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Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
PROBLEMA 1 
o NEUROEMBRIOLOGIA, correlacionada a ANATOMIA (lobos cerebrais, estruturas 
diencefalicas, tronco encefálico, vascularização, circulação liquórica, meninges e estruturas 
ósseas) e HISTOLOGIA (células, neurônios, astrocito, oligodendrocitos, micróglia). 
o FISIOLOGIA do SNC, enfatizando as SINAPSES. 
o Influencia do meio na formação do SNC (teratógenos). 
 
Capitulo 1 
 
O cérebro tem varias maneiras de ser estudado e interpretado em distintas áreas; 
Vários modos de existência do SN (níveis); 
Tais níveis não são uns consequência dos outros, mas sim, coexistem simultaneamente em 
paralelo; 
 
SNC: Anatomia 
 
Maioria dos neurônios; 
 
Encéfalo: parte do SNC contida no interior da caixa craniana; 
• Câmaras cheias de líquidos no interior = ventrículos; 
• Três partes: 
A. Cérebro: com dois hemisférios (esquerdo e direito) justapostos e separados por sulco 
profundo. 
a) Córtex: superfície enrugada com sulcos e giros. (Funções mais 
complexas). 
b) Núcleos da base: interior dos hemisférios. 
c) Diencéfalo: interior dos hemisférios. 
Subdividido em: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. 
 
 
• TÁLAMO: comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, 
consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em 
núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. 
	
Invisíveis	ao	exame	superficial	
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
 
 
• HIPOTÁLAMO: a baixo do tálamo e sulco hipotalâmico. 
Formações anatômicas visíveis: 
Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte 
anterior da fossa interpeduncular. 
 
Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do 
nervo óptico se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos 
cerebrais. 
 
Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do trato 
óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. 
 
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, 
contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A 
extremidade superior do infundíbulo dilata-se: a eminência mediana do túber cinéreo. Extremidade inferior 
continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica 
do osso esfenoide. 
 
 
• EPITÁLAMO: Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco 
hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. 
Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal. 
Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8 mm de comprimento, que 
se situa entre os colículos superiores. 
Os núcleos talâmicos podem ser 
divididos em cinco grupos: 
 Grupo Anterior 
 Grupo Posterior 
 Grupo Lateral 
 Grupo Mediano 
Grupo Medial 
	
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Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do aqueduto com 
o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e 
diencéfalo. 
 
 
 
• SUBTÁLAMO: transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo 
d) Lobos (telencefalo) 
• Frontal, parietal, occipital, temporal e insular. 
 
B. Cerebelo: 2 hemisférios e sem sulco de separação; 
• Superfície enrugada, com folhas (giros) e fissuras (sulcos). 
 
C. Tronco encefálico: forma de haste, se continua com a medula; 
- A baixo do cerebelo e dentro do cérebro superiormente; 
Dividido em: 
 Mesencéfalo: parte mais rostral (que está na frente) comunica-se com o 
diencéfalo: no centro do cérebro. 
 Ponte: intermediaria. 
 Bulbo: ou medula oblonga, mais caudal > se continua coma medula. De onde 
emerge a maioria dos nervos. 
Medula espinhal: parte que continua dentro do canal da coluna; 
 
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VASCULARIZAÇÃO 
 
 
CIRCULAÇÃO LIQUORICA 
-Proteção mecaniza e nutrição e manutenção do meio bioquímico. 
-Produção nos plexos coroides dos ventrículos laterais (telencefalo), III (diencéfalo) e IV (tronco 
encefálico). 
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MENINGES 
 
Ø Dura-Máter: É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido 
conjuntivo muito rico em fibras colágenas, 
Ø Ricamente inervada (que é responsável pela maioria das dores de cabeça – encéfalo não 
possui terminações nervosas sensitivas) 
Ø Vasos (a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria 
maxilar). 
Ø É formada por dois folhetos: um externo (lamina periosteal) e um interno (lamina 
meníngea). 
Ø Pregas da Dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do 
externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se 
comunicam amplamente. As principais pregas são: 
• Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que 
ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios. 
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• Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal 
entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a 
fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana 
em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou 
infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada 
incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. 
• Foice do Cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da 
tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares. 
• Diafragma da Sela: pequena lâmina horizontal que fecha 
superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem 
para a haste hipofisára. 
 
