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PORTFÓLIO - Diagnóstico Fonoaudiológico dos Distúrbios da Comunicação

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UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
ALEXANDRE DE PAULA MORGADO
BIANCA SANTOS PRADO MARTINS
NATALINA MARFISA DE ANDRADE ALVES
TAMILLY SALOMÃO GOMES VELOSO
THAIANY SALOMÃO GOMES VELOSO
THIFANY GOBBO DE ALMEIDA
PORTFÓLIO
MOGI DAS CRUZES/SP
2024
ALEXANDRE DE PAULA MORGADO – 34291041
BIANCA SANTOS PRADO MARTINS – 36288713
NATALINA MARFISA DE ANDRADE ALVES – 35300655
TAMILLY SALOMÃO GOMES VELOSO – 34038302
THAIANY SALOMÃO GOMES VELOSO - 35560860
THIFANY GOBBO DE ALMEIDA – 33278164
PORTFÓLIO
Trabalho acadêmico apresentado à Universidade Braz Cubas, no curso de Fonoaudiologia, Câmpus Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para obtenção da nota semestral na matéria de Diagnóstico Fonoaudiológico dos Distúrbios da Comunicação
Orientadora: Prof. Dra/Ms. Vanessa Falbo Simoes Mariano
MOGI DAS CRUZES/SP
2024
RESUMO
O diagnóstico fonoaudiológico dos distúrbios da comunicação é uma etapa fundamental para entender e tratar problemas relacionados à fala, linguagem, voz, audição e deglutição. Este processo envolve uma avaliação completa das habilidades comunicativas do paciente, considerando aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais. Com base nos resultados obtidos, o fonoaudiólogo é capaz de identificar possíveis distúrbios, determinar sua natureza e gravidade, e elaborar um plano de intervenção personalizado. Esse plano pode incluir terapias específicas, exercícios de reabilitação, orientações para familiares e cuidadores, e, em alguns casos, encaminhamento para outros profissionais de saúde, como médicos ou psicólogos. O diagnóstico fonoaudiológico dos distúrbios da comunicação é uma etapa crucial para garantir o melhor prognóstico e qualidade de vida para os pacientes, permitindo uma abordagem integrada e multidisciplinar para o tratamento dessas condições.
Palavras-chave: Trabalho acadêmico. Distúrbio. Tratamento. Saúde. Anamnese. 
ABSTRACT
Speech therapy diagnosis of communication disorders is a fundamental step in understanding and treating problems related to speech, language, voice, hearing and swallowing. This process involves a complete assessment of the patient's communicative skills, considering physical, cognitive, emotional and social aspects. Based on the results obtained, the speech therapist is able to identify possible disorders, determine their nature and severity, and develop a personalized intervention plan. This plan may include specific therapies, rehabilitation exercises, guidance for family members and caregivers, and, in some cases, referral to other health professionals, such as doctors or psychologists. Speech therapy diagnosis of communication disorders is a crucial step to guarantee the best prognosis and quality of life for patients, allowing an integrated and multidisciplinary approach to the treatment of these conditions.
Keywords: Academic work. Disturbance Treatment. Health. Anamnesis.
SUMÁRIO
1 CHIARE E FERREIRA CONSTANTINE ( PERGUNTAS )	06
1.1 O QUE ELA CONSIDERA IMPORTÂNTE NO PROCESSO DIAGNÓSTICO?	06
1.2 ALGUMA REFERÊNCIA AO DOCUMENTÁRIO " O COMEÇO DA VIDA"	07
1.3 QUAL O PAPEL DO FONOAUDIÓLOGO? 	07
1.4 QUEM MAIS É IMPORTANTE? 	08
1.5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES? 	09
2 ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO VOCAL	09
2.1 ELEMENTOS DA ANAMNESE	09
2.2 ELEMENTOS DA DISFONIA	10
2.3 AVALIAÇÃO VOCAL	10
3 ANÁLISE E TESTE DA PROVA DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM INFANTIL	11
3.1 HABILIDADE DE LINGUAGEM	11
3.2 COMUNICAÇÃO VERBAL	12
3.3 COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E/OU ALTERNATIVA	12
3.4 TESTE DE FONOAUDIOLOGIA ADL2	13
4 AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM DO ADULTO	14
4.1 ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA EM ADULTOS	14
4.2 INTEGRAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO	15
5 LINGUAGEM E ESCRITA	16
4.1 ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA EM ADULTOS	14
5.1 AFASIA	17
5.2 AFASIA NÃO FLUENTE	18
5.3 AFASIA FLUENTE	19
5.4 AFASIA MISTA	20
5.5 DISARTRIA	21
5.6 APRAXIA	23
6 FLUÊNCIA	24
6.1 GAGUEIRA	25
6.2 TAQUIFEMIA	26
6.3 TAQUILALIA	27
REFERÊNCIAS	28
1- CHIARE E FERREIRA CONSTANTINE (PERGUNTAS).
	Chiare e Ferreira Constantine são fonoaudiólogos brasileiros conhecidos por seu trabalho na área da fonoaudiologia. Eles contribuíram para pesquisas, práticas clínicas e ensino nesse campo.
1.1 O QUE ELA CONSIDERA IMPORTÂNTE NO PROCESSO DIAGNÓSTICO?
No processo diagnóstico, a fonoaudióloga considera importantes três instâncias após a avaliação e o diagnóstico multidisciplinar para as famílias de crianças com distúrbios de comunicação e comportamento. A primeira delas trata das dificuldades e da importância do acolhimento familiar. A segunda aborda a necessidade de intervenções precoces e adequadas, enquanto a terceira se refere à importância do suporte contínuo para as famílias durante o processo de reabilitação.
