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A RÚSSIA E O CEI


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A RÚSSIA E O CEI 
RÚSSIA SOVIÉTICA
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas: Federação Parlamentarista de quinze repúblicas
Capital: Moscou
Área: 22.400.000 km²
População: 293.000.000 (julho de 1991)
Língua principal: russo
Bandeira:
 
No século VI, tribos eslavas chegaram ao que é hoje o território europeu da Federação Russa. Quatro 
séculos depois, formava-se o primeiro Estado russo, denominado Rus de Kiev. A partir daí, essa 
região passou a ser um importante ponto de passagem para comerciantes nórdicos e gregos.
Em 1547, subia ao trono o Czar (Imperador) Ivan IV, o Terrível, que ampliaria o território russo e deu 
início ao processo de centralização política, eliminando a maioria dos principados.
Em 1613, a dinastia dos Romanovs assumiu o poder e transformou a Rússia num Estado Absolutista, 
com relações servis e sob o controle de uma nobreza feudal (os “boiardos”). A Rússia monárquica 
adquiria os seus característicos fundamentais: autoritarismo, desprezo pelos camponeses, uma elite 
de privilégios ilimitados e a consolidação da Igreja Ortodoxa, preconceituosa e obscurantista.
Ao longo do século XIX, proliferaram, no solo russo, grupos políticos revolucionários clandestinos. Em 
1898, era fundado o Partido Operário Social-Democrata Russo, primeira agremiação partidária 
marxista da Rússia. O objetivo fundamental do marxismo, ideologia criada por Karl Marx e 
Friederich Engels, era promover uma revolução operária para fundar uma sociedade socialista, onde 
não existissem classes sociais. Em 1914, a Rússia, sob o reinado de Nicolau II, entrava na Primeira 
Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e da França, contra a Alemanha Imperial e o Império Austro-
húngaro. Após dois anos de combate, o exército russo, arrebentado pelos alemães, deixaria de existir 
como força militar. Milhões de camponeses tinham sido convocados para lutar. O país vivia o caos 
social econômico e social. Em fevereiro de 1917, explodia a revolução popular, derrubando o Czar 
Nicolau II. Em outubro, os marxistas, agrupados no Partido Comunista, tomavam o poder.
A UNIÃO SOVIÉTICA
O líder da Revolução Comunista, Vladimir Ilitch Ulianov, apelidado de Lênin, tomou o poder, 
criando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Entre 1917 a 1921, a Rússia conheceu a 
sangrenta guerra civil entre os “vermelhos” (comunistas) e os “brancos” socialistas, militares e 
proprietários rurais desapropriados pelo governo soviético. Ao longo desse período, marcado por 
dolorosos sofrimentos impostos ao povo russo, o modelo econômico soviético foi denominado de o 
comunismo de guerra, caracterizado pela estatização das terras, das indústrias e dos serviços. A 
experiência foi um fracasso e, em 1921, após a derrota dos “brancos”, Lênin instituiu a NEP (Nova 
Política Econômica), pela qual a Rússia Soviética “dava um passo atrás, para dois à frente”: as 
terras, as pequenas indústrias e os serviços eram privatizados, continuando sob propriedade estatal 
as grandes e o sistema financeiro. As alterações econômicas levadas a efeito foram positivas e a 
URSS começa a crescer. Em 1924, Lênin morreu, sendo substituído no cargo de Secretário-Geral do 
Partido Comunista por Josef Stalin. Consolidado em 1929, o stalinismo teve como características:
PLANEJAMENTO ECONÔMICO CENTRALIZADO - o governo de Moscou, por meio da Comissão 
Estatal para o Plano Econômico (GOSPLAN), planeja todas as atividades econômicas soviéticas, 
desde os investimentos iniciais até a distribuição dos produtos. Este rígido planejamento é feito pelos 
Planos Quinquenais.
COLETIVIZAÇÃO FORÇADA DOS CAMPOS - as terras foram tomadas dos camponeses 
proprietários (“kulaks”) e foram criados os “sovkhozes” (fazendas estatais) e os “kulkhozes” 
(cooperativas administradas pelos camponeses).
