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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA BRUNO BOHN DOS SANTOS EDUARDO ADNRÉ KOSINSKI FONSECA JEVERTON NARDI JOEL FERRARI CARVALHO MATHEUS SOLTAU MEMORIAL DESCRITIVO DE INSTALAÇÃO INDUSTRIAL PATO BRANCO 2018 ÍNDICE 1. OBJETIVO ..................................................................................... 3 2. NORMAS TÉCNICAS .................................................................... 3 3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA ........................................................... 4 4. QUADROS ..................................................................................... 6 5. PROTEÇÃO DA REDE .................................................................. 8 6. RAMAL DE ENTRADA .................................................................. 9 7. DETALHAMENTO DA SUBESTAÇÃO ......................................... 9 8. ATERRAMENTO .......................................................................... 18 9. ILUMINAÇÃO ............................................................................... 19 1. OBJETIVO O presente memorial tem por objetivo, descrever as instalações elétricas destinadas às edificações de uma fábrica e subestação, adequando a estrutura elétrica ao atendimento das necessidades pertinentes à intervenção realizada. Para a elaboração do projeto elétrico foram utilizadas Normas Técnicas Brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), as mesmas que engenheiros eletricistas já formados devem utilizar na elaboração de seus projetos. Um projeto elétrico consiste na determinação de materiais, tanto em especificação quanto em quantidade, além de como serão feitas as instalações que demandam energia elétrica após o término da obra. 2. NORMAS TÉCNICAS Os equipamentos e serviços a serem fornecidos deverão estar de acordo com as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e normas locais da Concessionária de Energia Elétrica: • NBR 11301 – ABNT – Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em regime permanente (fator de carga 100%) – Procedimento. • NBR/IEC 60947 - ABNT – Disjuntores de Baixa Tensão Industrial – Especificação. • NBR 5413 - ABNT – Iluminância de interiores – Procedimento. • NBR 5419 – ABNT – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – Procedimento. • NBR 5597 - ABNT – Eletroduto rígido de aço-carbono, e acessórios, com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 - Especificação. • NBR 6146 – ABNT – Invólucros de equipamentos elétricos – Proteção. Especificação. • NBR 6148 – ABNT – Condutores isolados com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensões até 750 V – Sem cobertura – Especificação. • NBR 6150 – ABNT – Eletroduto de PVC rígido – Especificação. • NBR 6151 – ABNT – Classificação de equipamentos elétricos e Eletrônicos quanto à proteção contra os choques elétricos – Classificação. • NBR 6808 – ABNT – Conjunto de manobras e controle de baixa tensão montados em fábrica – CMF – Especificação. • NBR 6812 – ABNT – Fios e Cabos elétricos- Queima Vertical (fogueira) – Método de ensaio. • NBR 7285 – ABNT - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno termofixo para tensões até 0,6/1,0 kV sem cobertura – Especificação. • NBR 9313 – ABNT - Conectores para cabos de potência isolados para tensões até 35 KV – Condutores de cobre ou alumínio – Especificação. • NBR 9326 – ABNT – Conectores para cabos de potência – Ensaios de ciclos térmicos e curtos circuitos – Método de Ensaio. • NBR 9513 – ABNT – Emendas para cabos de potência, isolados para tensões até 750 V – Especificação. • NBR IEC 50 (826) – Vocabulário eletrotécnico internacional – Capítulo 826 instalações elétricas em edificações. • NBR 5410 – Instalações elétricas em baixa tensão. • NBR 14039 - Instalações elétricas em alta tensão. • NBR 5456 – Eletricidade geral – terminologia. • NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos. • NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Na inexistência destas ou em caráter suplementar, poderão ser adotadas outras normas de entidades reconhecidas internacionalmente, tais como: • ANSI - American National Standard Institute • DIN - Deutsche Industrie Normen • ASTM - American Society for Testing and Materials • IEC – International Electrotechnical Comission • ISA – Instrumental Standards Association Os projetos foram elaborados considerando a relação de normas acima, porém a instaladora e/ou construtora responsável pela execução dos serviços, deve efetuar verificação criteriosa, na época da contratação, sobre novas normas ou alterações de normas que tenham entrado em vigor ou ainda que não se encontrem aqui relacionadas. Sempre com a aprovação da projetista e da fiscalização, (é necessária sempre a concordância simultânea de ambas), poderão ser abrigadas outras normas de distinta autoridade, que permitam avalizar o grau de qualidade desejado. Em sua proposta, a contratada deverá informar quais as normas técnicas aplicáveis a cada produto. Para efeito de aprovação, será sempre dada prioridade a materiais e/ou serviços que apresentem certificado de homologação das normas ISO 9000. 3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA A concepção do projeto prevê dimensionamento da subestação e dos condutores das instalações elétricas da indústria com fornecimento de energia elétrica em média tensão. O projeto elétrico da indústria será dividido em seis setores e em cada setor terá um centro de controle de motores (CCM). Os CCM’s serão conectados ao quadro de distribuição geral (QGF) através de condutores isolados com Polietileno Reticulado (XLPE). O quadro de distribuição geral ficará próximo a subestação da indústria, em local de fácil acesso. As bitolas dos cabos e as dimensões das eletrocalhas estão descritas na planta da indústria. 3.1. MEDIÇÃO A medição será em baixa tensão e seguirá as normas da concessionária responsável. Será utilizado para a medição um transformador de potencial (TP) e um transformador de corrente (TC). 3.2. TRANSFORMADORES DE PROTEÇÃO O transformador de potencial para medição tem tensão nominal primária de 13,8 kV com um nível de isolamento de 95 kV e meio dielétrico de epóxi. O transformador de corrente para medição seguirá as normas da NTC 903100 com tensão máxima de 15 kV e corrente secundária nominal de 5 A 3.3. RAMAL DE LIGAÇÃO AÉREO Os condutores serão de cobre protegidos com seção mínima de 35 mm² e não poderão passar sobre áreas construídas 3.4. CAIXAS PARA EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO As caixas deverão ser confeccionadas de chapas de alumínio por fabricantes autorizados pela concessionária de energia. 3.5. SUBESTAÇÃO Existirá uma única subestação para suprir as demandas da indústria. Na subestação estará instalado o transformador, equipamentos de medição e equipamentos de proteção. 3.6. TRANSFORMADOR O transformador será de 225 kVA com tensão primária de 13,8 kV e tensão secundária de 380 V com frequência de 60 Hz. O primário deverá ser ligado em triângulo e o secundário em estrela com neutro acessível. O transformador deverá ser de núcleo envolvido. 3.7. TERMINAIS As terminações dos cabos deverão seguir a NTC 815108. 4. QUADROS 4.1. GERAL Para conter os diversos equipamentos de proteção e comando de toda a instalação, serão executados diversos quadros, cubículos e painéis como indicado nos quadros de carga, plantas baixas, detalhes e diagramas unifilares do projeto. Atendendo às necessidades da obra estes equipamentos serão em chapa metálica, autoportante, com acesso total por todos os lados, (caso de subestação e QGBT’s) inclusive o fundo, com porta e chave, e espelho interno para proteção das partes vivas. Deverão possuir todos os equipamentos indicados nos diagramas unifilares e quadros de carga bem como régua de conectores para interligação dos circuitos de comando e sinalização. Conterão também porta com trinco, que mantenha os equipamentos e seus acionamentos embutidos, barramento de terra e neutro separados, sendo o de neutro isolado para 0,6 kV. Não será permitido o agrupamento de condutores neutro ou de aterramento, comumente utilizado, em substituição aos barramentos. Os equipamentos de medição supervisão e controle possuirão acesso frontal e visualização direta, sem a interposição de qualquer elemento que dificulte