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AULA 1-4

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por Séfora Junqueira 1
10/08/2019
CCJ0019 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
Aula 2: Classificação das constituições. Poder constituinte.
Direito Constitucional I
Ementa
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Conteúdo desta aula
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
 Classificação das Constituições
 Poder constituinte
 Direito Constitucional intertemporal
Classificação das constituições
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [LENZA, 2018, p. 109]
Ver LENZA, 2018, p. 109 a 125
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por Séfora Junqueira 2
10/08/2019
Poder constituinte
O poder constituinte é o responsável pela 
criação, reforma, revisão e mutação das 
constituições
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 39]
Poder constituinte
Teoria do Poder Constituinte
Século XVIII
Emmanuel Joseph Sieyès
“O que é o terceiro Estado”
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 39]
Poder constituinte
Teoria do Poder Constituinte
Estado Constitucional de Direito
O povo,
legítimo titular de poder
elabora a regra máxima que vai vigorar no Estado
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 40]
Poder constituinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
...
Art. 12. São brasileiros: ...
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
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por Séfora Junqueira 3
10/08/2019
Poder constituinte
Poder Constituinte
≠
Poderes constituídos
CF/88
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 40]
Poder constituinte
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 42]
[LENZA, 2018, p. 209]
Poder constituinte originário
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 43]
Poder constituinte derivado reformador
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de 
estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 
com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa.
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por Séfora Junqueira 4
10/08/2019
Poder constituinte derivado reformador
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 44]
Limitações
• Expressas ou explícitas
• Formais ou procedimentais
• Circunstanciais
• Implícitas
• Impossibilidade de alterar o titular do poder
• Proibição de violar as limitações expressas
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte derivado reformador
[LENZA, 2018, p. 216]
CF/88
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo 
número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta 
na mesma sessão legislativa.
Direito Constitucional I
Poder constituinte derivado reformador
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte derivado decorrente
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a 
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da 
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara 
Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois 
turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição 
Federal e na Constituição Estadual.
[BARROS, 2016, p. 44]
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por Séfora Junqueira 5
10/08/2019
Poder constituinte derivado revisional
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros 
do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
[BARROS, 2016, p. 45]
Poder constituinte difuso
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte difuso
Mutação constitucional
Há a mudança da interpretação
da constituição, sem se alterar o texto da norma.
[BARROS, 2016, p. 54]
Poder constituinte supranacional
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Cidadania universal
Globalização do Direito Internacional???
União Europeia
[BARROS, 2016, p. 54]
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Nova Constituição e a ordem jurídica anterior[LENZA, 2018, p. 226]
[BARROS, 2016, p. 54]
Consequências do surgimento de uma nova Constituição:
 Revogação – é a regra
 Desconstitucionalização – a constituição anterior deixa de ser 
constituição e permanece no ordenamento jurídico como norma 
infraconstitucional. Exemplos: França e Portugal.
 Recepção - a norma constitucional anterior continua em vigor, mas 
mantém o seu status hierárquico constitucional, pois é 
recepcionada no que for materialmente compatível e nos pontos 
que a nova constituição determina que a constituição anterior será 
mantida
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por Séfora Junqueira 6
10/08/2019
CASO CONCRETO
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem-estar
social, consagrando princípios próprios do modelo liberal clássico de forma
conjugada com outros, típicos do modelo socialista. Esse pluralismo
principiológico se faz sentir ao longo de todo o texto constitucional,
especialmente no art. 170, CRFB, que adota a livre iniciativa como princípio da
ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do Estado na regulação
do mercado. Considerando tal constatação, responda:
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da
CRFB/88?
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88?
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Ler o Capítulo 1.7 – Hermenêutica 
das normas constitucionais, da 
página 29 até a 36 do livro 
(conteúdo interativo) de Direito 
Constitucional I
Resolver o caso concreto da aula 3 
e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das 
trilhas de conhecimento do SAVA.
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CCJ0019 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
Aula 1: Plano de Ensino. Constituição e constitucionalismo
Conteúdo desta aula
Plano de Ensino
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Direito Constitucional I
Ementa
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Plano de Ensino
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Objetivos gerais
• Estudar as principais categorias teóricas presentes
no constitucionalismo brasileiro, a partir das bases
do Neoconstitucionalismo e do Constitucionalismo
Latino-americano.
• Conhecer o sistema constitucional de proteção aos
Direitos Fundamentais.
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Plano de Ensino
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
BARROS, Renata Furtado de. Direito 
constitucional I. 1ª. Rio de Janeiro: SESES, 
2016.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional 
Esquematizado. 22.ed.. São Paulo: Saraiva, 
2018.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo 
Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 
2018.
