Buscar

História do Brasil - 01 - A expansão Ultramarina dos século

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
UNIDADE IA expansão Ultramarina dos séculos XV e XVI
A partir do século XI, a Europa passou por um 
ciclo de grandes transformações nas relações sociais 
e políticas que foram fundamentais para iniciar o 
processo da Expansão Comercial Marítima no sé-
culo XV. Para realizar a Expansão Marítima era ne-
cessário manter uma organização burocrática que 
foi iniciada com a formação dos Estados Nacionais 
Modernos e com o processo de centralização das 
monarquias nacionais dos séculos XIV e XV. Neste 
cenário de modificações, surgiram os grandes cen-
tros urbanos, a indústria manufatureira e ascensão 
da economia capitalista. 
A necessidade econômica contribuiu direta-
mente para a expansão marítima europeia, pelo de-
senvolvimento das atividades comerciais e tornou 
indispensável a busca de metais preciosos para au-
mentar a capacidade produtiva, a possibilidade de 
ampliar a busca de mercados consumidores e, con-
sequentemente, movimentar a economia. Diante 
da invasão dos turcos otomanos em Constantino-
pla, houve uma elevação no preço das mercadorias, 
e dificultou as rotas marítimas para o Oriente em 
busca de especiarias. 
Devido à escassez das especiarias e à tentativa na 
ampliação da riqueza, através da busca de metais pre-
ciosos, Portugal e Espanha seguidos da Inglaterra, 
França e Holanda lançaram-se ao mar e iniciaram a 
expansão marítima. Porém, vale ressaltar que Espa-
nha e, principalmente, Portugal possuíram o pionei-
rismo no processo de expansão. 
Portugal desfrutou de uma localização geográfica 
extremamente favorável, o que possibilitou que Lis-
boa, Porto e Sevilha ganhassem destaque como gran-
des centros comerciais do século XV. Outro grande 
fator foi a centralização política portuguesa que foi 
realizada antes de qualquer outro país na Europa, 
devido à participação na guerra da Reconquista, que 
possibilitou a aliança da burguesia comercial e a mo-
nárquica. Esta aliança tornou Portugal muito forte 
politicamente, sendo um dos fatores que explicam 
seu pioneirismo. 
Os desenvolvimentos dos estudos náuticos na 
escola de Sagres possuíram um papel fundamental, 
sem esses conhecimentos navais seria impossível 
lançar-se ao mar naquele momento, junto com o 
avanço dos estudos astronômicos e cartográficos. A 
soma desses fatores garantiu um impulso na cons-
trução naval que, com o apoio do estado Português, 
tornou-se viável as grandes navegações Portugue-
sas que visavam às rotas para alcançar as Índias, no 
Oriente. O intuito era de alcançar alguma rota ma-
rítima que passasse pelo continente africano com 
destino às Índias, para buscar especiarias e acabar 
com o monopólio italiano que comercializava com 
toda a Europa. 
O marco inicial para a expansão portuguesa foi a 
tomada de Ceuta, um grande entreposto comercial 
localizado no norte da costa africana. Logo em segui-
da, houve a conquista das ilhas de Madeira e Açores, 
no Oceano Atlântico, para posteriormente alcançar 
os territórios africanos e estabelecer contatos comer-
ciais e a captura de escravos. Era de grande importân-
cia para os portugueses dar continuidade a Recon-
quista para verificar o poder real dos muçulmanos e 
iniciar uma possível conversão à religião cristã, pois 
ainda não era possível chegar às Índias. 
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL4
Em 1460, com a morte de Dom Henrique, houve 
uma diminuição da expansão portuguesa nos territó-
rios africanos, porém, nas áreas consolidadas se man-
tiveram as feitorias, o que assegurou a comercializa-
ção de marfim, ouro e escravos, garantindo uma certa 
lucratividade aos portugueses. Com grande interesse 
na expansão, Portugal garantiu a rota sul africana que 
fazia parte do caminho para o Oriente a partir do Tra-
tado de Toledo (1480). Este tratado estabeleceu que 
as terras ao sul das ilhas Canárias caberiam a Portugal 
e ao norte à Espanha. 
 De 1481 a 1495, a Coroa Portuguesa iniciou o 
périplo africano (contorno do continente africano), 
com o objetivo de alcançar as Índias. Na tentativa 
de estabelecer uma rota possível, Bartolomeu Dias 
chegou ao Cabo das Tormentas entre 1487 e 1488. 
Contudo, em 1492, Cristóvão Colombo, em nome 
da coroa espanhola descobriu terras no continente 
americano, que por um engano foram consideradas 
parte da Ásia. Este fato preocupou os portugueses 
que ficaram ameaçados em perder o controle das ro-
tas africanas. Com a chegada de Colombo à América, 
as delimitações do tratado de Toledo não foram efeti-
vadas, houve a necessidade de um novo tratado para 
garantir o equilíbrio entre os países ibéricos.
 Em 1493, os reis espanhóis recorreram ao papa 
Alexandre VI, devido a boa relação da Espanha com 
a Igreja Católica e editaram a Bula Intercoetera para 
delimitar os direitos territoriais de ambos países. 
