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Universidade de Brasília Instituto de Física Física 1 Experimental Relatório do Experimento 5 CONSERVAÇÃO DO MOMENTO LINEAR 1. Objetivos Verificar a conservação da quantidade de movimento linear e a conservação da energia em colisões frontais entre uma esfera em movimento e outra em repouso, de massas diferentes, em um plano horizontal, em suas componentes vetoriais. 2. Materiais utilizados ● Esferas de aço e de plástico; ● Trilho curvo com parafuso ajustável e fio de prumo na base; ● Uma folha de papel pardo; ● Duas folhas de papel carbono; ● Régua milímetrada, esquadro, transferidor e compasso. 3. Procedimentos A princípio, as esferas utilizadas tiveram suas massas pesadas. Após pesar as esferas, adicionamos o prumo ao parafuso, que deveria ser alinhado a sua base, para fazer a marcação da projeção da posição horizontal na folha de papel pardo. Inicialmente, a esfera de aço, foi lançada uma vez sem a presença da esfera alvo ( de plástico); definimos uma certa altura para lança-lá, e assim posicionar o papel pardo, fazendo com que o registro dos lançamentos sejam precisos. A partir disso, a esfera foi lançada repetidas vezes, e sempre da mesma altura/posição no trilho, dessa forma, conseguimos alcançar uma posição média, obtida pelas marcas da esfera no papel. Quando a posição média se ligar a uma reta, ela determinará o vetor médio r1. A reta deve estar alinhada a calha, que, por sua vez, determinará a posição do eixo y, no plano horizontal, e a direção do eixo x, será perpendicular a direção definida ao eixo y. Seguindo isto, adicionamos a esfera de plástico no parafuso, ajustado para uma posição diagonal, e iremos soltar a esfera, fazendo com que a esfera de plástico e de aço, sofram uma colisão, após essa colisão, determinamos no papel pardo - após vários lançamentos - a posição média das duas esferas após a colisão, e também o vetores médios r1’ e r2’. A posição da esfera, no papel pardo, pode ser determinada desenhando - com ajuda de um compasso - uma circunferência, com o raio da esfera de plástico centrado na esfera de plástico, e também, um círculo com o raio da esfera de aço, encostado no círculo da esfera de plástico, com o centro sobre o eixo y. Medimos os alcances da esfera de aço r1 e r1’, em relação a posição da esfera de plástico no momento da colisão. O alcance da esfera de plástico r2’ foi medido em relação a posição no seu instante de colisão. Após feito isso, medimos as coordenadas x e y de cada ponto de impacto registrado. 4. Equação ● 5. Análise de dados Massa da esfera de aço = (11,3 ± 0,1) g Massa da esfera alvo = (6,7 ± 0,1) g Altura de soltura da esfera de aço em relação à mesa = (0,1500 ± 0,0005) m R1X (m) R1Y (m) R1X’ (m) R1Y’ (m) R2X’ (m) R2Y’ (m) 0,015 0,499 0,021 0,169 0,074 0,590 0,013 0,510 0,026 0,175 0,066 0,592 0,015 0,511 0,021 0,176 0,068 0,593 0,017 0,510 0,025 0,179 0,070 0,597 0,016 0,508 0,022 0,180 0,068 0,598 0,019 0,508 0,025 0,181 0,067 0,600 0,018 0,506 0,031 0,183 0,065 0,604 0,013 0,516 0,022 0,183 0,073 0,598 0,018 0,513 0,024 0,186 0,074 0,602 0,019 0,516 0,018 0,183 0,058 0,611 R MÉDIO (m)= 0,016 0,508 0,024 0,177 0,066 0,600 ΔR (m) = 0,010 0,010 0,010 0,010 0,015 0,015 Tabela 1 - Valores médios e desvios padrões de cada uma das componentes dos vetores alcance em situação de não colisão (R1) e em caso de colisão (R1' e R2') Na tabela 1, estão apresentados, respectivamente, os valores das componentes X e Y do alcance, para o primeiro caso em que não há colisão, da esfera de aço (representados por R1x e R1y) e para a segunda situação em que há colisão entre as esferas de aço (R1x' e R 1y') e de plástico (R 2x' e R 2y'). E, nas duas última linhas, estão apresentados os valores do alcance médio das esferas e o desvio da medida do alcance, que representa a incerteza (ΔR). M1r1x = 0,00018 Δ M1r 1x = 0,00011 M1r1y = 0,00574 Δ M1r 1y = 0,00016 M1r1x’ = 0,00027 Δ M1r 1x’= 0,00012 M1r1y’ = 0,00200 Δ M1r 1y’ = 0,00013 M2r2x’ = 0,00044 Δ M2r 2x’= 0,00011 M2r2y’ = 0,00402 Δ M2r 2y’ = 0,00016 Tabela 2 - Valores médios e erros experimentais das componentes dos momentos antes e depois da colisão (em kg⋅m/s) A tabela 2 mostra, na primeira coluna, os valores médios das componentes dos momentos em situações em que há ou não colisão, e, na segunda coluna, seus respectivos erros experimentais. 6. Verificação algébrica (equações escalares) Eixo X: m1r1x = (0,00018 ± 0,00011) kg⋅m/s m1r1x’+m2r2x’ = (0,00017 ± 0,00023) kg⋅m/s Há conservação do momento linear na direção X, já que o valor do vetor resultante na componente X está dentro da região de incerteza de m1r1y. Eixo Y: m1r1y = (0,00574 ± 0,00016) kg⋅m/s m1r1y’+m2r2y’ = 0,00602 ± 0,00029) kg⋅m/s Há conservação do momento linear na direção Y, pois o vetor resultante na componente Y está dentro da região de incerteza de m1r1. Figura 3 - Diagrama dos vetores mr com as respectivas regiões de erros (em 10ˆ-4 kg⋅m/s) A escala do eixo X é diferente da escala do eixo Y para uma melhor visualização gráfica, assim as regiões de erros adquirem a forma de elipse. Porém os valores de ambos os eixos estão multiplicados por (10ˆ-4) pelo mesmo motivo. O diagrama mostra os vetores dos momentos antes e depois da colisão. Dessa forma, m1r1 representa o vetor do momento antes da colisão, m1r1' o vetor do momento da esfera de aço depois da colisão e m2r2' o vetor do momento da esfera alvo após a colisão. Então, verifica-se a lei da conservação do momento linear, pois as componentes X e Y do vetor resultante condizem com o valor esperado ao se fazer a soma vetorial de m1r1' e m2r12'. Assim, o vetor resultante adquire um valor dentro da região de incerteza de m1r1. 7. Conclusão Observa-se que uma colisão bidimensional, quando feita a decomposição dos vetores em componentes ortogonais, se comporta como duas colisões unidimensionais simultâneas, com a conservação de movimento linear quando a colisão não sofre a ação de forças externas que não se anulam. A julgar os valores que foram expostos, é possível observar que houve a comprovação da conservação do momento linear em ambas as componentes X e Y dos vetores mostrados no diagrama. Portanto, o valor do vetor resultante, que condiz com o momento linear antes da colisão (m1r1) equivale ao valor da soma vetorial do momento total após a colisão (m1r1' + m2r12'). Portanto, o momento linear em um sistema fechado caracteriza-se como constante e, desse modo, é sempre conservado. O que é esclarecido pelas 2ª e 3ª Leis de Newton, Lei da superposição de forças e Lei da Ação e Reação, respectivamente.
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