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Plano de Ensino
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Plano de Ensino Conteúdo desta aula
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
 Plano de Ensino
 Constitucionalismo
 Conceito de Constituição
 Sentido de Constituição
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Direito Constitucional
Direito Público – Normas cogentes
só se pode fazer aquilo que está autorizado no texto da lei
Direito Privado – Normas dispositivas
os entes privados podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe
Direito Constitucional
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO ?
Direito Constitucional
O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público,
didaticamente autônomo, que estuda:
• a organização e o funcionamento do Estado e
• a defesa dos direitos e garantias fundamentais.
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Constitucionalismo
Os principais conteúdos tratados pelo Direito Constitucional e 
pelas constituições dos Estados são:
• os direitos e garantias fundamentais
• a estrutura e organização do Estado e de seus órgãos
• o modo de aquisição e a forma de exercício do poder
• a defesa da Constituição, do Estado e das instituições 
democráticas e
• os objetivos socioeconômicos do Estado
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [BARROS, 2016, p. 13]
Constitucionalismo
O Constitucionalismo é o movimento social,
jurídico e político que tem como principal
característica a limitação do exercício do poder do
Estado por meio do texto constitucional, com o
objetivo de preservar os direitos fundamentais do
povo.
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [BARROS, 2016, p. 13]
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Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 65]
Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 65]
Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 65]
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Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 66]
Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 66]
Constitucionalismo
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 66]
Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 67]
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Constitucionalismo
1. Constitucionalismo
1.1 Constitucionalismo Europeu
1.1.1 Constitucionalismo Clássico
1.1.2 Neoconstitucionalismo
1.2 Constitucionalismo Estadunidense
1.3 Constitucionalismo Latino Americano
1.4 Constitucionalismo Brasileiro
Trazer Pedro Lenza 1.2.3 p. 58
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 67]
Constitucionalismo
América Latina
Constitucionalismo Pluralista
Ciclo Multicultural
Ciclo Pluricultural
Ciclo Plurinacional
Equador – 2008
Bolívia – 2009
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 77]
Neoconstitucionalismo
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
o Neoconstitucionalismo objetiva asseguraruma maior eficácia dos direitos fundamentais,
limitando o poder do Estado e exigindo dele o
cumprimento integral do que está prescrito no
texto constitucional.
[BARROS, 2016, p. 17]
Neoconstitucionalismo
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 71]
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Neoconstitucionalismo
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO [LENZA, 2018, p. 73]
Sentido de Constituição
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Constituição
[BARROS, 2016, p. 19]
Sentido de Constituição
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Constituição no Sentido Sociológico - Lassale
soma dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade
Constituição no Sentido Político – Schmitt
decisão política fundamental do povo
Constituição no Sentido Jurídico – Kelsen
No sentido lógico-jurídico refere-se ao ideal da norma hipotética
fundamental presente nos Estados, ou seja, trata do fundamento
lógico, valorativo, no qual o legislador constituinte irá se basear
para a elaboração da norma constitucional positiva.
No sentido jurídico-positivo trata da constituição como norma
suprema positivada.
[BARROS, 2016, p. 19]
Sentido de Constituição
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Constituição no Sentido Jurídico
Hans Kelsen afirma que a constituição é a lei mais
importante de todo ordenamento jurídico
[BARROS, 2016, p. 20]
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Sentido de Constituição
Direito Constitucional I
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
A constituição é, portanto, o pressuposto de validade 
de todas as leis e atos normativos, ou seja:
Para que uma lei seja válida, ela precisa estar de 
acordo com a constituição.
[BARROS, 2016, p. 20]
CASO CONCRETO
O sentido sociológico da Constituição como uma folha de papel, cuja
verdadeira característica está na organização dos fatores reais do
poder em uma dada sociedade, contrasta com a visão da força
normativa da Constituição, segundo a qual a Constituição não se pode
submeter à vontade dos poderes constituídos e ao império dos fatos e
das circunstâncias. A Constituição espraia sua força normativa por
sobre o ordenamento jurídico, e todos os atos estatais que com ela
contrastem expõem-se à censura jurídica do Poder Judiciário.
Julgue de maneira fundamentada a questão. (CESPE)
CASO CONCRETO
Para Lassale, a constituição escrita, para ser boa e duradoura, deve refletir, necessariamente, os
fatores reais de poder existentes na sociedade, pois, um eventual conflito entre o texto escrito e a
constituição real, ou seja, a soma dos fatores reais de poder que regem uma nação fará com que,
mais cedo ou mais tarde, a constituição folha de papel seja rasgada e arrastada pelas verdadeiras
forças vigentes no país, num determinado momento de sua história. Noutras palavras, a
constituição formal seria revogada pela constituição real.
