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Behaviorismo (Psicologia - Vinicius Farani)

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Behaviorismo
Linha da Psicologia do século 20 que aborda o indivíduo como sendo um ser social, afirmando que o comportamento é moldado socialmente. Assim, o Behaviorismo dedica-se ao estudo entre as ações do indivíduo (respostas) e o ambiente (estímulos). Para o Behaviorismo, o sujeito vem como uma “tábula rasa”, sendo o ambiente o principal responsável pela construção dos comportamentos e não os fatores inconscientes (como na Psicanálise). São moldados pelo contexto social: língua, andar, alimentação, religião, roupa, opinião, machismo.
- Watson
John Watson (1913) foi um filosofo americano responsável por romper com a psicologia objetiva (existencialismo), colocando o comportamento como seu foco. Para Watson, todo estímulo vai ter uma resposta (S => R), sendo que o comportamento é uma resposta ao estímulo dado socialmente. Assim, somos uma folha em branco. 
Um dos conceitos criados por Watson é o de comportamento respondente. Este seria um comportamento reflexo ou respondente ao estímulo do ambiente (“não voluntário”). Assim, os comportamentos seriam condicionados após uma história de pareamento, levando o organismo a responder ao que antes não respondia. Ex: associar cigarro com bebida. O cigarro é fruto de um pareamento de ideias. Antes, era visto como um sinônimo de poder. Com o tempo, a descoberta do seu envolvimento com o câncer e outras doenças, influenciou de forma direta na frequência de seu uso.
O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson foi Skinner (1904-1990). O Behaviorismo de Skinner ficou conhecido por Behaviorismo Radical, termino determinado pelo próprio Skinner em 1945. A base da corrente skinneriana está na formulação do comportamento operamente.
- Skinner
Skinner foi o responsável pela criação do Behaviorismo Radical. Por sua vez, ele estuda o comportamento operante, que é um comportamento aprendido (ação, S => OR) - e não inato -. 
A resposta da ação produz uma consequência e vai sendo modificada por ela a partir de um estimulo (ou não), utilizando reforços ou punições que influenciarão na probabilidade do comportamento se repetir. Se a consequência for reforçadora, aumenta a probabilidade de se repetir; se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais.
O sistema de aprendizagem é todo pensado em relação ao reforço (positivo ou negativo) e a punição (positiva ou negativa), que irá, ao longo dos anos, influenciar o indivíduo para que possa aprender novos comportamentos (ler, dançar, etc).
Reforço: mantêm o comportamento, aumentando a probabilidade de manter a resposta.
- Reforço positivo (reforçador): aumenta a probabilidade futura da resposta a partir do estímulo
- Reforço negativo (aversivo): aumenta a probabilidade da resposta que o remove, sem um estímulo
Punição: elimina o comportamento, enfraquecendo a probabilidade de manter a resposta.
- Punição positiva: diminuir o comportamento que se segue, apresentando um resultado desfavorável a um comportamento indesejável
Ex: multa por alta velocidade, repreensão por quebrar o código de vestimenta, surra
- Punição negativa: diminuir o comportamento que a precede, envolvendo tirar algo de bom ou desejável para reduzir a ocorrência de um comportamento particular. 
OBS: Todo reforço tem como objetivo aumentar a frequência do comportamento, enquanto que a punição objetiva diminuir sua frequência. Além disso, “positivo” e “negativo” fazem alusão a presença ou não de um estímulo.
OBS2: Aquilo que funciona como uma punição varia de individuo para individuo, assim como um reforço. Assim, punições podem passar a ser reforços e vice-versa.
A aprendizagem está associada com a satisfação de um desejo: 
Reforçador primário: é comum a espécie humana (água e comida)
Reforçador secundário: dinheiro (para obter comida)
Caixa de Skinner
Desenvolvida por Skinner e utilizada até os dias atuais para estudos e análises do comportamento, apresenta como:
Reforço positivo: pressionar a barra para obter água; 
Reforço negativo: pressionar a barra para desligar o choque;
Punição: extingue o comportamento de ir a alguma parte que promova o choque.
OBS: Muitos problemas de aprendizagem se dão pelo não uso correto do condicionamento. Uma pessoa tímida, ao tentar uma aproximação com alguém e ser ridicularizado (ou não conseguir o objeto desejado), pode interpretar uma punição, ocorrendo a extinção do comportamento.
- Outros processos:
> Esquiva: comportamento para evitar estímulos aversivos. Ex: pescar no dia da prova por não ter estudado e buscar se esquivar da punição da nota baixa.
> Fuga: diferente da esquiva que é preventiva, a fuga ocorre quando um estimulo negativo aparece. Ex: tampar só após ouvir o barulho de uma explosão.
> Extinção: a resposta deixa abruptamente de ser reforçada, podendo diminuir a frequência e até eliminar a resposta. Ex: a pessoa que gostamos parar de responder no WhatsApp.
> Generalização: respostas semelhantes a estímulos tidos como semelhantes.

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