Buscar

Apresentação 1 Drenagem Urbana (Introdução)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DRENAGEM URBANA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
Engenharia Civil
Saneamento Básico
Prof. M.Sc. Alex Cardoso Pereira
Caratinga – MG
Fevereiro de 2016
Drenagem: ato de escoar as águas de 
terrenos encharcados, por meio de tubos, 
túneis, canais, valas e fossos;
 Canais
Naturais -> rios ou córregos;
Artificiais -> concreto simples ou armado ou de gabião;
Sistemas de drenagem: podem ser urbanos e/ou rurais e
visam escoar as águas de chuvas e evitar enchentes.
Ciclo Hidrológico: É um fenômeno global de circulação fechada
da água entre a superfície terrestre e a atmosfera,
impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada
à gravidade e à rotação terrestre.
Processos Físicos do Ciclo Hidrológico:
Precipitação (P): a água proveniente do vapor de água da
atmosfera deposita na superfície terrestre de diversas 
maneiras: Chuva; Chuvisco; Neve; Granizo; Orvalho; Geada.
Infiltração (I): fenômeno de penetração d’água nas camadas 
de solo.
Evaporação e Transpiração (EVT): Evaporação: 
transformação da água liquida da superfície do solo em 
vapor d’água; Transpiração: é a evaporação devida á ação dos 
vegetais através das folhas.
O conjunto dos dois fenômenos se chama: 
Evapotranspiração.
Escoamento Superficial (Q): se refere ao 
deslocamento das
águas na superfície da terra.
Balanço Hídrico: é a contabilidade dos volumes 
d’água numa área ou bacia segundo a lei da 
continuidade: num certo período de tempo, o 
volume d’água de entrada menos o volume d’água 
de saída deve igualar a variação dos estoques de 
água na área.
S = P – EVT – Q
Ao longo da história da humanidade, as aglomerações 
urbanas se desenvolveram preferencialmente próximas aos 
cursos d’água.
A disponibilidade de água favorecia:
HISTÓRICO
O suprimento para consumo e higiene das populações, 
efetuando ainda a evacuação dos dejetos;
Fator de produção para as atividades agrícolas e artesanais;
As comunicações e o comércio;
Eventos religiosos.
O risco de inundações periódicas era relativamente 
bem aceito até meados do século XIX (“um preço a 
pagar”).
Guiando-se pelo senso lógico que as civilizações 
grego-romanas associaram a ausência de 
saneamento com a presença de algumas doenças.
HISTÓRICO
Até hoje existem obras construídas pelos romanos
para a evacuação das águas pluviais e cloacais,
destacando-se a notável “cloaca maxima”, ainda em
funcionamento em Roma (Butler e Davies, 2000).
HISTÓRICO
Na Idade Média, a área urbana era ocupada de forma socialmente 
estratificada.
As populações mais desfavorecidas ocupavam as áreas baixas, 
sujeitas, portanto, às inundações periódicas. 
As cidades não mais implantavam sistemas de evacuação, ao 
mesmo tempo que os sistemas construídos pelos romanos não 
sofriam manutenção, caindo em desuso.
A ausência de sistemas de evacuação de esgotamento sanitário 
levava ao “tout à la rue”, acarretando condições de vida bastante 
insalubres (“cidade pútrida”).
HISTÓRICO
No século XVI, durante o renascimento, ocorrem a realização 
de obras de regularização e canalização dos cursos d’água 
urbanos, transformados em esgotos. 
Os cursos d’água urbanos são cobertos e esquecidos, até a 
ocorrência de eventos pluviais excepcionais (Bertrand-
Krajewsky, 2000).
Apenas no século XIX, no entanto, com as grandes epidemias 
de cólera e tifo, são implantados os princípios do 
HIGIENISMO. 
HISTÓRICO
Sistema de Esgotos de Paris
Ano
1200- Início da construção
1850 – Ampliação do sistema
HISTÓRICO
Atualmente possui 2.400 km de
túneis.
Sistema unitário.
Preconizava-se a condução das águas pluviais através de 
condutos, preferencialmente subterrâneos, funcionando por 
gravidade, facilitando a circulação viária e o desenvolvimento 
urbano, sem a presença nociva da água na superfície. 
