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3 UNIDADE IA expansão Ultramarina dos séculos XV e XVI A partir do século XI, a Europa passou por um ciclo de grandes transformações nas relações sociais e políticas que foram fundamentais para iniciar o processo da Expansão Comercial Marítima no sé- culo XV. Para realizar a Expansão Marítima era ne- cessário manter uma organização burocrática que foi iniciada com a formação dos Estados Nacionais Modernos e com o processo de centralização das monarquias nacionais dos séculos XIV e XV. Neste cenário de modificações, surgiram os grandes cen- tros urbanos, a indústria manufatureira e ascensão da economia capitalista. A necessidade econômica contribuiu direta- mente para a expansão marítima europeia, pelo de- senvolvimento das atividades comerciais e tornou indispensável a busca de metais preciosos para au- mentar a capacidade produtiva, a possibilidade de ampliar a busca de mercados consumidores e, con- sequentemente, movimentar a economia. Diante da invasão dos turcos otomanos em Constantino- pla, houve uma elevação no preço das mercadorias, e dificultou as rotas marítimas para o Oriente em busca de especiarias. Devido à escassez das especiarias e à tentativa na ampliação da riqueza, através da busca de metais pre- ciosos, Portugal e Espanha seguidos da Inglaterra, França e Holanda lançaram-se ao mar e iniciaram a expansão marítima. Porém, vale ressaltar que Espa- nha e, principalmente, Portugal possuíram o pionei- rismo no processo de expansão. Portugal desfrutou de uma localização geográfica extremamente favorável, o que possibilitou que Lis- boa, Porto e Sevilha ganhassem destaque como gran- des centros comerciais do século XV. Outro grande fator foi a centralização política portuguesa que foi realizada antes de qualquer outro país na Europa, devido à participação na guerra da Reconquista, que possibilitou a aliança da burguesia comercial e a mo- nárquica. Esta aliança tornou Portugal muito forte politicamente, sendo um dos fatores que explicam seu pioneirismo. Os desenvolvimentos dos estudos náuticos na escola de Sagres possuíram um papel fundamental, sem esses conhecimentos navais seria impossível lançar-se ao mar naquele momento, junto com o avanço dos estudos astronômicos e cartográficos. A soma desses fatores garantiu um impulso na cons- trução naval que, com o apoio do estado Português, tornou-se viável as grandes navegações Portugue- sas que visavam às rotas para alcançar as Índias, no Oriente. O intuito era de alcançar alguma rota ma- rítima que passasse pelo continente africano com destino às Índias, para buscar especiarias e acabar com o monopólio italiano que comercializava com toda a Europa. O marco inicial para a expansão portuguesa foi a tomada de Ceuta, um grande entreposto comercial localizado no norte da costa africana. Logo em segui- da, houve a conquista das ilhas de Madeira e Açores, no Oceano Atlântico, para posteriormente alcançar os territórios africanos e estabelecer contatos comer- ciais e a captura de escravos. Era de grande importân- cia para os portugueses dar continuidade a Recon- quista para verificar o poder real dos muçulmanos e iniciar uma possível conversão à religião cristã, pois ainda não era possível chegar às Índias. UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL4 Em 1460, com a morte de Dom Henrique, houve uma diminuição da expansão portuguesa nos territó- rios africanos, porém, nas áreas consolidadas se man- tiveram as feitorias, o que assegurou a comercializa- ção de marfim, ouro e escravos, garantindo uma certa lucratividade aos portugueses. Com grande interesse na expansão, Portugal garantiu a rota sul africana que fazia parte do caminho para o Oriente a partir do Tra- tado de Toledo (1480). Este tratado estabeleceu que as terras ao sul das ilhas Canárias caberiam a Portugal e ao norte à Espanha. De 1481 a 1495, a Coroa Portuguesa iniciou o périplo africano (contorno do continente africano), com o objetivo de alcançar as Índias. Na tentativa de estabelecer uma rota possível, Bartolomeu Dias chegou ao Cabo das Tormentas entre 1487 e 1488. Contudo, em 1492, Cristóvão Colombo, em nome da coroa espanhola descobriu terras no continente americano, que por um engano foram consideradas parte da Ásia. Este fato preocupou os portugueses que ficaram ameaçados em perder o controle das ro- tas africanas. Com a chegada de Colombo à América, as delimitações do tratado de Toledo não foram efeti- vadas, houve a necessidade de um novo tratado para garantir o equilíbrio entre os países ibéricos. Em 1493, os reis espanhóis recorreram ao papa Alexandre VI, devido a boa relação