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História da Vigilância Epidemiológica

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Vigilância Epidemiológica 
Profa Fernanda Barboza 
História da VE 
• Originalmente, a vigilância epidemiológica significava a “observação 
sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças 
transmissíveis e de seus contatos”. 
• Tratava-se, portanto, da vigilância de pessoas, através de medidas de 
isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente, e não de forma 
coletiva. 
• Posteriormente, na vigência de campanhas de erradicação de doenças - 
como a malária e a varíola, a vigilância epidemiológica passou a ser 
referida como uma das etapas desses programas, na qual se buscava 
detectar, ativamente, a existência de casos da doença alvo, com vistas ao 
desencadeamento de medidas urgentes, destinadas a bloquear a 
transmissão. 
História da VE 
• Séc XX – 1946 : surge o Comunicable Diseases Center (EUA) com 
programas de controle da malária em regiões de guerra, e os 
programas nacionais de vigilância de doenças específicas em Praga. 
 
• 1951 Serviço de Inteligência para Epidemias, um sistema de 
informação de morbidade para detectar epidemias precocemente 
(focando guerra biológica). 
 
• 1965: OMS cria uma Unidade de Vigilância Epidemiológica na Divisão 
de Doenças Transmissíveis 
 
 
 
História da VE 
• 1968 – 21ª ASSEMBLÉIA MUNDIAL DE SAÚDE 
 
• Ampliação do Conceito de Vigilância, além das Doenças 
Transmissíveis. 
 
História da VE 
• Na primeira metade da década de 60 conceituação mais abrangente 
de vigilância epidemiológica, em que eram explicitados seus 
propósitos, funções, atividades, sistemas e modalidades operacionais. 
VE passou, então, a ser definida como: 
“Conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável 
para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história 
natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus 
fatores condicionantes, com a finalidade de recomendar 
oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes 
que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” 
História da VE 
• No Brasil, esse conceito foi, inicialmente, utilizado em alguns programas de 
controle de doenças transmissíveis, coordenados pelo MS. 
• A experiência da Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) motivou a 
aplicação dos princípios de VE a outras doenças evitáveis por imunização, 
de forma que, em 1969, foi organizado um sistema de notificação semanal 
de doenças, baseado na rede de unidades permanentes de saúde e sob a 
coordenação das secretarias estaduais de saúde. 
• As informações de interesse desse sistema passaram a ser divulgadas 
regularmente pelo Ministério da Saúde, através de um boletim 
epidemiológico de circulação quinzenal. 
 
Lições da Varíola 
 
• A varíola matou quase 500 
milhões de pessoas só no 
século XX. 
• Uma das enfermidades 
mais devastadoras da 
história da humanidade. 
• Considerada erradicada 
pela Organização Mundial 
de Saúde (OMS) em 1980. 
 
 
Lições da varíola 
 
Foi possível erradicar a varíola porque: 
 
1. Apenas os seres humanos são hospedeiros; 
2. Só há um sorotipo; 
• imunização protege contra 100% dos casos. 
3. vacina eficaz; 
• o vírus vivo invade debilmente células, provocando 
resposta imunitária vigorosa. 
4. vacina barata e estável. 
 
História da VE 
• Em 1975, por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, foi 
instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica - SNVE. 
 
• Este sistema, formalizado pela Lei 6.259 do mesmo ano e decreto 
78.231, que a regulamentou em 1976, incorporou o conjunto de 
doenças transmissíveis então consideradas de maior relevância 
sanitária no país. 
• LEI No 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975 
Dispõe sobre a organização das ações de 
Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa 
Nacional de Imunizações, estabelece normas 
relativas à notificação compulsória de doenças, e 
dá outras providências. 
Resumo da Lei 6259/75 
Ação de Vigilância Epidemiológica: 
• Informações; 
• Investigações; e 
• Levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas 
de controle de doenças e de situações de agravos à saúde. 
Resumo da Lei 6259/75 
• Compete ao Ministério da Saúde: 
 Definir, em Regulamento, a organização e as atribuições dos serviços 
incumbidos da ação de Vigilância Epidemiológica. 
 