Anos mais tarde, outro alemão, Konrad Hesse, contrapondo-se ao posicionamento de Lassale,
lança as bases da teoria que se intitulou de força normativa da constituição. Sem desprezar a
importância das forças sócio-políticas para a criação e sustentação da constituição jurídica (folha
de papel para Lassale), Hesse sugere a existência de um condicionamento recíproco entre a lei
fundamental e a realidade político-social subjacente. De fato a constituição jurídica não pode ser
reduzida a uma fotografia da realidade. Além de obedecer e traduzir a constante mutação social é
necessário que esta seja um dever ser, isto é, aponte na direção de um horizonte onde prevaleça
maior justiça social.
CASO CONCRETO
ADIMC-293/df - ação direta de inconstitucionalidade - medida cautelar relator (a): min. Celso de
Mello publicação: dj data-16-04-93 pp-06429 ementa vol-01699-01 pp-00009 julgamento:
06/06/1990 - tribunal pleno poder absoluto exercido pelo estado, sem quaisquer restrições e
controles, inviabiliza, numa comunidade estatal concreta, a prática efetiva das liberdades e o
exercício dos direitos e garantias individuais ou coletivos. E preciso respeitar, de modo
incondicional, os parâmetros de atuação delineados no texto constitucional. - uma constituição
escrita não configura mera peca jurídica, nem e simples escritura de normatividade e nem pode
caracterizar um irrelevante acidente histórico na vida dos povos e das nações. Todos os atos
estatais que repugnem a constituição expõem-a censura jurídica - dos tribunais, especialmente -
porque são írritos, nulos e desvestidos de qualquer validade. - a constituição não pode submeter-
se a vontade dos poderes constituídos e nem ao império dos fatos e das circunstancias. a
supremacia de que ela se reveste - enquanto for respeitada - constituirá a garantia mais efetiva de
que os direitos e as liberdades não serão jamais ofendidos. Ao supremo tribunal federal incumbe
a tarefa, magna e eminente, de velar por que essa realidade não seja desfigurada.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, Renata Furtado de. Direito constitucional I. 1ª. Rio de 
Janeiro: SESES, 2016.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 22ª ed. São 
Paulo : Saraiva Educação, 2018.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de 
Direito Constitucional. 13.ed.. São Paulo: Saraiva, 2018.
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Ler o Capítulo 1.4 - Classificação 
das Constituições, da página 8 até 
a 26 e o Capítulo 2 – Poder 
Constituinte, da página 37 até a 58 
do livro (conteúdo interativo) de 
Direito Constitucional I
Resolver o caso concreto da aula 2 
e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das 
trilhas de conhecimento do SAVA.
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por Séfora Junqueira 1
10/08/2019
CCJ0019 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
Aula 2: Classificação das constituições. Poder constituinte.
Direito Constitucional I
Ementa
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Conteúdo desta aula
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
 Classificação das Constituições
 Poder constituinte
 Direito Constitucional intertemporal
Classificação das constituições
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [LENZA, 2018, p. 109]
Ver LENZA, 2018, p. 109 a 125
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por Séfora Junqueira 2
10/08/2019
Poder constituinte
O poder constituinte é o responsável pela 
criação, reforma, revisão e mutação das 
constituições
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 39]
Poder constituinte
Teoria do Poder Constituinte
Século XVIII
Emmanuel Joseph Sieyès
“O que é o terceiro Estado”
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 39]
Poder constituinte
Teoria do Poder Constituinte
Estado Constitucional de Direito
O povo,
legítimo titular de poder
elabora a regra máxima que vai vigorar no Estado
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 40]
Poder constituinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
...
Art. 12. São brasileiros: ...
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕESE PODER CONSTITUINTE
5 6
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por Séfora Junqueira 3
10/08/2019
Poder constituinte
Poder Constituinte
≠
Poderes constituídos
CF/88
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 40]
Poder constituinte
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 42]
[LENZA, 2018, p. 209]
Poder constituinte originário
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 43]
Poder constituinte derivado reformador
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de 
estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 
com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa.
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por Séfora Junqueira 4
10/08/2019
Poder constituinte derivado reformador
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE [BARROS, 2016, p. 44]
Limitações
• Expressas ou explícitas
• Formais ou procedimentais
• Circunstanciais
• Implícitas
• Impossibilidade de alterar o titular do poder
• Proibição de violar as limitações expressas
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte derivado reformador
[LENZA, 2018, p. 216]
CF/88
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo 
número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta 
na mesma sessão legislativa.