da Espanha com a Igreja Católica e editaram a Bula Intercoetera para delimitar os direitos territoriais de ambos países. Esta bula demarcava a divisão do mundo ultramari- no através dos arquipélagos de Açores e Cabo Verde em uma distância de 100 léguas, sendo traçada uma linha imaginária norte-sul o que marcou as terras a leste a Portugal e oeste a Espanha. Portugal manteve uma grande oposição a este tra- tado e obrigou a Espanha a outras negociações. Para não ocorrer um possível conflito entre as coroas, em 1494, por meio de novas negociações, com um novo FIGURA 1 ROTAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 5 Tratado, o de Tordesilhas, passou a delimitar as áreas de domínio de cada país. O marco ficou estabelecido em 370 léguas a ocidente do arquipélago de Cabo Verde, no oceano Atlântico, à leste, as rotas de nave- gação seriam de Portugal e, à oeste, da Espanha. Mesmo com uma chegada tardia, 10 anos após Bartolomeu Dias, Vasco da Gama permitiu que o rei- no de Portugal lutasse pela hegemonia do comércio das Índias, com Isso, a Coroa portuguesa organizou uma tripu- lação mais organizada em direção à América que foi comandada por Pedro Alvares Cabral. Durante a viagem, algumas caravelas se distanciaram do li- toral africano e chegaram às Terras de Santa Cruz, no dia 22 de abril de 1500, dias depois, à Calicute, após sua chegada iniciaram um bombardeio, ga- rantindo o domínio português e, no mesmo ano, oficializou a posse do território que, futuramente, passou a ser chamado de Brasil. Após a ocupação das terras recém-descobertas, os primeiros contatos com os nativos não foram de forma amistosa, o que ocasionou alguns conflitos, porém garantiu o início da ocupação europeia no continente americano e a colonização dos territórios. FIGURA 2 TRATADOS DE PORTUGAL E ESPANHA NA CORRIDA PARA A CONQUISTA DE TERRITÓRIOS. UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL6 Este período das grandes navegações mostrou uma ampliação de horizontes e ocupação de terras desconhecidas por alguns países europeus. As nave- gações alargaram o horizonte geográfico e um maior contato com o mundo desconhecido. Países como a França e Inglaterra, inicialmente, não obtiveram uma rápida conquista, mas, foram extremamente importantes na colonização de outras áreas do mapa, como na América do Norte. A França se incomodou com os domínios definidos pelo tratado de Tordesi- lhas e não legitimou as posses portuguesas, devido ao uti possidetis (princípio de direito internacional segundo o qual os que de fato ocupam um territó- rio possuem direito sobre este). Já a Holanda não conseguiu formar colônias no continente americano por muito tempo e atuou em uma direção voltada para os negócios, de forma indireta, com o financia- mento de alguns negócios de Portugal e, futuramen- te, com a colônia brasileira. A expansão das rotas marítimas mostrou aos países europeus um desenvolvimento das práticas econômicas para assegurar mais recursos ao comér- cio e nas áreas manufatureiras, com o objetivo de enriquecimento e acumulação de bens. Os Estados Modernos europeus buscavam por metais preciosos e riquezas, proporcionando lucro para as metrópo- les, devido à exploração colonial das atividadesco- merciais. Além disso, o tráfico de escravos africanos começou a fazer parte da comercialização dos eu- ropeus e foi extremamente lucrativo, garantiu uma exportação de cerca de 10 milhões de africanos. De acordo com José Geraldo Vince de Morais, professor do departamento de História da Univer- sidade de São Paulo, essas ações privilegiavam ati- vidades mercantis e fizeram com que esta política econômica fosse denominada posteriormente como Mercantilismo tendo o objetivo geral de proteção e garantia do desenvolvimento do comércio dos Es- tados modernos. Vale ressaltar que a colonização europeia, em determinadas regiões, não ocorreu de forma amistosa. Em alguns locais houve uma gran- de resistência das populações e conflitos nas regiões colonizadas, modificando algumas estruturas sociais e culturais. EXERCÍCIOS 1 - (ESA) No final do Século XIV, o único Estado centralizado e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro na expansão ultramarina, era o a) espanhol. b) inglês. c) francês. d) holandês. e) português. 2-(ESA) O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa a) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil. b) o fim da rivalidade entre portugueses e espa- nhóis na América. c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses. d) a demarcação dos direitos de exploração colo- nial dos ibéricos. e) o declínio do expansionismo espanhol. 