 A ação de Vigilância Epidemiológica será efetuada pelo conjunto dos 
serviços de saúde, públicos e privados. 
 Programa Nacional de Imunizações 
 Notificação Compulsória de Doenças 
 
Notificação Compulsória de Doenças 
 
 São de notificação compulsória às autoridades sanitárias os casos 
suspeitos ou confirmados: 
 I - de doenças que podem implicar medidas de isolamento ou 
quarentena, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional. 
 II - de doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da 
Saúde, para cada Unidade da Federação, a ser atualizada 
periodicamente. 
 A notificação compulsória de casos de doenças tem caráter sigiloso, 
obrigando nesse sentido as autoridades sanitárias que a tenham 
recebido. 
 Recebida a notificação, a autoridade sanitária é obrigada a proceder 
à investigação. 
Conceito de VE na Lei 8080/90 
• Lei 8080  “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção 
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos.” 
 
• A descentralização das responsabilidades e funções do sistema de saúde 
implicou no redirecionamento das atividades de VE para o nível local. 
 
• SNVE estabelece, como prioridade, o fortalecimento de sistemas municipais de 
vigilância epidemiológica, dotados de autonomia técnico-gerencial para 
enfocar os problemas de saúde das áreas de abrangência. 
Propósito da VE 
1. A VE tem, como propósito, fornecer orientação técnica permanente 
para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controle 
de doenças e agravos. 
 
2. A VE é um importante instrumento para o planejamento, a 
organização e a operacionalização dos serviços de saúde. 
Operacionalização da VE 
 Compreende um ciclo completo de funções específicas e 
intercomplementares que devem ser, necessariamente, desenvolvidas 
de modo contínuo, de modo a possibilitar conhecer, a cada momento, 
o comportamento epidemiológico da doença ou agravo que se 
apresente como alvo das ações, para que as medidas de intervenção 
pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. 
coleta de 
dados 
processamen
to de dados 
análise e 
interpretação 
recomendação 
das medidas de 
controle 
ações de 
controle 
avaliação da 
eficácia 
divulgação de 
informações 
 
São funções da vigilância epidemiológica: 
 
1. Coleta de dados; 
2. Processamento de dados coletados; 
3. Análise e interpretação dos dados processados; 
4. Recomendação das medidas de controle apropriadas; 
5. Promoção das ações de controle indicadas; 
6. Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
7. Divulgação de informações pertinentes. 
Coleta de Dados e Informações 
• O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da 
disponibilidade de INFORMAÇÕES que sirvam para subsidiar o 
desencadeamento de ações - INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO 
 
 
 
• A qualidade da informação, depende da adequada coleta dos dados 
gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É 
também nesse nível que os dados devem primariamente ser tratados 
e estruturados, para que então venham a se transformar em 
INFORMAÇÃO, 
Dado Informação Ação 
Tiposde dados 
1. Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: 
 Permitem quantificar a população e gerar informações sobre suas 
condições de vida: número de habitantes e características de sua 
distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, 
habitacionais e culturais. 
 
2. Dados de mortalidade: 
 São obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo 
Sistema de Informações sobre Mortalidade. 
Tipos de dados 
3. Dados de morbidade: 
 Podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de 
produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação 
epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos amostrais e de 
inquéritos, entre outras formas. 
Tipos de dados 
4. Notificação de surtos e epidemias: 
 Detecção precoce de surtos e epidemias ocorre quando o sistema de 
vigilância epidemiológica local está bem estruturado, com 
acompanhamento constante da situação geral de saúde e da 
ocorrência de casos de cada doença e agravo de notificação 
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à 
saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer 
cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. 
Notificação 
• Estados e municípios podem incluir novas patologias, desde que 
se defina, com clareza, o motivo e objetivo da notificação, os 
instrumentos e fluxo que a informação vai seguir e as ações que 
devem ser postas em prática, de acordo com as análises realizadas. 
Notificação 
Critérios aplicados no processo de seleção para notificação de doenças: 
 
1. Magnitude: 
 Doenças com elevada frequência, que afetam grandes contingentes 
populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, 
anos potenciais de vida perdidos. 
 
