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T3 - PARTE I - EXERCÍCIOS ACERCA DAS COMBINAÇÕES DE AÇÕES

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas 
Estruturais: Aço 
 
TÓPICO 3 
 
PROFESSORA Ma. PRISCILLA ANDRADE CAMARGO 
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta disciplina, estudaremos alguns aspectos básicos necessários para a especificação, 
a compreensão do comportamento e o dimensionamento de elementos estruturais de aço, 
de acordo com a ABNT NBR 8800:2008. 
Neste primeiro módulo, iniciaremos nossos estudos introduzindo alguns conceitos já 
consolidados a respeito das Estruturas de Aço. 
Em seguida, falaremos sobre a segurança e o desempenho estrutural, onde abordaremos 
os Métodos de Segurança e o Método dos Estados Limites. A partir disso, passado os 
conceitos iniciais dos Métodos de Cálculo, será apresentado alguns exercícios de fixação 
acerca das combinações de ações. 
Dando sequência, estudaremos a respeito das Ações do Vento nas Edificações e como 
determinar a força correspondente a ação do vento. 
Ressalta-se que, como vocês já cursaram a disciplina de Sistemas Estruturais: Madeira e 
Aço, alguns conceitos e definições poderão ser suprimidos, uma vez que já foram 
passados. Desta forma, vocês poderão recorrer também aos materiais e conteúdo 
disponibilizados na disciplina anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
ESTRUTURAS DE AÇO - MÉTODOS DE SEGURANÇA E 
MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES 
Tópico 3 – Parte I: Exercícios acerca das combinações de ações 
Este Tópico será dividido em duas partes. Na primeira parte será passado alguns 
exercícios acerca do conteúdo apresentado nos Tópicos anteriores, ou seja, exercícios 
sobre combinação de ações. 
Na segunda parte do Tópico, será apresentado as Ações do Vento em Edificações. 
 
PROBLEMAS RESOLVIDOS 
 
Exemplo 1. 
Uma viga de edifício comercial está sujeita a momentos fletores oriundos de diferentes 
cargas, tais são: 
Peso próprio de estrutura metálica 
1 10 kN.mgM 
 
Peso dos outros componentes não metálicos permanentes 
2 50 kN.mgM 
 
Ocupação da estrutura (carga variável) 
30 kN.mqM 
 
Vento 
20 kN.mvM 
 
Calcular o momento fletor solicitante de projeto Md,sol. 
Os valores dos coeficientes  e  são dados nas Tabelas em Anexo. 
Solução: 
As solicitações Mg1 e Mg2 são permanentes e devem figurar em todas as combinações de 
esforços. As solicitações Mq e Mv são variáveis e devem ser consideradas, uma de cada 
vez, como dominantes nas combinações. Têm-se então as seguintes combinações a 
partir da equação principal: 
 
 
 
 
 
4 
, 1, 0 ,
1 2
( . ) . ( . . )
m m
gi Gi k qi Q k qj j Qj k
i j
F F F   
 
  
 
a) Combinação 1  Considerando a ação de ocupação da estrutura como ação 
principal: 
1,25.10 1,5.50 1,5.30 1,4.0,6.20 149,3 kN.m   
 
b) Combinação 2: Considerando a ação do vento como ação principal: 
1,25.10 1,5.50 1,4.20 1,5.0,7.30 147kN.m   
 
O momento fletor solicitante Md,sol será considerado sempre o maior, sendo 149,3 kN.m. 
Dica: Observa-se que, a ação principal é aquela em que não consta o coeficiente . 
 
Exemplo 2. 
Uma diagonal de treliça de telhado está sujeita aos seguintes esforços normais (tração) 
oriundos de diferentes cargas, tais são: 
Peso próprio da treliça e cobertura metálica 
1 1 kNgN 
 
Vento de sobrepressão 1 
1 1,5 kNvN 
 
Vento de sucção 2 
2 3 kNvN  
 
Sobrecarga variável 
0,5 kNqN 
 
 
Calcular o esforço normal solicitante (Nd) de projeto. 
Solução: 
Neste caso as cargas variáveis 1 e 2 não ocorrem simultaneamente; logo, não se 
combinam. Na combinação em que a carga 2 for dominante, a carga permanente terá 
efeito favorável. Desta forma, tem-se então: 
c) Combinação 1  Considerando apenas a ação do peso próprio e da sobrecarga: 
1,25.1 1,5.0,5 2 kN 
 