3-(ESA) No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente monopolizado pelas cidades europeias de a) Paris e Flandres. b) Londres e Hamburgo. c) Gênova e Veneza. d) Constantinopla e Berlim. e) Lisboa e Madri. 4-(ESA) O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que a) os espanhóis ficariam com todas as terras desco- bertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses. b) os domínios espanhóis e portugueses seriam se- parados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 7 c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Trata- do, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes. d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colo- nialista da Inglaterra, da Holanda e da França. e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem as terras descobertas. 5-(ESA) No contexto da expansão marítima, que levou os europeus a encontrar a América, Portugal destacou-se como pioneiro das grandes navegações do século XV. Entre os muitos fatores que contribuíram para o pioneirismo português, destacam-se: a) a associação Estado/Igreja e a centralização do poder. b) a política mercantilista e a expulsão dos mou- ros da península Ibérica. c) a centralização administrativa e a posição geo- gráfica. d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária. e) a industrialização e a centralização do poder. 6-(ESA) O tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos com a intervenção papal, representa a) o marco inicial da colonização portuguesa no Brasil. b) o fim da rivalidade entre portugueses e espa- nhóis na América. c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses. d) a demarcação dos direitos de exploração colo- nial dos ibéricos. e) o declínio do expansionismo espanhol. 7-(ESA) Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo português no fenômeno histórico conhecido como “expansão ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo a) o comércio de ouro e escravos na costa da África. b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras. c) a luta contra os mouros no Marrocos. d) a aliança com o reino da Espanha. e) as reformas pombalinas. 8- (PUCCAMP-SP) O processo de colonização europeia da América, durante os séculos XVI, XVII e XVIII, está ligado à: a) expansão comercial e marítima, ao fortaleci- mento das monarquias nacionais absolutas e à polí- tica mercantilista. b) disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os povos orientais e à política livre-cambista. c) política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do comércio bila- teral. Criação das companhias de comércio, ao desen- volvimento do modo feudal de produção e à política liberal. d) política industrial, ao surgimento de um merca- do interno consumidor e ao excesso de mão-de-obra livre. 9- (CESUP/UNAES/SEAT-MS) Na expansão da Europa, a partir do século XV, encontramos intimamente ligados à sua história: a) a participação da Espanha nesse empreendi- mento, por interesse exclusivo de Fernando de Ara- gão e Isabel de Castela, seus soberanos na época; b) a descoberta da América, em 1492, anulou ime- diatamente o interesse comercial da Europa com o Oriente; c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização e concordância da França, Inglaterra e Holanda; d) Portugal, imediatamente após o descobrimen- to do Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito ouro para a Europa, desde 1500; e) O pioneirismo português. 10-(MODIFICADA) Portugal e Espanha foram as primeiras nações a lançarem-se nas Grandes Navegações. Isto deveu-se basicamente a/ao: a) enorme quantidade de capitais acumulados nes- UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL8 tas duas nações desde o renascimento comercial na Baixa Idade Média; b) processo de centralização política favorecido pela Guerra de Reconquista; c) diferentemente de outras nobrezas, a nobreza portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e con- seguiram financiar o projeto de expansão marítima; d) o desenvolvimento industrial da península Ibé- rica forçou estas nações a buscarem mercados consu- midores e fornecedores; e) espírito aventureiro de portugueses e espanhóis. 11-(UFCE-MODIFICADA) Dispostos a participar do lucrativo comércio de especiarias, realizado pelos portos do levante mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses buscaram um caminho alternativo. Em 1498, Vasco da Gama conseguiu chegar à Índia: a) através dos portos do poente mediterrâneo. b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente. c)utilizando o canal do Panamá. c) realizando o périplo africano. d) através do Estreito de Magalhães. 