a leitura instantânea, ou imediata dos dados, ou estados. A abertura de furos ou rasgos para passagens e eletrodutos, calhas e/ou perfilados, deverão ser executados com equipamentos que garantam o perfeito acabamento do serviço, devendo ser rigorosamente executada a recomposição da proteção contra oxidação, em qualidade igual ou superior à original do equipamento. As barras serão pintadas com esmalte sintético, em cores diferenciadas para cada fase (vermelho, branco e marrom). Todos os parafusos que eventualmente possam servir como condutores elétricos (fixação de terminais etc.) devem ser bicromatizados, e usarem porca, arruela lisa, e de pressão com o mesmo acabamento. Todos os quadros serão supervisionados pelo sistema de automação predial, podendo existir sinalização, atuação e medição local ou remota a depender de cada utilização. Salienta-se que os barramentos de terra e neutro são totalmente independentes e isolados entre si. Nenhum quadro poderá ser executado na obra, sem a apresentação prévia do seu diagrama definitivo e detalhamento executivo, para análise da fiscalização. 4.2. QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO Na saída da subestação, existirá um Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT), contendo os disjuntores, destinados à proteção e manobra de cada um dos circuitos, além dos equipamentos destinados ao sistema de automação predial para cada transformador. Trata-se efetivamente de um só quadro, possuindo internamente barramentos separados para cada transformador e interligados entre si, porém instalados em cubículos individuais. Para permitir a transferência de carga de um transformador para outro, em caso de manutenção ou pane, foram previstas ligações com disjuntores motorizados, interligando os barramentos entre si. Estas ligações possuem intertravamento elétrico entre si e entre os disjuntores gerais de entrada de cada transformador. O objetivo disto é eliminar qualquer possibilidade acidental de paralelismo entre os transformadores e acidentes que possam ocorrer com retorno de tensão pelo secundário de um transformador que esteja em manutenção. Cada barramento do QGBT possuirá um disjuntor geral em BT, extraível, motorizado, em caixa aberta, carregamento das molas motorizado e manual com acionamento por alavanca protegendo o barramento geral. De cada um dos barramentos principais, serão derivados os circuitos de alimentação dos diversos quadros parciais, protegidos com disjuntor com as capacidades compatíveis com a carga a proteger. Cada um destes painéis possuirá um multimedidor de grandezas elétricas, preferencialmente com saída USB, ou compatível com TCP/IP, o qual será interligado ao sistema de automação. 5. PROTEÇÃO DA REDE 5.1. PROTEÇÃO DE ALTA TENSÃO Na entrada de energia existirá uma rede de proteção composta por para- raios, chaves fusíveis e chaves seccionadoras. 5.1.1. PARA-RAIOS Para proteção contra descargas atmosféricas e sobretensão, a instalação deverá possuir para-raios de distribuição 15 kV, a resistor não linear de óxido metálico sem centelhador, instalado na cruzeta do poste, com ligação a terra mais curta possível. 5.1.2. CHAVE FUSÍVEL Para proteção contra sobrecorrente serão instaladas chaves fusíveis indicadoras unipolares, corrente nominal 100 A, tensão nominal 15 kV, tensão suportável de impulso de 95 kV e capacidade simétrica de curto-circuito 10 kA. 5.1.3. CHAVE SECCIONADORA A chave seccionadora tripolar, comando simultâneo, uso interno, acionamento manual através de alavanca de manobra, operação sem carga, corrente nominal de 400 A, classe de tensão 15 kV. Deve ser ligada de forma que quando aberta, as partes móveis fiquem desenergizadas e sua instalação deve ser feita de modo a impedir o fechamento pela ação da gravidade. Presa a parede, a no máximo 30 (trinta) centímetros da chave, é necessária a presença de uma placa de PVC com as seguintes inscrições: “ESTA CHAVE NÃO PODE SER MANOBRADA COM CARGA” 5.2. PROTEÇÃO NA BAIXA TENSÃO 5.2.1. DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO A proteção de baixa tensão será assegurada com disjuntores termomagnéticos. O número de pólos e capacidade de cada dispositivo são indicados na planta. Os disjuntores ficarão dentro dos quadros de força, em cada setor e também no quadro geral. 