Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A antijuridicidade material dentro do contexto do direito penal contemporâneo Daniel Pacheco Pontes Professor Doutor de Direito Penal da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP Sumário: 1. Questões de nomenclatura e delimitação do tema; 2. A evolução do conceito de antijuridicidade; 3. Conceitos de antijuridicidade utilizados pela doutrina; 4. Antijuridicidade formal e material; 4.1 A crítica de Miguel Reale Júnior; 4.2 A posição de Claus Roxin; 4.3 Outros posicionamentos; 4.4 Conseqüências práticas da aceitação da antijuridicidade material; 5. Conceito de causa de justificação e antijuridicidade material; 6. Considerações Finais Palavras chave: antijuridicidade formal; antijuridicidade material; causas supralegais de exclusão da antijuridicidade. 1. Questões de nomenclatura e delimitação do tema Há algumas divergências doutrinárias no que diz respeito à nomenclatura dada à categoria da antijuridicidade. Francisco de Assis Toledo 1 , por exemplo, entende que seria mais correto falar em ilicitude, já que o delito não poderia ser encarado como antijurídico, na medida em que é uma criação jurídica – para ele, o termo antijuridicidade seria uma tradução mal feita do alemão Rechtswidrigkeit. Porém, tal entendimento não é unânime, de maneira que as duas expressões freqüentemente aparecem na doutrina como sinônimas 2 . Ainda vale lembrar que ilicitude (ou antijuridicidade) não é o mesmo que injusto, já que a primeira seria uma relação de oposição entre a ação do agente e o direito, um predicado, enquanto que o segundo seria a própria ação. Por essa razão, o injusto penal é antijurídico para o ordenamento como um todo 3 , e o injusto, ao contrário da antijuridicidade, pode ser escalonado 4 . Neste trabalho discutiremos um pouco a questão da antijuridicidade, mais especificamente os seus aspectos formal e material, buscando verificar como estes devem ser manejados pelos operadores do direito durante a análise de um caso concreto. Em princípio, não adotaremos a nomenclatura ilicitude proposta por Francisco de Assis Toledo por entendermos tratar-se de uma mera questão de denominação, pouco relevante para a temática a ser aqui desenvolvida. Antes de adentrarmos no tema específico, faremos algumas considerações sobre o conceito de antijuridicidade e sua evolução dentro da dogmática penal com o objetivo de fundamentar a discussão que ocorrerá em seguida. 2. A evolução do conceito de antijuridicidade A origem da antijuridicidade se deu em 1867, quando Ihering definiu duas formas de contrariedade ao direito: a objetiva – que foi o embrião da atual antijuridicidade – e a subjetiva, que se aproximava de nosso conceito atual de culpabilidade. Todavia, ainda no século XIX, em 1884, Von Liszt diferenciou culpabilidade de antijuridicidade 5 . Nesse segundo momento, ainda dentro do contexto da Escola Clássica, a antijuridicidade era encarada apenas como a valoração do estado causado pelo fato. Essa idéia foi melhor desenvolvida apenas a partir do finalismo, quando dolo e culpa deixaram de ser elementos da culpabilidade e passou-se a entender que a categoria da antijuridicidade seria composta pelo desvalor da ação e pelo desvalor do resultado, sendo o primeiro o desvalor genérico de todos os delitos – por exemplo, a forma de execução – enquanto que o segundo seria a lesão ou a ameaça de lesão ao bem jurídico 6 . Ainda no que diz respeito ao conceito de desvalor da ação, Roxin 7 faz uma observação importante, esclarecendo que é fundamental não confundi-lo com a culpabilidade, já que esta, seguindo os preceitos defendidos desde a Escola Clássica, se relaciona com o autor, enquanto aquele diz respeito a um fato, de maneira que podemos dizer que a antijuridicidade é um juízo sobre o acontecer, não sobre a personalidade. Também é importante ressaltar que não há desvalor mais importante. Para que o injusto esteja perfeitamente configurado é necessário que haja tanto o desvalor da ação quanto o desvalor do resultado, afinal, para que tenhamos um delito, é necessária tanto a ação desvalorada quanto o resultado lesivo, ainda que apenas jurídico, já que é algo pacífico na doutrina atualmente que o direito penal tem como missão a proteção subsidiária de bens jurídicos 8 . Mais recentemente, o conceito de antijuridicidade ainda vem sendo desenvolvido por Roxin 9 que defende a consideração de toda a ordem jurídica – em sintonia com sua proposta de sistema aberto orientado pela política criminal – com o objetivo de promover uma solução social, fazendo em cada caso concreto um juízo sobre a lesividade e a ilicitude do comportamento. 