Esta bula demarcava a divisão do mundo ultramari-
no através dos arquipélagos de Açores e Cabo Verde 
em uma distância de 100 léguas, sendo traçada uma 
linha imaginária norte-sul o que marcou as terras a 
leste a Portugal e oeste a Espanha. 
Portugal manteve uma grande oposição a este tra-
tado e obrigou a Espanha a outras negociações. Para 
não ocorrer um possível conflito entre as coroas, em 
1494, por meio de novas negociações, com um novo 
FIGURA 1
ROTAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES 
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 5
Tratado, o de Tordesilhas, passou a delimitar as áreas 
de domínio de cada país. O marco ficou estabelecido 
em 370 léguas a ocidente do arquipélago de Cabo 
Verde, no oceano Atlântico, à leste, as rotas de nave-
gação seriam de Portugal e, à oeste, da Espanha.
Mesmo com uma chegada tardia, 10 anos após 
Bartolomeu Dias, Vasco da Gama permitiu que o rei-
no de Portugal lutasse pela hegemonia do comércio 
das Índias, com
Isso, a Coroa portuguesa organizou uma tripu-
lação mais organizada em direção à América que 
foi comandada por Pedro Alvares Cabral. Durante 
a viagem, algumas caravelas se distanciaram do li-
toral africano e chegaram às Terras de Santa Cruz, 
no dia 22 de abril de 1500, dias depois, à Calicute, 
após sua chegada iniciaram um bombardeio, ga-
rantindo o domínio português e, no mesmo ano, 
oficializou a posse do território que, futuramente, 
passou a ser chamado de Brasil. Após a ocupação 
das terras recém-descobertas, os primeiros contatos 
com os nativos não foram de forma amistosa, o que 
ocasionou alguns conflitos, porém garantiu o início 
da ocupação europeia no continente americano e a 
colonização dos territórios. 
FIGURA 2
TRATADOS DE PORTUGAL E ESPANHA NA CORRIDA PARA A CONQUISTA DE TERRITÓRIOS.
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL6
Este período das grandes navegações mostrou 
uma ampliação de horizontes e ocupação de terras 
desconhecidas por alguns países europeus. As nave-
gações alargaram o horizonte geográfico e um maior 
contato com o mundo desconhecido. Países como 
a França e Inglaterra, inicialmente, não obtiveram 
uma rápida conquista, mas, foram extremamente 
importantes na colonização de outras áreas do mapa, 
como na América do Norte. A França se incomodou 
com os domínios definidos pelo tratado de Tordesi-
lhas e não legitimou as posses portuguesas, devido 
ao uti possidetis (princípio de direito internacional 
segundo o qual os que de fato ocupam um territó-
rio possuem direito sobre este). Já a Holanda não 
conseguiu formar colônias no continente americano 
por muito tempo e atuou em uma direção voltada 
para os negócios, de forma indireta, com o financia-
mento de alguns negócios de Portugal e, futuramen-
te, com a colônia brasileira.
A expansão das rotas marítimas mostrou aos 
países europeus um desenvolvimento das práticas 
econômicas para assegurar mais recursos ao comér-
cio e nas áreas manufatureiras, com o objetivo de 
enriquecimento e acumulação de bens. Os Estados 
Modernos europeus buscavam por metais preciosos 
e riquezas, proporcionando lucro para as metrópo-
les, devido à exploração colonial das atividadesco-
merciais. Além disso, o tráfico de escravos africanos 
começou a fazer parte da comercialização dos eu-
ropeus e foi extremamente lucrativo, garantiu uma 
exportação de cerca de 10 milhões de africanos. 
De acordo com José Geraldo Vince de Morais, 
professor do departamento de História da Univer-
sidade de São Paulo, essas ações privilegiavam ati-
vidades mercantis e fizeram com que esta política 
econômica fosse denominada posteriormente como 
Mercantilismo tendo o objetivo geral de proteção e 
garantia do desenvolvimento do comércio dos Es-
tados modernos. Vale ressaltar que a colonização 
europeia, em determinadas regiões, não ocorreu de 
forma amistosa. Em alguns locais houve uma gran-
de resistência das populações e conflitos nas regiões 
colonizadas, modificando algumas estruturas sociais 
e culturais.
EXERCÍCIOS
1 - (ESA) No final do Século XIV, o único Estado 
centralizado e livre de guerras, o que lhe permitiu ser 
o pioneiro na expansão ultramarina, era o 
a) espanhol. 
b) inglês. 
c) francês. 
d) holandês. 
e) português.
2-(ESA) O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos 
reis ibéricos com a intervenção papal, representa
 a) o marco inicial da colonização portuguesa do 
Brasil. 
b) o fim da rivalidade entre portugueses e espa-
nhóis na América. 
c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses. 
d) a demarcação dos direitos de exploração colo-
nial dos ibéricos. 
e) o declínio do expansionismo espanhol.
3-(ESA) No século XV, o lucrativo comércio 
das especiarias - artigos de luxo - era praticamente 
monopolizado pelas cidades europeias de 
a) Paris e Flandres. 
b) Londres e Hamburgo. 
c) Gênova e Veneza.
d) Constantinopla e Berlim.
e) Lisboa e Madri.