6. RAMAL DE ENTRADA • A tensão de fornecimento será em 13,8 KV; • Cabo de cobre XLPE-16 mm² de interligação (jump), isolamento para 15 kV; • Isolador de ancoragem tipo disco de vidro temperado; 7. DETALHAMENTO DA SUBESTAÇÃO 7.1. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES 7.1.1. Contator Os contatores de potência são utilizados para realização de manobra seja devido à sobrecorrente, sobrecarga ou qualquer funcionalidade que necessite seu funcionamento. Os contatores de potência fornecidos pelo fabricante WEG permitem montagem direta aos relés de sobrecarga RW além da possibilidade de acrescentar até oito contatos auxiliares. Os contatores tripolares são dimensionados para a classe de emprego AC-3 para a tensão de 380 V. 7.1.2. Condutos No interior da instalação, os condutores serão posicionados por eletrocalhas perfuradas de aço galvanizado, instalados a 30 (trinta) centímetros do teto com o uso de suportes parafusados O trajeto de instalação de seguir conforme a planta, com curvas de 90° feitas pelos encaixes apropriados para tal fim. Não deve haver emendas improvisadas, torções, dobras ao longo do trajeto. Para descida dos cabos ao longo da parede far-se-á o uso de eletrodutos de aço galvanizado com seção nominal segundo consta no esquemático do projeto. 7.1.3. Condutores Os condutores são do tipo isolado 0,6/1 kV, compostos com 4 (quatro) condutores de alumínio e isolação em XLPE e seção nominal conforme consta em planta. Como o aterramento é do tipo TN-S, o quinto cabo (proteção) será também do tipo isolado 0,6/1 kV em XLPE, porém, com único condutor de alumínio. O circuito de iluminação e das tomadas do setor 4 (escritório) serão constituídos de cabos monopolares flexíveis de cobre de 750 V, com isolação em PVC. As seções nominais de cada cabo devem estar de acordo com os valores estabelecidos na planta. Não serão permitidas emendas de nenhum tipo ao longo dos cabos. Também não será permitido excesso no comprimento dos fios resultando em torções e acumulações dentro dos quadros de força, eletrodutos e eletrocalhas. 7.1.4. Chave Seccionadora As chaves são dispositivos mecânicos de manobra, que na posição aberta assegura uma distância de isolamento e na posição fechada mantêm a continuidade do circuito elétrico, nas condições especificadas. Esse equipamento de proteção permite o seccionamento seguro mesmo na manobra sob carga. As chaves seccionadoras deverão ser do tipo tripolar, com mecanismo de operação manual, provida de intertravamento mecânico com indicador de posição “ABERTA” ou “FECHADA”. Suportarão uma tensão de 15 kV e uma corrente de 400 A. 7.1.5. Barramento Os barramentos são elementos de seção transversal, instalados no interior de quadros de comando ou subestações, com a finalidade de coletar as correntes que chegam da fonte e distribuí-las aos diversos alimentadores a eles conectados. Podem ser construídos de cobre ou alumínio. Eles são caracterizados por dois diferentes tipos. • Barramentos de fabricação específica: são construídos com a utilização de barras, cortadas nas dimensões justas para uma finalidade específica. • Barramentos pré-fabricados ou dutos de barra: são construídos de vários segmentos pré-fabricados e conectáveis, formando vários tipos de derivação, junções, entre outros. Esses barramentos podem ser retangulares de cobre, redondos maciços de cobre, tubulares de cobre, retangulares de alumínio, tubulares de alumínio ou pré-fabricados ou dutos de barras. Os barramentos devem suportar, sem serem danificados, as correntes que possam passar por ele. 7.1.6. Transformador O transformador tem como função aumentar ou reduzir valores de tensão, conforme a necessidade de quem o está utilizando. Isso se faz usando as relações de transformação. Existem basicamente dois tipos de transformadores, os de núcleo envolvido, onde os enrolamentos envolvem as duas pernas de um núcleo magnético retangular, e de núcleo envolvente, onde os enrolamentos envolvem a pernas central de um núcleo de três pernas. Os núcleos dos transformadores usualmente são feitos de