12-(CESGRANRIO) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que a) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Por- tugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial interafricana. b) a conquista de Ceuta marcou o início da expan- são, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento. c) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos quanto nas pra- ças brasileiras. d) o domínio português de Piro e Sidon e o conse- quente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia. e) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastec- imento de escravos para o mercado europeu. 13 - A conexão que o reino português estabeleceu com reinos da costa atlântica do continente africano ao longo dos anos de expansão marítima possibilitou, entre outras coisas: a) o desenvolvimento do tráfico negreiro trans- atlântico. b) a intensiva prospecção de metais preciosos. c) o desenvolvimento da pecuária nas savanas af- ricanas. a criação de capitanias hereditárias na costa oeste africana. d) a montagem do sistema de engenhos de açúcar em Benin. 14- (FUVEST) No processo deexpansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia “em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (…)” (Azevedo, J. L. de ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180). Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que: a) a falta de unidade política e territorial em Por- tugal determinava a fragilidade econômica interna. b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrí- cola, diminuição da mão de obra, falta de investi- mentos industriais, afetando a economia nacional. c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, em- pobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais. d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lu- cros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal. e) o empreendimento marítimo português rev- elou-se tímido, permanecendo Veneza como o prin- cipal centro de redistribuição dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI. A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 9 15- O sistema de administração instituído por Portugal nas regiões que começou a ocupar logo nos anos iniciais de sua expansão marítima foi: a) a capitania. b) a Real Casa de Exploração. c) a intendência da África. d) a intendência das Minas. e) as feitorias. 16- (USS) “Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses..., mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes.” Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica: a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expan- são econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar. b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católi- ca, maior cristianização dos “povos bárbaros”. c) O pioneirismo português deve-se mais ao atra- so dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásti- cas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal. d) Desde o seu início, a expansão marítima, em- bora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrí- colas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários. e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão. 17- (ESPCEX) As Grandes Navegações iniciaram transformações significativas no cenário mundial. Leia atentamente os itens abaixo: I. O Oceano Atlântico passou a ser mais impor- tante que o Mar Mediterrâneo. II. A peste negra, com a qual os europeus se con- taminaram, era até então desconhecida na Europa. III. Houve a ascensão econômica das cidades itali- anas e o declínio das cidades banhadas pelo Mar do Norte. IV. Os europeus ergueram vastos impérios coloni- ais e se apropriaram da riqueza dos povos africanos, asiáticos e americanos. V. A propagação da fé cristã, Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas desse período. a) I, IV e V b) II, III e V c) I, II e III d) II, III e IV e) I, II e V 18-(ESPCEX) As grandes navegações produziram o expansionismo do século XV e contribuíram para acelerar a transição do feudalismo/capitalismo. Provocaram mudanças no comércio europeu, tais como: a) deslocamento do eixo econômico do Atlânti- co para o Pacífico; ascensão econômica das repúbli- cas italianas paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas; acúmulo de capitais nas mãos da realeza. b) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos; declínio econômico das po- tências mercantis atlânticas; intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa. c) empobrecimento da burguesia europeia; deslo- camento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; ascensão econômica das repúblicas italia- nas, paralelamente ao declínio das potências mercan- tis atlânticas. d) intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa, deslocamento do eixo econômico do UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL10 Mediterrâneo para o Atlântico; acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia, em consequência da abundância de metais que afluiu para a Europa. e) ascensão econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio econômico de países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; incorpora- ção das áreas do continente americano e do litoral africano às rotas já tradicionais de comércio Europa – Ásia; acumulação de capitais nas mãos da nobreza e realeza europeias. 