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MIGRAÇÕES - MOVIMENTOS POPULACIONAIS

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MIGRAÇÕES - MOVIMENTOS POPULACIONAIS 
As migrações são as mudanças de populações de uma região para outra, de um país para outro ou 
do campo para a cidade (êxodo rural). 
As migrações podem ser internas - quando ocorrem dentro do mesmo país ou região – ou 
internacionais– quando pessoas imigram de um país para outro.
Alguns dos deslocamentos populacionais mais frequentes são:
Migração rural-rural: ocorrem de uma área agrícola para outra. Esse tipo de migração 
engloba a transumância: os trabalhadores rurais que se deslocam constantemente em busca 
de trabalho, como os "boias-frias", que são trabalhadores itinerantes. 
A transumância, ou migração sazonal, é o movimento populacional que ocorre em 
determinadas épocas do ano e que sempre se repete.
A migração pendular (movimento pendular), ou migração diária, que ocorre nos grandes 
centros urbanos, constituem a deslocação de trabalhadores de sua residência até o local de 
trabalho, que geralmente se localiza a uma distância significativa de onde moram. Muitas 
pessoas não trabalham nem estudam no município de sua residência.
O êxodo rural é o deslocamento populacional de áreas rurais para áreas urbanas.
A migração intra-urbana é um deslocamento populacional de curta distância – de uma cidade 
para outra.
O nomadismo é a prática em que pessoas não têm habitação fixa e vivem mudando de 
residência. Na Ásia e no norte da África, é comum encontrar pastores nômades.
A migração de retorno é o regresso dos imigrantes à região ou ao país de origem. Por 
exemplo, graças à crise econômica ocorrida nos Estados Unidos em 2007, muitos brasileiros 
que residiam em território norte-americano retornaram ao Brasil. Esse fenômeno ocorreu no 
Nordeste do Brasil: muitos nordestinos que haviam migrado para outras regiões do Brasil 
regressaram ao seu lugar de origem.
A procura por melhores condições de vida impele muitas pessoas a abandonarem seu lugar de 
origem e a partir para outros lugares, mesmo que sejam desconhecidos. Inúmeras são as causas do 
deslocamento de pessoas entre as várias regiões do planeta:
econômicas - a mais importante ao longo da história;
político-ideológicas;
desastres naturais;
conflitos militares;
religiosa.
As migrações humanas são feitas de áreas de repulsão populacional, onde há pobreza, baixos 
salários, desemprego e subemprego, fome, guerras e desastres naturais para regiões de atração 
populacional, onde há melhores condições de vida, condições de emprego, salários mais altos, paz 
e segurança.
Os deslocamentos populacionais impactam o lugar de origem e o de destino das ondas migratórias. 
O imigrante pode adentrar um país de forma legal ou ilegal. Ele pode ser um refugiado ou um 
requerente de asilo.
TIPOS DE DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS
espontâneos - deslocamentos voluntáriosforçados - motivados por perseguições políticas, étnicas
ou religiosastutelados - países que controlam a entrada de pessoaspor interesses econômicos
dos países desenvolvidos - nações economicamente prósperas que necessitam de mão de obra de
alta especialização para determinados setores tecnológicos
CONSEQUÊNCIA DEMOGRÁFICA
Nas zonas de repulsão populacional diminui a população; nas de atração, cresce o número de
habitantes.
CONSEQUÊNCIA SOCIOPSICOLÓGICA
Os principais tipos de movimentos populacionais são:
Exemplos de deslocamentos espontâneo são a ida de turcos, gregos e habitantes do leste europeu 
para a Europa ocidental, principalmente para a República Federal da Alemanha, em busca de 
trabalho e melhores salários; na segunda metade do século XIX e no início do século XX, o Brasil 
recebeu italianos, espanhóis, japoneses, árabes, além de outras etnias, que aqui esperavam 
encontrar melhores condições de vida.
A diferença de nível de vida incentiva milhares de habitantes de países pobres a buscar novas 
oportunidades de trabalho em países ricos.
As guerras étnicas da África e os conflitos políticos e guerras no Oriente Médio são expressões dos 
deslocamentos forçados.