No processo diagnóstico fonoaudiológico, é considerado importante a transparência, clareza e assertividade, bem como a empatia e consciência do impacto que o diagnóstico pode ter na vida dos pacientes e de seus familiares.
No primeiro contato com o paciente, o fonoaudiólogo tem o desafio de entender o sintoma, sem perder de vista a possibilidade de ele estar atrelado a questões de natureza não apenas orgânica, mas também psicossocial.
A temática é complexa, pois a condução do processo tem, por trás, a concepção de homem e de mundo em que o terapeuta acredita, assim, este tema não se esgota em apenas um modelo escolhido para a condução desta etapa tão importante do processo terapêutico. Talvez para esclarecer podemos pensar em algo semelhante ao que acontece na medicina, quando se fala de alopatia e de homeopatia, a primeira tem como foco a eliminação do sintoma e busca a solução para neutraliza - lá; a segunda, a doença não tem causa mecânica, e é fruto de um desequilíbrio do organismo e assim o olhar deve se ir além do sintoma expresso.
No contexto da fonoaudiologia, o processo diagnóstico é considerado para entender a natureza das dificuldades linguísticas e desenvolver estratégias específicas voltadas principalmente ao processamento da informação linguística e aprendizagem. Isso permite proporcionar habilidades e capacitar o indivíduo para participação ativa em ambientes sociais e escolares.
1.2 ALGUMA REFERÊNCIA AO DOCUMENTÁRIO " O COMEÇO DA VIDA".
Quanto ao documentário "O Começo da Vida", ele aborda a importância dos primeiros anos de vida das crianças e como o ambiente familiar e social influência no desenvolvimento delas.
O documentário “O Começo da Vida” destaca a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento humano, enfatizando que os bebês são muito mais do que uma carga genética e que o ambiente e as relações sociais desempenham um papel fundamental na formação de cada pessoa.
O documentário " O Começo da Vida" destaca a importância dos primeiros anos de vida na formação de cada pessoa, mostrando que o desenvolvimento humano é influenciado tanto pela genética quanto pela qualidade das relações e do ambiente em que estamos inseridos.
Ele convida a sociedade a refletir sobre como estamos cuidando dos primeiros anos de vida, que são decisivos para o presente e o futuro da humanidade.
1.3 QUAL O PAPEL DO FONOAUDIÓLOGO?
O papel do fonoaudiólogo é fundamental nesse contexto, pois ele é responsável por avaliar, diagnosticar e intervir nos distúrbios da comunicação, contribuindo para o desenvolvimento adequado da linguagem e da interação social das crianças.	
O papel do fonoaudiólogo é amplo e inclui a promoção e prevenção da saúde, habilitação ou reabilitação do paciente, cuidando da melhoria das funções da linguagem, escrita, voz e audição.
O fonoaudiólogo trabalha com diferentes aspectos da comunicação humana, como fala, voz, audição, deglutição, respiração e mastigação, e pode atuar em áreas como linguagem, audiologia, motricidade orofacial, saúde coletiva, voz, disfagia, educação, gerontologia, fluência, neuro funcional, trabalho e neuropsicologia.
Ter uma escuta atenta e buscar dar maior transparência ao que está sendo dito podem auxiliar o sujeito a entender melhor o que está acontecendo e reverter a situação outros casos necessitarão de umencaminhamento específico, que, muitas vezes, é demandado pelo próprio sujeito, quando se vê incapaz de sozinho trabalhar as questões apresentadas.
Uma atuação conjunta e interdisciplinar quando necessária beneficia a todos e pode auxiliar os envolvidos na busca por reverter o problema de voz, otimizá-la e melhorar a qualidade de vida do sujeito. Os papéis sociais desempenhados pelo sujeito no seu dia a dia, ou seja, a descrição das relações familiares, de amizade ou profissionais também podem ser foco de investigação e, posteriormente, constituir em material a ser tratado em terapia com o objetivo de entender melhor quem é o sujeito que nos procura.
1.4 QUEM MAIS É IMPORTANTE?
Além do fonoaudiólogo, outros profissionais também são importantes nesse processo, como psicólogos, pediatras, terapeutas ocupacionais, educadores, médicos entre outros. 
A abordagem multidisciplinar é essencial para compreender e atender as necessidades das crianças com distúrbios de comunicação e comportamento.
A colaboração entre uma equipe multidisciplinar é essencial para proporcionar um atendimento personalizado e eficaz, as informações coletadas na anamnese (primeiro encontro ou investigação inicialmente compõem o ponto de partida de um processo dinâmico, no qual uma análise qualitativa dos dados inicialmente descritos poderá se constituir em um panorama rico de contextualização da disfonia. Associado a essa análise, a mensuração de alguns aspectos desse universo no qual o indivíduo disfônico está inserido tem sido descrita e aplicada em estudos de voz clínica no Brasil e no mundo.
1.5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES?
	Quanto a outras considerações, é importante ressaltar a relevância do ambiente familiar e social no desenvolvimento das crianças com distúrbios de comunicação. O suporte e a compreensão da família desempenham um papel crucial no progresso e na qualidade de vida dessas crianças. Além disso, a busca por intervenções precoces e adequadas pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento dessas crianças, destacando a importância do diagnóstico precoce e do início rápido do tratamento.
Necessidade de compreender os sentidos que o vínculo terapêutico assume para os fonoaudiólogos clínicos, pois esse vínculo é essencial para a sustentação e manutenção do trabalho clínico, impactando na ressignificação da queixa e na minimização do sofrimento dos usuários A anamnese é parte importante e fundamental na clínica de voz, e a chave para entender os fatores causadores e mantenedores e, muitas vezes, determinantes, da queixa vocal apresentada pelo sujeito, para conhecer sua história e suas emoções e sensações frente ao problema. 
