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DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, EMPREGO E DESEMPREGO NO BRASIL

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DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, EMPREGO E
DESEMPREGO NO BRASIL
 
A Distribuição de Renda
Desigualdade econômica refere-se ao grau de diferença econômica entre ricos e pobres. Quando a 
diferença é grande, há muita desigualdade econômica. Quando é pequena, há pouca desigualdade 
econômica.
Como em outros países subdesenvolvidos, há vários motivos para o Brasil ter problemas de 
distribuição de renda. Em primeiro lugar, a inflação assolou o país durante tanto tempo. A inflação 
nunca é integralmente repassada aos salários, o que aumenta o lucro dos empresários e diminui o 
poder aquisitivo dos assalariados. Com a implantação do Plano Real a partir de 1994, houve controle 
da inflação, o que, promoveu ganhos expressivos para a população de baixa renda. Um segundo 
motivo é que a carga de impostos indiretos (embutidos no preço das mercadorias e serviços 
consumidos) é elevada. Como os ricos e os pobres pagam o mesmo valor de impostos ao comprar 
uma mercadoria, essa forma de arrecadação pesa mais para a população de baixa renda.
Apesar do nível de desigualdade ser muito alto no Brasil, o país conseguiu reduzi-lo 
significativamente na última década. Fatores responsáveis pela redução da desigualdade são o fim 
da inflação, o aumento da escolaridade e os programas sociais de redistribuição de renda.
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que na última década, a desigualdade 
no Brasil chegou ao nível mínimo já registro na história do país. O parâmetro é o índice de Gini, que 
varia de 0 a 1, e quanto mais alto, maior a desigualdade. O Brasil chegou ao ápice em 1990, com 
0,609. Desde então, viu queda progressiva no indicador, até chegar ao mínimo de 0,515, em 2015. 
Ainda é um nível de desigualdade muito alto. Contudo, é inegável que o país progrediu.
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2001, o Brasil era um dos países em que a 
concentração de renda era extremamente desfavorável, ficando à frente apenas da África do Sul, 
Suazilândia e Nicarágua. Hoje, a desigualdade no Brasil vem diminuindo enquanto em outros países 
emergentes, como Rússia, Índia e África do Sul, vem aumentando. Contudo, segundo a Organização 
das Nações Unidas, em 2015, o Brasil era o décimo país com maior desigualdade no mundo.
Apesar do nível de desigualdade ser muito alto, o Brasil progrediu muito. Segundo o estudo da 
Fundação Getúlio Vargas (FGV), a renda da metade mais pobre da população aumentou 5,5 mais 
rápido que a da minoria mais rica do Brasil. O estudo também mostrou que a pobreza caiu 67,3% 
desde o início do Plano Real, em 1994, até 2010.
Em 1983, praticamente um em cada dois brasileiros se encaixava no critério de pobre. Hoje, é um em 
cada quatro. Segundo um estudo da Organização das Nações Unidas, entre 2004 e 2013, os índices 
de pobreza no país caíram de 20% para 9% da população e de 7% para 4% no caso da pobreza 
extrema.
Contudo, ainda há enormes desigualdade sociais, regionais e interestaduais. Grande é a 
desigualdade na distribuição de renda entre as regiões brasileiras. As regiões Norte e Nordeste 
continuaram a apresentar um padrão mais desigual dos que as demais regiões e com os maiores 
níveis de pobreza. Por exemplo, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 
2015, o rendimento médio mensal da região Sudeste foi de R$ 2.116,00, comparado com R$ 1251,00 
da região do Nordeste. Em 2013, o Nordeste tinha 10,50% da sua população abaixo da linha da 
extrema pobreza, comparado a 2,15% no Sul e 2,45% no Centro-Oeste. A média nacional era de 
5,2%. No estado do Maranhão, 17,2% das pessoas vivem na extrema pobreza.
A pobreza no Brasil está mais concentrada no Norte e no Nordeste e é mais presente no meio rural. 
O aumento de renda na cidade é maior do que no campo.
Essas disparidades regionais se devem a uma combinação de fatores: clima, processo histórico, 
políticas governamentais, migrações estrangeiras e recursos naturais. Há também grandes 
discrepâncias entre as zonas rurais e urbanas.