19-(ESPCEX) Um conjunto de forças e motivos econômicos, políticos e culturais impulsionou a expansão comercial e marítima europeia a partir do século XV, o que resultou, entre outras coisas, no domínio da África, da Ásia e da América. Marque a alternativa ligada a esse processo: a) a contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488. b) conquista de Ceuta em 1415. c) chegada em Calicute, Índia, em 1498. d) ascensão ao trono português de uma nova di- nastia, a de Avis, em 1385. e) descobrimento do Brasil em 1500. 20-(ESA) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI objetivaram: a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento. b) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos c) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa. d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse. e) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus. 21-(ESPCEX) Muitos europeus acreditavam que, em direção ao sul, o mar seria habitado por monstros e estaria sempre em chamas. Se arriscassem cruzar o oceano Atlântico, à época conhecido como mar Tenebroso, iriam se deparar com o fim do mundo. Mesmo assim, os portugueses se lançaram às Grandes Navegações, no final do século XV. Considerando: I – A Tomada de Constantinopla pelos turcos oto- manos; II – A Criação da Companhia das Índias Ociden- tais; III – A existência de um poder centralizador e de um Estado unificado; IV – A descoberta da imensa mina de prata em Potosí pelos lusitanos; V – A invenção da bússola pelos portugueses na Escola de Sagres. Assinale abaixo a alternativa que apresenta as cau- sas que levaram à Expansão Marítima Portuguesa. a) I e II b) I e III c) I, II e III d) III e IV e) IV e V 22-(ESPCEX) No século XV, Portugal e Espanha deram início à expansão marítima europeia, da qual resultaram grandes impérios coloniais, a exemplo do Brasil. As afirmativas abaixo dizem respeito às várias explicações acerca do expansionismo e dos descobrimentos portugueses dos séculos XV e XVI. Analise-as e, a seguir, assinale a alternativa correta. I. A busca por rotas comerciais alternativas na tentativa de escapar das altas taxas cobradas pelos tur- cos otomanos, a partir do domínio estabelecido por eles no Mediterrâneo oriental em 1453. II. O desenvolvimento de instrumental tecnológi- co para navegação, a partir de estudos realizados por cartógrafos, astrônomos, matemáticos e navegadores na Escola de Sagres. III. A aliançaentre portugueses, venezianos e genoveses para fortalecer o monopólio que man- tinham sobre o Mediterrâneo, visando anular os prejuízos causados pela invasão árabe na península Ibérica ocorrida naquele período. IV. As aspirações da burguesia mercantil que ha- via consolidado a sua relação com a Coroa durante a Revolução de Avis, entre 1383 e 1385, quando as forças de Castela foram expulsas de Portugal e Dom João I assumiu o trono. A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 11 a) Somente a I está correta. b) Somente a I e a III estão corretas. c) Somente a I, a II e a IV estão corretas. d) Somente a I, a III e a IV estão corretas. e) Somente a II e a IV estão corretas. 23-(ESPCEX) Sobre as questões que motivaram o empreendimento marítimo dos portugueses, não é correto afirmar que: a) o papel pioneiro de Portugal na expansão ultra- marina está relacionado com a intensificação da rota marítima comercial que contornava o continente eu- ropeu pelo estreito de Gibraltar para chegar até o Mar do Norte. b) o projeto econômico da Coroa lusitana de navegar em direção à Ásia contou com os recursos financeiros da nobreza tradicional e da burguesia, ambas unidas por uma aliança matrimonial para a consolidação precoce do Estado português. c) a expansão marítima dos países da Europa de- riva-se do desenvolvimento do comércio continental europeu e de um novo sistema de relações internas que integrava o Mar Mediterrâneo ao Mar do Norte, especialmente a partir da revolução da arte de navegar. d) os portugueses, buscando se livrar da concor- rência no continente europeu e contando com suas vantagens geográficas empregaram seus esforços no comércio com a costa Ocidental da África. e) a riqueza das repúblicas italianas e dos Mou- ros, originada do comércio com as Índias, um plano de navegação para atingir o Oriente contornando a África. 