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RESOLUÇÃO 06

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RESOLUÇÃO
Avaliação de Impactos Ambientais
Identificar as etapas do processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
O processo de AIA é dividido em três etapas, cada uma agrupando diferentes atividades: 
(1) etapa inicial, (2) etapa de análise detalhada e (3) etapa pós-aprovação, em caso de aprovação do projeto. 
A etapa inicial (1) tem como função determinar a necessidade ou não de estudos detalhados de impactos ambientais (por exemplo, o EIA/RIMA). Em caso positivo, o nível de abordagem do estudo deverá ser definido pelo órgão ambiental competente. Em caso negativo, serão utilizados outros instrumentos que permitam um controle legal das atividades do empreendimento. Na dúvida, o órgão ambiental exigirá uma avaliação prévia da área de influência do empreendimento.
A etapa de análise detalhada (2) é aplicada apenas aos empreendimentos em que foram exigidos estudos detalhados de impacto ambiental (por exemplo, o EIA/RIMA). Este processo vai desde a definição do conteúdo a ser abordado pelo estudo até a sua aprovação (ou não), através do procedimento de licenciamento.
No caso de aprovação do projeto, será aplicada a etapa pós aprovação (3) do processo de AIA. Nesta etapa, o órgão ambiental competente, através de uma equipe técnica, irá acompanhar e fiscalizar as atividades do empreendimento e as medidas impostas pela licença ambiental concedida.
Apontar as características do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA)
Os principais instrumentos que estruturam o processo de AIA são: 
1.	Estudo de Impacto Ambiental –EIA – são os estudos que analisam as condições ambientais da área a ser afetada pela localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento com atividades potencialmente degradadoras do ambiente. Este estudo é exigido, em muitas situações, pelo órgão licenciador como um requisito para o pedido de licença ambiental pelo empreendedor da atividade. 
2.	Relatório de Impacto Ambiental –RIMA – apresentação das informações técnicas geradas no EIA em um documento em linguagem acessível ao público.
3.	Licença Ambiental – para a localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento é necessário que o empreendedor adquira, perante órgão licenciador competente, uma licença ambiental, através da qual serão estipuladas condições, restrições e métodos de controle ambiental das atividades. Todas as diretrizes impostas pela licença deverão ser realizadas pelo empreendedor, que estará sujeito a penalidades e ao cancelamento da licença no caso de não cumprimento ou inadequações das atividades. 
Tendo em vista a complexidade e inter-relação dos fatores ambientais plausíveis de impactos, a AIA deve ser desenvolvida por uma equipe multidisciplinar habilitada. Essa equipe deverá contar com profissionais especializados em três campos distintos: físico, biológico e socio
Reconhecer os métodos utilizados para avaliar os impactos ambientais.
A maioria dos métodos de avaliação ambiental atuais apresentam caráter subjetivo na abordagem do meio físico, portanto, devem ser utilizados critérios bem definidos para a escolha do mesmo, visto que cada um tem uma aplicação definida. Dentre os principais métodos descritos na literatura descrevem-se:
Método AD HOC Surgiu pela necessidade da tomada de decisões no que diz respeito à implantação de projetos, considerando o parecer de especialistas em cada espécie de impacto resultante do projeto, além dos pontos econômicos e técnicos. Consiste na formação de grupos de trabalho multidisciplinares com profissionais qualificados em diferentes áreas de atuação, apresentando suas impressões baseadas na experiência para elaboração de um relatório que irá relacionar o projeto a ser implantado com seus possíveis impactos causados (STAMM, 2003).
Método check-list (listagem) Surgiu pela necessidade da tomada de decisões no que diz respeito à implantação de projetos, considerando o parecer de especialistas em cada espécie de impacto resultante do projeto, além dos pontos econômicos e técnicos. Consiste na formação de grupos de trabalho multidisciplinares com profissionais qualificados em diferentes áreas de atuação, apresentando suas impressões baseadas na experiência para elaboração de um relatório que irá relacionar o projeto a ser implantado com seus possíveis impactos causados (STAMM, 2003).
Métodos de Matrizes de Interação A matriz de interação refere-se a uma listagem de controle bidimensional que relaciona os fatores com as ações. Tal método é muito eficiente na identificação de impactos diretos (alteração do ambiente que entra em contato com a ação transformadora), visto que tem por objetivo relacionar as interações entre os fatores ambientais e os componentes do projeto (FINUCCI, 2010). Embora possam incorporar parâmetros de avaliação são meramente métodos de identificação, importantes em atividades que possam causar impactos de maior intensidade e, portanto, devem ser monitorados com bastante atenção (MOTA e AQUINO, 2002).
