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Capítulo 10: Inversores Profa. Dr. – Ing. Vera Lúcia D. S. Franco Engenharia Mecatrônica Os inversores são circuitos estáticos que convertem potência DC em AC com a frequência e tensão ou corrente de saída desejada. A tensão de saída tem uma forma periódica que embora não senoidal, pode, com uma boa aproximação, chegar a ser considerada como tal. Há muitos tipos de inversores, classificados de acordo com o número de fases, com a utilização de dispositivos semicondutores de potência, com os princípios de comutação e com as formas de onda de saída. Inversores Monofásicos – VSI (Voltage Source Inverter- VSI) e fonte ideal de corrente ( Current Source Inverters – CSI) Estes dispositivos são usados em muitas aplicações industriais, incluindo controles de velocidades para motores síncronos e indução, aquecimento por indução, fontes de alimentação para aeronaves, fontes de alimentação de funcionamento contínuo (uninterruptible power supplies) e transmissão em alta tensão DC. Circuito básico de um inversor em meia-ponte (H-ponte) Inversor Básico Circuito básico para gerar uma tensão alternada monofásica, a partir de uma alimentação DC. As chaves S1 e S2 ligam (e desligam) a fonte DC à carga de modo alternado, o que produz uma forma de onda retangular de tensão AC. Sabendo que cada chave pode ser conectada ao terminal positivo e negativo, a combinação das duas chaves fornece os quatro estados mostrados na tabela abaixo: Estado S1 S2 S3 1 + - +E 2 - - 0 3 - + -E 4 + + 0 Sequência de chaveamento para o inversor em meia-ponte: a) saída em onda quadrada; b) saída em degrau Quando os estados 1 e 3 são repetidos de maneira alternada, uma tensão de onda quadrada é gerada na carga. Se os estados 2 e 4, que fazem a tensão na carga ficar em zero, são usados, obtém uma onda em degrau ou uma forma de onda quase quadrada. f = 1/T -A forma de onda ideal desejada é a senóide, a forma de onda retangular serve para muitas aplicações e gera harmônicos de sexta ordem. -Para deixar a tensão de saída mais próxima da senoidal utiliza-se dois métodos: -Filtros – aumenta os custos e o peso dos inversores e a eficiência ficará reduzida por causa das perdas adicionais do filtro. - PWM – utiliza um esquema de chaveamento para os semicondutores para tornar o sinal de saída o mais senoidal possível. Inversores de fonte de tensão (VSI) – Meia Ponte Os inversores (VSI) são os mais utilizados, neste a tensão da fonte de entrada é essencialmente constante e independente da corrente puxada pela carga. A tensão de entrada DC pode vir de uma fonte independente, como de uma bateria ou pode ser a saída de um retificador controlado ou não. Normalmente um capacitor é colocado em paralelo com a entrada da linha DC para o inversor. O capacitor garante que os eventos de chaveamento não alterem de modo significativo a tensão DC. Ele carrega e descarrega de acordo com a necessidade de fornecimento de uma saída estável. Inversor de fonte de tensão em meia-ponte: a) diagrama do circuito; b) formas de onda de saída com carga R; c) forma de onda com carga RL. As chaves passam para o estado ligado e desligado alternadamente: uma estará ligada enquanto a outra estará desligada . - No período de 0 a T/2, a chave S1 se mantém fechada, o que faz com que V0 = +E. Em T/2 S1 fica aberta e S2 fechada. Durante T/2 a T, a tensão de saída v0 = - E. f =1/T A forma de onda da tensão de saída é quadrada. Ao controlar T – pode-se controlar a frequência, portanto é necessário tomar cuidado para não passar ambas as chaves para o estado ligado, pois nesse caso elas produziriam um curto circuito. Se cada uma das chaves S1 e S2 for fechada por um intervalo TON , a tensão média da meia-onda de saída será dada por: Ed T T E T T EV ONON avg 22 2 )(0 T T d ON O valor RMS da tensão de saída é dado por: A forma de onda da corrente depende da natureza da carga, se for resistiva é similar a tensão e a corrente da meia onda é dada por: A potência média absorvida pela carga é: EdV RMS 2)(0 R V I avg avg )(0 )(0 R E