Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
● SIMULADO AV1 - DIREITO ADMINISTRATIVO I 1a Questão (Ref.:201401326112) Acerto: 0,2 / 0,2 A responsabilidade administrativa do servidor público por falta consistente em praticar crime contra a Administração: é afastada somente quando a absolvição for fundamentada na inexistência do fato ou na hipótese de não ter sido o servidor o seu autor; não depende da condenação criminal em face da incomunicabilidade das instâncias; é afastada somente quando a absolvição for fundamentada na inexistência do fato ou na ausência de prova de autoria; é afastada no caso de absolvição criminal em qualquer que seja a sua fundamentação, desde que não haja resíduo a ser punido administrativamente. 2a Questão (Ref.:201401326009) Acerto: 0,2 / 0,2 O diretor-geral de determinado órgão público federal exarou despacho concessivo de aposentadoria a um servidor em cuja contagem do tempo de serviço fora utilizada certidão de tempo de contribuição do INSS, falsificada pelo próprio beneficiário. Descoberta a fraude alguns meses mais tarde, a referida autoridade tornou sem efeito o ato de aposentadoria. Na situação hipotética considerada, o princípio administrativo aplicável ao ato que tornou sem efeito o ato de aposentadoria praticado é o da A) autotutela. Comentários Um dos mais importantes corolários do princípio da legalidade é a autotutela, que vem a ser um princípio informativo do Direito Administrativo de fácil entendimento, vez que já traz em sua própria nomenclatura a noção básica de seu significado, qual seja: se tutela é sinônimo de controle, logo, quando se fala em autotutela, fala-se em autocontrole. Daí partindo, autotutela administrativa significa o controle interno que a Administração Pública exerce sobre a sua própria atuação, sobre os seus próprios atos. Em sendo assim, por ser o Estado o guardião da legalidade, ao se deparar com algum vício de legitimidade, seja uma ilegalidade expressa, seja um vício de moralidade, ou até mesmo um equívoco de interpretação da lei, não pode a Administração Pública andar de braços dados com a ilegalidade, ou ficar de braços cruzados, se assim se preferir dizer, sob pena de ferir o art. 37 da Constituição Federal. Cabe ressaltar, porém, que o princípio da autotutela não está explícito na Constituição; ele é um conceito doutrinário que, construído pela jurisprudência, acabou consagrado, no Brasil, na Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal, a qual dispõe, in verbis: Esta previsão, vale salientar, encontra-se positivada na Lei nº 9.784/99, que trata da autotutela em termos expressos no art. 53, que traz a mesma ideia e praticamente a mesma redação do Enunciado 473 do STF, e no art. 54, que fala dos efeitos de anulação e revogação. No que tange a questão, em relação ao INSS, que concedeu aposentadoria a uma pessoa e, posteriormente, a própria previdência percebeu que aquela tal pessoa está recebendo R$ 800,00 a mais do que deveria. No caso, o INSS pode diminuir o rendimento do aposentado? Sim, porque o princípio da autotutela é de caráter obrigatório, ou seja, sendo detectado um vício de legitimidade no ato, a Administração não pode perpetuá-lo, devendo assim anular o ato em decorrência do princípio da legalidade; portanto, não cabe direito adquirido diante de um ato anulado, diante do desfazimento daquele erro, porque a anulação produz efeitos ex tunc. D) razoabilidade das decisões administrativas. C) segurança jurídica. E) impessoalidade. B) indisponibilidade dos bens públicos. 3a Questão (Ref.:201401331241) Acerto: 0,2 / 0,2 Com referência aos poderes da administração, assinale a opção correta. A inexistência de vinculação absoluta permite à administração pública apreciar aspectos de conveniência, interesse público e de forma, quando no uso do seu poder vinculado. Caso o Poder Executivo exorbite na utilização de seu poder regulamentar, o Poder Legislativo poderá anular o ato normativo editado. Os poderes administrativos são instrumentais, sendo utilizados pela administração pública para cumprir suas finalidades. Com o uso do poder hierárquico, é sempre possível a invalidação, pela autoridade superior, dos atos praticados por seus subordinados. A discricionariedade da administração pública aplica-se apenas aos aspectos de conteúdo e de oportunidade do ato administrativo. 4a Questão (Ref.:201401737325) Acerto: 0,2 / 0,2 No que tange aos princípios administrativos e as decisões dos tribunais superiores é correto afirmar: O princípio da legalidade em sentido estrito, segundo o STF, deve ser utilizado para aplicação do princípio da razoabilidade. O princípio da motivação aliunde, segundo o STJ, deve ser utilizado para embasar a proibição do nepotismo. O princípio da segurança jurídica, segundo o STF na ADCT 186/14, deve ser aplicado no caso de cotas nas universidades. O princípio da razoabilidade, segundo o STJ, deve ser aplicado no poder disciplinar e no poder de polícia. 