4-(ESA) O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 
1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu 
resolver as disputas por colônias ultramarinas entre 
esses dois países, estabelecia que 
a) os espanhóis ficariam com todas as terras desco-
bertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras 
descobertas depois ficariam com os portugueses.
b) os domínios espanhóis e portugueses seriam se-
parados por um meridiano estabelecido a 370 léguas 
a oeste das ilhas de Cabo Verde. 
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 7
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Trata-
do, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses 
e espanhóis nos quinze anos seguintes. 
d) Portugal e Espanha administrariam juntos as 
terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colo-
nialista da Inglaterra, da Holanda e da França. 
e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com 
os costumes e as religiões dos povos que habitassem 
as terras descobertas.
5-(ESA) No contexto da expansão marítima, que 
levou os europeus a encontrar a América, Portugal 
destacou-se como pioneiro das grandes navegações do 
século XV. Entre os muitos fatores que contribuíram 
para o pioneirismo português, destacam-se: 
a) a associação Estado/Igreja e a centralização do 
poder.
 b) a política mercantilista e a expulsão dos mou-
ros da península Ibérica. 
c) a centralização administrativa e a posição geo-
gráfica.
d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza 
fundiária. 
e) a industrialização e a centralização do poder.
6-(ESA) O tratado de Tordesilhas, assinado pelos 
reis ibéricos com a intervenção papal, representa
a) o marco inicial da colonização portuguesa no 
Brasil.
b) o fim da rivalidade entre portugueses e espa-
nhóis na América.
c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses.
d) a demarcação dos direitos de exploração colo-
nial dos ibéricos.
e) o declínio do expansionismo espanhol.
7-(ESA) Entre os motivos que contribuíram para 
o pioneirismo português no fenômeno histórico 
conhecido como “expansão ultramarina”, é correto 
afirmar que foi (foram) decisivo
a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.
b) a precoce centralização política de Portugal e a 
ausência de guerras.
c) a luta contra os mouros no Marrocos.
d) a aliança com o reino da Espanha.
e) as reformas pombalinas.
8- (PUCCAMP-SP) O processo de colonização 
europeia da América, durante os séculos XVI, XVII e 
XVIII, está ligado à:
a) expansão comercial e marítima, ao fortaleci-
mento das monarquias nacionais absolutas e à polí-
tica mercantilista.
b) disseminação do movimento cruzadista, ao 
crescimento do comércio com os povos orientais e à 
política livre-cambista.
c) política imperialista, ao fracasso da ocupação 
agrícola das terras e ao crescimento do comércio bila-
teral. Criação das companhias de comércio, ao desen-
volvimento do modo feudal de produção e à política 
liberal.
d) política industrial, ao surgimento de um merca-
do interno consumidor e ao excesso de mão-de-obra 
livre.
9- (CESUP/UNAES/SEAT-MS) Na expansão 
da Europa, a partir do século XV, encontramos 
intimamente ligados à sua história:
a) a participação da Espanha nesse empreendi-
mento, por interesse exclusivo de Fernando de Ara-
gão e Isabel de Castela, seus soberanos na época;
b) a descoberta da América, em 1492, anulou ime-
diatamente o interesse comercial da Europa com o 
Oriente;
c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras 
descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização 
e concordância da França, Inglaterra e Holanda;
d) Portugal, imediatamente após o descobrimen-
to do Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito 
ouro para a Europa, desde 1500;
e) O pioneirismo português.
10-(MODIFICADA) Portugal e Espanha foram 
as primeiras nações a lançarem-se nas Grandes 
Navegações. Isto deveu-se basicamente a/ao:
a) enorme quantidade de capitais acumulados nes-
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL8
tas duas nações desde o renascimento comercial na 
Baixa Idade Média;
b) processo de centralização política favorecido 
pela Guerra de Reconquista;
c) diferentemente de outras nobrezas, a nobreza 
portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e con-
seguiram financiar o projeto de expansão marítima;
d) o desenvolvimento industrial da península Ibé-
rica forçou estas nações a buscarem mercados consu-
midores e fornecedores;
e) espírito aventureiro de portugueses e espanhóis.
11-(UFCE-MODIFICADA) Dispostos a participar 
do lucrativo comércio de especiarias, realizado pelos 
portos do levante mediterrâneo e controlado pelos 
venezianos, os portugueses buscaram um caminho 
alternativo. Em 1498, Vasco da Gama conseguiu 
chegar à Índia:
a) através dos portos do poente mediterrâneo.
b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio 
Oriente.
c)utilizando o canal do Panamá.
c) realizando o périplo africano.
d) através do Estreito de Magalhães.
12-(CESGRANRIO) Acerca da expansão marítima 
comercial implementada pelo Reino Português, 
podemos afirmar que
a) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Por-
tugal montar uma feitoria e manter o controle sobre 
importantíssima rota comercial interafricana. 
b) a conquista de Ceuta marcou o início da expan-
são, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a 
manutenção do empreendimento. 
c) a expansão da lavoura açucareira escravista na 
Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos 
escravos, tanto nos portos africanos quanto nas pra-
ças brasileiras. 
d) o domínio português de Piro e Sidon e o conse-
quente monopólio de especiarias do Oriente Próximo 
tornaram desinteressante a conquista da Índia. 
e) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda 
possibilitou a montagem de grande rede de abastec-
imento de escravos para o mercado europeu.