d R V P RMS L 22 )(0 2 Exercício: O inversor monofásico em meia-ponte mostrado na figura abaixo produz uma onda de saída em degrau em uma carga resistiva. E= 100V, d=50% e resistência de carga R=1. a) Determine a tensão direta máxima que a chave deve suportar b) Determine a corrente média na carga c) Determine a corrente média na chave d) Determine a potência entregue à carga. a) A tensão na chave aberta é: 2xtensão de alimentação b) A corrente média c) A corrente média na chave d) RVI avgavg / )(0)(0 2/)(0)(0 avgchave II EdV RMS 2)(0 R E d R V P RMS L 22 )(0 2 a) Diagrama do circuito para o Exemplo 10.1; b) formas de onda de tensão e de corrente Inversores VSI em ponte completa a) Com carga resistiva Um inversor VSI em ponte completa pode ser montado com dois inversores em meia ponte. A figura a seguir mostra o circuito básico para um inversor monofásico de fonte de tensão em ponte completa. São necessários quatro chaves semicondutoras e quatro diodos de retorno. A amplitude da tensão de saída e portanto a tensão de saída é o dobro do modelo semiponte. As chaves são passadas para os estado ligados e desligados por pares em diagonal. Assim ou as chaves S1 e S4 ou as S2 e S3 vão par ao estado ligado em um semiciclo (T/2). Portanto, a fonte DC fica ligada de maneira alternada à carga, em direções opostas. A frequência de saída é controlada pela taxa de velocidade, segundo a qual as chaves se abrem e se fecham. Se os pares de chaves passarem para o estado ligado em intervalos iguais, a forma de onda da tensão de saída será uma onda quadrada com pico de amplitude E, Inversor de fonte de tensão em ponte completa Estado S1 S2 S3 S4 Tensão de saída 1 ligada desligada desligada ligada +E 2 desligada ligada ligada desligada -E 3 ligada desligada desligada ligada +E 4 desligada ligada ligada desligada -E Sequência de chaveamento para uma saída em onda quadrada Estado S1 S2 S3 S4 Tensão de saída 1 ligada desligada desligada ligada +E 2 ligada desligada desligada ligada +E 3 ligada desligada ligada desligada 0 4 desligada ligada ligada desligada -E 5 desligada ligada ligada desligada -E 6 desligada ligada desligada ligada 0 7 ligada desligada desligada ligada +E 8 ligada desligada desligada ligada +E Sequência de chaveamento para uma saída em degrau Sequência de chaveamento e forma de onda de saída de um inversor em ponte: a) saída em onda quadrada; b) saída em degrau Quando o estado do chaveamento muda, enquanto se estiver passando de um estado para outro, ambos os pares de chaves devem estar desligados por um curto período. Isso impedirá que ocorra algum curto na fonte DC no estado transitório, em que as duas chaves podem fechar o mesmo tempo. Portanto o chaveamento do estado ligado para o estado desligado deve ser feito o mais rápido possível, enquanto o do desligado para o ligado deve contar com um retardo apropriado, o que faz levar um tempo definido. Pode-se controlar a tensão AC ao usar um terceiro estado da chave, durante o qual a tensão de saída é zero. A forma onda é mostrada na figurab) no slide anterior. No terceiro estado da chave S1 e S3 ou S2 e S4 se fecham por um tempo , durante o qual v0 = 0. A sequência de chaveamento é fornecida na segunda tabela do slides que foram apresentadas as tabelas; O valor médio da tensão de saída é dado por: T E T E T T EV avg 2 1 2/ 1 2/ 2/ )(0 O valor RMS da tensão de saída é dado por: T EV RMS 2 1)(0 Inversor com carga indutiva em ponte completa - VSI A figura no slide a seguir mostra um inversor de fonte de tensão em ponte que usa SCRs como chaves e alimenta uma carga RL. - A tensão de saída é uma forma de onda retangular, com um ciclo de trabalho de 50%. - A forma de onda da corrente de saída tem forma exponencial. - Quando a tensão de saída for positiva, a corrente crescerá exponencialmente; -Quando a tensão de saída for negativa, a corrente cairá exponencialmente. A função dos diodos de retorno é fornecer um caminho de volta para a corrente de carga, quando as chaves estiverem desligadas. -Logo após o SCR2 e SCR3 passarem para o estado