resenha Ensinando a transgredir, a educação como prática da liberdade

1 A TIVIDA D E A V A LIA T I VA N ome: T ad z i a de O l iv a M a y a Tu r ma e C i dad e: Tu r ma 05 \u2013 J u i z de Fora R ef eren t e ao mód ul o : (n úm e r o do m ó du l o e t ema ) Tex t o (s) Traba l had o ( s): E n sin an d o a tr a n sgredi r , a ed u ca ção co m o prát i ca da l ibe r dad e, B el l H ooks Va l or: 100 pts. No t a: Enc ontrar o l i vro \u201c En sin an do a tr an sg redi r , a edu cação co m o prát i ca d a l iberdade\u201d da e sc ri t ora, pro f e sso r a e inte l e ctua l n e gr a, B e ll Hook s , na a p ost i l a f o i uma grat a surpre sa par a mi m, p o i s h á al g um te m po de n tr o do mo v im e n to femini sta as fe m in i sta s n egra s i ns i st i am par a qu e n ós , branc as , l ê ss e mos t e x t os d e f e m i n i stas neg ras, a visando qu e o r e cort e de g ê ne r o n ã o e ra su fici e nt e , e qu e era prec i so f a ze r tam bé m os r e cor t e s d e cl a s se e o d e cor . As s i m, a l ei tur a f o i praze r o sa nã o só porq ue o te x to é e x tr e mam e nt e b e m e sc ri to e pro f un do , mas tamb é m p or q ue esta v a e u cumpr i nd o uma m is são v i nda do mun do conc r e to , da s ne ce ss i d a d e s do m ov i me n to de mãe s qu e e u f az i a par t e . Ao m e s m o t e mpo , ac h e i c o mpl e tam e nt e d e saf i ad or f aze r uma r e s e nh a d e um l i v r o d es ta mag n i tu d e p orqu e são e xt e nsa s e i nú meras as f r as es , tre c h os, q u e e moc i onara m, f i ze ra m re f l e t i r e qu e ou tradu zem mu i to d o me u p e nsar e nq uanto e ducadora o u me i nsp i ra ram a mudar m e u j e i to d e agi r. Ne s te s en t i do opt ei por não f az e r uma re s e nh a c omo f i z do s outros t e x t os, i n do pág i na por p á g in a , r e s umi nd o todas as i d ei as pri nci pa i s , c oloc ando f ra s e s par a i l us tr ar. Is so r e su ltari a num trabal ho gi gant e , de mu i tas pág i nas e ta l v e z até enf a d onh o. P r ef iro, po i s, f a ze r um re l at o de le i tura d e stac ando p o nto s fun dam e nta i s do l i vr o. A p e dagog i a c rí ti c a e a e duca ção d e libe r da de são as ba ses do tra b a l ho e p o r i s so f oi ta mb é m mar avilh o so constatar l ogo n o i níc i o qu e a prof e ss ora ti nha P aul o Fre i r e como um d e s e u s me str e s e, d e p oi s, mai s a f r e nt e, q u e e st ud o c om e l e ! E l a d i s s e qu e o f e z par a sab er se e r a 2 me s mo v e r dad e o q ue hav i a li do nos l i vros del e e qu e s e su r pr e end e u ao v e r o mé tod o real m e n te s en d o apl i c ado . O l i v r o te m 1 4 c apítulo s com te mas di f e r e nt e s mas se mpr e qu e st i o nando a p e dag o gi a c o nve nci o n a l, d a n do ê n f as e na n e ce ssi dad e d e mudarm os par a uma p e dagog i a e nga j a d a , c o mun i tária e tamb é m f em i n i sta. H oo k s fal a mu i to do o l har huma ni s ta para a turma de al unos , se m p r e o l hand o p a ra o c onte x t o di a após d i a, p e r gun ta n do c omo a s pe sso a s s e se n te m, s e há al go di f e re nte, algo q u e inc omo de ou nã o. E l a de fend e qu e só quan do os al uno s e stão d e f at o i nt e re ss a do s é qu e c ons e g uem a pre n der e po r isso é pre c i s o d e sp e rta r e sta pai x ão e i nt e r e ss e , tra ze r o \u201cê x tas e \u201d par a o apr e n di za do . A e ducad ora chama a at e nçã o para uma e duca ç ão qu e v e m s e nd o d e s e n v o l v i da ba s e a d a n a rep r od uçã o d e s e x i s mo, mac h i s mo e p r e conc e i t o de c or e q u e é urge nte s e r tra ns f or mad o. Di z e l a: \u201c A l gu ns p onto s pr e c i s a m de pro f un das a nál i s es c omo o co mod i sm o, a f a l ta de c omp r om i ss o e a c o ns e rvaçã o dos m é todo s p e d ag ógi c o s arc aico s , qu e d e v em s er com bati dos . \u201d Acred i to que d e ntr e os t emas qu e e l a exp l ora o ma i s i mp orta nt e s e ja me s mo o rac i smo , po i s suas i d ei a s s obr e l i b e rdad e , auto nom i a, p en sa me nto cr ítico, ape sar d e tamb é m mu i to b e m e scr i ta s e prop os i t vas, p od e m ser e n c ontra das e m outro s autore s e outra s aut ora s , mas a form a c o mo e l a tra z por me i o d e exemp l os ( c o mo o a l isa m e nto do c abelo ho j e tão di scut i do ma s antes e scon dido) é mu ito r i co, p oi s v e m da s u a exp e r iên c i a p e s soa l , da sua e moçã o, do s e u s onho d e mudar a e ducaç ão opr e s s ora. Extraio d o liv ro ma i s u m i ngr e d ie nt e p ar a so ma r n a m i nh a l u ta d e mu d a r a pe dag ogi a c o nve nci o n a l, n ã o d i a l óg i c a, nã o tr an s for madora, po i s e l a propõ e tod o o te mpo qu e nó s e duca d ores de vemos \u201cno s e s f orç ar c onj u ntam e nt e para a constr uçã o d e co munas d e aprend i zag e m o nd e no s e n si namos a nos i nd i gnar , nos r e vo l ta r e nos m ob i l i zar c on tr a a s opre s s õ e s mu ltiform e s q ue n os asso l a m. \u201d A cont e s ta ção da dom in a ção f i ca como li ç ão d e st e l i vro e será par a mi m uma l e i tura q ue vou a i nda vo l tar a l g uma s v e z e s pa ra pod e r apr e e n de r d e f or ma ma is pro f u nd a suas crí ti c as, sobr e tu do a o pa d r ão e uroc ê ntr i c o e branc o qu e a i nd a mu i ta s ve z es , i n f e l i z ment e , p en samos a e duca ção. Para b e ni z o o c urso por s ele c i onar e st e te x to , p o is de m o nstra o i ntu i to d e qu e st i on a r o r acis m o no Bra sil .

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