Direito Constitucional I
Poder constituinte derivado reformador
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte derivado decorrente
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a 
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da 
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara 
Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois 
turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição 
Federal e na Constituição Estadual.
[BARROS, 2016, p. 44]
13 14
15 16
por Séfora Junqueira 5
10/08/2019
Poder constituinte derivado revisional
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros 
do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
[BARROS, 2016, p. 45]
Poder constituinte difuso
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Poder constituinte difuso
Mutação constitucional
Há a mudança da interpretação
da constituição, sem se alterar o texto da norma.
[BARROS, 2016, p. 54]
Poder constituinte supranacional
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Cidadania universal
Globalização do Direito Internacional???
União Europeia
[BARROS, 2016, p. 54]
Direito Constitucional I
AULA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES E PODER CONSTITUINTE
Nova Constituição e a ordem jurídica anterior
[LENZA, 2018, p. 226]
[BARROS, 2016, p. 54]
Consequências do surgimento de uma nova Constituição:
 Revogação – é a regra
 Desconstitucionalização – a constituição anterior deixa de ser 
constituição e permanece no ordenamento jurídico como norma 
infraconstitucional. Exemplos: França e Portugal.
 Recepção - a norma constitucional anterior continua em vigor, mas 
mantém o seu status hierárquico constitucional, pois é 
recepcionada no que for materialmente compatível e nos pontos 
que a nova constituição determina que a constituição anterior será 
mantida
17 18
19 20
por Séfora Junqueira 6
10/08/2019
CASO CONCRETO
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem-estar
social, consagrando princípios próprios do modelo liberal clássico de forma
conjugada com outros, típicos do modelo socialista. Esse pluralismo
principiológico se faz sentir ao longo de todo o texto constitucional,
especialmente no art. 170, CRFB, que adota a livre iniciativa como princípio da
ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do Estado na regulação
do mercado. Considerando tal constatação, responda:
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da
CRFB/88?
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88?
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Ler o Capítulo 1.7 – Hermenêutica 
das normas constitucionais, da 
página 29 até a 36 do livro 
(conteúdo interativo) de Direito 
Constitucional I
Resolver o caso concreto da aula 3 
e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das 
trilhas de conhecimento do SAVA.
21 23
24
8/17/2019
1
CCJ0019 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
Aula 3: Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
Ementa
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Conteúdo desta aula
Direito Constitucional I
 Hermenêutica constitucional
 Métodos clássicos da interpretação
 Fontes normativas da interpretação constitucional
 Métodos da interpretação constitucional
 Princípios de interpretaçãoconstitucional
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Hermenêutica = ciência da 
interpretação
Neoconstitucionalismo
Hermenêutica constitucional
Exegeta
De
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8/17/2019
2
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
“Interpretação constitucional é a atividade
que consiste em fixar o sentido das
normas da lei fundamental – sejam essas
normas regras ou princípios -, tendo em vista
resolver problemas práticos, se e quando a
simples leitura dos textos não permitir, de
plano, a compreensão do seu significado e
alcance.”
multívoco
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Interpretação de acordo com a vontade
do legislador
mens legislatoris
visão subjetivista
da lei
mens legis
visão objetivista
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Método hermenêutico jurídico clássico
Interpretação gramatical ou literal
Interpretação lógica
Interpretação teleológica
Interpretação sistemática
Interpretação histórico-evolutiva
Métodos de 
interpretação 
das leis
[BARROS, 2016, p. 30]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
Método científico espiritual
Método normativo estruturante
Método hermenêutico concretizador
Método comparativo
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
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8/17/2019
3
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
 parte do problema para chegar na interpretação 
adequada na norma
Método científico espiritual
Método normativo estruturante
Método hermenêutico concretizador
Método comparativo
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
Método científico espiritual
 busca o espírito, a vontade da constituição, para 
compreendê-la
Método normativo estruturante
Método hermenêutico concretizador
Método comparativo
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
Método científico espiritual
Método normativo estruturante
 o interprete deve buscar o real sentido da norma 
constitucional, que não se confunde com o texto 
constitucional
Método hermenêutico concretizador
Método comparativo
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
Friedrich Muller
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
Método científico espiritual
Método normativo estruturante
Método hermenêutico concretizador
 o intérprete parte de uma pré-compreensão da 
norma para depois fazer um círculo hermenêutico 
indo do fato à norma e da norma ao fato quantas 
vezes for necessário para sua compreensão.