3. Conceitos de antijuridicidade utilizados pela doutrina Tendo em vista todo o desenvolvimento histórico, podemos citar alguns conceitos de antijuridicidade. Dentro de uma visão bastante tradicional, Nelson Hungria 10 a definia apenas como contrariedade ao direito, já que não era adepto da doutrina finalista e, conseqüentemente, não seguia as idéias acima expostas. Por outro lado, Welzel 11 , idealizador do finalismo, a definia como juízo de valor objetivo sobre a ação, o desacordo entre ela e a ordem jurídica, o que ocorreria quando houvesse tanto o desvalor da ação quanto o do resultado. Dentro de uma perspectiva mais pragmática, a maioria dos autores 12 entende que, em princípio, a ação típica seria também antijurídica, pois a tipicidade seria um indício de antijuridicidade. Isso significa que a ação típica não seria antijurídica apenas excepcionalmente, nas hipóteses de ocorrência de uma causa de justificação ou excludente de antijuridicidade, situações em que tal exclusão seria fundamentada pela necessidade, exigência de emprego imediato da força ou o consentimento do ofendido 13 , dependendo de pressupostos objetivos e da vontade positivamente valorada 14 . 4. Antijuridicidade formal e material Inicialmente, a antijuridicidade era tida como simplesmente formal – o que fica claro no conceito de Hungria exposto acima -, surgindo a discussão acerca da possibilidade de uma antijuridicidade material a partir de Von Liszt 15 , que desenvolveu as idéias de Binding – cuja obra ressaltou a importância do bem jurídico-penal – entendendo que o fato seria formalmente antijurídico se implicasse em uma contradição entre o comportamento e a norma, a realização do tipo 16 , enquanto que a material poderia ser caracterizada pela lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido pela norma, aproximando-se do desvalor do resultado 17 . Do ponto de vista da evolução dogmática, podemos dizer que a doutrina finalista da ação, ao aceitar o desvalor da ação e do resultado como integrantes da antijuridicidade, abriu caminho para que fosse desenvolvido o conceito de antijuridicidade material, o que se deu a partir de uma crise do positivismo jurídico 18 , já que o mero conceito formal, adotado pelos positivistas, não traz conteúdo valorativo, o que pode ser necessário para a solução de conflitos no caso concreto. 4.1 A crítica de Miguel Reale Júnior Miguel Reale Júnior, acompanhando o entendimento de Rocco, entende que tal classificação não trouxe nada de novo, uma vez que o dano poderia ser elemento integrante do delito, mas não definitório, já que existem delitos em que o resultado seria meramente jurídico 19 . No que diz respeito aos crimes sem resultado naturalístico, parece que tal reparo não é totalmente devido, uma vez que não é necessário haver um dano mensurável do ponto de vista naturalístico para a caracterização da lesão ao bem jurídico penalmente relevante. Na realidade, o mero resultado jurídico já indica que houve a necessária lesão. Isso ocorre, por exemplo, nos casos de desacato (art. 331 CP),nos quais o simples desprestígio ao funcionário público já configura o delito, independentemente de qualquer resultado naturalístico, o que certamente já significa uma lesão – ou, pelo menos, uma ameaça de lesão - ao bem jurídico administração pública. Todavia, há muitas outras tentativas de não aceitação de um caráter material da antijuridicidade, vários foram os estudos que buscaram resolver tais conflitos por meio de um conceito uno de antijuridicidade, provocando um ressurgimento da filosofia do direito, na busca por um direito justo, afinal, mesmo para Von Liszt, haveria antijuridicidade material apenas quando a lesão ao bem jurídico implicar em uma contraposição aos fins da ordem jurídica. A esse respeito, Miguel Reale Júnior 20 , fez uma interessante análise, mostrando como os diversos autores se posicionam frente à questão da admissibilidade do caráter material da antijuridicidade, passando por pontos como normas de cultura, utilidade e valoração de bens. Sua conclusão é a de que os valores atuam como definidores do caráter antijurídico, uma vez que mesmo os autores que rejeitam o conceito material de antijuridicidade reconhecem a ausência de ilicitude quando a ação tem uma utilidade 21 , algo próximo da aceitação de um conceito material de antijuridicidade. 4.2 A posição de Claus Roxin Roxin 22 , aceitando a idéia de antijuridicidade material, entende que “o conteúdo material do injusto tem importância tanto para o tipo”, uma vez que “o injusto material representa uma lesão de bens jurídicos que, via de regra, tem que ser combatida pelos meios do direito penal”, quanto para a antijuricidade, já que “o injusto material da lesão de bens jurídicos pode ser excluído pelo fato de que, em caso de conflito entre bens jurídicos, tem preferência o bem jurídico mais valioso em detrimento do menos valioso”, de maneira que não ocorreria um dano social penalmente relevante. Haveria ainda os “casos em que a conduta poderia ser subsumida ao teor literal do preceito penal, mas materialmente, ou