Redes de Interação Consistem em esquemas que representam o seguimento de operações entre os elementos de um projeto (MORRIS e THERIVEL, 1995). As redes de interações buscam estabelecer relações de precedência entre ações de um empreendimento e os impactos por ele causados, sejam de primeira ou segunda ordem (CARVALHO E LIMA, 2010). Segundo Oliveira e Moura (2009) essa metodologia visa o estabelecimento de uma sequência de impactos ambientais provenientes de determinada intervenção, representando-os utilizando gráficos. As mesmas podem ainda ser utilizadas para orientar as medidas a serem propostas para a minimização dos impactos observados.
Superposição de cartas referem-se a métodos cartográficos desenvolvidos no âmbito do planejamento territorial. Procura-se adaptar as técnicas cartográficas para aplicá-las na avaliação de impactos ambientais, visando à localização e a identificação da extensão dos efeitos sobre o meio através do uso de fotografias aéreas sobrepostas (FINUCCI, 2010).
Modelos de Simulação Consistem em modelos de simulações computadorizadas com o uso de inteligência artificial ou modelos matemáticos, destinados a reproduzir tanto quanto possível o comportamento de parâmetros ambientais ou as inter-relações entre as causas e os efeitos de determinadas ações (OLIVEIRA e MOURA, 2009). É um método de grande utilidade em projetos de usos múltiplos e pode ser aplicado mesmo depois de se ter dado início as operações de um projeto (CARVALHO e LIMA, 2010).
Metodologias Quantitativas Os métodos quantitativos trabalham com a associação de números e valores para as considerações avaliadas qualitativamente, sendo formulados no período de avaliação de impacto ambiental de um determinado projeto. A princípio, o desenvolvimento desta técnica partiu da necessidade de avaliar os impactos causados por empreendimentos que envolvem a utilização de recursos hídricos em suas atividades, a fim de promover uma abordagem sistemática, holística e hierarquizada do meio ambiente (CARVALHO e LIMA, 2010; OLIVEIRA e MOURA, 2009).
AMBITEC-AGRO O sistema Ambitec propõe avaliar os impactos da inovação tecnológica na dimensão ecológica do agronegócio para segmentos de produção animal (Ambitec Produção Animal), agroindustrial (Ambitec Agroindústria) e agropecuário (Ambitec - Agro) (DOSI, 1988).
DESAFIO:
Pode-se dizer que há impacto ambiental quando uma atividade produz uma alteração no meio ou em qualquer um de seus componentes. Analisar os impactos ambientais é
qualificar e quantificar estas alterações, avaliando a qualidade ambiental com e sem
determinada ação ou empreendimento. Para resolver este desafio, considere a seguinte situação: Uma oficina mecânica é, evidentemente, um empreendimento pequeno. Ele não precisa realizar Estudo de Impacto Ambiental para começar a funcionar, mas, sem dúvidas, provoca alguns impactos (físico, biológico e social) no meio ambiente. Estes impactos são de baixa magnitude, mas, neste desafio, você deverá determinar alguns desses impactos e se existealguma medida mitigatória, ou seja, uma medida que tente, pelo menos, minimizá-los. Lembre-se de que os impactos também podem ser positivos.
Em uma oficina mecânica existem atividades de baixo impacto ambiental, mas elas podem ser bem definidas. Alguns destes impactos podem ser:
• Geração de resíduos sólidos.
Existe uma certa quantidade de peças de reposição que devem ter um descarte adequado, ainda mais quando essas peças estão contaminadas com óleos combustíveis. Além disso, podem ser gerados outros resíduos sólidos na empresa. Sendo assim, a medida mitigatória é o adequado descarte desses resíduos basicamente metálicos que podem ser reciclados. Para outros resíduos, pode-se utilizar a coleta seletiva geral.
Outros resíduos não recicláveis devem ter descarte adequado, a fim de se evitar a incineração. Alguns desses impactos podem ser:
• Geração de resíduos líquidos diversos.
• Água contaminada com graxas, óleos e combustíveis diversos.
• Óleos combustíveis e solventes da lavagem de peças.
Estes resíduos são altamente contaminantes e devem ter descarte adequado. É possível descartá-los em uma caixa de retenção de óleos, por exemplo, e em canaletas que evitam a mistura de combustíveis com os pluviais.
• Contaminação sonora (golpes, motores, etc.). O ruído é produzido no processo normal de trabalho da oficina, podendo causar transtornos ao entorno, principalmente em locais residenciais.
• Geração de emprego e renda. Sem dúvida, a oficina é um empreendimento gerador de empregos.
Podem-se analisar outros aspectos, como a utilização de energia elétrica, minimizada pela utilização de telhas transparentes, grandes janelas, etc.
