que se chama de Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 caquexia. Devido a supressão do apetite induzida pelo TNF e síntese reduzida da lipoproteína lipase, uma enzima necessária para liberar ácidos graxos das lipoproteínas circulantes, de tal forma que eles possam ser usados pelos tecidos. Choque séptico – É uma complicação da sepse bacteriana grave, que pode ser causada pelo LPS liberado de bactérias Gramnegativas ou pelo ácido lipoteitoico liberado de bactérias Gram-positivas.É caracterizado por colapso vascular, coagulação intravascular disseminada e distúrbios metabólicos. Esta síndrome se deve à sinalização do TLR induzida pelo LPS ou ácido lipoteitoico, levando à produção de TNF e outras citocinas, incluindo IL 12, IFN-γ e IL-1. A concentração de TNF sérico pode ser preditiva do resultado das infecções bacterianas graves.. Uma síndrome similar ao choque séptico pode ocorrer como uma complicação de distúrbios não infecciosos, tais como queimaduras graves, traumas, pancreatite e outras condições sérias. Elas têm sido chamadas de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). A inflamação aguda pode causar lesão tecidual porque os mecanismos efetores que os fagócitos utilizam para matar os microrganismos também são tóxicos para os tecidos do hospedeiro. As enzimas proteolíticas e as espécies reativas de oxigênio produzidas pelos fagócitos que se acumulam no local de infecção podem danificar as células do hospedeiro e degradar a matriz extracelular se eles forem gerados em grandes quantidades, especialmente se os microrganismos resistirem à morte e continuarem a estimular as respostas imunes inatas. De fato, pelo menos parte da patologia associada às infecções é atribuída às respostas inflamatórias e não aos efeitos tóxicos diretos dos microrganismos. A inflamação aguda também causa dano tecidual no quadro das doenças autoimunes, em que os neutrófilos e macrófagos se acumulam e se tornam ativados secundariamente ao estímulo do sistema imune adaptativo pelos próprios antígenos Como um uma inflamação induzida por infecções, TNF, IL-1, Il-6 e IL-12 são os indutores-chave da inflamação nas doenças autoimunes. Antagonistas contra todas essas citocinas ou seus receptores estão em uso clínico ou em estudos para reduzir a inflamação em pacientes com doenças inflamatórias tais como artrite reumatoide, doença do intestino irritável e psoríase Órgãos linfoides Tem dois tipos: Órgãos geradores/ linfoides primários ou centrais – Medula óssea e timo, no feto o fígado fetal, onde primeiro expressam receptores de antígenos, maturam células B e T (fenotipicamente e funcionalmente). Células B – Maduros na medula, entram na circulação e vão para órgãos linfoides secundários como baço e linfonodos Células T – Amadurecem no timo, vão para circulação e ficam nos órgãos linfoides secundários e nos tecidos. Órgãos periféricos/ linfoides secundários – Onde a resposta aos antígenos é iniciada e se desenvolvem. São baço, linfonodos, vasos linfáticos, malt (tecido linfoide associado a mucosa). Ocorre expansão clonal Medula óssea Onde gera a maioria das células (hemácias, granulócitos, monócitos) onde ocorre a parte inicial de maturação dos linfócitos B Hematopose – geração de todas as células do sangue. No nascimento ocorre em todos os ossos e na vida adulta se torna restrito a ossos cmo vertebras, esterno, costelas, ossos do quadril (ilíacos). Quando é lesada o fígado e baço assume a função, realizam hematopoese extramedular (fora da medular) A célula tronco comum para geração de todas as células é a célula-tronco hematopoiética comum, a partir dela da origem a linfócitos B, T, neutofilos, monócitos, eosinófilos, basófilo, hemácias, plaquetas e eritrócitos, células NK. A maturação e a proliferação das células precursoras na medula óssea são estimuladas pelas citocinas (ou fatores estimuladores de colônia). Timo Onde ás células T maturam Possuí 2 lobos, que se dividem em medula interno e córtex externo Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Encontra macrófagos, timocitos (linfócitos T imaturos), célula dendriticas, células reticulares epiteliais. Células epiteliais corticais produzem IL-7 necessária na fase de início do desenvolvimento da célula Células epiteliais tímicas medulares que estão apenas na medula e um mecanismo de apresentar antígenos próprios para células T em desenvolvimento e causar sua deleção (garante que o organismo esteja imune a si próprio) Síndrome de DiGeorge – Alteração em que a criança nasce sem o timo, a pessoa tem deficiência da célula T A maturação da células T no timo iniciam no córtex, vão amadurecendo e migrando para a medula Sistema linfático Vasos linfáticos vãodrenar a linfa dos tecidos para dentro (aferentes) e fora (eferentes) dos linfonodos e depois para o sangue. É um sistema aberto Vão desembocar do ducto linfático direito e veia subclávia esquerda e no ducto torácico e depois veia subclávia direita Vão captar antígenos, portais de entrada e liberação para