Na direção do que foi apontado como essencial para o planejamento terapêutico é importante destacar que o fonoaudiólogo, no seu exercício profissional deve estar amparado na definição da clínica ampliada.
2 ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO VOCAL
2.1 ELEMENTOS DA ANAMNESE
Na avaliação vocal, a anamnese é uma etapa crucial para coletar informações sobre a história clínica do paciente e seus sintomas vocais. Aqui estão alguns dos elementos importantes a serem considerados durante a anamnese em uma avaliação vocal:
· Tom: Refere-se à altura ou frequência da voz.
· Intensidade: É a amplitude ou volume da voz.
· Timbre: É a qualidade única da voz de uma pessoa, resultante das características físicas da garganta, boca e cavidade nasal.
· Ritmo: Refere-se ao padrão de variação temporal na produção da voz.
· Melodia: Envolve a variação tonal ao longo de uma sequência de sons vocais.
· Respiração: Avalia a eficácia e controle da respiração durante a produção vocal.
· Articulação: Diz respeito à clareza e precisão na pronúncia das palavras.
· Expressão: Reflete a capacidade de transmitir emoção e intenção através da voz.
· Pausas: São momentos de silêncio que contribuem para a fluidez e compreensão da comunicação.
· Entonação: Refere-se à variação melódica da voz ao longo de uma frase ou sentença, influenciando seu significado e interpretação.
A anamnese deve ser conduzida de forma abrangente e sensível, permitindo que o profissional compreenda não apenas os sintomas vocais do paciente, mas também o contexto em que ocorrem e seu impacto na vida diária. Isso ajuda a orientar o diagnóstico e o plano de tratamento de forma mais eficaz.
2.2 ELEMENTOS DA DISFONIA
A manifestação da disfonia é multidimensional, assim, sua avaliação precisa abranger diferentes métodos, incluindo a avaliação perceptivo auditiva da voz, o exame visual laríngeo, a análise acústica, a aerodinâmica e a autoavaliação do paciente em relação à frequência de sintomas e impacto da disfonia em suas atividades de vida diária.
Disfonia não é apenas uma alteração vocal, mas uma manifestação complexa que reflete não só a saúde da laringe, mas também a saúde geral e o equilíbrio emocional do indivíduo. SATALOFF. 2007
2.3 AVALIAÇÃO VOCAL
A avaliação global da voz por meio das medidas de avaliação possibilita diagnosticar e identificar a gravidade da disfonia, influenciar no prognóstico do caso, nas recomendações para a intervenção, na eficácia da reabilitação e no encaminhamento para outros profissionais que se fizerem necessários. Esta avaliação deve ser multidimensional e ter a participação minimamente do médico otorrinolaringologista e do fonoaudiólogo.
Na avaliação vocal, é essencial considerar não apenas a qualidade da voz, mas também o contexto físico, psicológico e social do paciente, a fim de fornecer um diagnóstico abrangente e um plano de tratamento eficaz. TITZE. 2012
Considerando que as alterações vocais na infância podem comprometer o desenvolvimento de uma comunicação efetiva no âmbito social, faz-se pertinente a realização de pesquisas delineando peculiaridades da disfonia infantil. Acreditamos que este estudo alicerça ainda mais o trabalho clínico fonoaudiológico, na perspectiva que ressalta a importância da correlação entre as análises perceptivo-auditiva, acústica e de autopercepção vocal das crianças para a compreensão da voz infantil.
Apesar das críticas feitas à subjetividade e à imprecisão da terminologia envolvida nesse procedimento, a avaliação perceptivo-auditiva é tradicional na rotina clínica fonoaudiológica, considerada padrão ouro para a análise da qualidade vocal. Para reduzir potencialmente a variabilidade e as inconsistências da análise perceptivo-auditiva, foram desenvolvidas diversas escalas de avaliação
A avaliação perceptiva-auditiva da voz é fundamental na clínica fonoaudiológica, pois permite uma análise subjetiva e qualitativa das características vocais, fornecendo insights valiosos para o diagnóstico e tratamento de distúrbios da voz. RODRIGUES. 2006.
3 ANÁLISE E TESTE DA PROVA DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM INFANTIL.
3.1 HABILIDADE DE LINGUAGEM
	
	As habilidades da linguagem e fala dependem da integridade neuromuscular, do sistema sensorial, das influências do meio e das condições emocionais da criança. Sendo assim, apesar de não ser possível generalizar qual o grau de incapacidade e desvantagem estará presente, crianças com deficiência física, auditiva, visual, mental ou múltipla podem apresentar habilidades de comunicação alteradas.
Segundo Fieber apud Van Dijk, todas as crianças deficientes se comunicam, mas nem sempre com comportamentos simbólicos, em outras palavras, sempre ocorre pelo menos comunicação pré-verbal. 
Van Dijk classifica as manifestações pré-verbais receptivas em quatro categorias devidamente categorizadas para melhor identificação dos sinais de atipicidade no desenvolvimento linguístico da criança em desenvolvimento: 
· Sinais táteis/cinéticos
· Sinais vocais/visuais
· Sinais ou modelos coativos
· Gestos naturais. 
Enquanto a comunicação pré-verbal expressiva foi dividida em duas categorias gerais:
· Sinais vocais
· Sinais físicos.
3.2 COMUNICAÇÃO VERBAL
	Quanto à comunicação verbal, apesar da fala ser o meio mais conhecido e amplamente utilizado, no caso de deficientes, muitos, devido à incapacidade ou limitação própria, não conseguem utilizá-la para comunicar-se com osoutros. 
Mesmo assim, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais têm necessidade e possibilidade de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem felizes, lançando mão então, algumas vezes, de caminhos ou formas diferentes, incluindo aqui as modalidades comunicativas.