desligado em t=0, por exemplo, os diodos D1 e D4 irão ligar. -A corrente de carga começará em um valor negativo e crescerá exponencialmente a uma taxa dada pela constante de tempo da carga ( = L/R). A fonte de corrente DC, nesse período, é invertida e flui de fato para a fonte DC. Quando a corrente na saída chega a zero, D1 e D4 passam para o estado desligado e SCR1 e SCR4 para o estado ligado. A tensão e a corrente são positivas e produzem uma potência positiva. -A corrente continua a crescer e alcança o valor máximo em t=T/2, quando A corrente continua a crescer e alcança o valor máximo em t=T/2, quando SCR1 e SCR4 passam para o estado desligado. A tensão de saída se inverte mas a corrente de saída continua fluir na mesma direção. A corrente só pode fluir através dos diodos D2 e D3, que ligam a fonte DC à carga, o que gera a tensão inversa. A energia armazenada no indutor retorna à fonte DC e a corrente na saída agora cai de seu valor máximo e chega a zero. Logo que a corrente de carga parar, SCR2 e SCR3 podem conduzir para fornecer potência à carga. A corrente alcança seu valor máximo negativo em t= T e o ciclo se repete. a) diagrama do circuito; b) formas de onda com carga RL Formas de onda de tensão e de corrente para o Exemplo 10.2 Inversor monofásico em ponte com carga RL: a) saída em degrau; b) formas de onda de tensão e de corrente – Exemplo 10.3 Técnicas de controle para inversores de tensão A maioria das aplicações de inversores requer algum modo de controle da tensão de saída AC. Vários métodos usados para isso pode ser classificado em três grandes categorias: a) Controle da tensão de entrada DC fornecida para o inversor; b) Controle da tensão de saída AC do inversor; c) Controle da tensão no inversor. Controle da tensão de entrada DC fornecida para o inversor; A tensão de saída de um inversor é diretamente proporcional à tensão de entrada, portanto a variação da tensão de entrada DC fornecida é a maneira mais simples de controlar a tensão de saída. Maneira mais fácil para variar tensão DC. Controle da tensão de saída AC do inversor; Nesse método, a introdução de um regulador AC entre o inversor e a carga controla a tensão AC e, dessa maneira, também a tensão de saída do inversor. Controle da tensão no inversor A modulação por largura de pulso (PWM) é o método mais comum para controlar a tensão. Nela, a tensão de saída é uma forma de onda modulada por largura de pulso, controlada pela variação da duração dos pulsos. A forma de onda da tensão de saída de um inversor PWM abaixo que alimenta uma carga resistiva é mostrada na figura abaixo: o ciclo de trabalho TON / T = 1,5(10 -3)/5(10-3) = 0,3 O valor médio quadrático da tensão de saída é: V0 2 = E2 . TON /(T/2) = 2. E 2. TON / T = = 2. E 2.d O valor RMS da tensão de saída é: dEV RMS 2)(0 Modulação por largura de pulso (PWM) Os três métodos mais utilizados para modulação por largura de pulsos enquadram- se no seguinte grupo: 1- modulação por largura de pulso simples; 2- modulação por largura de pulso múltipla; 3- modulação por largura de pulso senoidal. Modulação por largura de pulso simples Neste método de controle de tensão, a forma de onda da tensão de saída consiste em um único pulso a cada semiciclo da tensão de saída requerida. Para uma dada frequência (f=1/T), a largura do pulso tw pode variar, a fim de controlar a tensão de saída AC. a) sem modulação; b) forma de onda modulada Sem modulação S1 e S4 em um semiciclo e S2 e S3 no outro de maneira a produzir a tensão máxima de saída. Obtém-se o controle da tensão com a variação da fase S3 e S4 em relação a S1 e S2 . A figura b) mostra a forma de onda da tensão de saída quando o intervalo de condução de S3 e S4 está adiantado por um ângulo de =90º. Essa tensão é obtida com a adição das duas tensões de onda quadrada, deslocadas em fase uma em relação a outra. A tensão de saída consiste em pulsos alternados com uma largura de (180°-) = 90° a) m = 2 a largura do pulso tw é menor que /2; b) m = 3, tw menor que /3 Modulação por largura de pulso múltipla Em vez de reduzir a