 
 
 
 
 
5 
d) Combinação 2  Considerando apenas a ação do peso próprio e do vento de 
sobrepressão: 
1,25.1 1,4.1,5 3,35 kN 
 
e) Combinação 3  Considerando apenas a ação do peso próprio e do vento de 
sucção: (como esta combinação corresponde a ações permanentes favoráveis à 
segurança o coeficiente g é igual à 1,0) 
N1,0.1 1,4. 3 3,20 k  
 
f) Combinação 4  Considerando a ação da sobrecarga como ação principal, 
considerando o vento de sobrepressão: 
1,25.1 1,5.0,5 1,4.0,6.1,5 3,26 kN  
 
g) Combinação 5  Considerando a ação do vento de sobrepressão como ação 
principal: 
N1,25.1 1,5.0,7.0,5 k1,4.1,5 3,87   
 
h) Combinação 6  Considerando a ação da sobrecarga como ação principal, 
considerando o vento de sucção: 
1,0.1 1,5.0,5 1,4.0,6. 3 0,77 kN    
 
i) Combinação 7  Considerando a ação do vento de sucção como ação principal: 
1,0.1 1,5.0,7.0,5 1,4. 3 2,67 kN    
 
Portanto, a diagonal deverá ser projetada para suportar com segurança os seguintes 
esforços normais de projeto: 
3,87 kN (tração)
3,20kN (compressão)
d
d
N
N

 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Exemplo 3. 
Determinar as máximas cargas impostas para estados limites de resistência para uma 
estrutura com as seguintes cargas atuantes: 
Peso próprio 
1 80 kNgN 
 
Sobrecarga 
1 25 kNqN 
 
Vento 
2 40 kNqN 
 
Considerando a combinação última normal, teremos: 
, 1, 0 ,
1 2
( . ) . ( . . )
m m
gi Gi k qi Q k qj j Qj k
i j
F F F   
 
  
 
Considerando as Tabelas dos coeficientes  e  em Anexo, teremos os seguintes valores 
e as seguintes combinações: 
j) Combinação 1  Considerando apenas a ação do peso próprio e da sobrecarga: 
1,3.80 1,5.25 141,5 kN 
 
k) Combinação 2  Considerando apenas a ação do peso próprio e do vento: 
1,3.80 1,4.40 160 kN 
 
l) Combinação 3  Considerando a ação da sobrecarga como ação principal: 
1,3.80 1,5.25 1,4.0,6.40 175,1 kN  
 
 
m) Combinação 4  Considerando a ação do vento como ação principal: 
N1,3.80 1,5.0,7.25 1 18 ,4 6.40 ,25 k  
 
Observa-se que a maior combinação será aquela em que o vento atua como ação 
acidental principal e a sobrecarga atua como carga secundária. Ou seja, a combinação 4. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Exemplo 4. 
Determinar as máximas cargas impostas para estados limites de resistência para uma 
estrutura com as seguintes cargas atuantes: 
Peso próprio 
1 80 kNgN 
 
Sobrecarga 
1 25 kNqN 
 
Vento (sobrepressão) 
2 60 kNqN 
 
Vento (sucção) 
3 110 kNqN  
 
n) Combinação 1  Considerando apenas a ação do peso próprio e da sobrecarga: 
1,25.80 1,5.25 137,5 kN 
 
o) Combinação 2  Considerando apenas a ação do peso próprio e do vento de 
sobrepressão: 
1,25.80 1,4.60 184 kN 
 
p) Combinação 3  Considerando apenas a ação do peso próprio e do vento de 
sucção: (como esta combinação corresponde a ações permanentes favoráveis à 
segurança o coeficiente g é igual à 1,0) 
N1,0.80 1,4. 1 710 4 k  
 
q) Combinação 4  Considerando a ação da sobrecarga como ação principal, 
considerando o vento de sobrepressão: 
1,25.80 1,5.25 1,4.0,6.60 187,9 kN  
 
r) Combinação 5  Considerando a ação do vento de sobrepressão como ação 
principal: 
N1,25.80 1,5.0,7.25 210,25 0 k1,4.6  
 
s) Combinação 6  Considerando a ação da sobrecarga como ação principal, 
considerando o vento de sucção: 
1,0.80 1,5.25 1,4.0,6. 110 25,1 kN   
 
t) Combinação 7  Considerando a ação do vento de sucção como ação principal: 
 
 
 
 
 