5a Questão (Ref.:201401329644) Acerto: 0,2 / 0,2 Acerca dos órgãos públicos, assinale a opção correta. A organização da administração pública direta, no que se refere à estruturação dos órgãos e competência, é matéria reservada à lei. Alguns órgãos públicos têm capacidade processual, já que são titulares de direitos subjetivos próprios a serem defendidos. A teoria que melhor explica a relação existente entre o servidor público e a pessoa jurídica do Estado é a teoria da representação, cuja característica principal consiste no princípio da imputação volitiva. Assim, a vontade do órgão público é imputada à pessoa jurídica a cuja estrutura pertence, já que aquele estaria agindo em seu nome. É correto, do ponto de vista da natureza jurídica do órgão, afirmar que "João propôs uma ação de rito ordinário contra a receita federal". 6a Questão (Ref.:201401331244) Acerto: 0,2 / 0,2 O ato administrativo exorbitante do exercício do poder regulamentar pode ter os respectivos efeitos: Anulados pelo poder Legislativo Revogados pelo Poder Judiciário. Anulado pelo Poder Judiciário. Sustados pelo Tribunal de Contas. Sustados pelo Poder Legislativo. 7a Questão (Ref.:201401325896) Acerto: 0,2 / 0,2 Em relação aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar: a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato. a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais. como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado. ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal. 8a Questão (Ref.:201401220771) Acerto: 0,2 / 0,2 (OAB/CESPE) - No exercício do poder sancionar da administração pública. devem ser observados os princípios da ampla defesa prévia e da proporcionalidade na dosimetria da sanção. não se admiteo exercício da discricionariedade administrativa incide o mesmo princípio da tipicidade estrita aplicável às sanções de natureza penal. as sanções de interdição de estabelecimento, de demolição de obra irregular e de multa pecuniária são dotadas da prerrogativa de auto-executoriedade direta pela administração sancionadora. 9a Questão (Ref.:201401331240) Acerto: 0,2 / 0,2 Joaquim da Silva, agente de policia da Policia Civil do Distrito Federal, conduzia veículo oficial quando provocou acidente do qual resultaram, além de danos materiais, lesões corporais graves para as vítimas. O processo penal instaurado resultou na condenação de Joaquim da Silva pelo crime de lesões corporais graves. Em face da situação descrita, assinale a opção correta acerca da responsabilidade civil da Administração Pública, de acordo com as regras constantes na Constituição Federal e na Lei no 8.112/90. tanto a responsabilidade da administração para com a vitima quanto a responsabilidade do agente em face da administração seguem a teoria da responsabilidade objetiva; a condenação penal do agente implicará o dever de a administração indenizar o prejuízo sofrido pela vitima. Em seguida, a administração deverá intentar ação regressiva contra o agente; a condenação criminal em nenhum aspecto vinculará a decisão judicial quanto ao dever de a administração indenizar a vítima; apenas a administração terá o dever de indenizar a vítima, não cabendo nenhum tipo de ação regressiva contra o agente em face de encontrar-se este no exercício de suas funções. em face da condenação penal do agente, a vítima não mais poderá demandar civilmente a Administração Pública, cabendo eventualmente ação cível contra Joaquim da Silva; 10a Questão (Ref.:201401220663) Acerto: 0,2 / 0,2 (OAB/RS) Diz o art. 94 da Constituição Federal: "Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de 10 (dez) anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único: Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos 20 (vinte) dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação", Considerando a norma constitucional, para compor certo Tribunal Regional Federal, dentre os nomes A, B e C, o Presidente da República nomeou o indicado C. Inconformados com tal escolha, A e B ajuizaram ação em que alegam a inadequação da opção feita e a consequente nulidade do ato de nomeação de C. Nesse sentido, de acordo com doutrina e jurisprudência dominantes, é correto afirmar que: por se tratar de exercício de poder discricionário, o controle jurisdicional deve se restringir aos aspectos da legalidade e verificar se a Administração não ultrapassou os limites da discricionariedade. por se tratar de exercício de poder vinculado, este ato só é passível de controle jurisdicional quanto ao chamado mérito administrativo; todo e qualquer ato praticado pela Administração Pública é pas¬sível de amplo e irrestrito controle jurisdicional; por se tratar de exercício do poder discricionário da Administração, este ato não é passível de qualquer espécie de controle jurisdicional;
Compartilhar