DIRIGISMO CULTURAL - todas as atividades culturais da União Soviética são rigidamente 
controladas pelo Estado. Surge uma arte oficial (“realismo socialista”) que, na prática, transformou a 
criação artística em simples instrumento de propaganda política.
BUROCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE - a União Soviética era controlada por uma enorme, 
ineficiente e corrupta burocracia de Estado (funcionários públicos).
TERRORISMO DE ESTADO - a União Soviética, principalmente sob o governo de Estado, foi um 
Estado totalitário que vigiava a sociedade por meio de uma poderosa e repressiva polícia política.
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Nazista invadiu a União Soviética, 
vitimando aproximadamente 20 milhões de cidadãos soviéticos. Terminado o conflito, que muito 
abalou a economia e a sociedade russa, a União Soviética construía seu Império no leste europeu, 
criando e ocupando as “democracias populares”. A partir da segunda metade dos anos 40, o mundo 
conheceria um conflito bipolar entre os países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos da 
América, e as nações socialistas, encabeçadas pela URSS. A “Guerra Fria” foi uma competição 
ideológica, política, tecnológica e, por vezes, militares entre os dois “blocos”.
Até o início da década de 80, para boa parte das populações ocidentais, a União Soviética parecia 
ser uma formidável potência, fundamentalmente pelo seu poderio militar. Entretanto, graves eram 
seus problemas estruturais: Os excessivos gastos militares impossibilitavam investimentos 
produtivos; a economia socialista, caracterizada pela falta de estímulos materiais aos trabalhadores, 
pela ausência de um mercado dinâmico e pela escassez de gêneros, desestimulava o trabalho e, por 
fim, o autoritarismo político impedia a difusão de ideias, dificultando que a União Soviética 
acompanhasse a revolução tecnológica da informatização.
COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA
Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu como Secretário-Geral do Partido Comunista da União 
Soviética. Gorbatchev conhecia os problemas da União Soviética e tentou superá-los pela glasnost 
(“transparência”) e pela ”perestroika” (“restruturação”). A primeira consistia em eliminar os 
aspectos mais repressivos do autoritarismo soviético, visando implantar liberdades democráticas, 
além de estabelecer melhores relações com o Mundo Ocidental, visando encerrar a “Guerra Fria”. Já 
a perestroika objetivava modernizar a economia soviética. As reformas tiveram consequências 
negativas para a União Soviética. As razões disso foram: a inferioridade tecnológica que impediu o 
país de aprimorar sua economia; o fato de que o Presidente Ronald Reagan (1880 – 1888) acelerou 
à corrida armamentista, forçando a União Soviética a gastos extraordinários e fora de seu alcance; a 
perda dos benefícios sociais provocada pela transição para uma economia de mercado irritou a 
população russa que, progressivamente, foi deixando de apoiar o governo Gorbatchev; os 
movimentos populares que provocaram a queda do socialismo nos “países satélites” do leste 
europeu; a diversidade étnica da União Soviética, cujo enfraquecimento provocou levantes e 
ambições nacionalistas e, finalmente, a tentativa de um golpe, por parte dos comunistas mais 
ortodoxos, no sentido de bloquear as reformas. Na resistência a essa solução golpista, destacou-se 
Boris Yeltsin, então presidente da República Socialista Soviética da Rússia. Em dezembro de 1991, 
após inúmeras das ex-repúblicas soviéticas terem se separado, Yeltsin instituía a Comunidade de 
Estados Independentes.
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES
PAÍSES: República da Federação Russa, Ucrânia, Belarus, Cazaquistão, Armênia, Azerbaijão, 
Moldova, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão.
A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização criada em 1991 que integra 
11 repúblicas que pertenciam à União Soviética. São elas: Rússia, Ucrânia, Belarus, Cazaquistão, 
Armênia, Azerbaijão, Moldova, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. É importante 
notar que em 26 de agosto de 2005, o Turcomenistão abandonou o organismo: tornou-seum membro 
associado não oficial.