24-(ESPCEX ) As viagens mercantis e os descobrimentos de rotas marítimas e de terras além- mar ocorridas no que conhecemos por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram etapas na conquista dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os seguintes eventos: Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, nomeando-a de Cabo das Tormentas. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao redor da Terra. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. Conquista de Ceuta pelos portugueses. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as Índias, mas na verdade havia aportado em terras desconhecidas. A sequência cronológica correta dos fatos listados é a) 1, 2, 3, 4 e 5. b) 3, 5, 4, 1 e 2. c) 5, 2, 1, 4 e 3. d) 2, 4, 1, 5 e 3. e) 4, 1, 5, 3 e 2. 25-(ESPCEX) Quanto à colonização realizada nos Estados Unidos da América do Norte, ela foi dividida em colônias do norte e do sul. Predominantemente nas colônias do norte, essa ocupação se diferenciou da ocorrida no sul, onde o clima favorecia a cultura de produtos tropicais de grande valor na Europa, como o tabaco e o algodão. A colonização, no Norte, foi realizada predominantemente por a) franceses. b) ingleses. c) portugueses. d) espanhóis. e) holandeses. 26- (MODIFICADA) Do século XII ao XV, Veneza, Gênova e Pisa destacaram-se como importantes núcleos urbanos na Europa, em decorrência, principalmente, da(o): a) existência de grandes plantações de trigo e cev- ada na região. b) comércio marítimo com os países situados nos mares do Norte e Báltico. c) associação com outras cidades como Hamburgo e Bremen. d) intenso intercâmbio comercial com o Oriente, por meio do transporte marítimo via Constantinopla. e) domínio religioso e militar sobre as demais ci- dades localizadas no Mediterrâneo. 27-(ESPCEX) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL12 portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal. a) Holanda. b) Alemanha. c) Itália. d) Inglaterra. e) EUA. 28- (ENEM) TEXTO I Documentos do século XVI algumas vezes se ref- erem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente Brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referên- cias ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro. SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. ln: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). TEXTO II Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteres- sados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo- saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da: A) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado. B) percepção corrente de uma ancestralidade co- mum às populações ameríndias. C) compreensão etnocêntrica acerca das popula- ções dos territórios conquistados. D) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval. E) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza. 29- (ENEM) O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra – ou a Conquista -, como se dizia então. E um mistério continua: o resultado do combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México – a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-colombiano – como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que dispunha de centenas de milhares de guerreiros? TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 1991 (adaptado) No contexto da conquista, conforme análise apre- sentada no texto, uma estratégia para superar as dis- paridades levantadas foi: a) implantar as missões cristãs entre as comuni- dades submetidas. b) utilizar a superioridade física dos mercenários africanos. c) explorar as rivalidades existentes entre os povos nativos. d) introduzir vetores para a disseminação de doen- ças epidêmicas. e) comprar terras para o enfraquecimento das teo- cracias autóctones. 30- (ENEM) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. (K. Munanga. “Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 13 negra no Brasil”. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC,2003, p. 37). Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar que: a) a colonização da África pelos europeus foi si- multânea ao descobrimento desse continente. b) a existência de lucrativo comércio na África le- vou os portugueses a desenvolverem esse continente. c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. e) a colonização da África antecedeu as entre esse continente e a Europa. GABARITO COMENTADO 1- ALTERNATIVA E. Comentário: O Estado Português foi um dos primeiros países da Europa a consolidar um governo forte, centralizado na pessoa do rei, o que influenciou no pioneirismo da Expansão Marítima. A formação da Monarquia Portuguesa iniciou-se nas lutas pela expulsão dos árabes que, desde o século VIII, ocupavam a península Ibérica. 2- ALTERNATIVA D. Comentário: Os países ibéricos entraram em confronto por causa das conquistas ultramarinas. Em 1494, logo após a viagem de Colombo e antes da descoberta do Brasil, com a mediação do papa, os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, que regulou a questão dos limites para exploração das colônias. 3- ALTERNATIVA C. Comentário: Trata-se das cidades italianas que monopolizavam o comércio com o Oriente através do Mar Mediterrâneo. 4- ALTERNATIVA B. Comentário: O Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras situadas a oeste do meridiano situado a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha, e as terras a leste à Portugal. 5- ALTERNATIVA C. Comentário: A centralização administrativa de Portugal permitiu que a monarquia governasse em sintonia com os projetos burgueses. No mesmo sentido, a posição geográfica na porção ocidental da península Ibérica, facilitou a expansão portuguesa. 6- ALTERNATIVA D. Comentário: Os países ibéricos entraram em confronto por causa das conquistas ultramarinas. Em 1494, logo após a viagem de Colombo e antes da descoberta do Brasil, com a mediação do papa, os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, que regulou a questão dos limites para exploração das colônias. 7- ALTERNATIVA B. Comentário: A centralização política precoce e a ausência de guerras em Portugal foram as principais e destacadas vantagens que permitiram a esse reino destinar recursos humanos e mate- riais na expansão ultramarina. 8- ALTERNATIVA A. Comentário: A Expansão Marítima alargou o horizonte geo- gráfico e permitiu que os Estados europeus centralizados lanças- sem ao mar em busca de especiarias, riquezas e a que garantiu o fortalecimento da economia mercantil. UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI HISTÓRIA DO BRASIL14 9- ALTERNATIVA E. Comentário: O período das Grandes Navegações e a con- solidação da economia mercantil dentro da Europa estabeleceu um novo tipo de relação entre as nações europeias. O interesse na conquista de novas rotas comerciais e a descoberta de áreas de colonização permitiu uma relação competitiva entre as nações europeias. Portugal, pela sua localização e consolidação políti- ca, garantiu o pioneirismo dando o pontapé inicial nas grandes navegações. 10- ALTERNATIVA C. Comentário: Portugal e Espanha garantiram o pioneiris- mo nas grandes navegações devido a centralização política com alianças entre a nobreza e a burguesia comercial, fazendo com que as coroas aprovassem o financiamento para lançarem-se ao mar e realizar a expansão marítima. 11- ALTERNATIVA C. Comentário: O périplo africano foi a solução encontrada para a chegada no Oriente em busca as Índias, para garantir especiarias e quebrar com o monopólio das cidades italianas. 12- ALTERNATIVA B. Comentário: A conquista de Ceuta, em 1415, foi o marco inicial da expansão marítima europeia, visto que, a partir daí, o iniciou-se a expansão marítima, com a construção de entrepos- tos comerciais (feitorias) pela costa africana, em busca ao Orien- te para chegar nas Índias. 13- ALTERNATIVA A. Comentário: O tráfico negreiro transatlântico resultou de uma aliança comercial entre os reinos europeus (principalmente o português) com os reinos africanos, que já traficavam negros entre si há séculos. Esse tráfico foi estimulado pela expansão ma- rítima e pela descoberta do Brasil e de outras regiões da América. 14- ALTERNATIVA B. Comentário: A expansão marítima do império português, apesar das grandes conquistas de território e da lucratividade da exploração das colônias, não constituiu algo que privasse Por- tugal de problemas econômicos de outra ordem. Mesmo após a expansão, Portugal ainda passou por problemas econômicos fazendo com que necessitasse de financiamentos de outros paí- ses, como a Inglaterra. 15- ALTERNATIVA E. Comentário: As feitorias eram estruturas administrativas fortifi- cadas que tinham o objetivo de demarcar as regiões ocupadas por Portugal ao longo de suas navegações. 16- ALTERNATIVA B. Comentário: Havia vários interesses dos vários grupos so- ciais daquela época. Os comerciantes observavam na expansão com o intuito de aumentar a lucratividade. Já a nobreza, espe- rava que os ganhos para que pudessem lhe conceder cargos e preservar privilégios. A Igreja Católica via nessa atividade uma boa oportunidade para disseminar a fé católica pelo mundo. 