ü Aracnóide: muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço 
virtual, o espaço subdural. 
ü Separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnoideo que contem liquor. 
ü Delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são 
denominados de trabéculas aracnoides. 
ü Granulações aracnoides: adaptadas à absorção do liquor, que neste ponto, vai para o 
sangue. 
 
Em determinada área, os dois 
folhetos da dura-máter do encéfalo 
separam-se delimitando cavidades. 
ü cavo trigeminal, que contém 
o gânglio trigeminal 
ü revestidas de endotélio e 
contém sangue, constituído 
os seios da dura-máter>>> 
ao longo das pregas. 
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ü Pia-Máter: mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e 
da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo (onde recebe 
prolongamentos dos astrócitos – membrana pio-glial) dos sulcos cerebrais. 
ü Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso, formando a parede externa dos 
espaços perivasculares (existem prolongamentos do espaço subaracnoideo, contendo 
liquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer 
o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho) 
ü 
ESTRUTURAS ÓSSEAS 
 
 
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HISTOLOGIA 
O Tecido Nervoso 
 
º Neuróglia, glia ou gliócitos: 
ü Células mais frequentes do SN, 
ü SNC: Astrócitos, Oligodendrócitos, Microgliócitos, Cél Ependimárias, (todas, menos 
microgliócitos, deviram do ectoderma), 
Macróglia: Astrócitos e oligodendrócitos 
Micróglia: células de origem mesodérmica, aparentadas às células do sistema imunitário em 
estrutura e função – são os microgliócitos. 
º Astrócitos: 
ü Abundantes e com muitos prolongamentos,pouco citoplasma, 
ü Astrócitos Protoplasmáticos: na substância cinzenta, prolongamentos mais expessos e 
curtos que se ramificam profusamente, 
ü Astrócitos Fibrosos: na substância branca, prolongamentos finos e longos e que se 
ramificam pouco, 
ü Tem muitos filamentos de polipeptideo da glia, que formam os pés vasculares (apoiam-se 
nos capilares), 
ü Outros filamentos entram em contato com o axônio, corpo cel, e dendritos, isolando a 
sinapse, 
ü Função: Isolamento e sustentação, participam do controle dos níveis de potássio 
extraneuronal, captando o K, ajudando na manutenção da baixa concentração extracel, 
armazenamento de glicogênio no snc, havendo evidências de que liberam glicose pro 
neurônio, faz a nutrição também, barreira hemato-encefálica. 
 
º Oligodendrócitos: 
ü Menores e menos prolongamentos, tb possuem pés vasculares, 
ü Oligodendrócito Satélite/Perineural: Ficam junto ao pericárdio e dendritos, 
ü Oligodendrócitos Fascicular: Junto às Fibras Nervosas e responsáveis por produzir a 
bainha de mielina do SNC, 
 
º Microgliócitos: 
ü São cél pequenas e alongadas, em menor número, contorno irregular, 
ü Cél fagocitária, remoção de células mortas, 
ü Fica na subst. branca e na subst. cinzenta, 
ü Aumentam no caso de injúrias e inflamações, 
ü Se originam do mesoderma e penetram o sistema nervoso pelos vasos sanguíneos 
o Microgliócitos ramificados: não proliferam nem atuam em processos patológicos 
o Microgliócitos ameboides: macrófagos cerebrais, que tem atividade fagocítica e 
proliferam bastante na vigência de agressões e traumatismos do SNC. 
 