Antes de começar a execução do seu projeto, todo empreendimento deve obter três licenças: licença prévia, licença de instalação e licença de operação, as quais são fundamentais para se garantir o respeito ao meio ambiente e ao trabalho, segundo os princípios adequados de preservação e recuperação ambienta.
EXERCÍCIOS DO VÍDEO:
1) (ENEM 2006)
A produção industrial de celulose e de papel está associada a alguns problemas
ambientais. Um exemplo são os odores característicos dos compostos voláteis de
enxofre (mercaptanas) que se formam durante a remoção da lignina da principal
matéria-prima para a obtenção industrial das fibras celulósicas que formam o papel: a
madeira. É nos estágios de branqueamento que se encontra um dos principais
problemas ambientais causados pelas indústrias de celulose. Reagentes como cloro e
hipoclorito de sódio reagem com a lignina residual, levando à formação de compostos
organoclorados. Esses compostos, presentes na água industrial, despejada em grande
quantidade nos rios pelas indústrias de papel, não são biodegradáveis e acumulam-se
nos tecidos vegetais e animais, podendo levar a alterações genéticas.
(Celênia P. Santos et al. Papel: como se fabrica? In: Química nova na escola, n. 14,
nov./2001, p. 3-7 - com adaptações)
Para diminuírem os problemas ambientais decorrentes da fabricação do papel, é
recomendável:
a) A criação de legislação mais branda, a fim de favorecer a fabricação de papel
biodegradável.
b) A diminuição das áreas de reflorestamento, com o intuito de reduzir o volume de
madeira utilizado na obtenção de fibras celulósicas.
c) A distribuição de equipamentos de desodorização à população que vive nas
adjacências de indústrias de produção de papel.
d) O tratamento da água industrial, antes de retorná-la aos cursos d'água, com o
objetivo de promover a degradação dos compostos orgânicos solúveis.
e) O recolhimento, por parte das famílias que habitam as regiões circunvizinhas, dos
resíduos sólidos gerados pela indústria de papel, em um processo de coleta seletiva de
lixo.
2) O processo de licenciamento estabelece três licenças ambientais: a licença prévia,
a licença de instalação e a licença de operação. Das seguintes proposições, assinale a
alternativa INCORRETA sobre a licença prévia:
a) É solicitada na fase preliminar de planejamento do empreendimento.
b) Estabelece os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de instalação e
operação.
c) Estabelece as condições para o empreendedor seguir adiante com a elaboração do
projeto.
d) É indispensável para solicitar financiamentos e incentivos fiscais.
e) Autoriza o início da obra/empreendimento.
3) Uma das classificações dos impactos ambientais os define como permanentes e
temporários. Entre as alternativas, marque aquela que apresenta um impacto que
pode ser considerado permanente:
a) Geração de ruídos em uma exploração mineral.
b) Geração de resíduos líquidos poluentes.
c) Alagamento de uma área para a construção de uma hidrelétrica.
d) Geração de emprego e renda.
e) Destruição da vegetação em uma exploração mineral.
4) A elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) são exigências para o licenciamento de diversas atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do
meio. Sua obrigatoriedade foi fixada pela Constituição Federal de 1988, artigo 225,
inciso IV.
Analise os empreendimentos a seguir:
I. Ferrovias.
II. Projetos urbanísticos em áreas de até 50 hectares (ha).
III. Linhas de transmissão elétrica de qualquer intensidade.
IV. Empreendimento potencialmente lesivo ao patrimônio espeleológico.
V. Oleodutos, gasodutos e minero dutos.
Segundo as leis brasileiras, assinale a alternativa que indica, dos itens mencionados,
aqueles que estão sujeitos ao EIA/RIMA:
a) Apenas I, II, e III.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas I, IV e V.
d) Apenas II, III e V.
e) Apenas III, IV e V.
5) (ENEM 2000)
No ciclo da água, usado para produzir eletricidade, a água de lagos e oceanos,
irradiada pelo Sol, evapora-se dando origem a nuvens e se precipita como chuva. É
então represada, corre de alto a baixo e move turbinas de uma usina, acionando
geradores. A eletricidade produzida é transmitida através de cabos e fios e é utilizada
em motores e outros aparelhos elétricos. Assim, para que o ciclo seja aproveitado na
geração de energia elétrica, constrói-se uma barragem para represar a água. Entre os
possíveis impactos ambientais causados por essa construção, devem ser destacados:
a) Aumento do nível dos oceanos e chuva ácida.
b) Chuva ácida e efeito estufa.
c) Alagamentos e intensificação do efeito estufa.
d) Alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora.
e) Alteração do curso natural dos rios e poluição atmosférica.

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