Quando a organização foi criada, estava aberta a todas as repúblicas da União Soviética. Mas nem 
todas elas aceitaram integrar a CEI. Os países bálticos – Lituânia, Estônia e Letônia – nunca fizeram 
parte do grupo. Em dezembro de 1993, a Geórgia finalmente aderiu à CEI após uma guerra civil na 
qual tropas russas intervieram no país a favor do governo pró-russo de Eduard Shevardnadze. Em 
2008, a Geórgia anunciou que deixaria a organização. Em agosto de 2009, deixou de ser membro da 
CEI.
Desde sua fundação, a Comunidade de Estados Independentes (CEI) assumiu uma posição 
geopolítica ambígua: não é um único país, mas é mais que uma simples comunidade de nações. A 
Rússia mantém uma relação de supremacia sobre as demais repúblicas da CEI. O rublo é a moeda 
comum dos estados-membros.
A CEI é sediada em Minsk, Alma-Ata e São Petersburgo.
Ao formar a CEI, a Rússia, a Ucrânia e a Bielorrússia – as três repúblicas eslavas que respondem 
pela maioria da população e das riquezas da ex-União Soviética – decidiram criar uma organização 
semelhante à Commonwealth Britânica.
Ao anunciar a formação da CEI, – o presidente russo Boris Yeltsin, o presidente ucraniano Leonid 
Kravchuk e o presidente bielo-russo Stanislav Shushkevich – afirmaram que a União Soviética 
deixaria de existir. Os três líderes declararam em um comunicado que: “Constatamos que a URSS 
como sujeito do Direito Internacional e realidade geopolítica deixou de existir”.
A Rússia se tornou o país líder da CEI. A Comunidade constituiu-se num grande mercado para 
Moscou, mesmo não sendo uma zona de livre comércio. Os países da CEI dependem do petróleo, de 
manufaturados e de várias matérias-primas para a indústria e o comércio, todos produtos oferecidos 
pela Rússia.
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES 
PAÍS CAPITAL
República da Federação Russa Moscou
Ucrânia (área à 603.700 km²; população à 44,5 milhões) Kiev
Belarus (área à 207.600 km²; população à 9,6 milhões) Minsk
Cazaquistão (área à 2.717.300 km²; população à 17,7 milhões) Alma-Ata
Armênia (área à 29.800 km²; população à 3,1 milhões) Erivã
Azerbaijão (área à 86.600 km²; população à 9,6 milhões) Baku
Moldova (área à 33.700 km²; população à 3,6 milhões) Chisinau
Quirguistão (área à 198.500 km²; população à 5,5 milhões) Bishkek
Tajiquistão (área à 143.100 km²; população à 7,9 milhões) Dushanbe
Turcomenistão (área à 488.100 km²; população à 5,1 milhões) Ashkhabad
Usbequistão (área à 447.400 km²; população à 28,7 milhões) Tashkent
A GEÓRGIA SE RETIRA DA CEI
A Geórgia havia se integrado à Comunidade dos Estados Independentes em 1994. Contudo, no dia 
14 de agosto de 2008, seu Parlamento aprovou, por unanimidade, a saída do país da organização. 
Isso ocorreu devido ao apoio russo às reivindicações de independência da Abecásia e da Ossétia do 
Sul.
Em março de 2008, a Ossétia do Sul pediu ao mundo que reconhecesse a sua independência da 
Geórgia. Em abril do mesmo ano, a Ossétia do Sul rejeitou um acordo georgiano de divisão do poder, 
insistindo na independência.
No dia 8 de agosto de 2008, forças da Geórgia invadiram a Ossétia do Sul. Como retaliação, forças 
russas invadiram o território georgiano, o que resultou em mais de mil mortos.
Além da Rússia, também são importantes dois países europeus da Comunidade de Estados 
Independentes: Ucrânia e Belarus (Bielo – Rússia).
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