largura de pulso para controlar a tensão, a saída do inversor pode ser rapidamente chaveada passando para os estados ligado e desligado por diversas vezes, durante cada semiciclo, para fornecer um trem de pulsos de amplitude constante. A figura abaixo mostra a modulação por largura de pulso múltipla. A forma de onda de tensão de saída consiste em m pulsos para cada semiciclo da tensão de saída requerida. Se f for a frequência de saída do inversor a frequência de pulsos fp de saída dada por: fp = 2. f.m Portanto, o número de pulsos por ciclo é: 2.m= fp /f Em geral tw /m. Ciclo de trabalho variável com m = 5 fixo. Uma abordagem alternativa de controle da amplitude da tensão de saída é manter m constante e variar a largura do pulso: Ver figura abaixo: Na modulação por largura de pulso senoidal (sinusoidal pulse-width modulation- SPWM), a tensão de saída é controlada pela variação dos períodos nos estados ligado e desligado, de modo que os períodos ligados (largura do pulso) sejam mais longos no pico da onda. A figura abaixo mostra o padrão geral de SPWM. Os tempos de chaveamentos são determinados como na figura a) a seguir: M = 1 N=6 M = 0,5 – a tensão cai a metade vR(t) é uma senoidal de modulação de referência, com amplitude Vm e frequência fm , igual a frequência desejada na saída do inversor. Uma portadora de alta frequência com onda triangular vc(t), com amplitude Vc e frequência fc é comparada à onda senoidal de referência. Os pontos de chaveamento são determinados pela interseção das ondas vc(t) e vR(t). A largura do pulso tw é determinada pelo tempo o qual vc(t) vR(t) no semiciclo positivo de vR(t) e vc(t) vR(t) no semiciclo negativo de vR(t) . Os dois parâmetros de controle que regulam a tensão de saída são a relação de funcionamento do chopper e o índice de modulação. -A relação de frequência fc /fm é conhecida como relação N da portadora do chopper. Ela determina o número de pulsos em cada semiciclo da tensão de saída do inversor. -A relação Vm /Vc é denominada índice de modulação M (0M 1) e determinaa largura dos pulsos, portanto, o valor RMS da tensão de saída do inversor. O ajuste de M costuma ser feito pela variação da amplitude da onda de referência, enquanto a amplitude da onda portadora se mantém fixa. - A frequência de saída do inversor muda com a variação da frequ~encia da onda de referência a) sinais de referência; b) forma de onda da tensão de saída. A variação da amplitude da onda senoidal de referência altera a largura do pulso e controla a magnitude eficaz da forma de onda de saída. A onda portadora senoidal de referência são mostradas na figura a). A forma de onda da tensão de saída v0 é apresentada na figura b). O número de pulsos na saída, em um ciclo completo é seis. Há também seis ondas portadoras de tensão nesse período. Portanto, a frequência de repetição do pulso do inversor é a mesma da frequência da portadora. Inversores modulados por largura de pulso (PWM) Em um inversor modulado por largura de pulso, a forma de onda da tensão de saída tem amplitude constante, cuja polaridade se inverte periodicamente, de modo a fornecer a frequência fundamental de saída. A fonte de tensão é chaveada a intervalos regulares para fornecer uma fonte de tensão de saída variável. A tensão de saída do inversor é controlada pela variação da largura de pulso de cada ciclo de tensão de saída. A Figura abaixo mostra um inversor monofásico em ponte com BJTs como chaves. a) diagrama do circuito; b) forma de onda de saída na PWM As chaves Q3 e Q4, do lado direito do inversor, passam para o estado ligado após o ângulo , em relação à passagem para o estado ligados das chaves Q1 e Q2 do lado esquerdo. A seqüência de chaveamento é mostrada na tabela abaixo do próximo slide. A saída de tensão v0 tem uma largura de pulso tw de . A mudança do ângulo de deslocamento pode alterar a tensão de saída do inversor. Q1 Q2 Q3 Q4 Vo ligado desligado desligado ligado +E ligado desligado ligado desligado 0 desligado ligado ligado desligado -E desligado ligado desligado ligado 0 ligado desligado