Os Estados Unidos da América, as Nações da Europa ocidental e até mesmo o Brasil 
controlam e policiam a entrada de imigrantes. Já o atual interesse da República Federal da 
Alemanha em trazer técnicos indianos especializados em Informática é um belo exemplo de 
interesse econômico por parte de uma nação desenvolvida.
As migrações provocam consequências demográficas, sociopsicológicas e culturais.
CONSEQUÊNCIA SOCIOPSICOLÓGICA
Abalos psicológicos e morais sofridos pelas famílias e comunidades que, ao migrarem, perdem suas
raízes culturais e relações de amizade.
CONSEQUÊNCIA CULTURAL
A mistura de línguas, religiões, hábitos, culinária, etc. Essa troca cultural (aculturação) tem os
aspectos positivos da eliminação de preconceitos entre as diversas etnias e o enriquecimento cultural
de todas as comunidades postas em contato.
É lamentável que no final do século XX e no começo do XXI, período que deveria ser pela tolerância 
entre os povos, o mundo tenha assistido, cada vez mais, lutas entre comunidades, tais como os 
massacres praticados pelos indonésios no Timor Leste ou, na África Negra, o recente genocídio 
levado a efeito pela tribo dos Hutus sobre os Tutsis. Tais conflitos causam grandes deslocamentos 
de pessoas. 
A mobilidade humana constitui motivo de preocupação: gera amplos debates sobre política, economia 
e segurança nacional.
Regiões de repulsão populacional
São muitas as razões que levam as pessoas a deixar seu país de origem.
A África, a Ásia, o Oriente Médio e a América Latina são regiões de maior repulsão populacional. 
Na Ásia e a África, há áreas extremamente pobres. Isso resulta em uma repulsão populacional 
significativa. Além disso, certas regiões nesses continentes – especialmente no Oriente Médio – são 
palco de guerra. Alguns países asiáticos e africanos constituem refúgio para grupos terroristas.
Áreas de repulsão populacional sofrem um fenômeno denominado “fuga de cérebros”: a saída de 
pessoas com alto nível educacional que imigram para países ricos e desenvolvidos. “Fuga de 
cérebros” constitui perda de talento, pois pessoas bem preparadas frequentemente buscam melhores 
condições de trabalho e de vida e mais oportunidades no exterior. Isso agrava o cenário de países 
com alta repulsão populacional, que já contam com pouca mão de obra qualificada.
Regiões de atração populacional
Os Estados Unidos e a Europa Ocidental são as grandes regiões de atração populacional. 
As fronteiras não estão abertas às pessoas. A mundialização da economia abre as fronteiras 
nacionais para mercadorias e capitais, mas os países continuam a erguer barreiras contra a 
imigração, restringindo a mobilidade populacional.
Quando a migração legal é muito restringida, cresce a ilegal – a procura por meios não 
convencionais de entrar em certo país. Imigrantes ilegais tomam grandes riscos para chegar aos seus 
destinos e frequentemente acabam caindo na clandestinidade, não possuindo documentos para 
trabalhar na economia formal de seu novo país. Consequentemente, assumem trabalho pesado com 
baixa remuneração e vivem em bairros afastados. Por serem imigrantes ilegais, ficam sujeitos a 
incertezas e discriminações e acabam por integrar marginalmente a força de trabalho, o que se 
transforma, em alguns casos, em escravidão.
Em crises econômicas, cresce o preconceito contra estrangeiros, fomentado pela crença de que as 
pessoas e os produtos vindos de fora são os responsáveis pelas crises da economia e pelo 
desemprego. Os imigrantes são frequentemente vítimas da xenofobia - o medo irracional, a aversão 
e até mesmo o ódio em relação a estrangeiros.
Os Estados Unidos
Os Estados Unidos constituem o país que atrai o maior número de imigrantes do mundo.
Em 2015, os Estados Unidos contavam com mais de 43 milhões de imigrantes. Há aproximadamente 
11 milhões de imigrantes ilegais morando no país: o maior grupo deles origina daAmérica Latina. 