Método comparativo
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
Konrad Hesse
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8/17/2019
4
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Métodos específicos da hermenêutica constitucional
Método tópico problemático
Método científico espiritual
Método normativo estruturante
Método hermenêutico concretizador
Método comparativo
 o intérprete compara o texto da constituição do 
seu Estado com a constituição de outros Estados
[BARROS, 2016, p.30]
[LENZA, 2018, p.161]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
1. Princípio da unidade 
2. Princípio da máxima efetividade ou eficiência
3. Princípio da força normativa da constituição
4. Princípio da concordância prática ou harmonização
5. Princípio da justeza (ou conformidade funcional)
6. Princípio da integração ou força integradora (política)
7. Princípio da presunção de constitucionalidade das leis
8. Princípio da razoabilidade
9. Princípio da proporcionalidade (necessidade, adequação,
custo benefício) [LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
1. Princípio da unidade
Estabelece que quando houver conflito entre normas
constitucionais elas devem se compatibilizar, ou seja, esse conflito
não deve ser solucionado com critérios de medição de qual seria a
norma mais importante.
A constituição é um todo harmônico e a interpretação deve levar
essa máxima em consideração.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
2. Princípio da máxima efetividade ou eficiência
Determina que o intérprete deve extrair das normas constitucionais
a maior eficácia, eficiência, possível, mesmo que sejam normas
programáticas.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
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8/17/2019
5
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
3. Princípio da força normativa da constituição
Idealizado por Konrad Hesse, estabelece que a constituição deve
durar o máximo possível, evitando-se ao máximo as reformas
constitucionais, o que gera uma estabilidade e segurança jurídica.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Konrad Hesse
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
4. Princípio da concordância prática ou harmonização
Trata do conflito de direitos fundamentais, afirmando que eles
devem se harmonizar na sua aplicabilidade.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
5. Princípio da justeza (ou conformidade funcional)
Afirma que o intérprete não pode alterar as competências
constitucionais.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
6. Princípio da integração ou força integradora (política)
Nos casos de conflitos de normas constitucionais, o intérprete deve
prestigiar a norma que busca uma maior integração política e social
do Estado.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
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Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
7. Princípio da presunção de constitucionalidade das leis
As leis presumem-se constitucionais até que haja prova em
contrário.
[LENZA, 2018, p.176]
[BARROS, 2016, p.31]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípios fundamentais da hermenêutica constitucional
Princípio da Proporcionalidade 
Princípio da Razoabilidade
Princípioda Dignidade da Pessoa Humana
Princípio da Supremacia da Constituição
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípio da Proporcionalidade
≠
Princípio da Razoabilidade
[BARROS, 2016, p.32]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípio da Razoabilidade
Tem sua origem nos Estados Unidos, decorrendo do devido
processo legal substantivo (substantive due process of law).
Segundo a razoabilidade, analisa-se se o ato praticado pelo
poder público é razoável, ou seja, se o ato não é razoável ele
não será constitucional.
[BARROS, 2016, p.32]
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8/17/2019
7
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Princípio da Proporcionalidade
Tem sua origem no Tribunal Constitucional Alemão e trata da
verificação da limitação dos direitos fundamentais, por meio
da legislação.
Utiliza-se de vários critérios para ser observado, como o da
necessidade, adequação e, em especial, o critério da
proporcionalidade em sentido estrito, que coloca na balança
dos direitos constitucionais em conflito.
[BARROS, 2016, p.32]
Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
A Sociedade Aberta dos Intérpretes da Constituição
Häberle propõe que se supere o modelo de interpretação
de uma sociedade fechada (nas mãos de juízes e em
procedimentos formalizados) para a ideia de uma
sociedade aberta dos intérpretes da Constituição, vale
dizer, uma interpretação pluralista e democrática.
Exegeta?
Amicus curiae
Audiências públicas
[LENZA, 2018, p.193]
CASO CONCRETO
Considere a seguinte notícia, adaptada do site do Tribunal Superior do Trabalho.
Por maioria de votos, a Souza Cruz S.A. obteve, na SBDI-1 do Tribunal Superior do
Trabalho, decisão que lhe permite manter trabalhadores no chamado “painel sensorial”
de avaliação de cigarros (“provador de cigarros”). A maioria dos Ministros seguiu a
divergência aberta pelo Exmo. Ministro Ives Gandra Martins Filho, no sentido de que a
atividade, sendo lícita e regulamentada, não poderia ser proibida e reformou condenação
que impedia a ré de contratar trabalhadores para esta atividade.