desligado ligado +E ligado desligado ligado desligado 0 A figura a seguir mostra modulação por largura de pulso senoidal em um inversor em meia-ponte. Um sinal senoidal retificado de referência é comparado a uma onda portadora triangular. Durante o período em que o sinal de referência é mais alto do que a onda portadora, as chaves são operadas para fornecer pulsos no sentido positivo, do contrário, são fornecidos pulsos no sentido negativo. Quando vR vc, S1 está ligada e v0 = +E Quando vR vc, S2 está ligada e v0 = -E A condução da chave também é mostrada na figura. Inversores monofásicos em meia-ponte A tensão de saída de inversor meia ponto é positiva ou negativa, nunca possui uma saída igual a zero. A figura abaixo mostra essa tensão – resultado da modulação PWM de um inversor meia ponte. A tensão de saída é controlada por 2. Modulação por largura de pulso senoidal em um inversor em meia-ponte Formas de onda PWM para um inversor em ponte completa Outros tipos de inversores monofásicos Inversor monofásico: a) inversor com terminal central; b) inversor com terminal central em série; c) inversor com capacitor grande. Princípio do inversor monofásico (c) da figura anterior: a) S1 está ligada e S2, desligada ; b) S1 está desligada e S2, ligada Inversores com terminal central Princípios básicos do inversor trifásico VSI em ponte -O circuito do inversor trifásico muda a tensão de entrada DC para uma tensão de saída variável trifásica de frequência variável. -O inversor trifásico em ponte pode ser projetado com a combinação de três inversores monofásicos de meia ponte. -O circuito básico é mostrado na figura a seguir. Este é constituído de seis chaves semicondutoras com seis diodos de retorno. As chaves são abertas e fechadas de maneira periódica, na seqüência apropriada para fornecer a forma de onda desejada de saída. -A taxa de chaveamento determina a frequência de saída do inversor. Para operar essas três chaves, várias seqüências são possíveis. Há dois modos fundamentais que completam o ciclo com seis chaveamentos. Um deles é conhecido como tipo de condução por 120º e o outro com o tipo de condução 180°. Diagrama do circuito de um inversor trifásico em ponte O inversor trifásico básico em ponte pode ser controlado de tal modo que cada chave conduza por um período de 120º. Nessa situação, somente duas chaves estarão conduzindo a todo tempo, uma do grupo positivo (S1, S3, S5 ) e outra do grupo negativo (S2, S4, S6 ). As duas chaves ligadas conectam dois dos terminais da carga aos terminais de alimentação DC, enquanto o terceiro terminal permanece flutuando. Há seis intervalos em um ciclo da forma de onda da tensão AC. AS chaves passam para o estado ligado em intervalos de 60º da forma de onda da tensão de saída, em uma seqüência apropriada para obtenção das tensões vAB, vBC, vCA . A taxa de chaveamento determina a frequência de saída Para evitar curto nos terminais as chaves tem um intervalos de 60º entre o fim da condução de S1 e S4 o mesmo é válido para as outras chaves. Intervalo S1 S2 S3 S4 S5 S6 VAN VBN VCN 0º a 60º ligada desligada desligada desligada desligada ligada +E/2 -E/2 0 60º a 120º ligada ligada desligada desligada desligada desligada +E/2 0 -E/2 120º a 180º desligada ligada ligada desligada desligada desligada 0 +E/2 -E/2 180º a 240º desligada desligada ligada ligada desligada desligada -E/2 +E/2 0 240º a 300º desligada desligada desligada ligada ligada desligada -E/2 0 +E/2 300º a 360º desligada desligada desligada desligada ligada ligada 0 -E/2 +E/2 As tensões de fase na carga, vAN , vBN e vCN, podem ser determinadas para diversas durações de 60º com a carga resistiva ligada em Y. É possível obter essas tensões ao considerar os circuitos equivalentes das diversas combinações de carga do inversor para os seis intervalos, como pode ser visto na figura a seguir Circuitos equivalentes de inversores trifásicos em ponte Intervalo S1 S2 S3 S4 S5 S6 VAN VBN VCN 0º a 60º ligada desligada desligada desligada desligada ligada +E/2 -E/2 0 60º a 120º ligada ligada desligada desligada