material com alta permeabilidade magnética. Sendo assim, o transformador será de 225 kVA com uma tensão primária de 13,8 kV e uma tensão secundária de 380V com frequência de 60 Hz. 7.1.7. Relé Térmico O relé térmico é um dispositivo de proteção que é responsável por proteger os motores elétricos de possíveis anomalias, como o sobreaquecimento do motor. Ele também consegue sinalizar, através da inserção de sinaleiros e alarmes, ou disponibilizar um sinal para o desarmamento de um disjuntor. A quantidade de corrente acima da qual é considerado sobrecarga do sistema, que virá a sobreaquecer, pode ser ajustada no próprio equipamento, através de um disco que é ajustado manualmente. Ele também possui um botão de testes, que permite identificar se o componente funcionará quando solicitado. O acionamento do relé térmico se dá quando ocorre sobreaquecimento, nesse momento, as lâminas bimetálicas de coeficientes de dilatação diferentes se aquecem, através da corrente que se dá em uma bobina conectada a elas, ocorrendo a deformação das mesmas. Essa bobina só é ativada quando a corrente do motor ultrapassa um determinado valor e começa a sobreaquecer o sistema. Com a dilatação, há uma curvatura das placas, que destrava os contatos do relé, abrindo assim o circuito motor. 7.1.8. Fusível Fusíveis são dispositivos de proteção utilizados para evitar danos devidos a curtos-circuitos. Eles geralmente são feitos com um invólucro não condutor, onde dentro há um fio de chumbo que apresenta um determinado limite para a intensidade de corrente que pode passar por ele. Quando a corrente ultrapassa esse limite, o fio se rompe, abrindo o circuito. 7.1.9. Quadro de Força Para conter os diversos equipamentos de proteção e comando de toda a instalação, serão executados diversos quadros, cubículos e painéis como indicado nos quadros de carga, plantas baixas, detalhes e diagramas unifilares do projeto. Atendendo às necessidades da obra estes equipamentos serão em chapa metálica, autoportante, com acesso total por todos os lados, (caso de subestação e QGBT’s) inclusive o fundo, com porta e chave, e espelho interno para proteção das partes vivas. Deverão possuir todos os equipamentos indicados nos diagramas unifilares e quadros de carga bem como régua de conectores para interligação dos circuitos de comando e sinalização. Conterão também porta com trinco, que mantenha os equipamentos e seus acionamentos embutidos, barramento de terra e neutro separados, sendo o de neutro isolado para 0,6 kV. Não será permitido o agrupamento de condutores neutro ou de aterramento, comumente utilizado, em substituição aos barramentos. Os equipamentos de medição supervisão e controle possuirão acesso frontal e visualização direta, sem a interposição de qualquer elemento que dificulte a leitura instantânea, ou imediata dos dados, ou estados. A abertura de furos ou rasgos para passagens e eletrodutos, calhas e/ou perfilados, deverão ser executados com equipamentos que garantam o perfeito acabamento do serviço, devendo ser rigorosamente executada a recomposição da proteção contra oxidação, em qualidade igual ou superior à original do equipamento. As barras serão pintadas com esmalte sintético, em cores diferenciadas para cada fase (vermelho, branco e marrom). Todos os parafusos que eventualmente possam servir como condutores elétricos (fixação de terminais etc.) devem ser bicromatizados, e usarem porca, arruela lisa, e de pressão com o mesmo acabamento. Todos os quadros serão supervisionados pelo sistema de automação predial, podendo existir sinalização, atuação e medição local ou remota a depender de cada utilização. Voltamos a salientar que os barramentos de terra e neutro são totalmente independentes e isolados entre si. Nenhum quadro poderá ser executado na obra, sem a apresentação prévia do seu diagrama definitivo e detalhamento executivo, para análise da fiscalização. 