seja, de acordo com o conteúdo do seu significado social, não estaria de acordo com o tipo de delito”, de maneira que não poderia ser considerada antijurídica. Além disso, o mesmo autor também ressalta que a admissão de uma antijuricidade material teria outras conseqüências práticas importantes. A primeira seria a possibilidade de realizar gradações do injusto, algo impossível apenas com o conceito formal, afinal, deste ponto de vista, todos os roubos são igualmente antijurídicos, o que não acontece se analisarmos a questão sob a óptica material, que permite considerar, por exemplo, o valor do bem subtraído, o que certamente também pode influenciar na dosimetria da pena. 4.3 Outros posicionamentos Ao se analisar apenas essas duas posições, já fica claro que o assunto não é pacífico ou uniforme na doutrina. Todavia, os entendimentos mais recentes caminham no sentido do reconhecimento da antijuridicidade material. Mir Puig 23 , por exemplo, entende que o caráter material da antijuridicidade deve ser expandido, já que a idéia de lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico seria insuficiente, por trazer somente um juízo ex post. De acordo com seu ponto de vista, também deveria ser realizado um juízo ex ante, referente à periculosidade da conduta. Jescheck 24 , por sua vez, aceita a antijuridicidade material, encarando-a como guia do legislador para o estabelecimento de tipos penais e dos operadores do direito para a realização da aplicação da norma ao caso concreto, aceitando inclusive a possibilidade de causas supra- legais de justificação. 4.4 Conseqüências práticas da aceitação da antijuridicidade material Com base nas reflexões expostas, a primeira conclusão a que podemos chegar é a de que o reconhecimento de um conceito material de antijuridicidade traz uma série de conseqüências importantes para a teoria do delito 25 . A primeira delas é que a lesão ao bem jurídico protegido pela norma serve como ponto de referência para a criação de tipos legais. Afinal, se a missão do direito penal é a proteção subsidiária de bens jurídicos, tal aspecto não pode passar despercebido pelo legislador Além disso, tal conceito nos traz uma maior facilidade para a utilização da interpretação teleológica nos tipos da parte especial. Dentro de uma proposta de fuga do positivismo jurídico, a subsunção de uma ação a um tipo sempre deve considerar o bem jurídico protegido e em que medida foi afetado, o que nos conduz à mesma idéia da conclusão anterior, ou seja, no contexto de um direito penal que visa a proteção de bens jurídicos, é descabido considerar como típica uma ação que não provoque lesão em nenhum bem jurídico. Essa conceituação também facilita a discussão de um dos aspectos mais tormentosos do direito penal, a problemática do erro, já que tanto nos casos de erro de tipo, quanto nos de erro de proibição, discute-se a questão da lesão ao bem jurídico e do desvalor. Porém, a conseqüência que nos parece mais importante é a possibilidade de formular um princípio para as causas de justificação e seu alcance, o que na prática viabilizaria o reconhecimento de causas supra-legais de justificação. Tal possibilidade é totalmente rejeitada pelos positivistas 26 , de maneira coerente com a sua forma de aplicação do direito – caracterizada pelo adágio dura lex sed, Lex. Porém, atualmente não podemos comungar com tal visão. Não podemos esquecer o fato de que o direito é criação humana para servir a humanidade – logo, o homem não existe para servir ao direito, mas sim o direito para servir ao homem – de maneira que devemos sempre buscar a justiça e não simplesmente utilizar o tecnicismo jurídico para fazer subsunções. Assim, não parece fazer sentido considerar como antijurídica a conduta do agente que subtrai um bem de um terceiro com o seu consentimento apenas porque é tipificada pelo artigo 155 CP e não se encaixa em nenhuma das causas de justificação legais. Em um caso deste tipo não há antijuridicidade material, uma vez que o patrimônio é bem disponível e houve o consentimento do ofendido, de maneira que não há lesão a qualquer bem jurídico. Por sinal, o próprio Hungria, ao analisar esse exemplo específico, entende que não haveria crime. Todavia, tal conclusão não é atingida por meio da fundamentação aqui defendida, no sentido do reconhecimento de uma causa de justificação supralegal. Para ele, de forma extremamente positivista, a própria lei traria essa possibilidade 27 , o que é controverso e não resolve todos os problemas que podem vir a ocorrer no caso concreto. O grande temor dos positivistas é que o direito penal caminhe na direção de uma anarquia jurídica por meio do reconhecimento das causas supralegais de justificação. Todavia, tal temor é infundado, uma vez que, de acordo com nosso entendimento, tal interpretação jamais poderia ser contrária à Constituição Federal 28 , que