3.3 COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E/OU ALTERNATIVA
Recursos da Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) têm sido utilizados com comprovado impacto positivo na linguagem e na qualidade de vida pessoal e familiar de indivíduos com deficiência grave. Na literatura, foram encontradas, entre outras, as seguintes possibilidades de comunicação verbal utilizadas por deficientes, enumeradas a seguir conforme via sensorial e motora, alternativa ou não, disponível: 
· Tátil: leitura orofacial tátil (tadoma), sinalização tateável (libras táteis), escrita alfabética tátil (braile);
· Visual: leitura orofacial visual, sinalização visível (libras), escrita alfabética visível (escrita convencional), escrita visível de sinais;
· Auditiva: fala audível;
· Motora: comunicação por seleção direta ou varredura, de baixa, média ou alta tecnologia, com ou sem suporte.
Com todas estas peculiaridades no desenvolvimento da linguagem, crianças deficientes costumam fazer parte da demanda do fonoaudiólogo.
3.4 TESTE DE FONOAUDIOLOGIA ADL2
Os testes de Fonoaudiologia ADL (Avaliação do Desempenho da Linguagem) são ferramentas utilizadas por fonoaudiólogos para avaliar diferentes aspectos da linguagem e da comunicação em crianças e adultos. Esses testes podem abordar áreas como fonologia, semântica, sintaxe, pragmática, entre outras.
Os testes ADL podem incluir uma variedade de atividades, como a repetição de palavras, a compreensão de frases, a nomeação de objetos, a narrativa de histórias, entre outras. Eles são projetados para avaliar diferentes habilidades linguísticas e identificar possíveis dificuldades ou distúrbios da comunicação.
É importante ressaltar que os testes de Fonoaudiologia ADL devem ser administrados por profissionais treinados e qualificados, que podem interpretar os resultados e fornecer recomendações adequadas para intervenção, se necessário. Esses testes desempenham um papel crucial no diagnóstico e no planejamento do tratamento de distúrbios da linguagem e da comunicação.
4- AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM DO ADULTO.
4.1 ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA EM ADULTOS
A anamnese fonoaudiológica é uma etapa fundamental no processo de avaliação clínica e terapêutica de adultos com distúrbios de comunicação. Trata-se de uma investigação detalhada do histórico do paciente, que engloba desde informações sobre seu desenvolvimento comunicativo até questões relacionadas ao seu estado de saúde atual.
Neste contexto, a anamnese não apenas fornece dados essenciais para o diagnóstico e planejamento terapêutico, mas também estabelece uma relação de confiança e empatia entre o profissional fonoaudiólogo e o paciente.
A realização de uma anamnese fonoaudiológica em adultos requer uma abordagem cuidadosa e abrangente. É importante que o profissional esteja atento a diversos aspectos, tais como a história médica do paciente, incluindo eventuais traumas, cirurgias, doenças prévias e uso de medicamentos. Além disso, é fundamental investigar o histórico comunicativo do indivíduo, abordando questões relacionadas à sua linguagem, fala, audição e voz, bem como eventuais dificuldades enfrentadas em contextos sociais e profissionais. SILVA. 2020.
A abordagem da anamnese fonoaudiológica deve ser adaptada às necessidades e características específicas de cada paciente. Em casos de adultos com distúrbios de comunicação adquiridos, como afasias decorrentes de lesões cerebrais, por exemplo, é crucial investigar detalhadamente o impacto dessas alterações na vida cotidiana do indivíduo, suas estratégias de compensação e suas expectativas em relação à terapia fonoaudiológica.
Cabe ressaltar que a anamnese fonoaudiológica não se restringe apenas à obtenção de informações verbais. O profissional deve estar atento a aspectos não verbais da comunicação do paciente, como sua expressão facial, gestos e postura corporal, os quais podem fornecer pistas importantes sobre suas dificuldades e necessidades comunicativas.
Neste sentido, a anamnese fonoaudiológica em adultos demanda do profissional habilidades de escuta ativa, empatia e sensibilidade para compreender as experiências e percepções do paciente em relação à sua comunicação. A construção de um vínculo terapêutico sólido desde o início do processo é fundamental para o sucesso do tratamento fonoaudiológico.
Em suma, a anamnese fonoaudiológica em adultos desempenha um papel crucial na avaliação e intervenção terapêutica de distúrbios de comunicação. Ao fornecer uma visão abrangente do histórico e das necessidades do paciente, essa etapa inicial do processo clínico contribui para uma abordagem mais individualizada e eficaz, promovendo assim uma melhor qualidade de vida e inclusão social para os indivíduos atendidos.
4.1 INTEGRAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
Embora a anamnese fonoaudiológica forneça informações valiosas, ela é complementada por outras ferramentas de avaliação, como testes padronizados, observação clínica e avaliações instrumentais. Essas abordagens combinadas permitem uma compreensão mais completa das habilidades comunicativas do paciente, bem como uma análise mais precisa das áreas de dificuldade.
Como ressalta Silva (2019), "a anamnese fonoaudiológica é o primeiro passo no processo de avaliação clínica da comunicação, fornecendo uma base sólida para a compreensão das necessidades do paciente e o planejamento de intervenções terapêuticas eficazes".
Em suma, a anamnese fonoaudiológica desempenha um papel crucial na avaliação clínica da comunicação, oferecendo insights essenciais para o diagnóstico e o planejamento terapêutico. Sua integração com outras ferramentas de avaliação amplia a compreensão do fonoaudiólogo sobre as necessidades do paciente, permitindo uma intervenção mais eficaz e centrada no indivíduo.
	
5- LINGUAGEM E ESCRITA.
