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O NOVO CPC E A MEDIAÇÃO Reflexões e ponderações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LEGISLACAO, AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
RESENHA CRÍTICA
Thayonara Penha da Silva
Trabalho da disciplina: Direito Processual Ambiental
Tutor: Professora Maria Carolina Cancella de Amorim.
PEDRO OSORIO / RS
2019
Estudo de Caso: O NOVO CPC E A MEDIAÇÃO – Reflexões e ponderações.
Referência: PINHO, Humberto Dalla Bernardina
(Revista de Informação Legislativa, v.48, n. 190 t.1, p.219-235, abr./jun.2011) 
A cada vez que a sociedade evolui, as normas devem acompanhar a mesma evolução. O Código de Processo Civil anterior se adequava a realidade do período de 1973, no período atual vários de seus dispositivos já não possuíam condições de solucionar as controvérsias. Então o Novo Código surge para superar os problemas, resolver conciliações e resolver duvidas, é promulgado com a necessidade de adequar as questões relacionadas ao processo, à nova realidade. O novo Código processual Civil passou a vigorar no dia 16 de março de 2015.
No campo jurídico existem meios de interferir nas controvérsias, podendo ser destacadas, a conciliação e a mediação, onde representam mecanismos fundamentais para que as partes adquiram maturidade no exercício da cidadania, pois, são elas que constroem a solução para o conflito. É possível enquadrar a conciliação/mediação como desdobramento dos mais importantes princípios do processo, previstos na constituição, como o princípio do acesso à justiça ou mesmo o princípio do devido processo legal pois passaram a figurar como o momento obrigatório no itinerário processual.
Conciliação e Mediação são espécies de método de solução dos conflitos por meio do consenso provocado pela intervenção de um terceiro, tem por objetivo a negociação e o acordo. A característica é a intervenção de um terceiro, estando em relação às partes e ao conflito, e nessa intervenção do terceiro, em grau de intensidade, que vai definir se trata de mediação, conciliação, arbitragem ou solução judicial.
A Mediação, visa-se recuperar o diálogo entre as partes. Por isso, são elas que decidem. As técnicas de abordagem do mediador tentam primeiramente restaurar o diálogo para que posteriormente o conflito em si possa ser tratado. Só depois pode chegar à solução.
A Conciliação pode ser mais indicada quando há uma identificação evidente do problema, quando este problema é verdadeiramente a razão do conflito. Não é a falta de comunicação que impede o resultado positivo. Diferente do mediador, o conciliador tem a prerrogativa de sugerir uma solução.	
A Arbitragem surge no momento em que as partes não resolveram de modo amigável a questão. As partes permitem que um terceiro, o arbitro, especialista na matéria discutida, decida a controvérsia. Sua decisão tem a foça de uma sentença judicial e não admite recurso, em via de regra.
O Novo CPC trata da solução consensual dos conflitos no § 2° do art. 3° como incumbência do Estado, verdadeira política judiciaria, faz referência expressa à conciliação e à mediação como também outros métodos de solução consensual de conflitos que deverão ser estimulados por todos os operadores jurídicos. A solução consensual é fixada como norma fundamental do processo, no mesmo patamar dos princípios processuais constitucionais, impondo essa modalidade de solução de conflitos como prioridade para atuações do Estado.
O art. 139, se trata do juiz e de suas incumbências na direção do processo, em especial o inciso V, como também o art. 149, ao se referir expressamente ao mediador e conciliador judicial como auxiliares da justiça.
Cabe também mencionar a atuação dos conciliadores e mediadores nas audiências de conciliação prevista no art. 334, obrigatórias pela dicção do referido dispositivo legal. Pode se dizer que esse dispositivo não tem aplicação ao procedimento trabalhista, que tem itinerário procedimental próprio, inclusive porque a realização da audiência em que se tentara a conciliação independe da vontade das partes. Nada impede, que seja utilizado aspectos da regulamentação da audiência de conciliação/mediação prevista no Novo CPC, como por exemplo, a pena imposta às partes pelo não comparecimento injustificado.
A atuação do mediador e conciliador é um aspecto da maior importância da normatização sobre o tema, portanto deixa evidenciada a relevância que o legislador dá à ética na atuação dos mediadores/conciliadores.
O poder judiciário tem passado por mudanças significativas quanto á sua função, adotando posição de ativismo quanto a orientação e educação do jurisdicionado, para tornar soluções amigáveis de disputas, uma prioridade de toda sociedade, com isso, fortificam suas belas funções: educar a sociedade para tornar-se mais consensual e enfrentar seus maiores desafios.

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