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A EXPANSÃO MARÍTIMA E A REVOLUÇÃO COMERCIAL

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A EXPANSÃO MARÍTIMA E A REVOLUÇÃO
COMERCIAL
 
A necessidade de metais preciosos para a cunhagem de moedas, indispensáveis ao desenvolvimento 
comercial, bem como de novas áreas fornecedoras de mercadorias que abastecessem o mercado 
europeu, determinaram a expansão marítima a partir do século XV. Sua viabilização foi favorecida por 
diversos fatores, entre os quais se destacam: o avanço tecnológico, responsável pela melhoria das 
condições de navegação (elaboração de mapas, aprimoramento de instrumentos de orientação, 
construção de embarcações mais rápidas e seguras); o fascínio pelo Oriente, presente no imaginário 
europeu da Baixa Idade Média, estimulava a busca da riqueza e do exotismo existentes naquela 
região; a tentativa por parte das recém-formadas monarquias portuguesa e espanhola de romper o 
monopólio comercial que as cidades italianas, como Veneza e Gênova, impuseram sobre os produtos 
orientais; finalmente, a centralização política, imprescindível aos empreendimentos marítimos na 
medida em que somente um poder forte e concentrado seria capaz de assegurar os recursos 
necessários às viagens, bem como assegurar o domínio sobre as terras descobertas.
A tomada de Constantinopla, entreposto comercial entre o Oriente e a Europa, pelos turcos otomanos 
em 1453, acelerou o processo expansionista. Ao interromper os contatos mercantis entre Oriente e 
Ocidente, obrigou os europeus a buscarem uma rota alternativa ao comércio de especiarias.
Nesse processo de expansão, Portugal desempenhou papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade 
Média, criado as condições necessárias à sua efetivação:
privilegiada posição geográfica;
desenvolvimento das técnicas de navegação, sobretudo após a fundação da Escola de 
Sagres;
presença de uma burguesia forte e com disponibilidade de capitais para a empresa marítima;
paz interna e externa;
centralização política em mãos do rei.
A conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415, é considerada o marco inicial da expansão 
ultramarina europeia. A seguir, os navegadores portugueses começaram a realizar o périplo africano, 
ou seja, tentaram contornar o continente negro para alcançar as índias. Ao longo da costa africana, 
fundaram feitorias, pontos do litoral onde eram construídos fortes, responsáveis pela defesa da 
região e onde se realizava o comércio com os nativos. O sistema de feitorias visava exclusivamente a 
ocupação do território, garantindo, assim, a sua posse e a obtenção de lucros através de trocas de 
produtos existentes na região conquistada. A colonização, portanto, não estava entre os objetivos dos 
portugueses, na África.
Na década de 20 do século XV, foram conquistadas as ilhas atlânticas - Madeira, Açores e Cabo 
Verde - onde os portugueses iniciaram o processo de colonização através do cultivo da cana-de-
açúcar.
No decorrer do século XV, vários pontos do litoral africano foram sendo ocupados por Portugal, até 
que, em 1488, Bartolomeu Dias ultrapassou o Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança), 
abrindo caminho para que, dez anos depois (1498), Vasco da Gama chegasse a Calicute, na Índia.
Alguns anos antes, porém, patrocinado pela Coroa Espanhola, o navegador Cristóvão Colombo 
chegara à América, depois de navegar em direção ao Ocidente. A descoberta de novas terras a oeste 
da Europa provocou grande disputa entre as potências marítimas ibéricas, exigindo, até mesmo, a 
intervenção do papa Alexandre VI para arbitrar a querela. Este, em 1492, proclamou a Bula 
Intercoetera que determinava a divisão do planeta em duas partes: a 100 léguas a oeste das ilhas de 
Cabo Verde seria traçada uma linha imaginária; as terras localizadas na parte oriental caberiam a 
Portugal, enquanto que as situadas na oriental pertenceriam a Espanha. A decisão do pontífice, 
porém, não agradou ao rei de Portugal que contestou a Bula. Provavelmente, os experientes 
navegadores portugueses já haviam dado conta ao rei da existência das terras da América do Sul. 
Após negociações diplomáticas ficou acertado que a linha imaginária seria traçada a 370 léguas das 
ilhas de Cabo Verde. Assim, o Tratado de Tordesilhas assegurou a presença portuguesa no recém-
descoberto continente americano.
Com o objetivo de consolidar o domínio lusitano sobre a rota das especiarias orientais, o rei D. 
Manuel organizou uma poderosa esquadra que se dirigiu às índias, percorrendo a rota inaugurada 
por Vasco da Gama. A esquadra contava com duas caravelas, dez naus e 1500 homens e era 
comandada pelo navegador Pedro Álvares Cabral. A embarcação em que se achava o comandante, 
porém, afastou-se da costa africana em direção a oeste e, a 22 de abril de 1500, avistou terra. Após 
rápido desembarque, suficiente para oficializar a posse sobre o novo território, Cabral seguiu viagem 
em direção ao Oriente. Uma nau, no entanto, retornou a Portugal para dar a notícia da descoberta ao 
rei.
Ignorar rotas e nomes de cidades. Aproveitar a legenda no que se refere aos domínios português e 
espanhol
Ingleses, franceses e holandeses iniciaram sua expansão marítima mais de um século depois dos 
ibéricos. Guerras, ausência de centralização política, inexistência de uma forte burguesia, entre 
outros fatores, foram responsáveis pelo atraso dessas nações nas grandes navegações.
Os navegadores das outras nações europeias que não Portugal e Espanha tiveram que se contentar 
em explorar o Atlântico Norte, sendo responsáveis pela exploração e ocupação da América do Norte. 
A pirataria foi também uma atividade desempenhada pelos ingleses e franceses. Destacamos a 
seguir as principais viagens de ingleses, franceses e holandeses entre os séculos XV e XVII.
França
- 1524: Giovanni Verrazano, italiano ao serviço da coroa francesa, explora o vasto litoral leste da 
América do Norte;
- 1534: Jacques Cartier, navegando pelo rio São Lourenço, explora a região onde, atualmente, se 
localiza o Canadá.
Inglaterra
- 1497: Giovanni Caboto, navegando sob o patrocínio da Inglaterra, atingiu o norte do continente 
americano (Canadá)
- 1577: Francis Drake, pirata famoso, realizou sua segunda viagem de circunavegação, assaltando 
inúmeras embarcações.
Holanda
- 1609: Henry Hudson, inglês navegando a serviço da Holanda, descobriu o rio Hudson, nos Estados 
Unidos.
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