º Células Ependimárias: 
ü Cél Cuboides ou Prismáticas. Epitélio Simples Pavimentoso, 
ü Recobrem: Parede dos Ventrículos, Aqueduto cerebral e canal central da Medula, 
ü Tem cílios, movimentação do Líquor, 
ü Nos ventrículos elas tem projeções para dentro do tecido nervoso, constituindo o Plexo 
Coróide (cheio de vasos sanguíneos), que são as estruturas que formam o LCR, 
 
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º Células de Schwan: 
ü Ficam ao redor do axônio, formando os 
envoltórios (bainha de mielina), 
ü Função: Em caso de morte celular, 
participam da regeneração das fibras, tem 
capacidade fagocítica, 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônios 
ü Unidade sinalizadora do sistema nervoso. 
ü Tem vários locais para recepção de sinais, mas apenas um para a emissão dos sinais. 
ü Células excitáveis que se comunicam através de corrente elétrica, 
ü Potencial elétrico da membrana é estabelecido pela diferença de íons do meio extra (Na e 
Cl) e do meio intra (K e ânios), 
ü Neurônio em repouso -60, -70mV, com excesso de cargas negativas dentro da célula, 
ü Íons utilizam os canais iônios (formados por proteínas) para atravessar a membrana, 
ü Tem uma permeabilidade seletiva que permite troca de íons entre o meio interno e o 
externo 
 
º Corpo Celular: 
ü Núcleo vesiculoso com um ou mais nucléolos, 
ü Citoplasma (pericárdio) com organelas: Ribossomos, RER, REL, CG, corpúsculos de Nissl 
ü Função: centro metabólico responsável pela síntese de proteínas e constituintes celulares, 
renovação (lisossomos), 
ü O tamanho e a forma deles variam, podem ser piriformes, esferoidais, estrelados e 
piramidais. 
ü O citoplasma é composto por um líquido denso (citosol – sopa protéica) e por proteínas 
organizadas na forma de fibrilas, que compõem o citoesqueleto. 
o É o citoesqueleto que mantém a forma peculiar de cada neurônio e é ele que 
permite a migração do neurônio juvenil. 
o É um sistema de transporte de moléculas sinalizadoras, nutrientes e fatores tróficos. 
o É composto por 3 coisas: 
§ Microtúbulos: estruturas tubulares compostas por tubulina e outras 
associadas (MAP). Fazem o fluxo axoplasmático. 
§ Neurofilamentos compõem-se de diferentes proteínas enroladas em trança. 
§ Microfilamentos composto por actina – movimentação celular. 
 “Neuritos” = dendritos e axônios 
 
º Dendritos: 
ü Recebem os estímulos e traduzem em alterações do potencial de repouso da membrana, 
ü Os distúrbios elétricos que ocorrem ao nível dos dendritos e do corpo celular constituem 
potenciais graduáveis/eletrônicos/que somam-se, de pequena amplitude, e que percorrem 
pequenas distâncias, 
ü Espinhas dendríticas: (são como microvilosidades dos enterócitos), servem para aumentar 
a área superficial para captar mais sinais. 
ü Tem as mesmas organelas que a soma, exceto nas porções mais finas, onde não se 
encontra a substância de Nissl nem o CG e os microtúbulos. 
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º Axônios: 
ü Veicula os sinais de saída do neurônio 
ü Origina-se do cone de implantação, segmento inicial ou zona de disparo (sinônimos), uma 
região muito excitável. 
ü Comprimento variável, 
ü É cilíndrico, 
ü Contém citoplasma com mitocôndrias, REL, 
ü Ele conduz o potencial elétrico, partindo da “Lei do Tudo ou Nada”, 
ü Gera e conduz o potencial, 
ü A Zona de Gatilho é a região do axônio com canais iônicos mais sensíveis às mudanças de 
potenciais de membrana, 
ü Em sua porção terminal sofrem arborizações (chamadas de telodendro) para comunicar-se 
com outro neurônio, órgãos ou células 
o Cada ramo de telodendro forma múltiplos botões sinápticos. 
ü A membrana do axônio recebe o nome de axolema e o citoplasma de axoplasma. 
ü No axoplasma não temos RER (substância de Nissl), mas contém mitocôndrias, vesículas 
em trânsito e microtúbulos, neurofilamentos e microfilamentos. 
ü Os microtúbulos fazem o fluxo axoplasmático: 
o Movimento contínuo de moléculas e organelas que utilizam os microtúbulos como 
trilhos do axônio para a soma. Se for da soma para o axônio, dá se o nome de “fluxo 
anterógrado” e da extremidade em direção à soma “fluxo retrógrado”. 
o Fluxo anterógrado: transporte de vesículas em movimento saltatório (muito rápido), 
neurotransmissores e outros componentes. Também tem um outro componente 
que carreia proteínas do citoesqueleto, mais lento. 
o Fluxo retrógrado: utiliza os microtúbulos para levar fragmentos de membrana e 
outras moléculas dentro de lisossomos para degradação ou reutilização no soma 
neural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
1. Determinação da identidade neural – uma região do ectoderma se transforma em 
neuroectoderma 
2. Proliferação celular controlada 
3. Migração das células jovens 
4. Diferenciação celular, com aquisição da forma e propriedades das células maduras 
5. Formação dos circuitos neurais 
6. Eliminação programada de células e circuitos extranumerários 
Zigoto Células	se	dividem Forma-se	o	Sulco	
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
O SNC se origina do folheto mais externo, o 
neuroectoderma, que tem origem no ectoderma. 
A formação da notocorda e do mesoderma são indutoras 
da formação da placa neural. 
INDUÇÃO (o	mesoderma	induzindo	o	ectoderma	a	virar	
neuroectoderma) 
 