13 - A conexão que o reino português estabeleceu 
com reinos da costa atlântica do continente africano 
ao longo dos anos de expansão marítima possibilitou, 
entre outras coisas: 
a) o desenvolvimento do tráfico negreiro trans-
atlântico. 
b) a intensiva prospecção de metais preciosos. 
c) o desenvolvimento da pecuária nas savanas af-
ricanas. a criação de capitanias hereditárias na costa 
oeste africana. 
d) a montagem do sistema de engenhos de açúcar 
em Benin.
14- (FUVEST) No processo deexpansão mercantil 
europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve 
importante papel, chegando a exercer durante algum 
tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia “em 
meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. 
Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem 
para alguns particulares (…)”
 (Azevedo, J. L. de ÉPOCAS DE PORTUGAL 
ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180).
Ao analisarmos o processo de expansão mercantil 
de Portugal, concluímos que:
a) a falta de unidade política e territorial em Por-
tugal determinava a fragilidade econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes 
despesas para o Estado, queda da produtividade agrí-
cola, diminuição da mão de obra, falta de investi-
mentos industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino 
português, que durou até o final do século XV, em-
pobreceu a economia nacional que ficou carente de 
capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado 
português no século XV levou ao escoamento dos lu-
cros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento 
em Portugal.
e) o empreendimento marítimo português rev-
elou-se tímido, permanecendo Veneza como o prin-
cipal centro de redistribuição dos produtos asiáticos, 
durante todo o século XVI.
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 9
15- O sistema de administração instituído por 
Portugal nas regiões que começou a ocupar logo nos 
anos iniciais de sua expansão marítima foi:
a) a capitania.
b) a Real Casa de Exploração.
c) a intendência da África.
d) a intendência das Minas.
e) as feitorias.
16- (USS) “Sem dúvida, a atração para o mar foi 
incentivada pela posição geográfica do país, próximo às 
ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia 
da época, era importante contar com correntes 
marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente 
nos portos portugueses..., mas há outros fatores da 
história portuguesa tão ou mais importantes.”
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores 
da participação portuguesa na expansão marítima e 
comercial europeia, além da posição geográfica: 
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação 
do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expan-
são econômica quanto à religiosa, que a expansão 
marítima iria concretizar. 
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima 
era comercial e aumentava os negócios, superando a 
crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; 
para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católi-
ca, maior cristianização dos “povos bárbaros”. 
c) O pioneirismo português deve-se mais ao atra-
so dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásti-
cas, do que a fatores próprios do processo histórico, 
econômico, político e social de Portugal. 
d) Desde o seu início, a expansão marítima, em-
bora contasse com o apoio entusiasmado do grupo 
mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrí-
colas, para quem os dispêndios com o comércio eram 
perdulários. 
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, 
a burguesia manteve a independência de Portugal, 
centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse 
específico na expansão.
17- (ESPCEX) As Grandes Navegações iniciaram 
transformações significativas no cenário mundial. Leia 
atentamente os itens abaixo: 
I. O Oceano Atlântico passou a ser mais impor-
tante que o Mar Mediterrâneo.
II. A peste negra, com a qual os europeus se con-
taminaram, era até então desconhecida na Europa.
III. Houve a ascensão econômica das cidades itali-
anas e o declínio das cidades banhadas pelo Mar do 
Norte.
IV. Os europeus ergueram vastos impérios coloni-
ais e se apropriaram da riqueza dos povos africanos, 
asiáticos e americanos. 
V. A propagação da fé cristã,
Assinale a única alternativa em que todos os itens 
listam características corretas desse período. 
a) I, IV e V
b) II, III e V
c) I, II e III
d) II, III e IV
e) I, II e V
18-(ESPCEX) As grandes navegações produziram 
o expansionismo do século XV e contribuíram para 
acelerar a transição do feudalismo/capitalismo. 
Provocaram mudanças no comércio europeu, tais 
como: 
a) deslocamento do eixo econômico do Atlânti-
co para o Pacífico; ascensão econômica das repúbli-
cas italianas paralelamente ao declínio das potências 
mercantis atlânticas; acúmulo de capitais nas mãos 
da realeza. 
b) perda do monopólio do comércio de especiarias 
por parte dos italianos; declínio econômico das po-
tências mercantis atlânticas; intenso afluxo de metais 
preciosos da América para a Europa. 
c) empobrecimento da burguesia europeia; deslo-
camento do eixo econômico do Mediterrâneo para o 
Atlântico; ascensão econômica das repúblicas italia-
nas, paralelamente ao declínio das potências mercan-
tis atlânticas. 
d) intenso afluxo de metais preciosos da América 
para a Europa, deslocamento do eixo econômico do 
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL10
Mediterrâneo para o Atlântico; acúmulo de capitais 
nas mãos da burguesia europeia, em consequência da 
abundância de metais que afluiu para a Europa. 
e) ascensão econômica das repúblicas italianas, 
paralelamente ao declínio econômico de países como 
Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; incorpora-
ção das áreas do continente americano e do litoral 
africano às rotas já tradicionais de comércio Europa 
– Ásia; acumulação de capitais nas mãos da nobreza e 
realeza europeias.