8 
1,0.80 1,5.0,7.25 1,4. 110 47,75 kN    
 
Portanto, a estrutura deverá ser projetadapara suportar com segurança os seguintes 
esforços normais de projeto: 
210,25kN (tração)
74kN (compressão)
d
d
N
N

 
 
 
Exemplo 5. 
Sabendo-se que a força normal no pilar de aço do pórtico esquematizado a seguir é 
formada pelas seguintes componentes: 
Peso próprio 
1 100 kNgN 
 
Sobrecarga 
1 50 kNqN 
 
Vento 
2 20 kNqN 
 
Determine o valor de cálculo da força normal: 
 
Considerando os coeficientes das Tabelas em Anexo, teremos: 
u) Combinação 1  Considerando a sobrecarga como ação variável principal: 
1,25.100 1,5.50 1,4.0,6.20 216,8 kN  
 
v) Combinação 2  Considerando o vento como ação principal: 
1,25.100 1,5.50.0,7 1,4.20 205,5 kN  
 
Portanto, o valor de cálculo da força normal é de N = 216,8 kN. 
 
 
 
 
 
9 
Tópico 3 – Parte II: Ações do Vento em Edificações 
1. Ações do Vento em Edificações 
1.1 Introdução 
O vento não é um problema em construções baixas e pesadas com paredes grossas, 
porém em estruturas esbeltas passa a ser uma das ações mais importantes a ser 
determinada no projeto de estruturas. As considerações para determinação das forças 
devidas ao vento são regidas e calculadas de acordo com a ABNT NBR 6123:1988 
“Forças devidas ao vento em edificações” 
Vento pode ser definido como o movimento de uma massa de ar devido às variações de 
temperatura e pressão. 
A maioria dos acidentes ocorre em construções leves, principalmente de grandes vãos 
livres, tais como hangares, pavilhões de feiras e de exposições, pavilhões industriais, 
coberturas de estádios, ginásios cobertos. 
Ensaios em túneis de vento mostram que o máximo de sucção média aparece em 
coberturas com inclinação entre 80 e 120, para certas proporções da construção, 
exatamente as inclinações de uso corrente na arquitetura em um grande número de 
construções. 
As principais causas dos acidentes devidos ao vento são: 
a) falta de ancoragem de terças; 
b) contraventamento insuficiente de estruturas de cobertura; 
c) fundações inadequadas; 
d) paredes inadequadas; 
e) deformabilidade excessiva da edificação. 
Muitos casos não são considerados dentro da NBR 6123, porém quando a edificação, 
seja por suas dimensões e ou forma, provoque perturbações importantes no escoamento 
ou por obstáculos na sua vizinhança, deve-se recorrer a ensaios em túnel de vento, onde 
possam ser simuladas as características do vento natural. 
 
 
 
 
 
10 
É importante definir alguns dos aspectos que regem as forças devidas ao vento antes de 
passarmos ao seu cálculo. 
O vento é produzido por diferenças de temperatura de massas de ar na atmosfera, o caso 
mais fácil de identificar é quando uma frente fria chega na área e choca-se com o ar 
quente, este fenômeno acaba produzindo vento, e pode ser observado antes do início de 
uma chuva. 
Define-se o termo barlavento com sendo a região de onde sopra o vento (em relação a 
edificação), e sotavento a região oposta àquela de onde sopra o vento (ver Figura 1 e 
Figura 2). Quando o vento sopra sobre uma superfície existe uma sobrepressão (sinal 
positivo), porem em alguns casos pode acontecer o contrário, ou seja, existir sucção 
(sinal negativo) sobre a superfície. O vento sempre atua perpendicularmente a superfície 
que obstrui sua passagem (ver Figura 1 e Figura 2). 
 
Figura 1. Definições básicas sobre o vento. 
 
Figura 2. Definições básicas acerca do vento. 
Um valor positivo para F (força do vento) indica que esta força atua para o interior, e um 
valor negativo indica que esta força atua para o exterior da edificação. 
 
 
 
 
 
11 
Os cálculos são determinados a partir de velocidades básicas determinadas 
experimentalmente em torres de medição de ventos, e de acordo com a NBR6123 a 10 
metros de altura, em campo aberto e plano. A velocidade básica do vento é uma rajada 
de três segundos de duração, que ultrapassa em média esse valor uma vez em 50 anos, 
e se define por V0. 
Essas velocidades foram processadas estatisticamente, com base nos valores de 
velocidades máximas anuais medidas em cerca de 49 cidades brasileiras. A NBR 6123 
desprezou velocidades inferiores a 30 m/s (metros por segundo). Considera-se que o 
vento pode atuar em qualquer direção e no sentido horizontal. 
A Figura 3 representa os valores de velocidade básica através de curvas isopletas 
(mesma velocidade do vento). 
 