Logo,	 neurulação	 consiste	 no	 direcionamento	 da	
expressão	gênica	das	células	ectodérmicas	no	sentido	da	
síntese	 de	 proteínas	 específicas	 do	 tecido	 nervoso,	
resultando	 na	 gradativa	 transformação	 dessas	 células	
precursoras	em	células	neurais. 
 
 
 
 
Fechamento do tubo neural: 1º anterior (25ª dia) 2º 
posterior (27º) 
è O córtex cerebral e o córtex cerebelar são 
lisos nessa fase, mas depois seus crescimentos são 
maiores do que o da caixa craniana, o que leva à 
formação das dobraduras: giros e folhas e sulcos (16ª 
semana) e fissuras. (medula ocorre o oposto) 
o No crescimento do Arquencéfalo aparecem 
curvaturas ou flexuras no seu teto ou no assoalho: a 
1ª é a flexura cefálica. 2º Flexura cervical. 3ª flexura 
pontinha. 
 
1. Fatores	morfogenéticos	secretados	(como	as	
BMPs):	provoca	nas	células	adjacentes	uma	
cadeia	de	reações	->	diferenciação	neuronal	
2. Fatores	indutores	difusíveis(cordina,	noguina	e	
folistatina),	secretados	por	células	próximas,	
mas	podem	atuar	na	diferenciação	neuronal	à	
distância.	
3. Moléculas	de	transdução	(enzimas),	
encarregadas	das	ações	intracelulares	que	
acabarão	por	influenciar	a	expressão	genica.	
4. Fatores	de	transcrição	que	regulam	a	expressão	
genica	
5. Segmentos	gênicos	encarregados	da	síntese	de	
proteínas	específicas	de	cada	tipo	celular.	
	
NEURULAÇÃO	
1. Espessamento do ectoderma situado 
em cima da notocorda 
2. Forma-se a Placa Neural 
3. A placa cresce progressivamente e 
adquire um sulco longitudinal, que é 
chamado de Sulco Neural. 
4. Este se aprofunda e forma a 
chamada Goteira Neural 
5. Os lábios da Goteira são 
denominados Pregas Neurais 
6. Estas pregas se unem e descolam do 
neuroectoderma, formando o Tubo 
Neural (22º, 23º dia) e a Crista Neural 
7. O ectoderma não diferenciado se 
fecha sobre o tubo neural, isolando-o. 
8. O tubo neural dará origem ao SNC e 
as cristas dará origem ao SNP. 
9. Após a formação do tubo neural a 
proliferação celular se intensifica. 
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DIFERENCIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Migração Neuronal: logo que a célula precursora de um neurônio para de se dividir, inicia-se 
um movimento migratório que leva o neurônio juvenil ao local definitivo onde se estabelecerá. Isso 
ocorre tanto no Tubo neural quando nas Cristas Neurais. 
• O neurônio se locomove como um caracol. Ele pode ter ajuda ou não das células da Glia 
Radial (depois serão os astrócitos). 
2.	Proliferação:	(ocorrem	nos	4	primeiros	meses	
de	gestação)	
• NEUROGÊNESE: intensa atividade 
proliferativa, seguida da 
interrupção do ciclo que precede 
a migração. 
• GLIOGÊNESE: intensa proliferação 
dos precursores neurogliais. 
Prosencéfalo	
Telencéfalo	
Diencéfalo	
Córtex	
	