7.1.10. Quadro Geral de Baixa Tensão Na saída da subestação, existirá um Quadro Geral de Baixa Tensão, contendo os disjuntores, destinados à proteção e manobra de cada um dos circuitos, além dos equipamentos destinados ao sistema de automação predial para cada transformador. Trata-se efetivamente de um só quadro, possuindo internamente barramentos separados para cada transformador e interligados entre si, porém instalados em cubículos individuais. Para permitir a transferência de carga de um transformador para outro, em caso de manutenção ou pane, foram previstas ligações com disjuntores motorizados, interligando os barramentos entre si. Estas ligações possuem intertravamento elétrico entre si e entre os disjuntores gerais de entrada de cada transformador. O objetivo disto é eliminar qualquer possibilidade acidental de paralelismo entre os transformadores e acidentes que possam ocorrer com retorno de tensão pelo secundário de um transformador que esteja em manutenção. Cada barramento do QGBT (cada transformador) possuirá um disjuntor geral em BT, extraível, motorizado, em caixa aberta, carregamento das molas motorizado e manual com acionamento por alavanca protegendo o barramento geral. De cada um dos barramentos principais, serão derivados os circuitos de alimentação dos diversos quadros parciais, protegidos com disjuntor com as capacidades compatíveis com a carga a proteger. Cada um destes painéis possuirá um multimedidor de grandezas elétricas, preferencialmente com saída USB, ou compatível com TCP/IP, o qual será interligado ao sistema de automação. 7.1.11. TC/TP A função dos transformadores para instrumentos é retratar as condições reais de um sistema elétrico com fidelidade necessária. Para isto, reduzem módulo da grandeza a ser medida sem alterar sua natureza, forma ou frequência. Os transformadores para instrumento possuem ainda uma outra função importante: a de desacoplar (isolar) o circuito primário do secundário, ou seja, não há conexão elétrica entre o primário e o secundário. A transferência de informação entre esses dois circuitos ocorre em nível eletromagnético. 7.1.12. Transformador de Potencial São transformadores desenvolvidos para operar com os terminais do secundário com cargas de elevadas impedâncias, como é o caso da bobina de voltímetros, bobinas voltimétricas dos relés, etc. O TP tem como sua finalidade principal reproduzir a tensão primária em seu secundário, com amplitude reduzida e com os sinais primário e secundário desacoplados entre si, sua instalação pode ser externa ou interna (abrigada). Alimenta a instrumentação de medição, proteção e controle e sua polaridade é representada como um transformador comum de polaridade subtrativa. Os TP’s são separados em três grupos de ligação: Grupo 1: são TP’s destinados para conexão Fase-Fase, largamente utilizados em sistemas onde se necessita somente as tensões Fase-Fase, como em algumas funções de proteção e circuitos de medição que utilizam a conexão Aron. Nesse aspecto, destaca-se a economia de um TP (pois, são utilizadas apenas duas unidades em um circuito trifásico). Tipicamente, são utilizados em circuitos até 69 kV. Grupo 2: são TP’s destinados para conexão Fase-Terra em sistemas aterrados. São utilizados em sistemas onde se necessita as tensões Fase-Fase ou Fase-Terra, pois, são utilizadas três unidades em um circuito trifásico. Tipicamente, são utilizados em circuitos de AT e EAT. Grupo 3: são TP’s destinados para conexão Fase-Terra em sistemas isolados ou fracamente aterrados. Estes TP’s são mais robustos que o do grupo 2 pois deverão suportar sobretensões em regime permanente de até √3 vezes superior à tensão Fase-Terra, por exemplo, durante uma falta à terra em um sistema isolado. São utilizados em sistemas onde se necessita as tensões Fase-Fase ou Fase-Terra, pois, são utilizadas três unidades em um circuito trifásico. Tipicamente, são utilizados em circuitos de AT e EAT isolados. 7.1.13. Chave-Fusível As chaves-fusíveis são dispositivos eletromecânicos que têm como função básica, interromper o circuito elétrico quando ocorrer a fusão do elo- fusível. Possuem as seguintes características para especificação: • Tensão nominal; • Nível básico de isolamento para impulso (NBI); • Frequência; • Corrente nominal; • Corrente de interrupção (capacidade de interrupção); • Corrente de curta-duração. Sob o ponto de vista de proteção, a característica mais importante é a corrente de interrupção, que deve ser especificada com base no valor assimétrico da corrente do maior curto- circuito no ponto de instalação da chave. De acordo com sua aplicação as chaves-fusíveis são classificadas em dois tipos: distribuição e força. 