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DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL

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DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
Dissolve-se a sociedade conjugal conforme artigo 1.571 do Código Civil, através da Morte, da Nulidade, da Anulação, da Separação bem como do Divórcio.
Vamos analisar o inciso I, que trata sobre a morte. Sabemos que adquirimos personalidade civil com o nascimento com vida que está previsto no artigo 6º do CC, onde diz o seguinte: 
 “A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”.
Essa primeira parte do artigo 6º do CC fala sobre a morte real. Aquela morte onde a gente tem a prova da comprovação do cadáver, bem como a declaração do médico trazendo o laudo da causa da morte, horário e local. Com essa declaração do médico é que obtemos prova que se faz através da certidão de óbito realizada pelo registro civil das pessoas naturais.
Mas esse mesmo artigo 6º do CC, em sua segunda parte diz que, a morte pode ser presumida através dos ausentes. E quem são esses ausentes no nosso direito civil? Aquele que está no lugar incerto e não sabido, como por exemplo:
Aquele que sai de casa para comprar um cigarro ou saiu para tomar uma cachaça no boteco e nunca mais retornou. Os parentes vão ajuizar declaração a ação declaratória de ausência, onde o juiz vai nomear um curador, arrecadar todos os bens e vai ser publicado editais no prazo de 2 a 2 meses pelo período de 1 ano. Acontecendo isso, 1 ano a contar da ausência sem que esse ausente tenha deixado procurador e 3 anos a contar da ausência sendo que ele tenha deixado, declara-se então a ausência provisória, conforme artigo 26º do CC:
Uma vez prolatada a sentença que transitou em julgado a ausência provisória, conta-se 10 anos para se declarar a ausência definitiva. E a data de óbito do ausente é contada na mesma data da sentença que declarou a ausência definitiva, registrada no Livro E.
Com isso, sabemos que os principais fatos da vida civil de uma pessoa natural, são registrados pelos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais conforme artigo 9º do CC onde têm os nascimentos, casamentos e óbitos; a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Como são feitos os registros?
Os registros são feitos em livros numerados sequencialmente, precedidos de uma letra de acordo com a natureza do registro (“A” para nascimento, “B” para casamento, “B-Aux” para casamento religioso com efeitos civis, “C” para óbitos, “C-Aux” para no caso de ter a criança nascido morta, “E” para outros registros), conforme a lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
Além disso, pode ser declarada presumida a morte no caso da “ausência” e do “desaparecido”. O instituto do desaparecido está previsto no artigo 7º do CC, onde pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência. É considerado desaparecido aquele que estava no fato e em perigo de vida e aquele que estava em campanha ou guerra e que ambas foram encerradas e não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
O desaparecido, portanto não é o ausente, pois todas as pessoas que não estão incluídas no artigo 7º do CC e estão sumidas, são considerados ausentes para o direito civil. 
O desaparecido não é declarado sua ausência, mas o seu desaparecimento é feito através do processo de justificação judicial, onde o juiz vai verificar se estava em estado de perigo de vida ou se estava em guerra com término de 2 anos e após esgotadas as buscas não for encontrado.
A data do óbito do desaparecido será proclamada no poder judiciário pelo processo de justificação judicial que será provavelmente a data da ocorrência do fato. E seu livro de registro será o livro C, igualmente a morte real.
O inciso II do art. 1.571 do CC, trata-se da nulidade ou anulação do casamento, onde de inicio vamos tratar da dissolução pela nulidade prevista no artigo 1.548 do CC.
Chamo atenção para esse artigo, pois a lei 13.146 de 06 de Julho de 2015 alterou o artigo 1.548 do CC. Antes da lei 13.146/2015 existir, era causa de nulidade do casamento contraído pelo enfermo mental que não tinha nenhum tipo de discernimento, e agora com a lei em vigor a pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. 
O inciso II do art. 1.548 do CC diz que é nulo o casamento contraído por infringência de impedimento, ou seja, o casamento será nulo somente quando estivermos diante dos impedimentos matrimoniais. Os impedimentos matrimoniais estão previstos no art. 1.521 do CC.
Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural civil;
II – os afins em linha reta;
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V – o adotado com o filho do adotante;
VI – as pessoas casadas;
VII- o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
	