Atividades Econômicas
Até a década de 1940, mais de dois terços da população brasileira trabalhava no setor primário. 
Desde então, devido à industrialização e urbanização e ao êxodo rural, houve uma forte queda na 
população ativa nesse setor. Em 1999, apenas 19,0% da PEA (população economicamente ativa) 
trabalhava no setor primário. Ao mesmo tempo, a população economicamente ativa dos setores 
secundário e terciário era de 81%. Em 2016, o setor terciário empregava 50,2% da população 
economicamente ativa do Brasil. (A fórmula PEA é formada pelos trabalhadores empregados mais os 
desempregados que estão em busca de nova ocupação).
Em termos regionais, em 2008 a Região Sudeste detinha 43,3% da população economicamente ativa 
do Brasil, seguida pelas regiões Nordeste (26,0%), Sul (15,9%), Centro-Oeste (7,4%) e Norte (7,4%).
O emprego informal, o emprego formal e o aumento do poder aquisitivo
À medida que a população cresce, cresce também a pressão por novos postos de trabalho. A fórmula 
da população economicamente ativa (PEA) é formada pelos trabalhadores empregados mais os 
desempregados que estão em busca de nova ocupação. É importante ressaltar a fórmula da PEA 
inclui apenas os trabalhadores da economia formal, ou seja, os trabalhadores registrados.
Em 2015, apenas 59,6% dos trabalhadores do Brasil tinham carteira de trabalho assinada. O 
trabalhador informal, sem carteira assinada, não tem direito à aposentadoria e ao Auxílio-Doença. 
Também não tem garantido licença maternidade, férias e outros benefícios. O problema do emprego 
informal no Brasil é, em grande parte, consequência dos altos encargos trabalhistas.
Uma forma de aumentar a taxa de empregos formais no Brasil é investir na educação e escolarização 
da população. O emprego com carteira assinada é fundamental para que os trabalhadores brasileiros 
possam viver com mais estabilidade financeira e contar com um futuro mais seguro. A formalização 
do trabalho também garante ao trabalhador uma renda mensal não inferior ao salário mínimo e certa 
proteção caso haja perda de emprego, acidente de trabalho, gravidez, doença e incapacidade.
Na última década, o mercado de trabalho no Brasil tem apresentado indicadores positivos. Houve 
aumentos tanto no número de empregos formais como na renda média do trabalhador. Além disso, o 
crescimento da economia formal leva a uma maior arrecadação de impostos pelo governo, o que 
permite que mais investimentos sejam feitos no país.
O Estado Brasileiro também desempenha um forte papel de empregador. O Estado emprega 
aproximadamente 10 milhões de pessoas: dessas, seis milhões são funcionários municipais, três 
milhões são estaduais e 1,1 são federais.
Durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil adotou uma política de 
valorização do salário mínimo que virou lei em 2011 durante o governo da presidente Dilma 
Rousseff.
A política de valorização do salário mínimo foi um acordo firmado entre sindicalistas, empresários e o 
governo. A base de cálculo para o salário é a inflação do período anterior mais a variação do PIB dos 
dois anos anteriores. Vale lembrar que no Brasil, o salário mínimo vale para todo o território nacional 
e que nenhum trabalhador pode ser pago um salário inferior ao mínimo estabelecido por lei.
A valorização do salário mínimo, os programas governamentais de transferência de renda e a 
expansão e o barateamento de crédito resultaram na elevação do poder aquisitivo do cidadão 
brasileiro. Nos últimos anos, dezenas de milhões de brasileiros têm ascendido socioeconomicamente.
Nos últimos anos, observa-se um contínuo e progressivo movimento de transferência da PEA do 
setor secundário para o terciário. O IBGE informou, na Síntese de Indicadores Sociais de 2013, que 
o segmento com maior peso na atividade econômica brasileira é o que possui o maior número de 
empregos precários no Brasil: o segmentode serviços emprega 43% das 13,9 milhões de pessoas 
que ainda trabalham sem carteira assinada. Mais de 66% das mulheres que ainda trabalham sem 
carteira assinada estão empregadas no segmento de serviços.
É importante ressaltar que há um grave problema estrutural no mercado de trabalho brasileiro: a falta 
de mão de obra especializada.
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