os linfonodos e estimular resposta imune adaptativa Linfonodos estão durante todo o trajeto dos vasos linfáticos e atuam como filtros coletando antígenos e células presentes, antes de irem para o sangue. Linfonodos São órgão encapsulados, vascularizados, ajudam a iniciar a resposta imune adaptativas a antígenos que chegaram a eles pelos vasos linfáticos Estão em diversas regiões do nosso organismo como pescoço, axilas, região inguinal, ao longo de grandes vasos Está presentes neles APCs (macrófagos, células dendríticas) e outras células Vasos linfáticos vão drenar a linfa dos tecidos para dentro (aferentes) dos linfonodos e para fora (eferentes) dos linfonodos No córtex externo possuí folículos, tem os primários e secundários. Folículos primários não possuem centros germinativos e secundários possuem. Os folículos têm centros germinativos, em cada centro tem uma região com células B, principalmente linfócitso B maduros virgens que são os centroblatos e uma zona clara que tem os centrocitos (que interrope proliferação, seleciona quem vive e se diferencia). Nos foliculkos é onde as células B se proliferam, são selecionadas, produzem anticorpos, geram células B de memoria e plasmócitos de vida longa. Paracórtex – córtex envolta dos folículos, onde tem linfócitos, célula dendriticas, fagócitos. Onde estão os linfócitos T virgens maduros. As proporções de linfócitos TCD4 e TCD8 podem mudar durante uma infecção. A distinção do local dos linfócitos B e T ocorrem devido a determinação de quimiocinas, se ligam aos receptores de quimiocinas nos linfócitos. Divisão anatômica das células B e T garante que cada população de linfócito esteja em contato com as APCs apropriadas, que são células B com FDCs e células T com células dendríticas. Baço Função de remover células sanguíneas velhas e danificadas e partículas (como imunocomplexos e microrganismos opsonizados), iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos originados no sangue, Polpa vermelha e polpa branca Polpa vermelha – Possuí vasos cheios de sangue, possuí macrófagos que servem como um importante filtro para o sangue, removendo microrganismos, células danificadas, células recobertas de anticorpo (opsonizadas) e microrganismos. Onde ocorre hemocatere (aproveitamento do ferro) Polpa branca – é como se fosse um linfonodo gigante, possuí áreas segregadas de células T e B. Produz anticorpos, contém células (B e T) que medeiam as resposta imunes adaptativas aos antígenos originadas no sangue. Pessoas que não têm o baço são suscetíveis a infecções disseminadas com bactérias encapsuladas, tais como pneumococos e meningococos. Sistemas Imunes Regionais Barreiras epiteliais do corpo como pele, mucosa gastrointestinal e brônquica (pulmões) tem seus Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 próprios sistema de linfonodos, estruturas linfoides não encapsuladas e células imunes distribuídas, que trabalham juntos para atuar contra patógenos que entram pela barreiras. Exemplo: Tecido linfoide associado à mucosa (MALT) para mucosas gastrintestinal e brônquica Imune adaptativa Visão geral da migração de leucócitos A adesão e o recrutamento de leucócitos a qualquer tecido são controlados por alguns princípios comuns. Linfócitos naïve migram de maneira contínua principalmente para os tecidos linfoides secundários, e não para outros tecidos tendo ou não infecção ou lesão, ao passo que os linfócitos que foram previamente ativados pelo antígeno (p. ex., linfócitos efetores), assim como os leucócitos mieloides, chegam preferencialmente aos tecidos nos quais existe uma infecção ou lesão tecidual. A adesão e o recrutamento de leucócitos necessitam de adesão temporária do leucócito à cobertura endotelial dos vasos sanguíneos, um processo que envolve moléculas nas superfícies de ambos os leucócitos (receptores de adesão e receptores de quimiocinas) e células endoteliais (adressinas e quimiocinas). As células endoteliais nos locais de infecção e tecidos danificados são ativadas pelas citocinas secretadas pelos macrófagos e outras células teciduais nestes locais, resultando em expressão aumentada das moléculas de adesão e quimiocinas. A consequência é adesividade aumentada das células endoteliais para os leucócitos mieloides circulantes e linfócitos previamente ativados. Pelo fato de a expressão de moléculas que estão presentes na adesão leucócito-endotélio ser dependente da ativação das células envolvidas, os leucócitos migram através do endotélio quando eles necessitam, encontrar com microrganismos e tecido necrótico. Estes são os estímulos mais comuns para ativação de leucócitos e células endoteliais. O recrutamento de leucócitos a partir do sangue para os tecidos necessita da adesão dos leucócitos para a cobertura endotelial das vênulas póscapilares e, então, o movimento através do endotélio e parede do vaso para o tecido extravascular. É um processo com vários passos e feito por vários tipos de moléculas. O mesmo processo básico ocorre em diferentes tipos de