19-(ESPCEX) Um conjunto de forças e motivos 
econômicos, políticos e culturais impulsionou a 
expansão comercial e marítima europeia a partir do 
século XV, o que resultou, entre outras coisas, no 
domínio da África, da Ásia e da América. Marque a 
alternativa ligada a esse processo: 
a) a contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.
b) conquista de Ceuta em 1415. 
c) chegada em Calicute, Índia, em 1498. 
d) ascensão ao trono português de uma nova di-
nastia, a de Avis, em 1385. 
e) descobrimento do Brasil em 1500.
20-(ESA) As expedições portuguesas ao Brasil nas 
duas primeiras décadas do século XVI objetivaram: 
a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato 
povoamento. 
b) travar contato com os nossos índios e iniciar 
atividades comerciais com os mesmos 
c) transferir para o Brasil os acusados de heresias 
protestantes na corte portuguesa.
d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a 
sua posse. 
e) estimular a catequese dos índios a pedido da 
Companhia de Jesus.
21-(ESPCEX) Muitos europeus acreditavam que, 
em direção ao sul, o mar seria habitado por monstros 
e estaria sempre em chamas. Se arriscassem cruzar 
o oceano Atlântico, à época conhecido como mar 
Tenebroso, iriam se deparar com o fim do mundo. 
Mesmo assim, os portugueses se lançaram às Grandes 
Navegações, no final do século XV. Considerando: 
I – A Tomada de Constantinopla pelos turcos oto-
manos;
II – A Criação da Companhia das Índias Ociden-
tais;
III – A existência de um poder centralizador e de 
um Estado unificado; 
IV – A descoberta da imensa mina de prata em 
Potosí pelos lusitanos; 
V – A invenção da bússola pelos portugueses na 
Escola de Sagres. 
Assinale abaixo a alternativa que apresenta as cau-
sas que levaram à Expansão Marítima Portuguesa.
a) I e II 
b) I e III 
c) I, II e III 
d) III e IV 
e) IV e V
22-(ESPCEX) No século XV, Portugal e Espanha 
deram início à expansão marítima europeia, da qual 
resultaram grandes impérios coloniais, a exemplo 
do Brasil. As afirmativas abaixo dizem respeito às 
várias explicações acerca do expansionismo e dos 
descobrimentos portugueses dos séculos XV e XVI. 
Analise-as e, a seguir, assinale a alternativa correta.
 I. A busca por rotas comerciais alternativas na 
tentativa de escapar das altas taxas cobradas pelos tur-
cos otomanos, a partir do domínio estabelecido por 
eles no Mediterrâneo oriental em 1453. 
II. O desenvolvimento de instrumental tecnológi-
co para navegação, a partir de estudos realizados por 
cartógrafos, astrônomos, matemáticos e navegadores 
na Escola de Sagres. 
III. A aliançaentre portugueses, venezianos e 
genoveses para fortalecer o monopólio que man-
tinham sobre o Mediterrâneo, visando anular os 
prejuízos causados pela invasão árabe na península 
Ibérica ocorrida naquele período. 
IV. As aspirações da burguesia mercantil que ha-
via consolidado a sua relação com a Coroa durante 
a Revolução de Avis, entre 1383 e 1385, quando as 
forças de Castela foram expulsas de Portugal e Dom 
João I assumiu o trono.
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 11
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a I e a III estão corretas. 
c) Somente a I, a II e a IV estão corretas. 
d) Somente a I, a III e a IV estão corretas. 
e) Somente a II e a IV estão corretas. 
23-(ESPCEX) Sobre as questões que motivaram 
o empreendimento marítimo dos portugueses, não é 
correto afirmar que: 
a) o papel pioneiro de Portugal na expansão ultra-
marina está relacionado com a intensificação da rota 
marítima comercial que contornava o continente eu-
ropeu pelo estreito de Gibraltar para chegar até o Mar 
do Norte. 
b) o projeto econômico da Coroa lusitana de 
navegar em direção à Ásia contou com os recursos 
financeiros da nobreza tradicional e da burguesia, 
ambas unidas por uma aliança matrimonial para a 
consolidação precoce do Estado português.
 c) a expansão marítima dos países da Europa de-
riva-se do desenvolvimento do comércio continental 
europeu e de um novo sistema de relações internas 
que integrava o Mar Mediterrâneo ao Mar do Norte, 
especialmente a partir da revolução da arte de navegar. 
d) os portugueses, buscando se livrar da concor-
rência no continente europeu e contando com suas 
vantagens geográficas empregaram seus esforços no 
comércio com a costa Ocidental da África. 
e) a riqueza das repúblicas italianas e dos Mou-
ros, originada do comércio com as Índias, um plano 
de navegação para atingir o Oriente contornando a 
África. 
24-(ESPCEX ) As viagens mercantis e os 
descobrimentos de rotas marítimas e de terras além-
mar ocorridas no que conhecemos por expansão 
europeia, mudou o mundo conhecido até então. 
Foram etapas na conquista dos novos caminhos, rotas 
e descobrimentos os seguintes eventos: Bartolomeu 
Dias atingiu a extremidade sul do continente africano, 
nomeando-a de Cabo das Tormentas. Fernão de 
Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao 
redor da Terra. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. 
