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Resenha estado,classe e movimento social /cap.1

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Movimentos de Classe (sindical) e Movimentos de Libertação Nacional
Em meados do século XVIII, Revolução Industrial na Europa, novas formas de produção e organização do trabalho, marcando passagem da manufatura para a indústria. Nascem os operários, trabalho assalariado, diversas formas de exploração do trabalho, jornadas de trabalho até 16hrs por dia, mulheres e crianças também. As condições de trabalho e habitação eram no mínimo desumanas.
“Por volta de 1820, em Londres, cidade mais Industrial da Inglaterra, a idade média de vida dos operários era de 21 anos. Os patrões viviam três vezes mais. Crianças de 5 anos já trabalhavam em fabricas, nas piores condições “ (Giannotti,2007). A intensificação e o desenvolvimento das forças produtivas implicaram a expulsão de grandes contingentes de trabalhadores, que foram lançados ao desemprego. A situação desencadeou inicialmente situações violentas dos operários (destruição das maquinas, denominado Ludismo). Sem consciência do verdadeiro inimigo de classe. É com a conquista do direito à livre associação, votada pelo parlamento inglês em 1824, que assistimos um avanço das associações sindicais. Repressão por parte do Estado eram frequentes. Foram consideradas ilegais na França até 1864 e na Alemanha até 1890. No Estado Unidos, no dia 1 de maio de 1886, uma greve pela redução da jornada realizada em Chicago foi violentamente esmagada pela polícia. Dois anos depois, nessa mesma data, outra greve e realizada para lembrar os “Mártires de Chicago”. Em 1891, a Internacional Socialista (criada em 1889) declarou o dia 1 de maio como o Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores. A emergência do movimento operário no cenário político, a partir da segunda metade do século XIX, revelou a face pública e política da questão social. A Revolução de 1848 representaram a tomada de consciência do proletariado como classe para si. Para Netto, ”1848 explicita, em nível histórico universal, a ruptura do bloco histórico que derruiu a ordem Feudal (tomando evidente então) antagonismo entre capital e trabalho, entre burguesia e proletariado”. Marx e Engels apontavam para organização dos trabalhadores, ” Proletariados de todos os países uni-vos”. As revoluções de 1848 sofreram derrotas, recuam por quase uma década. Netto enfatiza “ O material histórico a partir do qual, pratica e politicamente, o proletariado começa a construir a sua identidade como protagonista histórico -social consciente. ” 
A partir da década de 1860 reinicia retomada da organização e luta dos trabalhadores, que se consolida “ as vésperas da primeira guerra mundial, classe operaria vai elaborar dois principais instrumentos de intervenção sociopolítica, o sindicato e o partido proletário”. Em 18 de março de 1871, os operários franceses fazem uma revolução na capital, que ficou conhecida como a comuna de paris. A burguesia e o exército foram expulsos pelos trabalhadores em armas. Um novo governo foi criado em torno do qual se agruparam principalmente os trabalhadores. A comuna “tratou de quebrar o instrumental de repressão espiritual, o poder dos padres e religiosos, decretou a separação entre Igreja e Estado, e a expropriação de todas as igrejas, na medida em que eram corporações com propriedades”(MARX,1989,p.296).A experiência revolucionaria buscou acabar também com a “propriedade classista que transforma o trabalho de muitos na riqueza de poucos .Ela pretendia a expropriação dos expropriadores “ (idem,ibidem,p.299).A experiência triunfou por 72 dias, sendo os trabalhadores massacrados pelo exército francês e alemão. Estima se que de trinta a cinquenta mil trabalhadores foram mortos. Para Marx a comuna “foi o maior movimento proletário até os nossos dias “.
 Os autores da obra Estado, Classe e Movimento Social, nos traz o contexto histórico da expansão das organizações sindicais que nos permite ter um conhecimento das lutas históricas dos trabalhadores e com isso nos ajuda muito criar uma opinião crítica, e ter o entendimento das lutas de classes que a muitos anos vem trazendo muita desigualdade.
As Associações Internacionais de Trabalhadores 
A Primeira Internacional – (AIT,1864-1876).
Foi uma organização política constituída para agrupar os partidos socialistas existentes na época. Marx (que redigiu quase todos os documentos distribuídos pela AIT) e Engels desempenharam papel chave em sua liderança.
A Segunda Internacional (1889-1914).
Organizada por Engels, com a morte de Marx em 1883, agregava partidos e sindicatos dos trabalhadores de todos os continentes.
A Terceira Internacional –Internacional Comunista (IC,1919-1943).