	
Benveniste (1964) enfatiza a importância da noção de nível na análise linguística, argumentando que esta é essencial para compreender a natureza articulada da linguagem. Ele propõe que as unidades de análise são definidas pela integração em unidades de níveis superiores, destacando a relação entre sentido e forma. Benveniste redefine o conceito de nível na análise linguística em termos de relações distribucionais e integrativas das unidades. 
Além disso, a escrita é vista como uma habilidade fundamental para a inserção social, especialmente no contexto educacional e ocupacional, sendo cada vez mais valorizada em diferentes áreas interdisciplinares. No entanto, críticas são levantadas devido à falta de foco teórico na definição do conceito de escrita, o que prejudica a compreensão e a avaliação adequada desse construto (Maluf, s.d.).
Portanto é de suma importância da qualidade dos estímulos recebidos e do desenvolvimento neurobiológico para o processo de aprendizagem da leitura e escrita, além de ressaltar a influência das experiências prévias na composição dos fatores linguísticos. Destaca-se que a consolidação dos recursos linguísticos desenvolvidos na linguagem oral, juntamente com oportunidades externas, pode influenciar positivamente o aprendizado da linguagem escrita (Silva & Medeiros, 2023). 
É complexo o processo de aprendizagem, envolvendo fatores intrínsecos e extrínsecos, os quais podem impactar tanto no desenvolvimento quanto na superação de dificuldades de aprendizagem, destacando a importância de considerá-los em diagnósticos. FERNANES & CRENITTE, 2008.
 Na leitura e escrita Avaliação da fala realizada pelo fonoaudiólogo observa 3 aspectos:
· Fala espontânea; 
· Mostrar figuras para que a criança possa nomeá-las;
· Imitação e repetição de palavra.
Avaliação de vocabulário parte morfológica e semântica: realizar atividades de forma lúdica através de brincadeiras e verificar na categoria semântica se a criançasepara palavras por categorias se nomeia e se compreende.
Parte sintática como a criança organiza as frases, podendo ser avaliada usando a própria fala da criança através de uma conversa.
Parte pragmática se a criança consegue explicar sobre algum tema se consegue fazer alguma pergunta. Também se avalia através de uma conversa com a criança.
Para chegar a algum diagnóstico relacionado a leitura e escrita a anamnese deverá verificar:
· Linguagem oral
· Habilidades fonológicas- consciência fonológica, memória de trabalho fonológica, nomeação automática rápida, pragmática.
· Análise de leitura, palavras isoladas, leitura oral textual, velocidade compreensão e precisão 
· Escrita, palavras isoladas e produção textual. 
· Existem ainda várias avaliações complementares:
· Fluência verbal
· Prosódia 
· Vocabulário 
· Processamento auditivo 
· Processamento visual.
· Análise psicomotora e grafomotora
	
A importância da atuação fonoaudiológica nas habilidades preditoras para alfabetização, tais como: consciência fonológica, a memória de trabalho fonológica e a nomeação automática rápida. Investigar e intervir precocemente nas crianças, diminuindo assim os atrasos no processo de aprendizagem, evitando agravos.
5.1 AFASIA
 
A afasia é uma alteração no conteúdo, na forma e no uso da linguagem e de seus processos cognitivos subjacentes, tais como percepção e memória. As afasias podem ser classificadas em emissivas como as de Broca, de Condução e Transcortical Motora; receptivas como as de Wernicke, Transcortical Sensorial e Amnéstica/Anômica e as formas mistas tais como, Afasia Transcortical Mista, Afasia Mista e a Afasia Motora Mista. Além das alterações de comunicação este acometimento gera impacto na vida social dos pacientes, destacando-se a diminuição da probabilidade de retorno para as atividades profissionais.
5.2 AFASIA NÃO FLUENTE
 A afasia não fluente é um distúrbio da linguagem que resulta em dificuldades na produção e compreensão da linguagem, geralmente associado a lesões cerebrais na região frontal ou anterior do cérebro. A avaliação fonoaudiológica da afasia não fluente é essencial para compreender o perfil linguístico e comunicativo do paciente e direcionar o plano de tratamento adequado. Aqui estão algumas das principais áreas avaliadas:
· Fluência da fala: A avaliação da fluência da fala envolve observar a velocidade, a fluidez e a facilidade com que o paciente produz a linguagem falada. Na afasia não fluente, é comum observar uma fala lenta e interrompida, com hesitações e dificuldades na produção de palavras.
· Compreensão da linguagem: Verifica-se a capacidade do paciente de compreender a linguagem oral e escrita. Isso pode ser avaliado por meio de comandos simples, perguntas de compreensão e interpretação de histórias ou conversas.
· Expressão da linguagem: Avalia-se a habilidade do paciente em expressar seus pensamentos, ideias e necessidades. Isso inclui a produção de palavras, frases e narrativas, bem como a organização e estruturação da linguagem produzida. 
· Nomeação: Testa-se a capacidade do paciente de nomear objetos, figuras ou pessoas. A dificuldade na nomeação é uma característica comum na afasia não fluente. 
· Repetição: Avalia-se a capacidade de repetir palavras, frases e sentenças. A habilidade de repetição pode estar comprometida na afasia não fluente, especialmente em casos mais graves. 
· Leitura e escrita: Examina-se o nível de habilidade do paciente na leitura e escrita. Isso inclui a capacidade de ler em voz alta, compreender textos escritos, escrever palavras ditadas e produzir texto escrito espontâneo.
 Além dessas áreas linguísticas, a avaliação fonoaudiológica da afasia não fluente também pode incluir a análise de habilidades comunicativas não verbais, como gestos, expressões faciais e comunicação suplementar e alternativa (por exemplo, uso de comunicação aumentativa e alternativa). Com base nos resultados da avaliação, o fonoaudiólogo pode estabelecer um diagnóstico específico de afasia não fluente, identificar as principais áreas de dificuldade do paciente e desenvolver um plano de tratamento individualizado para melhorar a comunicação e a qualidade de vida. Isso pode incluir estratégias de compensação, exercícios de reabilitação da linguagem e terapia de apoio para o paciente e seus familiares.