7.1.14. Chaves-fusíveis de distribuição São identificadas pelas características inerentes aos sistemas de distribuição: • NBI de sistemas de distribuição (para a classe de tensão 15kV, 95 ou 110kV); • Mecanicamente, são construídas para montagem em cruzetas; • Tensões nominais de sistemas de distribuição. No Brasil, as mais comuns são: 11,4 kV,13,2 kV, 13,8 kV (estas são consideradas da classe 15kV) e 34,5 kV. 7.1.15. Chaves-fusíveis de força De modo geral, são empregadas em subestações para proteção de barramentos, transformadores, bancos de capacitores, e bypass de disjuntores. Possuem NBI para classes de tensões mais elevadas (69kV, 138kV, por exemplo), cujos os Níveis Básicos de Isolação (NBI) são 350kV e 650kV, respectivamente. Geralmente, as capacidades de interrupção são superiores às das chaves-fusíveis de distribuição. Mecanicamente, são construídas para montagens em estruturas de subestações. De maneira geral, as chaves-fusíveis empregadas até 25kV, são ditas de distribuição. Acima deste valor, são consideradas de força. Entretanto, essa regra não é rígida. 7.2. PROJETO DA SUBESTAÇÃO A subestação será do tipo abrigada, com medição indireta em BT, construída com paredes de alvenaria de tijolos maciços com a espessura de 0,25 m, e com as lajes de piso e teto em concreto armado, com resistência mínima de 20,0 MPa, ou em laje pré-moldada, que suporte a mesma carga comprovado por certificação do fabricante que deverá ser entregue a fiscalização, sendo a do teto executada com um declive de 2,0% em direção a porta e a do piso em relação a caixa coletora. As portas e janelas deverão ser metálicas, com venezianas fixas para ventilação, com dimensões conforme projeto e indicações. A subestação segue o princípio de construção conforme os padrões da COPEL. O ramal de entrada em Média Tensão será constituído por 6 condutores unipolares do tipo sintenax 0,60/1kV de 120 mm² e um condutor para neutro de 70 mm². O transformador tem uma potência de 225 kVA, tensão primária 13,8 kV, tensão secundária 380/220 V, frequência de 60 Hz, trifásico. A chave seccionadora tripolar será instalada em estrutura de ferro, de operação manual, com ação simultânea, dotada de alavanca de manobra, conforme especificado na norma da COPEL. Disjuntor termomagnético tripolar 3x350A. A medição é indireta em média tensão, possuindo TC’s instalados em caixa metálica padrão COPEL, medindo 85 x 120 x 40 cm, com medidores de energia, e módulo para disjuntor e caixa metálica, acoplado medindo 80 x 80 x 60 cm, para disjuntor geral de 350 A, dotado de fecho trinco. 7.3. DIAGRAMA UNIFILAR O diagrama unifilar da subestação é apresentado na prancha em anexo. 8. ATERRAMENTO As partes metálicas das instalações da entrada de serviço tais como: carcaças de transformadores, para-raios, equipamentos, caixas de medição, portas, janelas e suportes metálicos, deverão ser ligados diretamente ao sistema de aterramento através de condutores de cobre com seção de 25 mm². Em áreas onde o condutor de aterramento está sujeito a contato de pessoas o mesmo deverá ser isolado. O sistema de aterramento será o TN-S onde o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos e será interligado com o sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Todos os aterramentos dos devem estar ligados no mesmo aterramento da subestação para que exista uma equipotencialidade do sistema. A resistência de aterramento não deverá ser superior a 10 Ω 9. ILUMINAÇÃO A indústria terá uma iluminância mínima de 1500 lux e um índice de reprodução de cores de no mínimo 85% com lâmpadas fluorescentes. A iluminação será composta por lâmpadas fluorescentes tubulares compactas, usadas e luminárias de refletoras de 2 (duas) lâmpadas. Estas serão dispostas em matriz retangular conforme planta e deverão estar localizadas a 2,5 (dois e meio) metros do chão, suspensas, fixadas as eletrocalhas dos seus respectivos circuitos.
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