Figura 3. Mapa de Isopletas, isto é, curvas de igual velocidade básica V0, em metros por segundo, 
conforme a norma NBR 6123. 
 
 
 
 
 
12 
A seguir, será descrito os passos para a determinação dos coeficientes de pressão do 
vento para estruturas segundo a ABNT NBR 6123. 
1.2 Determinação da pressão dinâmica ou de obstrução 
A Velocidade característica Vk: é a velocidade usada em projeto, sendo que são 
considerados os fatores topográficos (S1), influência da rugosidade (obstáculos no 
entorno da edificação) e dimensões da edificação (S2) e o fator de uso da edificação (que 
considera a vida útil e o tipo de uso). A velocidade característica depende de uma série de 
fatores como a região do Brasil, a topografia (planos, vales, montanhas), a densidade de 
ocupação (muitos prédios) e características construtivas do edifício, e pode ser expressa 
como: 
 
1.2.1 Determinação da Velocidade Básica do Vento (V0) 
De acordo com a ABNT NBR 6123, a velocidade básica do vento, V0, é a velocidade de 
uma rajada de 3 segundos, excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 metros acima 
do terreno, em campo aberto e plano (Figura 3). 
Para quem está acostumado a pensar em km/h, isto é, em quilômetros por hora, uma 
velocidade básica V0 = 30 m/s equivale a uma velocidade básica V0 = 108 km/h. 
1.2.2 Determinação do fator topográfico (S1) 
De acordo com a ABNT NBR 6123, o Fator Topográfico S1, é determinado em função do 
relevo do terreno, conforme Tabela 1. Para mais detalhes sobre a determinação do Fator 
Topográfico, ver o item 5.2 da norma NBR 6123. A norma recomenda que casos de 
 
 
 
 
 
13 
combinação de vales e montanhas com dificuldades de se estabelecer a direção 
predominante dos ventos que seja feita ensaio em Túnel de Vento. 
Tabela 1. Classes de relevo do terreno. 
 
1.2.3 Determinação do fator rugosidade (S2) 
O Fator de Rugosidade é determinado definindo uma categoria e uma classe de acordo 
com as dimensões da edificação. De acordo com a ABNT NBR 6123, os terrenos podem 
ser classificados em uma das categorias seguintes: 
Tabela 2. Categorias de Rugosidade do terreno. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Categoria I  mar calmo, lagos e rios, pântanos sem vegetação; 
Categoria II  zonas costeiras planas, pântanos com vegetação rala, campos de aviação, 
pradarias e charnecas, fazendas sem sedes ou muros; 
Categoria III  granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos, fazendas 
com sedes e/ou muros, subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e 
esparsas; 
Categoria IV  zonas de parques e bosques com muitas árvores, cidades pequenas e 
seus arredores, subúrbios densamente construídos de grandes cidades, áreas industriais 
plena ou parcialmente desenvolvidas; 
Categoria V  florestas com arvores altas de copas isoladas, centros de grandes 
cidades, complexos industriais bem desenvolvidos. 
E as dimensões do edifício podem ser definidas como: 
Tabela 3. Classes de Edifícios em função de suas dimensões. 
 
 
 
 
 
 
15 
Agrupando as duas tabelas (terreno com a classe do edifício), entramos na tabela a 
seguir, obtendo o Fator Rugosidade (S2) para diversas alturas de edifícios: 
 
 
 
 Tabela 4. Fator Rugosidade S2 (Fonte:ABNT NBR 6123:1988). 
 
1.2.4 Determinação do Fator Estatístico (S3) 
De acordo com a ABNT NBR 6123, o Fator Estatístico é baseado em conceitos 
estatísticos, e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação para 50 
anos. Os valores mínimos que podem ser adotados são: 
Tabela 5. Determinação do Fator Estatístico S3 conforme os grupos de ocupação. 
 