5.3 AFASIA FLUENTE
Na afasia fluente, também conhecida como afasia de Wernicke ou afasia sensorial, ocorre uma dificuldade na compreensão da linguagem e uma produção de fala fluente, porém com conteúdo sem sentido, com muitas parafasias (substituição de palavras corretas por palavras incorretas) e neologismos (criação de palavras novas). A avaliação fonoaudiológica da afasia fluente é fundamental para compreender o perfil linguístico e comunicativo do paciente. Aqui estão algumas das principais áreas avaliadas:
· Fluência da fala: Na afasia fluente, a fluência da fala geralmente é preservada, o que significa que o paciente pode produzir um fluxo contínuo de palavras e frases. No entanto, é importante observar se há parafasias, neologismos e outras características de uma produção verbal disfuncional.
· Compreensão da linguagem: Essa é uma área fundamental a ser avaliada, já que a compreensão da linguagem está comprometida na afasia fluente. O fonoaudiólogo pode realizar testes de compreensão auditiva, leitura e interpretação de texto para avaliar o nível de compreensão do paciente.
· Expressão da linguagem: Apesar da fala fluente, a expressão da linguagem na afasia fluente é frequentemente prejudicada devido à produção de fala sem sentido. O fonoaudiólogo pode analisar a capacidade do paciente de formar frases gramaticalmente corretas e comunicar ideias coerentes.
· Nomeação: Assim como na afasia não fluente, a capacidade de nomeação pode ser comprometida na afasia fluente. O fonoaudiólogo pode realizar testes de nomeação de objetos, figuras e pessoas para avaliar essa habilidade.
· Repetição: Embora a fala seja fluente, a capacidade de repetir palavras e frases pode estar comprometida na afasia fluente. Isso pode ser avaliado por meio de testes de repetição de palavras e frases.
· Leitura e escrita: A avaliação da leitura e escrita também é importante na afasia fluente. O fonoaudiólogo pode verificar a capacidade do paciente de ler em voz alta, compreender textos escritos, escrever palavras ditadas e produzir texto escrito espontâneo. 
 Além dessas áreas linguísticas, a avaliação fonoaudiológica da afasia fluente também pode incluir a análise de habilidades comunicativas não verbais, como gestos, expressões faciais e comunicação suplementar e alternativa. 
 Com base nos resultados da avaliação, o fonoaudiólogo pode estabelecer um diagnóstico específico de afasia fluente, identificar as principais áreas de dificuldade do paciente e desenvolver um plano de tratamento individualizado para melhorar a comunicação e a qualidade de vida. Isso pode incluir estratégias de compensação, exercícios de reabilitação da linguagem e terapia de apoio para o paciente e seus familiares.
5.4 AFASIA MISTA
 Na afasia mista, o paciente apresenta características tanto da afasia não fluente quanto da afasia fluente. Isso significa que há uma combinação de dificuldades na produção e compreensão da linguagem. A avaliação fonoaudiológica da afasia mista é complexa e abrangente, pois envolve a análise das diferentes habilidades linguísticas afetadas. Aqui estão algumas das áreas avaliadas durante a avaliação fonoaudiológica da afasia mista:
· Fluência da fala: A fluência da fala é avaliada para determinar se há uma produção verbal fluente ou não fluente, ou uma combinação de ambos os padrões de fala. O fonoaudiólogo observará a presença de interrupções na fala, hesitações, disfluências e a presença de parafasias e neologismos. 
· Compreensão da linguagem: Avalia-se a capacidade do paciente de compreender a linguagem oral e escrita. Isso inclui testes de compreensão auditiva, compreensão de leitura e interpretação de instruções e informações verbais.· Expressão da linguagem: Analisa-se a habilidade do paciente em expressar seus pensamentos e ideias verbalmente. Isso envolve a avaliação da capacidade de formar frases gramaticalmente corretas, comunicar ideias coerentes e usar vocabulário apropriado.
· Nomeação: Testa-se a capacidade do paciente de nomear objetos, figuras e pessoas. A dificuldade na nomeação pode ser observada por meio de parafasias, substituições incorretas de palavras ou dificuldades em encontrar a palavra correta.
· Repetição: Avalia-se a capacidade de repetir palavras, frases e sentenças. A dificuldade na repetição pode ser observada em pacientes com afasia mista, especialmente quando há comprometimento tanto na produção quanto na compreensão da linguagem.
· Leitura e escrita: Examina-se o nível de habilidade do paciente na leitura e escrita. Isso inclui a capacidade de ler em voz alta, compreender textos escritos, escrever palavras ditadas e produzir texto escrito espontâneo.
 Além dessas áreas linguísticas, a avaliação fonoaudiológica da afasia mista também pode incluir a análise de habilidades comunicativas não verbais e cognitivas, como gestos, expressões faciais, atenção e memória. 
 Com base nos resultados da avaliação, o fonoaudiólogo pode estabelecer um diagnóstico específico de afasia mista, identificar as principais áreas de dificuldade do paciente e desenvolver um plano de tratamento individualizado para melhorar a comunicação e a qualidade de vida. Isso pode incluir uma variedade de estratégias terapêuticas, incluindo terapia da fala, terapia cognitivo comportamental e terapia de apoio emocional.
5.5 DISARTRIA
 
Em relação às disartrias, podem ser caracterizadas por disrupturas primárias na articulação e na prosódia. Essas alterações de fala podem influenciar a vida profissional e pessoal do paciente. As disartrias são distúrbios de fala que decorrem de lesão do Sistema Nervoso Central ou Periférico.