Estima-se que 6.2 milhões de imigrantes ilegais sejam mexicanos.
Os hispânicos constituem a maior minoria dos Estados Unidos.
A cada ano, um milhão de imigrantes legais são aceitos pelos Estados Unidos como residentes 
permanentes. Não há nenhum país que aceita tantos imigrantes legais. Contudo, a política de aceitar 
tantos imigrantes, de todas as partes do mundo, gera xenofobia – fenômeno que veio à tona na mais 
recente eleição norte-americana, na qual o republicano Donald Trump foi eleito presidente. Um dos 
principais motivos pela ascensão de Donald Trump nas pesquisas – que culminou com sua vitória na 
eleição presidencial – foi um discurso no qual ofendeu os imigrantes ilegais mexicanos que residem 
nos Estados Unidos. Trump os caracterizou de “criminosos, traficantes de drogas e estupradores”. 
Por meio desse discurso e de outras declarações feitas durante a campanha presidencial, Donald 
Trump deu uma voz para os nacionalistas, os racistas e os xenófobos de seu país.
Em recentes debates nos Estados Unidos sobre imigração, discute-se a necessidade do cumprimento 
das leis e regulamentos referentes à imigração ilegal. Também se discute a proposta de construir uma 
barreira ao longo da fronteira de 3.200 km entre os Estados Unidos e o México. O objetivo dessa 
fronteira é minimizar o fluxo de imigrantes ilegais entre os dois países. Em relação ao tema imigração, 
que gera muita polêmica nos Estados Unidos, o ex-presidente George W. Bush declarou, "Somos 
uma nação de imigrantes. Mas também uma nação da lei".
Durante a campanha, Trump prometeu construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o 
México. O objetivo do muro seria prevenir que mexicanos adentrassem o território norte-americano 
ilegalmente. Trump afirmou, repetidamente, que o México teria de pagar pela construção do muro. É 
importante ressaltar que parte do muro – 700 milhas das duas mil necessárias – foram construídas 
por seus antecessores – o democrata Barack Obama e o republicano George W. Bush.
 
Muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México
Vale ressaltar que nas últimas décadas, uma das respostas aos problemas gerados por movimentos 
migratórios é a construção de muros fronteiriços. A política por trás da construção de muros é o 
conceito de que a segurança e a proteção de um país não podem ser asseguradas senão pelo 
fechamento físico de fronteiras e territórios. 
Europa
A Europa é o lar do maior número de migrantes de todas as regiões do mundo. Em 2015, a União 
Europeia (UE) teve um ganho líquido global de imigração de 1.9 milhão de pessoas, apesar de 
possuir uma das maiores densidades do mundo. Em janeiro de 2016, a UE contava com 35 milhões 
de imigrantes. As imigrações representam quase todo o crescimento populacional do continente 
europeu.
Atualmente, devido à relativa recessão econômica, ao aumento do desemprego e ao aumento de 
ataques terroristas, esses imigrantes vêm sendo hostilizados e marginalizados, notadamente na 
França, na Alemanha e na Inglaterra. Imigrantes são frequentemente vítimas de racismo e 
xenofobia. São vítimas de xenofobia os africanos no norte da França, os indianos e paquistaneses 
no Reino Unido, os turcos na Alemanha e os refugiados sírios.
Nos últimos anos, os governos europeus tomaram medidas repressivas para conter o fluxo de 
imigrantes ilegais. Imigração é um tema recorrente em campanhas eleitorais. Isso se evidenciou no 
referendo a respeito do Brexit, na Grã-Bretanha, e nas eleições de 2017 na França, entre Marie Le 
Pen, candidata xenofóbica, e Emmanuel Macron. Marie Le Pen prometeu que se fosse eleita, 
colocaria um fim à imigração na França e expulsaria do país todos os imigrantes ilegais. Apesar de 
ter sido derrotada por Emmanuel Macron, Le Pen, que chegou ao segundo turno das eleições, obteve 
apoio de uma parcela significante dos eleitores franceses.
O fenômeno da imigração se tornou mais polêmico e até mais grave devido à crise dos refugiados da 
África e do Oriente Médio.
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