Conquista de Ceuta pelos portugueses. Cristóvão 
Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para 
as Índias, mas na verdade havia aportado em terras 
desconhecidas. A sequência cronológica correta dos 
fatos listados é 
a) 1, 2, 3, 4 e 5. 
b) 3, 5, 4, 1 e 2. 
c) 5, 2, 1, 4 e 3. 
d) 2, 4, 1, 5 e 3. 
e) 4, 1, 5, 3 e 2.
25-(ESPCEX) Quanto à colonização realizada nos 
Estados Unidos da América do Norte, ela foi dividida 
em colônias do norte e do sul. Predominantemente 
nas colônias do norte, essa ocupação se diferenciou da 
ocorrida no sul, onde o clima favorecia a cultura de 
produtos tropicais de grande valor na Europa, como 
o tabaco e o algodão. A colonização, no Norte, foi 
realizada predominantemente por
a) franceses. 
b) ingleses.
c) portugueses.
d) espanhóis. 
e) holandeses.
26- (MODIFICADA) Do século XII ao XV, Veneza, 
Gênova e Pisa destacaram-se como importantes núcleos 
urbanos na Europa, em decorrência, principalmente, 
da(o):
a) existência de grandes plantações de trigo e cev-
ada na região. 
b) comércio marítimo com os países situados nos 
mares do Norte e Báltico. 
c) associação com outras cidades como Hamburgo 
e Bremen. 
d) intenso intercâmbio comercial com o Oriente, 
por meio do transporte marítimo via Constantinopla. 
e) domínio religioso e militar sobre as demais ci-
dades localizadas no Mediterrâneo.
27-(ESPCEX) Em 1578, dom Sebastião, rei de 
Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem 
descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom 
Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem 
deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa 
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL12
portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, 
dando início à chamada União Ibérica. Com esta 
união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se 
inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale aquele 
que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda.
b) Alemanha.
c) Itália.
d) Inglaterra.
e) EUA.
28- (ENEM) TEXTO I 
Documentos do século XVI algumas vezes se ref-
erem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou 
“gente Brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o 
termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referên-
cias ao status econômico e jurídico desses eram muito 
mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e 
“índios” eram utilizados com mais frequência do que 
qualquer outro. 
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando 
o Brasil: a construção de um povo. ln: MOTA, C. G. (Org.). Viagem 
incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 
(adaptado). 
TEXTO II 
Índio é um conceito construído no processo de 
conquista da América pelos europeus. Desinteres-
sados pela diversidade cultural, imbuídos de forte 
preconceito para com o outro, o indivíduo de outras 
culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-
saxões terminaram por denominar da mesma forma 
povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
 SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São 
Paulo: Contexto, 2005. 
Ao comparar os textos, as formas de designação 
dos grupos nativos pelos europeus, durante o período 
analisado, são reveladoras da: 
A) concepção idealizada do território, entendido 
como geograficamente indiferenciado.
B) percepção corrente de uma ancestralidade co-
mum às populações ameríndias.
C) compreensão etnocêntrica acerca das popula-
ções dos territórios conquistados. 
D) transposição direta das categorias originadas 
no imaginário medieval.
E) visão utópica configurada a partir de fantasias 
de riqueza.
29- (ENEM) O encontro entre o Velho e o Novo 
Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, 
é de um tipo muito particular: é uma guerra – ou 
a Conquista -, como se dizia então. E um mistério 
continua: o resultado do combate. Por que a vitória 
fulgurante, se os habitantes da América eram tão 
superiores em número aos adversários e lutaram no 
próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México 
– a mais espetacular, já que a civilização mexicana é 
a mais brilhante do mundo pré-colombiano – como 
explicar que Cortez, liderando centenas de homens, 
tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que 
dispunha de centenas de milhares de guerreiros? 
TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 
1991 (adaptado) 
No contexto da conquista, conforme análise apre-
sentada no texto, uma estratégia para superar as dis-
paridades levantadas foi:
a) implantar as missões cristãs entre as comuni-
dades submetidas. 
b) utilizar a superioridade física dos mercenários 
africanos. 
c) explorar as rivalidades existentes entre os povos 
nativos. 
d) introduzir vetores para a disseminação de doen-
ças epidêmicas. 
e) comprar terras para o enfraquecimento das teo-
cracias autóctones.
30- (ENEM) A identidade negra não surge 
da tomada de consciência de uma diferença de 
pigmentação ou de uma diferença biológica entre 
populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. 
Ela resulta de um longo processo histórico que começa 
com o descobrimento, no século XV, do continente 
africano e de seus habitantes pelos navegadores 
portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho 
às relações mercantilistas com a África, ao tráfico 
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do 
continente africano e de seus povos.
(K. Munanga. “Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade 
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 13
negra no Brasil”. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: 
SEMTEC/MEC,2003, p. 37).
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é 
correto afirmar que: 
a) a colonização da África pelos europeus foi si-
multânea ao descobrimento desse continente. 
b) a existência de lucrativo comércio na África le-
vou os portugueses a desenvolverem esse continente. 