	Ainda falando do inciso II do art. 1.571 do CC, mas agora dando ênfase a anulação do casamento. Ela está prevista no artigo 1.550 do CC e seus respectivos incisos.
	O inciso I, trata daquele que não completou a idade mínima para casar, sendo que esta é de 16 anos.
	O inciso II, vai tratar daquele que tem idade núbil pro casamento porem não teve ou obteve a declaração de responsabilidade do seu representante legal para então a realização do casamento.
	O inciso III, condiz com os vícios de vontade, onde estão previstos nos artigos 1.556 a 1.558.
O art. 1.556 do CC diz que para a caracterização do vício da vontade, o erro tem de ser profundo, grave, envolvendo aspectos morais. Como por exemplo, o fato de o cônjuge virago casar-se com a única finalidade de emancipar-se para sair da casa dos pais e ir atrás de outro homem, fugindo no dia seguinte ao da celebração do matrimônio, configura erro quanto à pessoa, passível de anular o casamento contraído pelos litigantes, pois a vontade da parte lesada estava viciada pelo dolo do cônjuge que jamais desejou constituir família.
Erro em relação à pessoa do artigo 1.557 do CC e seus incisos:
Inciso I: relação a fama ou relação a honra como por exemplo: Maria se casa com José acreditando que José é honesto, uma pessoa íntegra, de caráter de idoneidade moral. Maria casou e percebeu que na constância do casamento, José não tinha nada de idôneo, moral e honesto, o casamento poderá ser anulável.
Inciso II: aquele que descobre que o cônjuge contraiu, realizou crime anterior ao casamento, tornando insuportável a vida conjugal, o casamento poderá ser anulável.
Inciso III: aquele que se casa e durante o casamento tomou ciência que o outro cônjuge possuía um defeito físico irremediável ou uma doença moléstia grave que pode ser transferida através de herança ou de contágio, o casamento também poderá ser anulável.
	Por coação física, bem como a coação moral ou psicológica conforme art. 1.558 do CC. Aquele que casa coagido, o casamento é anulável.
	O inciso IV do artigo 1.550 do CC, trata daquele que for incapaz e sem conseguir manifestar a sua vontade, o casamento também será anulado.
	Inciso V do art. 1.550 do CC, realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges. Como por exemplo: José quer casar com Maria, mas José foi para EUA fazer uma viagem e outorga uma procuração para que seu primo Pedro case com Maria. Quando José chega aos EUA, se apaixona por uma moça de lá e não quer mais casar com Maria. José revoga a procuração, mas não da ciência dessa procuração para Pedro e nem para Maria dando assim a realização do casamento. Então esse casamento será anulado diante então dessa procuração que foi revogada, mas que não chegou ao consentimento de Pedro e nem de Maria.
	Inciso VI, art. 1.550 do CC. Ocasamento poderá ser anulado se contraído por autoridade incompetente. A incompetência nesse caso trata-se de território, o território dos nubentes para celebração do casamento bem como pelo processo de habilitação é o domicilio deles, ou seja, podem celebrar o casamento em um dos domicílios do casal.
	Lembrando que somente as partes interessadas pode mover essa ação de anulação do casamento.
	Devemos também chamar atenção para o paragrafo 2º do art. 1.550 do CC, que foi introduzido pela lei 13.146 de 2015 dizendo que: O deficiente mental ou intelectual que saiba expressar a sua vontade, poderá casar.
	Então hoje a lei 13.146, trouxe modificações no rol do art. 3ª, 4ª do CC trazendo os deficientes como plenamente capazes e trás essa modificação também no direito de família e inclusive no casamento, onde possibilita para os deficientes mentais ou intelectuais que saibam expressar sua vontade, possam casar.
DA SEPARAÇÃO JUDICIAL
	A separação de fato - como o próprio nome diz - ocorre no mundo dos fatos. É ela que rompe o casamento, ainda que ela tenha sido determinada judicialmente. Portanto, possui efeito desconstitutivo do casamento, ainda que não o dissolva. A separação de corpos nada mais é do que a chancela judicial da separação de fato, portanto tem efeito meramente declaratório. Quer seja pedida por um do par, quer consensualmente, para delimitar o fim da união. A separação judicial pode ser consensual e também litigiosa. A consensual é feita através da justiça e esta prevista no art. 1.574 do CC.
	Com que acontecia? Para que houvesse a separação consensual, as partes tinham que ter uma manifestação positiva para a separação, o acordo entre eles e o requisito temporal, ou seja, mais de 1 ano de casados.
	Um casal que teria 3 meses de casados não poderiam separar por conta da lei que não permitia pela falta do requisito temporal.
	Nós temos também o instituto de separação judicial litigiosa, que se encontra no artigo 1.572 do CC e seus parágrafos, trazendo assim 3 espécies de separação litigiosa.
Litigiosa Sanção;
Quando alguma das partes, ou contraentes violassem os deveres do patrimônio que estão no artigo 1.566 do CC.
Litigiosa Falência;
Aqueles que estivessem separados de fato há mais de 1 ano, poderiam requerer a separação falência.
Litigiosa Remédio;
Os contraentes que se casavam e após o matrimonio um dos contraentes adquiriam uma deficiência mental, uma doença mental, uma enfermidade mental de cura improvável, poderia ter então a separação do casamento chamado de separação remédio.
E por fim o DIVÓRCIO que nos temos no artigo 1.580 do CC.
Tínhamos o divórcio direto e indireto. Aquele que estava separado de fato há mais de 2 anos não precisava passar pela separação, podendo se divorciar diretamente ou 1 ano a conta do transito em julgado da sentença que declarou a separação.
Mas a entrada em vigor da Emenda Constitucional 66, que modificou o artigo 226 da Constituição Federal para deixar de condicionar o divórcio à prévia separação judicial ou de fato, não aboliu a figura da separação judicial do ordenamento jurídico brasileiro, mas apenas facilitou aos cônjuges o exercício pleno de sua autonomia privada. Ou seja: quem quiser pode se divorciar diretamente; quem preferir pode apenas se separar.
“A separação é uma medida temporária e de escolha pessoal dos envolvidos, que podem optar, a qualquer tempo, por restabelecer a sociedade conjugal ou pela sua conversão definitiva em divórcio para dissolução do casamento”, disse a relatora.
Segundo a ministra, o estado não pode intervir na liberdade de escolha de cônjuges que queiram formalizar a separação a fim de resguardar legalmente seus direitos patrimoniais e da personalidade, preservando a possibilidade de um futuro entendimento entre o casal.
Então você pode casar hoje e divorciar amanhã, pois é isso que traz a emenda constitucional 66 de 2010 que traz todo enfoque diferente do divorcio estabelecido no artigo 1.580 do CC do divorcio direto, onde não precisamos mais desse prazo de 2 anos parasse divorciar.

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