leucócitos (neutrófilos, monócitos e linfócitos naïve e efetores) que aderem aos distintos tipos de tecidos (órgãos linfoides secundários, tecidos infectados). Interações leucócito-endotélio e recrutamento de leucócitos para os tecidos Selectinas, integrinas e quimiocinas trabalham em conjunto para regular a migração dos leucócitos para os tecidos. Etapas: 1- Rolamento de leucócitos no endotélio mediado por selectina. Para isso ocorrer as células endoteliais que revestem as vênulas pós-capilares são ativadas em resposta aos microrganismos, citocinas, mediadores como histamina e trombina, que podem ser produzidos durante reações inflamatórias. As citocinas estimulam a expressão endotelial de E- selectina, e outros mediadores induzem a expressão na superfície de P-selectina. Nos locais de inflamação, os vasos sanguíneos se dilatam e o fluxo sanguíneo fica mais lento. Os leucócitos tendem a fazer marginação (se mover para revestimento do vaso, um processo conhecido). Isso permite que os ligantes de E- e P selectinas expressos nos leucócitos se liguem às selectinas nas células endoteliais. 2- Os leucócitos repetitivamente desligam e se ligam novamente e, assim, rolam ao longo da superfície endotelial. As quimiocinas presentes nas células endoteliais das vênulas pós-capilares no local de uma infecção se ligam a seus receptores nos leucócitos em rolamento. Isso resulta em ligação mais forte das integrinas dos leucócitos a seus ligantes na superfície endotelial. Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Adesão de leucócitos ao endotélio mediada pela integrina e à ativação das integrinas, a expressão de seus ligantes nas células endoteliais é regulada positivamente pelas citocinas inflamatórias e produtos microbianos nos locais de infecção. Assim, os leucócitos se ligam firmemente ao endotélio, seu citoesqueleto é reorganizado e eles se espalham para fora da superfície endotelial. Humanos que não têm o transportador, necessário para expressar os carboidratos ligantes para E- selectina e P-selectina em neutrófilos, têm problemas similares, resultando em uma síndrome denominada deficiência da adesão de leucócito tipo 2 (LAD). Esses distúrbios são caracterizados por infecções recorrentes por bactérias e fungos, falta de acúmulo de neutrófilos nos locais de infecção e defeitos nas funções dos linfócitos dependentesde aderência. IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA Defesa contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas tardias da imunidade adaptativa As citocinas constituem um grande grupo de proteínas secretadas com diversas estruturas e funções, que regulam e coordenam muitas atividades das células da imunidade inata e adaptativa. Quimiocinas.- citocinas estruturalmente relacionadas que regulam a migração e o movimento celular é Antígenos - Substâncias estranhas que induzem as respostas imunes específicas ou são reconhecidas pelos linfócitos ou anticorpos. A imunidade inata primeira linha de defesa contra microrganismos. Mecanismos de defesa que esta em vigor mesmo antes da infecção e são preparados para responder rapidamente a infecções, reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas (para aquilo que é comum acaba se tornando especifico) Os principais componentes da imunidade inata são: (1) barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK, do inglês natural killer) e outras células linfoides; e (3) proteínas sanguíneas, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação. A imunidade adaptativa - resposta à infecção e se adapta à infecção, reconhece e reage a um grande número de substâncias microbianas e não microbianas. As características: - especificidade a habilidade de distinguir entre diferentes substâncias - memória - a habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo. Participantes exclusivos são os linfócitos e seus produtos secretados os anticorpos. Tipos de imunidade adquirida: imunidade humoral e imunidade mediada por célula, A imunidade humoral é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas, anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B. Os anticorpos reconhecem os antígenos neutralizam a infectividade dos microrganismos e focam nos microrganismos para sua eliminação por vários mecanismos efetores. Principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas, porque os anticorpos secretados podem se ligar a esses microrganismos e toxinas e auxiliar na sua eliminação. Os anticorpos são especializados e podem ativar diferentes mecanismos para combater os microrganismos (mecanismos efetores), diferentes tipos de anticorpos promovem a ingestão de microrganismos pelas células do hospedeiro (fagocitose), ligação e ativação da liberação de mediadores inflamatórios das células e são ativamente transportados para os lumens de órgãos mucosos e através da placenta para fornecer defesa contra microrganismos ingeridos e inalados e contra infecções do recém-nascido. A imunidade mediada por célula, é mediada pelos linfócitos