Para o Ministério Público do Trabalho, a expressão “painel sensorial” é apenas um
“nome fantasia” para o que, na prática, seria “uma brigada de provadores de tabaco”,
que provam cigarros da Souza Cruz e dos concorrentes com a finalidade de aprimorar o
produto comercialmente. Embora a fabricação e o consumo de cigarros sejam lícitos,
trata-se de atividade “sabidamente nociva à espécie humana”.
CASO CONCRETO
Ao contestar a ação civil pública, a Souza Cruz defendeu que a avaliação de cigarros é
essencial para garantir a uniformidade do produto, sendo que a técnica do “painel
sensorial” é usada internacionalmente. A proibição, imposta somente a ela e não às
empresas concorrentes, afetaria sua posição no mercado. Destacou, além de outros
aspectos, que a adesão ao “painel sensorial” é voluntária e restrita aos maiores de idade
e fumantes e que a decisão recorrida violou diversos dispositivos e princípios
constitucionais, dentre eles o da livre iniciativa, o da separação dos Poderes, o do livre
exercício profissional e o do direito ao trabalho.
Assim, considera que a Constituição Federal de 1988 não veda o labor em condições de
risco à saúde ou à integridade física do empregado, pois garante a redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, bem como o
pagamento de adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas.
Esta afirmativa encontra-se correta ou errada? Fundamente. (TRT 4ª Região adaptada)
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Hermenêutica constitucional
Direito Constitucional I
AULA 3: HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Fatos não há, só há 
fundamentos.
Nietzsche
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Ler o Capítulo 1.6 – Normas 
constitucionais – aplicabilidade e 
eficácia, da página 27 até a 29 do 
livro (conteúdo interativo) de 
Direito Constitucional I
Resolver o caso concreto da aula 4 
e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das 
trilhas de conhecimento do SAVA.
Referência bibliográficaReferência bibliográfica
Barros, Renata Furtado de. Direito Constitucional I. Rio de Janeiro : 
SESES, 2016.
Lenza, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. ed. – São 
Paulo : Saraiva Educação, 2018.
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8/17/2019
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CCJ0019 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
Aula 4: Aplicabilidade das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Ementa
AULA 1: CONSTITUIÇÃO E CONSTITUCIONALISMO
Conteúdo desta aula
Direito Constitucional I
 Estrutura didática da Constituição
 Planos das normas constitucionais
 Classificação de José Afonso da Silva
 Outros critérios classificatórios
 A Constituição simbólica
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Estrutura didática da Constituição
Direito Constitucional I
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
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8/17/2019
2
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado
a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Direito Constitucional I
Estrutura didática da Constituição
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Estrutura didática da Constituição
Direito Constitucional I
Tese da irrelevância jurídica
O Supremo Tribunal Federal tem entendido que o 
preâmbulo não é norma constitucional,
não sendo dotado de força normativa.
 Não é norma de repetição obrigatória nos Estados
 Não pode servir como parâmetro para o controle de constitucionalidade
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 196]
Estrutura didática da Constituição
Direito Constitucional I
Constituição da República Federativa do Brasil
Preâmbulo
Título I - Dos Princípios Fundamentais (arts. 1º a 4º)
Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais (arts. 5º a 17)
Título III - Da Organização do Estado (arts. 18 a 43)
Título IV - Da Organização dos Poderes (arts. 44 a 135)
Título V - Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (arts. 136 a 144)
Título VI - Da Tributação e do Orçamento (arts. 145 a 169)
Título VII - Da Ordem Econômica e Financeira (arts. 170 a 192)
Título VIII - Da Ordem Social (arts. 193 a 232)
Título IX - Das Disposições Constitucionais Gerais (arts. 233 a 250)
Título X - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (arts. 1º a 100)
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Estrutura didática da Constituição
Direito Constitucional I
ADCT – Ato das disposições Constitucionais Transitórias
A finalidade do ADCT é estabelecer regras de transição entre o
antigo ordenamento jurídico e o novo, instituído pela
manifestação do poder constituinte originário, providenciando a
acomodação e a transição do antigo e do novo direito edificado.
Natureza jurídica – norma constitucional
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 199]
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3
Estrutura didática da Constituição
Direito Constitucional I
ADCT – Ato das disposições Constitucionais Transitórias
Classificação segundo Barroso
 Disposições transitórias propriamente ditas
 Disposiçõesde efeitos instantâneos e definitivos
 Disposições de efeitos diferidos
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p.201]
Planos das Normas Constitucionais
Direito Constitucional I
Planos
 Existência
 Validade
 Eficácia
 Efetividade
 Eficiência
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Planos
 Pontes de Miranda
 Miguel Reale
 Marcos Bernardes de Mello
 Michel Temer
 ...
Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Todas as normas constitucionais são dotadas de eficácia.
Algumas, eficácia jurídica e eficácia social; outras, apenas
eficácia jurídica.
Eficácia social se verifica na hipótese de a norma vigente, isto é, com
potencialidade para regular determinadas relações, ser efetivamente
aplicada a casos concretos.
Eficácia jurídica, por sua vez, significa que a norma está apta a
produzir efeitos na ocorrência de relações concretas; mas já produz
efeitos jurídicos na medida em que a sua simples edição resulta na
revogação de todas as normas anteriores que com ela conflitem.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [TEMER, 1999, p. 23]
Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Plano da existência
No plano da existência se inicia a vida dos fatos jurídicos. Nele
entram, sem exceção, todos os fatos que, por sua relevância
para a convivência social, foram erigidos à categoria de suporte
fáctico de norma jurídica e, ao ocorrerem no mundo fáctico, são
juridicizados pela sua incidência. Esse é o plano do ser. Aqui
somente se indaga se o fato jurídico existe, quer dizer, se o
suporte fáctico da norma se concretizou suficientemente (= todos
os elementos previstos pela norma se realizaram) e, portanto, se
ela incidiu.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [MELLO, 1999, p.XVII]
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Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Plano da existência
Numa breve síntese: o negócio jurídico existe quando
incidiu uma norma jurídica sobre o seu suporte fático. Se
atendidos requisitos mínimos, como a atuação de um agente,
que exterioriza a vontade, o objeto e a forma, ocorre o
ingresso no mundo jurídico – plano da existência,
independentemente de ser valido, ou eficaz. Existe,
simplesmente.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/609894440/os-planos-
do-mundo-juridico-artigo-de-zeno-veloso
Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Plano da validade
Do plano da existência, o fato jurídico passa ao plano da
validade, onde aqueles que têm a vontade como elemento cerne
do núcleo do suporte fáctico (atos jurídicos ilícitos lato sensu)
sofrem uma triagem e são classificáveis como válidos, nulos ou
anuláveis, conforme haja ou não deficiências dos elementos
complementares do suporte fáctico.
Os fatos jurídicos que não têm a vontade como elemento
relevante do suporte fáctico passam diretamente ao plano da
eficácia.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [MELLO, 1999, p.XVII]
Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Plano da validade
Para ser, entretanto, válido, o negócio tem de observar
algumas adjetivações ou qualificações: as partes ou
agentes precisam ser capazes, exprimir sua vontade
consciente e livremente, o objeto tem de ser lícito,
possível, determinado ou determinável, e a forma deve ser
prescrita ou não defesa em lei (cf. Código Civil,
art. 104). Note-se: só pode ser considerado válido ou
inválido o que já existe.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/609894440/os-planos-
do-mundo-juridico-artigo-de-zeno-veloso
Aplicabilidade da norma constitucional
Direito Constitucional I
Plano da eficácia
Finalmente, quando produz consequências jurídicas com
relação a partes e a terceiros, o negócio jurídico entra
no plano da eficácia. A produção de efeitos é a destinação
natural e essencial de um negócio jurídico.
Exemplo: testamento de quem ainda não morreu...
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/609894440/os-planos-
do-mundo-juridico-artigo-de-zeno-veloso
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Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia plena
Aplicabilidade direta, imediata e integral
 Normas constitucionais de eficácia contida
Aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral
 Normas constitucionais de eficácia limitada
Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida (ou diferida)
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia plena
Aplicabilidade direta, imediata e integral
As normas constitucionais de eficácia plena têm a possibilidade de
produzir efeitos desde o momento em que são editadas e entram em
vigor, pois não dependem de outras normas para serem efetivadas. Elas
já são completas e estão aptas a serem seguidas de imediato.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [BARROS, 2016, p. 27]
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia plena
Aplicabilidade direta, imediata e integral
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 235]
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia contida
Aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral
As normas constitucionais de eficácia contida tiveram (ou terão)*
sua abrangência restrita após a sua entrada em vigor, pois eram
de eficácia plena e foram restritas em sua aplicabilidade.
* Nota da professora
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [BARROS, 2016, p. 27]
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Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia contida
Aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (...)