17- ALTERNATIVA A. Comentário: Com as Grandes Navegações, a fé cristã pôde ser disseminada em outros territórios e povos. Ela, por sinal, sig- nificou um importante instrumento no processo de dominação colonial. Envolvidos com a cultura religiosa cristã da Europa do período, os ibéricos negaram a religiosidade dos povos que estavam a ser dominados por eles. Nas Américas, por exemplo, tanto portugueses quanto espanhóis impuseram as suas próprias culturas religiosas, em detrimento das expressões religiosas dos ameríndios. Com a afirmação dos domínios coloniais garantidos pela navegação atlântica, o Mar Mediterrâneo perdeu a sua cen- tralidade e importância como rota comercial. 18- ALTERNATIVA D. Comentário: A expansão marítima desenvolveu atividades comerciais que contribuíram para o desenvolvimento do sistema capitalista. 19- ALTERNATIVA B. Comentário: As conquistas marítimas portuguesas se inicia- ram com a tomada de Ceuta, no Norte da África, em 1415. 20- ALTERNATIVA D. As expedições portuguesas buscavam reconhecer as terras e preservá-las do ataque de estrangeiros que desrespeitavam o Tra- tado de Tordesilhas. 21- ALTERNATIVA B. Comentário: A Tomada de Constantinopla, 1453, que im- pulsiona o desejo de uma nova rota para as Índias e a centrali- zação precoce portuguesa, tradicionalmente indicada a partir da Revolução de Avis (1385). 22- ALTERNATIVA C. 23- ALTERNATIVA B. 24- ALTERNATIVA E. Comentário: A Conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415, marca o início da expansão marítima europeia/portugue- sa. Bartolomeu Dias chega no Cabo da Boa Esperança em 1488 (passagem para o Oceano Índico). Em 1492, Cristóvão Colom- bo chega na América (atuais ilhas da América Central), acredi- tando estar nas Índias. Em 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil. Fernão de Magalhães se destacou por ter sido o primeiro a fazer a circum-navegação ao globo de 1519 a 1522. 25- ALTERNATIVA B. Comentário: Os ingleses se fixaram na América do Norte e se mantiveram a hegemonia na Colonização Americana. A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I HISTÓRIA DO BRASIL 15 26- ALTERNATIVA D. Comentário: As cidades italianas possuíam o monopólio das especiarias comercializadas por toda Europa até a invasão dos turcos otomanos em Constantinopla. 27- ALTERNATIVA A. Comentário: O contexto que a questão traz é o período de- nominado de União Ibérica (1580-1640), no qual Portugal e suas colônias ficaram sob o poder da Coroa espanhola. Uma das reações foi justamente fazer saques e tentativas de colonização nas colônias sob o domínio espanhol, como aconteceucom a invasão holandesa (1630-1654) no Brasil, no estado de Pernam- buco visando à produção açucareira. 28- ALTERNATIVA C. 29- ALTERNATIVA C. Comentário: No processo de conquista espanhola na Amé- rica, a exploração das rivalidades locais existentes entre o Im- pério Asteca e os outros povos nativos por ele dominados, foi utilizada como estratégia para consolidar a vitória espanhola. É importante lembrar que o processo de centralização política das sociedades indígenas na América espanhola ocorreu através de guerras e submissão de alguns povos por outros povos, havendo grandes mudanças nas sociedades indígenas e nunca através de um processo pacífico. 30- ALTERNATIVA D Comentário: O texto do enunciado da questão demonstra informações sobre o início da exploração europeia na África, os Portugueses iniciaram suas viagens exploratórias através de na- vegações que tinham como propósito a colonização do Brasil, apesar da exploração colonial garantir uma boa lucratividade, o tráfico negreiro garantiu um retorno financeiro muito maior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral - Volume Único. 10ª edição. São Paulo: Saraiva, 2012. KOSHIBA, Luiz, PEREIRA, Denise Manzi Frayze. História do Brasil: no contexto da história ocidental. Ensino Médio. 8ª edição, 6ª reimpressão revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atual, 2003. MORAIS, José Geraldo Vinci de. História: Geral e Brasil- Volume Único. 3ª edição. São Paulo: Atual, 2009. VICENTINO, Cláudio, DORIGO Gianpaolo. História do Brasil. 1ª edição. São Paulo: Scipione, 1997. Imagens: Fontes: Figura 1: https://escolaeducacao.com.br/tratado-de-tordesi- lhas/. Acesso em: 20 jun. de 2020. Figura 2: https://escolaeducacao.com.br/expansao-mariti- ma-europeia/grandes-navegacoes/. Acesso em: 20 jun. de 2020.
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