Infra-córtex	
	
Tálamo	
	
Hipotálamo	
	
Extensões	ganglionares	
	
Mesencéfalo	
(NÃO	SE	
MODIFICA	
MUITO)	
Mesencéfalo	
Rombencéfalo	
Metencéfalo	
Mieloencéfalo	
Cerebelo	
Ponte	
Bulbo	
Formação	Reticular	
Gânglios	Basais	
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
• As proteínas do citoesqueleto sofrem transformações que arrastam o citoplasma atrás dos 
prolongamentos-líderes 
• A formação das camadas de neurônios no prosencéfalo (no córtex) se dá devido à migração 
neuronal. 
o A formação dessas camadas também se dá em sequência “inversa”, as mais 
profundas primeiro e as mais superficiais depois. 
Os sinais de parada dos neurônios migrantes são ainda mal conhecidos. 
 
4. Diferenciação Neuronal: células juvenis viram adultas 
• Acontece já durante a migração, mas principalmente depois que os neurônios juvenis se 
estabelecem em seus locais definitivos. 
• Gradativa expressão de fenótipos nos níveis morfológicos, funcionais e bioquímicos. 
• O corpo celular cresce em volume e vão se formando os prolongamentos dendríticos 
• Em um dos polos da soma de cada neurônio ocorre a emissão de um axônio, que cresce 
para buscar alvos sinápticos. 
• As células começam a sintetizar as moléculas que garantirão a função neuronal madura, 
especialmente as enzimas que participam do metabolismo de neurotransmissores e 
neuromoduladores, as proteínas que compõem os canais iônicos embutidos na membrana, 
participantes dos processos de produção e sinais elétricos e muitas outras moléculas 
• Começam a aparecer e a amadurecer os diferentes sinais elétricos que serão utilizados 
pelos neurônios para gerar, receber e transmitir informações. 
• A diferenciação da neuroglia é semelhante, mas mais demorada. 
• As células da glia radial perdem seus prolongamentos radiais e se transformam nos 
astrócitos. 
• Outros tipos celulares se formam a partir de precursores que migraram. 
• O que leva algumas células a se tornarem neurônios e outras gliócitos? O que faz com que 
alguns neurônios sejam piramidais e outros granulares? As moléculas difusíveis (noguina, 
cordina e folistatina) agem à distância ligando e desligando certos genes, modificando assim 
o padrão de expressão do genoma. 
 
Diferenciação regional: Dorsal x Ventral, Rostral x Caudal 
De que modo o tubo neural, inicialmente homogêneo nesses dois eixos, se transforma em uma 
estrutura com essas pronunciadas diferenças regionais? Essas transformações são comandadas 
por sinais moleculares de comunicação entre essas células. 
 
Dorsal x Ventral: O principal fator é a proteína SHH (Sonic hedgehog). A porção dorsal secreta 
essa proteína, portanto, quando o neurônio está num ambiente cheio de SHH, ele sabe que está 
na porção dorsal e se transforma em um neurônio sensitivo. Em baixas concentrações ele se 
transforma em motoneurônios. 
 
Rostrocaudal: os fatores indutores folistatina, noguina e cordinha ativam genes rostrais, enquanto 
fatores diferentes ativam genes mais caudais. 
 