2. Potencial de disseminação: 
Expresso pela transmissibilidade da doença, possibilidade de sua 
disseminação por vetores e demais fontes de infecção, colocando sob 
risco outros indivíduos ou coletividades. 
 
Notificação - Critérios aplicados no processo de 
seleção para notificação de doenças 
 
3. Transcendência: 
 Definido por um conjunto de características apresentadas por doenças e 
agravos, de acordo com sua apresentação clínica e epidemiológica, sendo as mais 
importantes: 
a) a severidade, medida por taxas de letalidade, hospitalizações e sequelas; 
b) a relevância social, que subjetivamente significa o valor que a sociedade 
imputa à ocorrência do evento, em termos de estigmatização dos doentes, 
medo, a indignação, quando incide em determinadas classes sociais; 
c) e a relevância econômica, ou capacidade potencial de afetar o 
desenvolvimento, o que as caracteriza como de, mediante as restrições 
comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e 
tratamento 
Notificação - Critérios aplicados no processo 
de seleção para notificação de doenças 
4. Vulnerabilidade: 
 Referente à disponibilidade de instrumentos específicos de 
prevenção e controle, permitindo a atuação concreta e efetiva dos 
serviços de saúde com relação a indivíduos ou coletividades. 
5. Compromissos internacionais: 
 Firmados pelo governo brasileiro, no âmbito de organismos 
internacionais como a OPAS/OMS, que visam empreender esforços 
conjuntos para o alcance de metas continentais ou até mundiais de 
controle, eliminação ou erradicação de algumas doenças. 
Notificação Critérios aplicados no processo de 
seleção para notificação de doenças 
6. Regulamento Sanitário Internacional: 
 As doenças que estão definidas como de notificação compulsória 
internacional, são incluídas, obrigatoriamente, nas listas nacionais de todos os 
países membros da OPAS/OMS 
 
7. Epidemias, surtos e agravos inusitados: 
 Todas as suspeitas de epidemia ou de ocorrência de agravo inusitado 
devem ser investigadas e imediatamente notificadas aos níveis hierárquicos 
superiores, pelo meio mais rápido de comunicação disponível. Mecanismos 
próprios de notificação devem ser instituídos, definidos de acordo com a 
apresentação clínica e epidemiológica do evento. 
Notificação Compulsória 
• A compulsoriedade da notificação significa que todo cidadão 
tem o dever de comunicar a ocorrência de algum caso suspeito 
de doença que esteja na relação de notificação compulsória. 
 
• Essa obrigação é inerente à profissão médica e a outras 
profissões da área de saúde. 
Notificação Compulsória 
Vários fatores contribuem para que essa determinação não seja 
integralmente cumprida, como: 
 
1. Desconhecimento, pelos profissionais de saúde, da importância e 
dos usos da notificação; 
2. Descrédito dos serviços de saúde incumbidos das ações de controle, 
os quais frequentemente descuidam de dar retorno, aos notificantes, 
dos resultados das análises realizadas e das ações que foram 
desencadeadas. 
Aspectos que devem ser considerados na 
notificação: 
1. Notificar a simples suspeita da doença. 
 Não se deve aguardar a confirmação do caso, o que pode significar 
perda da oportunidade de adoção das medidas de prevenção e 
controle indicadas; 
 
2. A notificação tem que ser sigilosa 
 Só pode ser divulgada fora do âmbito médico sanitário, no caso de 
risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos 
cidadãos; 
Aspectos que devem ser considerados na 
notificação: 
3. O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito 
mesmo na ausência de casos 
 Configurando-se o que se denomina notificação negativa, que 
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.

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