 
 
 
 
16 
 
De acordo com a ABNT NBR 6123, a pressão dinâmica ou de obstrução do vento (q) em 
N/m², em condições normais de pressão e temperatura é dada pelas seguintes 
expressões: 
0,613 ² ( / ²)kq V N m
 
²
( / ²)
16
kVq kgf m
 
Sendo que 1 N = 0,1019 kgf. Ou seja, para passar de N/m² para kgf/m² dividimos o valor 
por 0,1019. 
1.3 Determinação das forças estáticas devida ao vento 
1.3.1 Coeficientes de forma 
A força devido ao vento depende da diferença de pressão nas faces opostas da parte da 
edificação em estudo (coeficientes aerodinâmicos). A NBR 6123 permite calcular as 
forças a partir de coeficientes de pressão ou coeficientes de força. Os coeficientes de 
forma têm valores definidos para diferentes tipos de construção na NBR 6123, que foram 
obtidos através de estudos experimentais em túneis de vento. A força devida ao vento 
através dos coeficientes de forma pode ser expressa por: 
( ) .pe piF C C q A 
 
 
 
 
 
 
17 
Onde Cpe e Cpi são os coeficientes de pressão de acordo com as dimensões geométricas 
da edificação, q é a pressão dinâmica obtida de acordo com o item 1.2.1 anterior e A é a 
área frontal ou perpendicular à atuação do vento. Conforme dito anteriormente, valores 
positivos dos coeficientes de forma ou pressão externo ou interno correspondem a 
sobrepressões, e valores negativos correspondem a sucções. 
Um valor positivo para F indica que esta força atua para o interior, e um valor negativo 
indica que esta força atua para o exterior da edificação. 
1.3.2 Coeficiente de força 
A força global do vento sobre uma edificação ou parte dela (Fg) é obtida pela soma 
vetorial das forças que aí atuam. A força global na direção do vento (Fa), é expressa por: 
. .a a eF C q A
 
Onde Ca é o coeficiente de arrasto (coeficiente de força) e Ae é a área frontal efetiva. 
 
A NBR 6123 apresenta valores dos coeficientes de pressão e forma, externos e internos, 
para diversos tipos de edificação. Zonas com altas suções aparecem junto às arestas de 
paredes e de telhados. Coeficientes de pressão e forma são apresentados na Tabela 6 e 
na Tabela 7, para edifícios de planta retangular e telhados a duas águas. 
1.4 Coeficientes de Pressão e Forma Aerodinâmicos 
Ao incidir sobre uma edificação, o vento, devido a sua natureza, provoca pressões ou 
sucções. Essas sobrepressões ou sucções são apresentadas em forma de tabelas na 
ABNT NBR 6123, assim como em normas estrangeiras, e dependem exclusivamente da 
forma e da proporção da construção e da localização das aberturas. 
 
 
 
 
 
18 
 Um exemplo simples seria aquele do vento atingindo perpendicularmente uma placa 
plana, ver Figura 4, na qual a face de barlavento, o coeficiente de pressão na zona central 
chega a +1,0, decrescendo para as bordas, e é constante e igual a 0,5 na face a 
sotavento; assim sendo, esta placa estaria sujeita a uma pressão total, na zona central, 
de Cp= 1,0 - (-0,5) = 1,5. 
 
Figura 4. Placa plana sujeita a vento perpendicular. 
1.4.1 Coeficientes de pressão e de forma, externos 
Os coeficientes de pressão externa têm valores definidos para paredes para prédios com 
base retangular, telhados a uma ou duas águas com base retangular, telhados em arco 
com base retangular e outros. Para edificações que não constam na NBR 6123, ou não 
podem ser extrapoladas a partir dos dados nela expressa, recomenda-se que sejam 
realizados ensaios em túnel de vento para determinar os valores de coeficientes de 
pressão externos. 
Valores dos coeficientes de pressão e forma externos, para diversos tipos de edificações 
e para direções críticas de vento são dados na Tabela 6 e na Tabela 7. 
1.4.2 Coeficientes de pressão interna 
Toda edificação tem aberturas, sua localização e tamanho determinam os coeficientes de 
pressão interna à edificação. A NBR 6123, no seu anexo D, apresenta os detalhes 
necessários para determinação do coeficiente de pressão interna. 
Se a edificação for totalmente impermeável ao ar, a pressão no interior da mesma será 
invariável no tempo e independente da velocidade da corrente de ar externa. Portanto o 
coeficiente de pressão interna depende da permeabilidade da edificação, o índice de 
 
 
 
 
 