5. Formação de novos circuitos 
Ainda durante a migração, o neurônio emite um axônio que cresce ao longo de um trajeto preciso 
e consistente até a proximidade das células-alvo. 
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è A precisão dos circuitos formados garantirão o funcionamento do sistema nervoso 
adequado. 
O axônio emerge como um prolongamento do corpo celular, e logo forma uma estrutura 
característica na sua extremidade, chamada cone de crescimento. (também na ponta dos 
dendritos). É uma estrutura especializada em conduzir o axônio ao longo do trajeto certo até o alvo. 
Possui uma ultra-estrutura especializada para movimentar-se e sensores químicos capazes de 
reconhecer pistas presentes no microambiente no qual o axônio cresce. 
Os sensores são como dedos (“filopódios”) que tateiam o ambiente. Eles são unidos por uma 
membrana, “lamelipódios”, que se movem como bandeiras ao vento durante o deslocamento do 
cone de crescimento. 
O cone se movimenta graças a actina e microtúbulos presentes no filopódio. 
 
Teoria da quimioafinidade ou quimioespecificidade (Roger Sperry, 1940): 
Os receptores são proteínas incrustradas na membrana do cone, geralmente com uma parte 
voltada para o exterior (a que reconhece a pista externa) e outra voltada para o citoplasma (que 
produz sinais intracelulares para modificar o movimento dos filopódios e do próprio cone). 
O cone se defronta também com diversas células ao longo do caminho, e estas apresentam 
proteínas de membrana que podem promover a sua adesão a elas, direcionando seu crescimento 
ao longo de uma fileira de células. Exemplo as caderinas e as imunoglobulinas. Outras fazem 
justamente o contrário: provocam repulsão do cone de crescimento, fazendo com que ele se afaste 
delas (Inibição ou Repulsão de contato). 
 
Fasciculação: os axônios também apresentam moléculas de adesão, então quando um cone 
encontrar um axônio, vai crescer paralelo a ele. Isso forma os fascículos, feixes, nervos e demais 
conjuntos de fibras nervosas do SNC e SNP. 
Tem também moléculas que mudam o gradiente de concentração e os cones percebem isso. 
Quimioatratoras: netrinas. Quimiorrepulsoras: semaforinas e as efrinas. 
Quando chega na região alvo, a região do axônio arboriza. 
 
6.Sinaptogênese 
É a formação de sinapses. Em cada ramo aparecem pequenos botões que tocam os dendritos ou 
o corpo das células-alvo. 
Nessa região se estabelece uma complexa maquinaria molecular que permite a comunicação entre 
os neurônios. 
 
7.Eliminação e Morte Anunciada 
As etapas descritas até agora resultam num excesso de neurônios, de circuitos neurais e de 
sinapses. Isso ocorre em todas as espécies animais, dos invertebrados até os mamíferos 
superiores. 
O número cresce durante a embriogênese e decresce depois do nascimento. 
Essa fase de morte celular é regulada pela quantidade de tecido-alvo presente no embrião. Esta 
morte celular é apenas parcial, comoum mecanismo de ajuste numérico. 
 
Fatores neurotróficos substâncias capazes de garantir a sobrevivência dos neurônios juvenis, 
sem as quais estes morrem. São produzidos pelos alvos e também pelos aferentes. São captados 
pelos neurônios que esses aferentes fazem sinapses. Dentro desse neurônio, bloqueiam um 
processo ativo de apoptose, inibindo a síntese de proteínas que matam a célula. 
 
è Fator de crescimento neural NGF 
As células que conseguem estabilizar suas sinapses obtém suficiente quantidade de fatores 
neurotróficos do alvo e sobrevivem, mas as que não conseguem entram em apoptose e 
desaparecem. 
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
Além da morte de células em excesso, ocorre também a eliminação seletiva de axônios e de 
sinapses, ambos produzidos em excesso. 
 