A IC foi fundada por iniciativa dos bolcheviques, após a revolução de 1917.
Estes movimentos eram de lutas contra as desigualdades da época, a exploração dos trabalhadores, a opressão do estado, uma luta que perpassa séculos …E ainda nos dias atuais perdura...
 Um dos elementos fundamentais para a formação da classe trabalhadora no país foi a vinda dos imigrantes europeus (que já haviam tido contato com as lutas operarias em seus países).
Nos fins do século XIX aos anos 1920, três correntes políticas tiveram influência, na direção das organizações sindicais no Brasil: o anarcosindical, os reformistas e os sindicatos amarelos.
Fortes repressão do Estado, inúmeras greves, sindicatos eram fechados, operários e militantes eram presos e condenados. Como afirma Vianna (1978) foi a organização do proletariado como classe, iniciada desde fins do século XIX, que forjou o reconhecimento da questão social por parte do estado e
da burguesia, que deixam de tratá-la como “caso de polícia”. Entretanto esta organização não foi o suficiente para garantia de uma legislação mais ampla e inclusiva, também não pode impedir a intervenção e o controle do Estado sobre os sindicatos, ações que se consolidam após a “Revolução de 1930”.
A partir de 1930 que se consolida o controle do movimento operário com a criação do Ministério do Trabalho, que passa a incorporar os sindicatos no aparelho estatal e a formular uma política que os definia como órgãos de cooperação e colaboração com o estado. Em 1943 Vargas reúne e sistematiza a legislação social na consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Estado Varguista desfechou um violento ataque ao levante da ANL, chamado pela direita de “Intentona Comunista”. Foi decretada a Lei de Segurança Nacional (LSN). Lideranças sindicais e operarias foram presas, torturadas, deportadas e mortas, como Olga Benário, companheira de Luiz Carlos Prestes. Neste contexto, foi instituído o Estado Novo (1937-1945).
Ação política repressiva e proibição as lutas dos trabalhadores e aos sindicatos autônomos. A política trabalhista de Vargas, principalmente no Estado Novo, foi no “sentido de orientar ou manipulara força política do operariado em formação. Com o fim do Estado Novo, os trabalhadores deram sequência as lutas por aumentos de salariais e liberdade de organização sindical. E conquistada a anistia aos presos políticos e a legalização do PCB. Eleições de 1945 vencida pelo general Dutra, elegeu Prestes para o senado, com a maior votação na história brasileira até então, e 14 deputados federais além de deputados estaduais e vereadores em várias cidades. Em 1946 novamente o PCB e colocado na ilegalidade levando a prisão ou ao exilio quem a ele fosse filiado ou mesmo simpatizante. ”Só no ano de 1947 a polícia política carioca produziu 56 mil fichas de suspeitos de comunismo, efetuou 3mil prisões e 15 mil visitas de investigadores a sindicatos” (Pereira apud Matos,2009, p.82). Em 1950 Vargas retoma ao poder, 1961-1964 governo Goulart intensas lutas e mobilizações sociais deram curso a a uma intensa mobilização da classe trabalhadora no meio urbano e rural. Em 1963 ocorre a celebre greve dos 700 mil operários brasileiros (Antunes,1985).
Duas tendências se formam no movimento sindical nos anos 1980: os sindicalistas autênticos e os da unidade sindical ou reformistas. 
Em 1983 nasce a CUT, e o partido dos trabalhadores em 1980.
 Os autores nos passamgrandes movimentos clássicos de lutas de classes vinculados ao capital/trabalho, movimentos sindicais e trabalhistas, que lutam por dignidade, salários justos, menos exploração da força de trabalho, luta a qual e incansável que perdura até os dias de hoje. Os chamados “Novos Movimentos Sociais” surgem em meados do século XX, ocorrem num contexto mundial e latino americano, determinado a fase de expansão capitalista mundial e a guerra fria, marcado pela divisão do mundo em dois blocos: o bloco socialista e o bloco capitalista. Esta divisão ficou conhecida como “guerra fria”. Algumas das principais revoluções século XX, e as revoltas conhecidas como o Maio Frances, que inspiraram esses movimentos. A Revolução Soviética, que dá origem ao bloco socialista, soma-se outros processos revolucionários. A partir deles se inspiram tanto movimentos de esquerda, para ampliar estas lutas, como de direita, para reprimir ou reverte-las.
A Revolução Russa, Rev. Cultural, A Guerra na Coreia, A Rev. No Vietnã 1959 a 1973, A Revolução dos Cravos em Portugal, Revolução Cubana, Revolução Sandinista na Nicarágua,

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