T. Os microrganismos intracelulares sobrevivem e proliferam dentro dos fagócitos e outras células do hospedeiro. A defesa contra essas infecções é uma função dessa imunidade, que promove a destruição de microrganismos que residem nos fagócitos ou a morte das células infectadas para eliminar reservatórios de infecção. Alguns linfócitos T também contribuem para a erradicação de microrganismos extracelulares através do recrutamento de leucócitos que destroem esses Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 patógenos e auxiliando as células B na produção efetiva de anticorpos. A imunidade protetora contra um microrganismo normalmente é induzida pela resposta do hospedeiro ao microrganismo Indivíduos e linfócitos que não encontraram um antígeno particular são ditos como sendo inativos (imaturos ou naïve). Especificidade, memória e contração das respostas imunes adaptativas. Especificidade e diversidade. Respostas imunes são específicas para antígenos distintos e, de fato, para diferentes porções de um único complexo de proteína, polissacarídio ou outras macromoléculas. As partes de tais antígenos que são especificamente reconhecidas por linfócitos individuais são denominadas determinantes ou epítopos. Esta especificidade existe porque os linfócitos individuais expressam receptores de membrana que podem distinguir sutis diferenças na estrutura entre epítopos distintos. A diversidade é habilidade dos linfócitos em reconhecer um grande número de antígenos é o resultado da variabilidade nas estruturas dos locais de ligação do antígeno de receptores de linfócitos para antígenos. Memória. A exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta sua habilidade em responder novamente àquele antígeno. Respostas a uma segunda exposição ou exposições subsequentes ao mesmo antígeno, denominadas respostas imunes secundárias, normalmente são mais rápidas, maiores e, com frequência diferentes da primeira resposta imune, ou primária, a àquele antígeno. A memória imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa e específicas para aquele antígeno, e são mais numerosas do que os linfócitos imaturos específicos para o antígeno que existia antes da exposição ao antígeno. As células de memória têm características especiais que as tornam mais eficientes em responder e eliminar um antígeno do que os linfócitos imaturos que não foram previamente expostos ao antígeno. Por exemplo, os linfócitos B de memória produzem anticorpos que se ligam aos antígenos com maiores afinidades do que os anticorpos produzidos nas respostas imunes primárias, e as células T de memória reagem muito mais rápido e vigorosamente ao desafio do antígeno do que as células T imaturas. Leucograma LINFÓCITOS Linfocitose ↑ infecção por vírus, doença de crohn, etc Linfopenia ↓ estresse, infecção bacteriana, corticoides LEUCÓCITOS Leucocitose ↑ (Pode estar presente na fase aguda de varias doenças, em geral bacterina) Leucopenia ↓ (associado a diversos tipos de infecções, geralmente viral) NEUTRÓFILOS Neutrofilia ↑ (Infecção (bacteriana, micose sistêmica, protozoários) e/ou Inflamação); presença de tumores, uso de lítio, ranitidina, infecção crônica. Neutropenia ↓ (Hiperesplenismo, aumento do consumo (bacteremia, sepse, infecção sistêmica grave, endotoxemia)); quadro viral. DESVIO À ESQUERDA - Indica liberação de neutrófilos jovens (bastonetes), resposta do organismo para combater o antígeno, aumentando a produção de células de defesa imaturas. Os bastões são neutrófilos jovens. Frente a uma infecção grave, a medula óssea aumenta a produção de leucócitos e acaba lançando na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos . A presença de uma maior quantidade de bastonetes e/ou células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). MONÓCITOS Monocitose ↑ (Infecções, ex. tuberculose, traumas...) Monocitopenia ↓ (sem significado) EOSINÓFILOS Eosinofilia ↑ (Infecções parasitárias, hipersensibilidade, reações alérgicas, outras infecções) Eosinopenia ↓ (Pode ser relação com o estresse) BASÓFILOS Basofilia ↑ (Enfermidades relacionadas com produção de IgE (parasitismo intestinal), enfermidades inflamatórias, reações alergicas) Basopenia ↓ (sem significado) Yslane Costa – Fip Guanambi Turma 3 Bicitopenia - redução de duas das três linhagens de células do sangue Pancitopenia- três tipos de células estão reduzidos Qualquer agressão à medula óssea, seja por medicamentos, infecções ou doenças, pode causar diminuição da produção das células do sangue. Reação leucemoide – GL > 50.000 cel/ml em caso de infecção piogênica (s.aureus, estreptococos pneumoniae).Nas leucemias agudas, que nada mais é que o câncer dos leucócitos estes valores ultrapassam facilmente 50.000 cel/ml. Neste caso avaliar Fosfatase alcalina (FA) se valor de referência normal ou elevado= Reação leucemoide. Se baixo= LMA( leucemia mieloide aguda) e/ou LLA (leucemia linfoide aguda). Confirmação: Punção de medula óssea e/ou biópsia
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