prevê, dentre outras garantias, o princípio nullum crimen, nulla poena, sine lege (art. 5º XXXIX CF), de maneira que um entendimento desta natureza jamais poderia prejudicar o réu. Na realidade, defendemos o princípio da legalidade, entendendo que, se o direito penal muitas vezes tem o seu código denominado magna charta do delinqüente, é justamente porque as regras têm que ser definidas previamente e com segurança. Em outras palavras, não há como tornar a situação do réu mais gravosa sem previsão legal, mas nada impede que sua ação seja julgada de maneira mais branda – exatamente como ocorre por meio das causas supralegais de justificação. Assim, se deixarmos de lado o positivismo jurídico não haverá qualquer impedimento ao reconhecimento do conceito material de antijuridicidade. O próprio Francisco de Assis Toledo 29 estabelece dois pressupostospara a antijuridicidade: a conduta voluntária em antagonismo com o comando normativo – o que excluiria a casualidade – e a existência de possíveis ou reais conseqüências danosas – justamente o conceito material de antijuridicidade. Em suma, entendemos que a antijuridicidade deve ter tanto o aspecto formal quanto o material. O formal é indispensável, já que é conseqüência do princípio da legalidade, de modo que, na sua ausência, não cabe qualquer discussão acerca da antijuridicidade material. Já o material precisa ser reconhecido por força da missão do direito penal e pela necessidade de adotarmos um sistema aberto e sua não aceitação implicaria na negação de outros elementos fundamentais da doutrina finalista e pós-finalista. 5. Conceito de causa de justificação e antijuridicidade material Ao admitirmos a antijuridicidade material – e conseqüentemente as causas supra-legais de justificação – precisamos pensar em um conceito de causa de justificação coerente com tal realidade, que possa ensejar o reconhecimento de uma causa supralegal no caso concreto, já que, dentro do contexto positivista, causas de justificação seriam apenas as hipóteses previstas em lei. Para tanto, inicialmente é necessário lembrar que uma das funções da antijuridicidade 30 é justamente a de solucionar colisões de interesses, como ocorre nas hipóteses de estado de necessidade, de maneira que, seguindo a linha de Roxin 31 podemos definir as causas de justificação como institutos que buscam a regulação socialmente correta de interesses colidentes, isto é, que não implique em uma lesão injustificada de bens jurídicos, o que significa a aceitação da antijuridicidade material. Além disso, tal definição não entra em conflito com as demais funções da antijuridicidade, uma vez que soluciona conflito de interesses, não obsta a aplicação da medida de segurança ou de outras conseqüências jurídicas e também não deixa de ligar o direito penal a outros ramos jurídicos. É importante lembrar que a aceitação de tal conceito traz implicações práticas. No que diz respeito ao consentimento do ofendido no crime de furto, por exemplo, se o ofendido for menor de 18 anos, tal conceito viabilizará a exclusão de sua responsabilização penal, mas não necessariamente a civil. Todavia, isso não nos traz qualquer problema jurídico, já que nem todo ilícito civil tem também natureza penal 32 . 6. Considerações Finais Vimos que o conceito de antijuridicidade material foi desenvolvido apenas a partir de uma crise do positivismo jurídico, que nem sempre conseguia resolver adequadamente o caso concreto, tendo como pano de fundo o desenvolvimento da teoria finalista da ação. Também parece estar evidente que a aceitação de tal conceito como integrante da teoria do delito traz muitas conseqüências práticas na análise de casos concretos, o que aumenta a controvérsia existente na doutrina acerca da aceitação desse integrante. Tudo isso nos faz defender a aplicação da antijuridicidade material, primeiro porque é bastante difícil aceitar o finalismo - ou o pós-finalismo rejeitando tal instituto ao mesmo tempo. Na realidade, todas as escolas penais foram desenvolvidas dentro de um determinado contexto filosófico, de modo que é difícil e freqüentemente equivocado do ponto de vista metodológico aplicar ao mesmo tempo institutos desenvolvido em contextos ou momentos diferentes, como ocorre, por exemplo, quando se tenta aplicar a teoria da imputação objetiva dentro de um contexto finalista, negando a doutrina funcionalista. Assim, entendemos que, caso não se queira admitir a antijuridicidade material como integrante da teoria do delito, também não se deve admitir as doutrinas finalista e pós-finalista. Como aceitamos o pensamento pós-finalista, parece-nos que a admissão da antijuridicidade material é, antes de tudo, uma questão de coerência. Além disso, conforme tentamos demonstrar ao longo desse texto, parece-nos que as conseqüências práticas de tal admissão são todas extremamente benéficas e vão no sentido em que o direito penal deve caminhar, de maneira que nossa conclusão não poderia ser outra. Bibliografia BITTENCOURT, C. R. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Vol. 1. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. CAMARGO, A. L. C. Imputação Objetiva e Direito Penal Brasileiro. São Paulo: Cultural Paulista, 2001. HUNGRIA, N. Comentários ao Código Penal. Vol I. Tomo II. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958. JESCHECK, H. H. Tratado de Derecho Penal – Parte General. 4ª Ed. Madri: Granada, 1993. MIR PUIG, S. Direito Penal – Fundamentos e Teoria do Delito. São Paulo: RT, 2007. PRADO, L. R. Curso de Direito Penal Brasileiro. Vol. 1. 3ª Ed. São Paulo: RT, 2002. REALE JR, M. Teoria do Delito. 2ª Ed. São Paulo: RT, 2000. ROXIN, C. Política Criminal e Sistema Jurídico Penal. Rio de Janeiro: Renovar, 2000. __________. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006. TOLEDO, F. A. Principios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. WELZEL, H. Direito Penal. Campinas: Romana, 2004. 1 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 160. 2 Cezar Roberto Bittencourt. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Volume 1. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 241. 3 Hans Welzel. Direito Penal. Campinas: Romana, 2004, p. 100; Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 224. 4 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 120. 5 Cezar Roberto Bittencourt. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Volume 1. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 239. 6 Luiz Régis Prado. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 1. 3ª Ed. São Paulo: RT, 2002, p. 252; Cezar Roberto Bittencourt. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Volume 1. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 245. 7 Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 205. 8 Antonio Luis Chaves Camargo. Imputação Objetiva e Direito Penal Brasileiro. São Paulo: Cultural Paulista, 2001, p. 125. 9 Claus Roxin. Política Criminal e Sistema Jurídico Penal.Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 49. 10 Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Vol. I. Tomo II. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958, p. 21. 11 Hans Welzel. Direito Penal. Campinas: Romana, 2004, p. 99. 12 Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Vol. I. Tomo II. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958, p. 21; Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 600. 13 Hans Welzel. Direito Penal. Campinas: Romana, 2004, p. 137. 14 Luiz Régis Prado. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 1. 3ª Ed. São Paulo: RT, 2002, p. 315. 15 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 161; Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 602; Miguel Reale Júnior. Teoria do delito. 2ª Ed. São Paulo: RT, 2000, p. 93. 16 Luiz Régis Prado. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume 1. 3ª Ed. São Paulo: RT, 2002, p. 314. 17 Santiago Mir Puig. Direito Penal – Fundamentos e Teoria do Delito. São Paulo: RT, 2007, p. 129. 18 Miguel Reale Júnior. Teoria do delito. 2ª Ed. São Paulo: RT, 2000, p. 89. 19idem, p. 94. 20 idem, p. 89-119. 21 idem, p. 117. 22 Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 602. 23 Santiago Mir Puig. Direito Penal – Fundamentos e Teoria do Delito. São Paulo: RT, 2007, p. 129. 24 Hans Heinrich Jescheck. Tratado de Derecho Penal – Parte General. 4ª Ed. Madri: Granada: 1993, p. 211. 25 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 161; Cezar Roberto Bittencourt. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Volume 1. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 242; Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 602. 26 Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Vol. I. Tomo II. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958, p. 268. 27 idem, p. 268. 28 Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 605. 29 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 163. 30 Claus Roxin. Strafrecht Allgemeiner Teil – Grundlage Aufbau der Verbreche Lehre. 4ª Ed. Munique: Beck, 2006, p. 224; o autor também lembra que a antijuridicidade teria a função de servir de apoio para a medida de segurança e outras conseqüências jurídicas – lembremos que, nos casos de aplicação de medida de segurança, não há crime por ausência de culpabilidade, logo é necessário um ponto de apoio para que o juiz possa aplicá-la, o que pode ser dado pela antijuridicidade -, além de ligar o direito penal à totalidade do ordenamento jurídico – vimos que o injusto é sempre antijurídico, mas nem sempre o que é antijurídico em outros ramos do direito também será no direito penal. 31 idem, p. 617. 32 Francisco de Assis Toledo. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 161.
Compartilhar