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao 
início da escravidão no Brasil. 
d) a exploração da África decorreu do movimento 
de expansão europeia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as entre esse 
continente e a Europa.
GABARITO COMENTADO
1- ALTERNATIVA E.
Comentário: O Estado Português foi um dos primeiros 
países da Europa a consolidar um governo forte, centralizado 
na pessoa do rei, o que influenciou no pioneirismo da Expansão 
Marítima. A formação da Monarquia Portuguesa iniciou-se 
nas lutas pela expulsão dos árabes que, desde o século VIII, 
ocupavam a península Ibérica.
2- ALTERNATIVA D.
Comentário: Os países ibéricos entraram em confronto por 
causa das conquistas ultramarinas. Em 1494, logo após a viagem 
de Colombo e antes da descoberta do Brasil, com a mediação 
do papa, os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de 
Tordesilhas, que regulou a questão dos limites para exploração 
das colônias.
3- ALTERNATIVA C.
Comentário: Trata-se das cidades italianas que 
monopolizavam o comércio com o Oriente através do Mar 
Mediterrâneo.
4- ALTERNATIVA B.
Comentário: O Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as 
terras situadas a oeste do meridiano situado a 370 léguas a oeste 
das ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha, e as terras a 
leste à Portugal.
5- ALTERNATIVA C. 
Comentário: A centralização administrativa de Portugal 
permitiu que a monarquia governasse em sintonia com os 
projetos burgueses. No mesmo sentido, a posição geográfica 
na porção ocidental da península Ibérica, facilitou a expansão 
portuguesa. 
6- ALTERNATIVA D.
Comentário: Os países ibéricos entraram em confronto por 
causa das conquistas ultramarinas. Em 1494, logo após a viagem 
de Colombo e antes da descoberta do Brasil, com a mediação 
do papa, os reis de Portugal e Espanha assinaram o Tratado de 
Tordesilhas, que regulou a questão dos limites para exploração 
das colônias.
7- ALTERNATIVA B.
Comentário: A centralização política precoce e a ausência de 
guerras em Portugal foram as principais e destacadas vantagens 
que permitiram a esse reino destinar recursos humanos e mate-
riais na expansão ultramarina.
8- ALTERNATIVA A.
Comentário: A Expansão Marítima alargou o horizonte geo-
gráfico e permitiu que os Estados europeus centralizados lanças-
sem ao mar em busca de especiarias, riquezas e a que garantiu o 
fortalecimento da economia mercantil.
UNIDADE I | A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI
HISTÓRIA DO BRASIL14
9- ALTERNATIVA E.
Comentário: O período das Grandes Navegações e a con-
solidação da economia mercantil dentro da Europa estabeleceu 
um novo tipo de relação entre as nações europeias. O interesse 
na conquista de novas rotas comerciais e a descoberta de áreas de 
colonização permitiu uma relação competitiva entre as nações 
europeias. Portugal, pela sua localização e consolidação políti-
ca, garantiu o pioneirismo dando o pontapé inicial nas grandes 
navegações.
10- ALTERNATIVA C.
Comentário: Portugal e Espanha garantiram o pioneiris-
mo nas grandes navegações devido a centralização política com 
alianças entre a nobreza e a burguesia comercial, fazendo com 
que as coroas aprovassem o financiamento para lançarem-se ao 
mar e realizar a expansão marítima. 
11- ALTERNATIVA C.
Comentário: O périplo africano foi a solução encontrada 
para a chegada no Oriente em busca as Índias, para garantir 
especiarias e quebrar com o monopólio das cidades italianas. 
12- ALTERNATIVA B.
Comentário: A conquista de Ceuta, em 1415, foi o marco 
inicial da expansão marítima europeia, visto que, a partir daí, o 
iniciou-se a expansão marítima, com a construção de entrepos-
tos comerciais (feitorias) pela costa africana, em busca ao Orien-
te para chegar nas Índias.
13- ALTERNATIVA A. 
Comentário: O tráfico negreiro transatlântico resultou de 
uma aliança comercial entre os reinos europeus (principalmente 
o português) com os reinos africanos, que já traficavam negros 
entre si há séculos. Esse tráfico foi estimulado pela expansão ma-
rítima e pela descoberta do Brasil e de outras regiões da América.
14- ALTERNATIVA B. 
Comentário: A expansão marítima do império português, 
apesar das grandes conquistas de território e da lucratividade da 
exploração das colônias, não constituiu algo que privasse Por-
tugal de problemas econômicos de outra ordem. Mesmo após 
a expansão, Portugal ainda passou por problemas econômicos 
fazendo com que necessitasse de financiamentos de outros paí-
ses, como a Inglaterra. 
15- ALTERNATIVA E. 
Comentário: As feitorias eram estruturas administrativas fortifi-
cadas que tinham o objetivo de demarcar as regiões ocupadas por 
Portugal ao longo de suas navegações.
16- ALTERNATIVA B.
Comentário: Havia vários interesses dos vários grupos so-
ciais daquela época. Os comerciantes observavam na expansão 
com o intuito de aumentar a lucratividade. Já a nobreza, espe-
rava que os ganhos para que pudessem lhe conceder cargos e 
preservar privilégios. A Igreja Católica via nessa atividade uma 
boa oportunidade para disseminar a fé católica pelo mundo. 