8.Mielinização 
ü Ocorre: durante a última parte do desenvolvimento fetal até a vida adulta. 
ü O processo de mielinização marca o estágio final de maturação ontogênica do sistema 
nervoso. 
ü A mielina é um material isolante que faz parte da membrana dos Oligodendrócitos e das 
células de Schawn. 
ü Quando essa membrana glial toca as fibras nervosas, vai se enrolando em torno delas até 
formar uma espessa espiral que cobre a fibra toda, a não ser em alguns pontos – nódulos 
de Ranvier. 
ü Nem todas as fibras são mielinizadas 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA FORMAÇÃO DO SNC 
 
Incompatíveis com a vida: 
Craniorraquisquise Total: falha total no fechamento do tubo neural 
Mielosquise: falha no fechamento da porção posterior. 
Anencefalia: 
• Falha no fechamento da porção anterior. 
• Não há formação dos ossos do crânio. 
• Não ocorre depois de 24ºdias de gestação. 
• 75% resultam em abortamentos. 
• 25% RN que falem no período neonatal. 
• Diagnóstico: US no 2ºtrimestre. 
 
Compatíveis com a vida 
Encefalocele 
• É um defeito craniano que geralmente ocorre na região occipital, com herniação cística 
preenchida por líquido ou tecido cerebral. 
• O tecido nervoso não sofre danos, apesar de estar protraído em direção ao cisto. 
• 50% acompanha hidrocefalia 
• O US só diagnostica os casos mais graves 
• Tratamento cirúrgico (as vezes contraindicado quando está muito grave) 
Meningomielocele 
• Defeito no fechamento da porção posterior, quase sempre lombar 
• O tecido neuronal está deslocado dorsalmente, protraindo-se para o interior do saco da 
meningocele. 
• A coluna vertebral adjacente é mal formada, com ausência dos arcos dos corpos vertebrais. 
• O tecido neuronal é coberto por uma fina camada de pele que se rompe facilmente durante 
o parto 
• Não ocorre depois do 26º dia de gestação. 
• Fatores nutricionais e deficiência de vitaminas, principalmente o ácido fólico! 
• Comprometimento da motricidade e sensibilidade abaixo da lesão (paralisia) 
• Gravidade aumenta conforme a altura da lesão. 
• Hidrocefalia em 60-90% dos pacientes 
• A criança nasce com macrocefalia e abaulamento da fontanela bregmática. 
• Tratamento Cirúrgico nas primeiras 24-48 horas de vida – plástica das meninges e da pele 
que recobre o defeito. 
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
 
Influência das Infecções Congênitas 
• Citomegalovírus e Toxoplasmose principalmente 
• Termo “STARCH” S de Sífilis, T de Toxoplasmose, A de Aids, R de Rubéola, C de 
Citomegalovírus e H de Herpes simples 
• O risco da transmissão vertical é de: 
o 90% na Rubéola no 1º trimestre, sendo que só tem risco da mal formação do SNC 
se a transmissão ocorrer até o 17º dia de gestação. 
• 15, 30 e 60% de chance da transmissão de toxoplasmose (1,2,3º trimestre) 
• Na AIDS não existe relação entre a época da transmissão e o acometimento neurológico. 
Essas doenças geralmente causam: 
è Necrose neuronal 
è Alteração global ou regional de perfusão 
è Microcefalia, calcificações 
è Encefalite em evolução (irritabilidade, letargia, convulsões) 
è Alterações em órgãos sensoriais: surdez neurossensorial, coriorretinite, catarata e 
microftalmia. 
No caso da Herpes congênita, é raro, mas o bebê pode nascer com microcefalia, catarata e, mais 
raramente, rash vesicular. 
 
HIV: meningoencefalite, rash vesicular, letargia e convulsões. Podem nascer assintomáticos e 
começarem a ter sintomas entre 1 e 4 meses de idade ou depois do primeiro ano (80% dos casos). 
 
ALCOOL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabagismo 
• A nicotina é um neuroteratogênico e age causando danos celulares, diminuição no numero 
de células e alterando a atividade sináptica. 
• Depois da exposição a nicotina, ativa-se uma proteína no cérebro (protooncogene c-fos) 
que induz a apoptose neuronal. Algumas regiões depois se recuperam, mas se a 
exposição for prolongada não há como recuperar. 
Ana	Laura	Sanches	Lima	–	T	XVIII	
	
	
• Logo, o efeito causado pela nicotina é irreversível! 
• Hipoatividade colinérgica 
• Déficit de noradrenalina e dopamina 
• Crises de abstinência

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