19 
permeabilidade de uma parte da edificação é definido pela relação entre a área das 
aberturas e a área total desta parte. São considerados impermeáveis os seguintes 
elementos construtivos e vedações: “lajes e cortinas de concreto armado ou protendido, 
paredes de alvenaria, de pedra, tijolos, de blocos de concreto e afins, sem portas, janelas 
ou quaisquer outras aberturas”. 
Os demais elementos construtivos são considerados permeáveis. A permeabilidade deve-
se à presença de aberturas tais como: “juntas entre painéis de vedação e entre telhas, 
frestas em portas e janelas, ventilações em telha e telhados, vão abertos de portas e 
janelas, chaminés, lanternins, etc”. 
A própria NBR 6123 apresenta para edificações com paredes internas permeáveis, 
valores que podem ser adotados para o coeficiente de pressão interna como: 
a) duas faces opostas igualmente permeáveis; as outras duas impermeáveis: 
- Vento perpendicular a uma face permeável Cpi = + 0,2 
- Vento perpendicular a uma face impermeável Cpi = - 0,3 
b) quatro faces igualmente permeáveis Cpi = - 0,3 ou 0, deve-se considerar o valor 
mais nocivo. 
Nenhuma das faces poderá ter índice de permeabilidade maior que 30%, para poder usar 
as considerações acima expostas. 
1.4.3 Coeficientes de pressão para estrutura principal 
Para o dimensionamento da estrutura principal, um pórtico, por exemplo, adota-se a 
combinação entre as pressões externas e internas mais crítica. Combinando os 
coeficientes externos dos ventos nas direções 0º e 90º com cada um dos coeficientes de 
pressão interno. 
Obs.: Para o cálculo de um pórtico isolado, multiplica-se esses coeficientes pela pressão 
dinâmica q e pela distância entre os pórticos d. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Vídeos explicativos acerca do conteúdo passado no Tópico II I 
 
A seguir, segue alguns vídeos explicativos para melhor entendimento a respeito da 
determinação da Força de Vento nas Edificações. 
1. Calculando a carga de vento nas edificações (não consta no vídeo o cálculo dos 
coeficientes de majoração e minoração): 
https://www.youtube.com/watch?v=Ho8iGAhfi0M 
2. Cargas de vento aplicadas em uma estrutura: 
https://www.youtube.com/watch?v=rN6OpIUzUvE&t=502s – Parte 1 
https://www.youtube.com/watch?v=potzV4e_zKc – Parte 2 
https://www.youtube.com/watch?v=BVqMNFGVH28 – Parte 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
ANEXO 
Tabela 6. Coeficientes de pressão e forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular 
(adaptado de 6123). 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Notas: 
a) Para a/b entre 3/2 e 2, interpolar linearmente. 
b) Para vento a 0º, nas partes A3 e B3 o coeficiente de forma Ce tem os seguintes 
valores: 
 Para a/b = 1: o mesmo valor das partes A2 e B2 
 Para a/b => 2: C2 = -0,2 
 Para 1 < a/b < 2: interpolar linearmente. 
c) Para cada uma das duas incidências do vento (0º e 90º) o coeficiente de pressão 
médio externo, Cpe,médio, é aplicado à parte de barlavento das paredes paralelas ao 
vento, emuma distância igual a 0,2B ou H, considerando-se o menor destes dois 
valores. 
d) Para determinar o coeficiente de arrasto, Ca, deve ser usado o gráfico da Fig. XX 
(vento de baixa turbulência) ou da Fig. XX (vento de alta turbulência). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Tabela 7. Coeficientes de pressão e forma, externos, para telhados com duas águas, simétricos, em 
edificações de planta retangular (adapatado da NBR 6123). 
 
 
 
 
 
 
 
24 
Notas: 
a) O coeficiente de forma Ce na face inferior do beiral é igual ao da parede 
correspondente. 
b) Nas zonas em torno de partes de edificações salientes (chaminés, reservatórios, 
etc.) ao telhado deve ser considerado um coeficiente de forma de Ce = 1,2, até 
uma distância igual a metade da dimensão da diagonal da saliência vista em 
planta. 
c) Na cobertura de lanternins, Cpe,médio = -2.0 
d) Para vento a 0º, nas partes I e J o coeficiente de forma Ce tem os seguintes 
valores: 
 a/b = 1: mesmo valor das partes F e H; 
 a/b => 2: Ce = -0.2. Interpolar linearmente para valores intermediários de 
a/b.

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