desligada desligada +E/2 0 -E/2 120º a 180º desligada ligada ligada desligada desligada desligada 0 +E/2 -E/2 180º a 240º desligada desligada ligada ligada desligada desligada -E/2 +E/2 0 240º a 300º desligada desligada desligada ligada ligada desligada -E/2 0 +E/2 300º a 360º desligada desligada desligada desligada ligada ligada 0 -E/2 +E/2 Os resultados estão resumidos na tabela abaixo, a seqüência de chaveamento é S1, S2, S2 e S3, S3 e S4, S4 e S5, S5 e S6, S6 e S1.. Formas de onda de tensão no circuito para condução por 120º vAB = vAN – vBN vBC = vBN – vCN vCA = vCN – vAN A chave fica ligada durante 120º. com uma carga resistiva balanceada, ligada em Y, a potência de saída é dada por: R E R E R E P 2 2/2/ 2 22 0 Onde R é a resistência por fase. O valor RMS da tensão de fase: 632 2 )( EE V RMSph Valor RMS da tensão de linha: A corrente RMS na chave é: O valor RMS da corrente na saída é: Valor nominal da tensão inversa para a chave = E 2 3 )()( E VV RMSphRMSL REI RMSswitch 32/)( )()(0 2 RMSswitschRMS II Formas de onda para corrente de um inversor trifásico em ponte para condução por 120º e carga resistiva As três correntessão deslocadas em 120º. Circuitos equivalentes de inversores trifásicos em ponte Tipo de condução 180º O chaveamento para esse tipo é realizado sem período no desligado. Isto é uma chave está sempre ligada, seja no terminal positivo, seja no terminal negativo, mas é preciso evitar que as três chaves estejam no terminal positivo ou negativo simultaneamente. Em qualquer instante determinado, as três chaves – digamos S1, S2, e S3 – estão conduzindo. Após um período de 60º, a condução ficará por conta de S2, S3 e S4 . O período de condução para cada chave é de 180º de modo que duas chaves no mesmo caminho, nunca estarão conduzindo de modo simultâneo. Existem seis intervalos distintos de 60º para um ciclo de saída. A taxa de seqüenciamento desses intervalos especifica a frequência de saída do inversor. O padrão completo do chaveamento é mostrado na tabela a seguir. O padrão cíclico é: 1-2-3, 2-3-4, 3-4-5, 4-5-6, 5-6-1, 6-1-2... A chave conduz por 180º. Intervalo S1 S2 S3 S4 S5 S6 0º a 60º ligada desligada desligada desligada ligada ligada 60º a 120º ligada ligada desligada desligada desligada ligada 120º a 180º ligada ligada ligada desligada desligada desligada 180º a 240º desligada ligada ligada ligada desligada desligada 240º a 300º desligada desligada ligada ligada ligada desligada 300º a 360º desligada desligada desligada ligada ligada ligada Formas de onda de saída para um inversor trifásico em ponte com carga em delta É possível deduzir as formas de onda das três tensões de saída ao supor uma carga resistiva R balanceada, ligada em Y. As tensões de fase para os diversos intervalos de 60º podem ser obtidas ao considerar-se o circuito equivalente para cada intervalo como mostra a figura do próximo slide. As tensões de linha podem ser obtidas a partir das seguintes relações: vAB = vAN – vBN vBC = vBN – vCN vCA = vCN – vAN Circuitos equivalentes de inversores trifásicos em ponte Intervalo VAN VBN VCN VAB VBC VCA 0º a 60º +E/3 -2E/3 +E/3 +E -E 0 60º a 120º +2E/3 -E/3 -E/3 +E 0 -E 120º a 180º +E/3 +E/3 -2E/3 0 +E -E 180º a 240º -E/3 +2E/3 -E/3 -E +E 0 240º a 300º -2E/3 +E/3 +E/3 -E 0 +E 300º a 360º -E/3 -E/3 +2E/3 0 -E +E Para uma carga balanceada em Y, a potência de saída é dada por: R E R E R E R E P 3 23/23/3/ 2 222 0 Onde R é a resistência por fase. A potência aqui é 1,33 vezes a potência de saída do modo de condução 120º. A corrente RMS na chave é: O valor RMS da corrente na saída é: O valor nominal de tensão inversa para a chave = E O valor RMS da tensão de linha na saída é: REI RMSswitch 3/)( )()(0 2 RMSswitchRMS II EV RMSL 3 2 )( O valor RMS da tensão de fase na saída é: Com uma relação PWM de , A corrente de entrada DC é: Onde é o ângulo de fase da carga. Para PWM, EV RMSph 3 2 )( EV RMSL 3 2 )( cos 23 0IIi cos 23 0IIi Formas de onda de tensão de saída Formas de onda de corrente para um inversor trifásico em ponte com condução por 180º e carga resistiva FIM