Na avaliação fonoaudiológica de disartria ou disartrofonia, que são distúrbios da articulação da fala geralmente causados por problemas neurológicos, como lesões no sistema nervoso central ou periférico, o fonoaudiólogo realiza uma série de procedimentos para compreender o padrão e a gravidade das dificuldades de fala do paciente. Aqui estão alguns dos aspectos avaliados durante essa avaliação:
· Anamnese: O fonoaudiólogo começa coletando informações sobre o histórico médico do paciente, incluindo qualquer lesão cerebral, doença neurológica, cirurgia ou condição médica que possa estar relacionada à disartria ou disartrofonia.
· Observação da fala: O fonoaudiólogo observa e analisa a qualidade da fala do paciente, incluindo a fluência, a precisão articulatória, a força vocal, a ressonância e o ritmo da fala. Isso pode ser feito durante uma conversa informal ou através da leitura de palavras, frases e textos específicos.
· Avaliação da respiração: A respiração é fundamental para a produção da fala. O fonoaudiólogo avalia a capacidade do paciente de controlar a respiração durante a fala, incluindo a capacidade de respirar adequadamente, a coordenação respiratória e a utilização eficaz do suporte respiratório durante a fala.
· Avaliação da articulação: O fonoaudiólogo examina a capacidade do paciente de articular os sons da fala de forma clara e precisa. Isso inclui a avaliação da mobilidade, força e coordenação dos músculos envolvidos na articulação dos sons da fala.
· Avaliação da ressonância: Em alguns casos de disartrofonia, pode haver problemas de ressonância, resultando em uma qualidade vocal anormal, como hipernasalidade ou hiponasalidade. O fonoaudiólogo avalia a ressonância da fala do paciente para detectar possíveis problemas nessa área.
· Avaliação da prosódia: A prosódia refere-se ao padrão melódico e rítmico da fala, incluindo entonação, ritmo e ênfase. O fonoaudiólogo avalia a prosódia da fala do paciente para identificar possíveis dificuldades nessa área.
· Avaliação da deglutição: Em casos em que a disartria ou disartrofonia estão associadas a problemas de deglutição, o fonoaudiólogo pode realizar uma avaliação da deglutição para identificar possíveis dificuldades na coordenação dos músculos envolvidos no processo de deglutição.
Com base nos resultados da avaliação, o fonoaudiólogo desenvolve um plano de tratamento individualizado para ajudar o paciente a melhorar suas habilidades de fala e comunicação. Isso pode incluir uma variedade de estratégias terapêuticas, como exercícios de articulação, treinamento respiratório, técnicas de ressonância vocal, práticas de prosódia e terapia de apoio emocional
5.6 APRAXIA
Já a apraxia seria a incapacidade de realizar uma ação, movimento ou sequência de movimento. Em relação às apraxias que interferem na comunicação temos a apraxia verbal (ou de fala) e a não verbal. As lesões centrais localizadas nas áreas responsáveis pela sequencialização dos comandos motores da fala são as maiores causadoras desta alteração.
Apraxia é um distúrbio motor adquirido da fala, que resulta de uma falha em selecionar, programar ou executar movimentos motores necessários para a produção da fala, apesar da intenção, habilidades motoras e sensoriais adequadas, e inteligibilidade da fala. (Duffy, J.R., 2005)
Na avaliação fonoaudiológica da apraxia da fala, um distúrbio neurológico que afeta a capacidade de planejar e executar movimentos motores necessários para produzir fala, o fonoaudiólogo realiza uma série de procedimentos para compreender o padrão e a gravidade das dificuldades de fala do paciente. Aqui estão alguns dos aspectos avaliados durante essa avaliação:
· Anamnese: O fonoaudiólogo começa coletando informações detalhadas sobre o histórico médico e de desenvolvimento do paciente, incluindo qualquer lesão cerebral, doença neurológica, cirurgia, trauma ou outra condição médica que possa estar relacionada à apraxia da fala.
· Observação da fala: O fonoaudiólogo observa e analisa a qualidade da fala do paciente em diferentes contextos, incluindo conversas informais e tarefas específicas de fala, como a repetição de palavras e frases, a leitura em voz alta e a produção de discurso espontâneo.
· Avaliação da articulação: O fonoaudiólogo examina a capacidade do paciente de articular os sons da fala de forma clara e precisa. Isso inclui a avaliação da precisão, fluência, ritmo e coordenação dos movimentos articulatórios durante a produção da fala.
· Avaliação da prosódia: A prosódia refere-se ao padrão melódico e rítmico da fala, incluindo entonação, ritmo e ênfase. O fonoaudiólogo avalia a prosódia da fala do paciente para identificar possíveis dificuldades na modulação e organização da melodia da fala.
· Avaliação da sequência de movimentos motores: A apraxia da fala é caracterizada por dificuldades na sequência precisa de movimentos motores necessários para produzir fala. O fonoaudiólogo pode realizar testes específicos para avaliar a capacidade do paciente de produzir sequências de movimentos articulatórios, como repetir sequências de sílabas ou imitar gestos orais.
· Avaliação da imitação: O fonoaudiólogo pode pedir ao paciente para imitar uma série de palavras, frases ou movimentos articulatórios para avaliar a capacidade de imitação e a precisão na reprodução dos estímulos apresentados.
· Avaliação da compreensão: Embora a apraxia da fala seja um distúrbio motor, é importante avaliar a compreensão da linguagem do paciente para descartar outros distúrbios associados. O fonoaudiólogo pode realizar testes de compreensão auditiva e compreensão de instruções verbais para avaliar a compreensão linguística do paciente.