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de 
estado de defesa ou de estado de sítio.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 236]
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia limitada
Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida (ou diferida)
As normas constitucionais de eficácia limitada são o oposto das
normas de eficácia plena, pois, no momento de entrada em vigor
do texto constitucional, não possuema possibilidade de serem
aplicadas, por dependerem de regulação específica do legislador
ordinário para serem regulamentadas.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [BARROS, 2016, p. 29]
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia limitada
de princípio institutivo – contém esquemas gerais de 
estruturação de instituições, órgãos ou entidades.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou 
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 239]
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Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia limitada
de princípio programático – veiculam programas a serem 
implementados pelo Estado
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS [LENZA, 2018, p. 239]
Direito Constitucional I
Classificação – conforme José Afonso da Silva
 Normas constitucionais de eficácia plena
Aplicabilidade direta, imediata e integral
 Normas constitucionais de eficácia contida
Aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral
 Normas constitucionais de eficácia limitada
Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida (ou diferida)
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais
Direito Constitucional I
Classificação – conforme Maria Helena Diniz
 Normas constitucionais supereficazes ou com eficácia absoluta
 Normas constitucionais com eficácia plena
 Normas constitucionais com eficácia relativa restringível
 Normas constitucionais com eficácia relativa complementável 
ou dependentes de complementação
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais
[LENZA, 2018, p. 242]
Direito Constitucional I
Classificação – conforme Luís Roberto Barroso
 Normas de Organização
 Normas Definidoras de Direito
 Normas Programáticas
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais
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Direito Constitucional I
Constituição simbólica
Marcelo Neves
Discute a discrepância entre a função 
hipertroficamente simbólica e a 
insuficiente concretização jurídica de 
diplomas constitucionais.
AULA 4: APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Classificação das normas constitucionais
[LENZA, 2018, p. 103]
QUESTÃO OBJETIVA
(CIAAR - 2012 - CIAAR - Primeiro Tenente - adaptada)
Peter Häberle propõe um modelo de uma sociedade aberta dos intérpretes da
Constituição.
No direito brasileiro, são exemplos dessa possibilidade de interpretação pluralista e
democrática a(s)
a) decisões do Supremo Tribunal Federal.
b) teoria dos poderes implícitos e a derrotabilidade.
c) figura do amicus curiae e das audiências públicas.
d) acórdãos dos Tribunais de Justiça Estaduais.
e) sentenças dos juízes federais.
CASO CONCRETO
O direito fundamental de se expressar e de obter informação não raramente se
choca com outro direito fundamental: o direito à intimidade, principalmente nos
dias de hoje, em que os meios de comunicação são facilitados pelas diversas
formas de tecnologia. Câmeras estão em todos os lugares e, principalmente,
em telefones celulares, que se tornaram uma extensão dos corpos das
pessoas. Trata-se de um caso claro de colisão de valores positivados como
princípios constitucionais [...]. Para resolver este conflito, utilizando o método
da ponderação, é importante identificarmos os textos constitucionais que
positivaram os valores liberdade de expressão e intimidade, cuja atribuição de
significado permitirá deles extrair as normas jurídicas correspondentes, que
podem ser conceituadas como o resultado da atribuição de sentido oferecido a
um texto das fontes.
(FERNANDES, Francis Ted. Uma cisão concretista sobre a colisão de princípios. Jota info. Disponível
em: . Acesso em: 26/10/2018.)
CASO CONCRETO
Como podemos observar, a técnica da ponderação de interesses é utilizada
para resolver a colisão de Direitos Fundamentais.
Face ao exposto, analise os questionamentos abaixo
a) Quais os princípios de hermenêutica constitucional que se utilizam deste
método? Conceitue-os mostrando suas diferenças.
a) Se estivéssemos diante de conflito de regras, o mesmo critério seria
utilizado? Justifique a sua resposta.
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AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Ler o Capítulo 3.1 – Teoria dos 
direitos fundamentais, da página 
61 até a 66 do livro (conteúdo 
interativo) de Direito 
Constitucional I
Resolver o caso concreto da aula 5 
e postar os resultados no SAVA.
Navegar pelos demais itens das 
trilhas de conhecimento do SAVA.
Referência bibliográficaReferência bibliográfica
Barros, Renata Furtado de. Direito Constitucional I. Rio de Janeiro : 
SESES, 2016.
Cavalieri Filho, Sérgio. Programa de Sociologia Jurídica. 14. ed. –
Rio de Janeiro : Forense, 2015.
Mello, Marcos Bernardes de. Teoria do fato jurídico: plano da 
validade. 3. ed. rev. São Paulo : Saraiva, 1999.
Temer, Michel. Elementos de direito constitucional. 15. ed. rev. e 
atual. – São Paulo : Malheiros Editores, 1999.
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