17- ALTERNATIVA A.
Comentário: Com as Grandes Navegações, a fé cristã pôde 
ser disseminada em outros territórios e povos. Ela, por sinal, sig-
nificou um importante instrumento no processo de dominação 
colonial. Envolvidos com a cultura religiosa cristã da Europa 
do período, os ibéricos negaram a religiosidade dos povos que 
estavam a ser dominados por eles. Nas Américas, por exemplo, 
tanto portugueses quanto espanhóis impuseram as suas próprias 
culturas religiosas, em detrimento das expressões religiosas dos 
ameríndios. Com a afirmação dos domínios coloniais garantidos 
pela navegação atlântica, o Mar Mediterrâneo perdeu a sua cen-
tralidade e importância como rota comercial.
18- ALTERNATIVA D.
Comentário: A expansão marítima desenvolveu atividades 
comerciais que contribuíram para o desenvolvimento do sistema 
capitalista.
19- ALTERNATIVA B.
Comentário: As conquistas marítimas portuguesas se inicia-
ram com a tomada de Ceuta, no Norte da África, em 1415.
20- ALTERNATIVA D.
As expedições portuguesas buscavam reconhecer as terras e 
preservá-las do ataque de estrangeiros que desrespeitavam o Tra-
tado de Tordesilhas.
21- ALTERNATIVA B.
Comentário: A Tomada de Constantinopla, 1453, que im-
pulsiona o desejo de uma nova rota para as Índias e a centrali-
zação precoce portuguesa, tradicionalmente indicada a partir da 
Revolução de Avis (1385). 
22- ALTERNATIVA C.
23- ALTERNATIVA B.
24- ALTERNATIVA E.
Comentário: A Conquista de Ceuta pelos portugueses, em 
1415, marca o início da expansão marítima europeia/portugue-
sa. Bartolomeu Dias chega no Cabo da Boa Esperança em 1488 
(passagem para o Oceano Índico). Em 1492, Cristóvão Colom-
bo chega na América (atuais ilhas da América Central), acredi-
tando estar nas Índias. Em 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao 
Brasil. Fernão de Magalhães se destacou por ter sido o primeiro 
a fazer a circum-navegação ao globo de 1519 a 1522.
25- ALTERNATIVA B.
Comentário: Os ingleses se fixaram na América do Norte e 
se mantiveram a hegemonia na Colonização Americana. 
A EXPANSÃO ULTRAMARINA DOS SÉCULOS XV E XVI | UNIDADE I
HISTÓRIA DO BRASIL 15
26- ALTERNATIVA D. 
Comentário: As cidades italianas possuíam o monopólio das 
especiarias comercializadas por toda Europa até a invasão dos 
turcos otomanos em Constantinopla. 
27- ALTERNATIVA A.
Comentário: O contexto que a questão traz é o período de-
nominado de União Ibérica (1580-1640), no qual Portugal e 
suas colônias ficaram sob o poder da Coroa espanhola. Uma das 
reações foi justamente fazer saques e tentativas de colonização 
nas colônias sob o domínio espanhol, como aconteceucom a 
invasão holandesa (1630-1654) no Brasil, no estado de Pernam-
buco visando à produção açucareira.
28- ALTERNATIVA C.
29- ALTERNATIVA C.
Comentário: No processo de conquista espanhola na Amé-
rica, a exploração das rivalidades locais existentes entre o Im-
pério Asteca e os outros povos nativos por ele dominados, foi 
utilizada como estratégia para consolidar a vitória espanhola. É 
importante lembrar que o processo de centralização política das 
sociedades indígenas na América espanhola ocorreu através de 
guerras e submissão de alguns povos por outros povos, havendo 
grandes mudanças nas sociedades indígenas e nunca através de 
um processo pacífico.
30- ALTERNATIVA D
Comentário: O texto do enunciado da questão demonstra 
informações sobre o início da exploração europeia na África, os 
Portugueses iniciaram suas viagens exploratórias através de na-
vegações que tinham como propósito a colonização do Brasil, 
apesar da exploração colonial garantir uma boa lucratividade, 
o tráfico negreiro garantiu um retorno financeiro muito maior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral - 
Volume Único. 10ª edição. São Paulo: Saraiva, 2012.
KOSHIBA, Luiz, PEREIRA, Denise Manzi Frayze. História 
do Brasil: no contexto da história ocidental. Ensino Médio. 8ª 
edição, 6ª reimpressão revista, atualizada e ampliada. São Paulo: 
Atual, 2003.
MORAIS, José Geraldo Vinci de. História: Geral e Brasil- 
Volume Único. 3ª edição. São Paulo: Atual, 2009. 
VICENTINO, Cláudio, DORIGO Gianpaolo. História do 
Brasil. 1ª edição. São Paulo: Scipione, 1997. 
Imagens:
Fontes:
Figura 1: https://escolaeducacao.com.br/tratado-de-tordesi-
lhas/. 
Acesso em: 20 jun. de 2020.
Figura 2: https://escolaeducacao.com.br/expansao-mariti-
ma-europeia/grandes-navegacoes/. 
Acesso em: 20 jun. de 2020.

Continue navegando