Com base nos resultados da avaliação, o fonoaudiólogo desenvolve um plano de tratamento individualizado para ajudar o paciente a melhorar suas habilidades de fala e comunicação. Isso pode incluir uma variedade de estratégias terapêuticas, como exercícios de articulação, treinamento motor oral, práticas de prosódia, terapia de apoio emocional e técnicas de comunicação alternativa e aumentativa. 
As lesões neurológicas ainda podem causar outros distúrbioscomprometendo direta ou indiretamente a comunicação, que ocorrem em menor frequência na população, como as Agnosias, as Dislexias e as Agrafias adquiridas, distúrbios linguísticos – cognitivos entre outras.
6- FLUÊNCIA.
A fluência refere-se à continuidade, suavidade, velocidade e esforço na produção da fala. Todos os falantes são disfluentes às vezes. Eles podem hesitar ao falar, usar preenchedores ("like" ou "uh"), ou repetir uma palavra ou frase. São as chamadas disfluências típicas ou não fluências. 
Um distúrbio de fluência é uma interrupção no fluxo da fala caracterizada por ritmo, ritmo e disfluências atípicos (por exemplo, repetições de sons, sílabas, palavras e frases; prolongamentos sonoros e bloqueios), que também podem ser acompanhados por tensão excessiva, evitação da fala, comportamentos de luta e maneirismos secundários (American Speech-Language-Hearing Association [ASHA], 1993). 
Pessoas com transtornos de fluência também frequentemente experimentam impactos psicológicos, emocionais, sociais e funcionais como resultado de seu distúrbio de comunicação.
6.1 GAGUEIRA
A gagueira, o distúrbio de fluência mais comum, é uma interrupção no fluxo da fala caracterizada por tipos específicos de disfluências, incluindo repetições de sons, sílabas e palavras monossilábicas (por exemplo, "Olhe para o b-b-baby", "Vamos sair-out-out"); prolongamentos de consoantes quando não é para ênfase (por exemplo, "Ssssssssàs vezes ficamos em casa"); e bloqueios (i.e., fixação inaudível ou silenciosa ou incapacidade de iniciar sons). 
Na gagueira, cada palavra é um desafio a ser superado, e cada terapia é uma jornada em direção à fluência e à autoaceitação. (ALMEIDA, Luciana, 2003)
Essas disfluências podem afetar a velocidade e o ritmo da fala e podem ser acompanhadas por reações negativas à fala; comportamentos de evitação (i.e., evitação de sons, palavras, pessoas ou situações que envolvam a fala); comportamentos de fuga, como maneirismos secundários (por exemplo, piscar os olhos e acenar com a cabeça ou outros movimentos das extremidades, corpo ou rosto); e tensão física.
6.2 TAQUIFEMIA
Assim como a taquilalia, a taquifemia é caracterizada por uma taxa de articulação (velocidade de fala) elevada, suficientemente intensa para prejudicar a inteligibilidade da mensagem. Entretanto, dois outros sintomas também são obrigatórios para o diagnóstico de taquifemia: aumento significativo no número de hesitações/disfluências comuns e pouca consciência do distúrbio de fluência. Apesar de não serem sintomas obrigatórios, costumam estar presentes na taquifemia:
A taquifemia, outro distúrbio da fluência, é caracterizada por uma velocidade de fala rápida e/ou irregular percebida, pausas atípicas, comportamentos de labirinto, problemas pragmáticos, diminuição da consciência de problemas de fluência ou momentos de disfluência, disfluências excessivas, colapso ou omissão de sílabas e problemas de formulação da linguagem, que resultam em falhas na clareza e/ou fluência da fala (St. Louis & Schulte, 2011; van Zaalen-Opt Hof & Reichel, 2014).
· dificuldades de aprendizagem (Wiig & Semel, 1984);
· distúrbios do processamento auditivo (Molt, 1996);
· síndrome de Tourette (ver Van Borsel, 2011, para uma revisão);
· autismo (ver Scaler Scott, 2011, para uma revisão);
· dificuldades de localização de palavras/organização da linguagem (Myers, 1992);
· transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (Alm, 2011). 
Os indivíduos podem apresentar pura taquifemia ou taquifemia com gagueira (van Zaalen-Op't Hof et al., 2009). 
A taquifemia, outro distúrbio da fluência, é caracterizada por uma velocidade de fala rápida e/ou irregular percebida, pausas atípicas, comportamentos de labirinto, problemas pragmáticos, diminuição da consciência de problemas de fluência ou momentos de disfluência, disfluências excessivas, colapso ou omissão de sílabas e problemas de formulação da linguagem, que resultam em falhas na clareza e/ou fluência da fala (St. Louis & Schulte, 2011; van Zaalen-Opt Hof & Reichel, 2014). Os indivíduos podem apresentar pura taquifemia ou taquifemia com gagueira (van Zaalen-Op't Hof et al., 2009). A taquifemia pode coocorrer com outros transtornos, incluindo:
6.3 TAQUILALIA
A taquilalia é caracterizada por uma taxa de articulação (velocidade de fala) elevada, suficientemente intensa para prejudicar a inteligibilidade da mensagem. Não ocorre aumento significativo no número de hesitações/disfluências comuns ou gaguejadas. Também não estão presentes outras alterações de linguagem, como dificuldades sintáticas ou dificuldades com macroestruturas textuais (discurso confuso). 
Embora a velocidade da fala possa ser um indicador de eficiência comunicativa, é importante reconhecer que a compreensão do discurso depende não apenas da velocidade, mas também da clareza e da organização da fala." - (K.M. & Beukelman, 1989)
REFERÊNCIAS
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K.M. & Beukelman, D.R. Augmentative and Alternative Communication, Adaptado de Yorkston: 1989, 78p-86p

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