Conforme citado por Bertrand-Krajewski (2000), Ward
indicava, em 1852, a semelhança que deveria existir entre a 
circulação sanguínea e os sistemas urbanos de água, 
associando o sistema arterial ao abastecimento de águas 
“puras” e o sistema venoso à evacuação das águas residuais.
HISTÓRICO
No Brasil, as idéias do “tout a l’égout” foram adotados 
efetivamente a partir da proclamação da República (Silveira, 
1998).
Esses princípios vigoram até hoje, mesmo que modificados 
por aportes científicos e tecnológicos, como a análise de 
risco ou a adoção de sistema separativo para o esgoto pluvial 
e o esgoto cloacal. Eles são a base dos chamados “sistemas 
clássicos de drenagem”.
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no 
sistema de drenagem
A partir da segunda metade do século XX (1950), a 
porcentagem da população no Brasil vivendo em 
cidades mais do que dobrou.
HISTÓRICO – BRASIL
Período
Taxa de Urbanização (%)
Brasil Região Sudeste
1950 36,16 47,55
1960 45,08 57,00
1970 55,94 72,68
1980 67,59 82,81
1991 75,59 88,02
2000 81,23 90,52
2010 84,36 92,95
Fonte: IBGE (2012)
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema 
de drenagem
A busca de emprego e melhores condições de vida não foi 
acompanhada por um ordenamento adequado do espaço.
Rezende e Heller (2008) descrevem que o perfil de 
ocupação das nossas cidades é determinado pelo caráter 
profundamente desigual e antidemocrático da sociedade 
brasileira, que continua forçando as populações pobres a 
morarem em áreas de urbanização precária, muitas vezes 
em condições de risco, em margens de cursos d’água.
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de 
drenagem
Estudo realizado por Fontes e Barbassa (2003) mostrou que o 
Aumento da densidade populacional de uma área 
representa um aumento da área Impermeabilizada.
A falta de planejamento da urbanização provoca grandes 
modificações no ciclo hidrológico da região:
Diminuição da evapotranspiração e do armazenamento da água 
pluvial, com a retirada da vegetação existente;
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de 
drenagem 
Redução do processo de infiltração e consequente
aumento do escoamento superficial, em alguns casos, em 
até 7 (sete) vezes (Leopold, 1968), devido à 
impermeabilização do solo;
Redução do tempo de concentração da bacia hidrográfica, 
com a implantação de estruturas hidráulicas que aceleram 
a velocidade e aumentam a capacidade de escoamento.
HISTÓRICO – BRASIL
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de 
drenagem
Fonte: Sudersha (2002) apud Tucci (2005)
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de 
drenagem
HISTÓRICO – BRASIL
Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de 
drenagem
Fonte: Adaptado de FISRWG, 2001
PLANEJAMENTO URBANO
Sistemas de Drenagem Urbana
Podem ser:
1. Unitário: 
A condução dos efluentes é 
feita pelo mesmo conduto.
2. Separador absoluto:
A condução dos efluentes é
feita por condutos separados.
PLANEJAMENTO URBANO
Sistemas de Drenagem Urbana
Unitário Separador Absoluto
Desvantagens Vantagens
Poluição quando do funcionamento dos 
extravasores de cheia Ausência de extravasores de cheia
ETEs de maior porte, eventualmente com 
possibilidade de armazenamento de águas 
pluviais
ETEs de porte mais reduzido
Grandes condutos → maior possibilidade de 
deposição de sólidos
Condutos de ES menores → maior 
velocidade de escoamento no período seco, 
favorecendo a autolimpeza
Pequena variação de vazões e cargas 
poluentes nas ETEs
Variação significativa de vazões e cargas 
poluentes nas ETEs
Fonte: adaptado de Butler e Davies, 2000
PLANEJAMENTO URBANO
Fonte: Adaptado de FISRG, 2001
Sistemas de Drenagem Urbana
Fonte: adaptado de Butler e Davies, 2000
Unitário Separador Absoluto
Vantagens Desvantagens
Custos de construção mais baixos Custo de construção adicional, correspondente
a dois sistemas
Economia de espaço Necessidade de espaço para dois sistemas no sistema viário
Sistema de conexões único, mais simples e 
barato
Maior número de conexões, com maior 
possibilidade de inadequações
Tratamento das águas pluviais Águas pluviais não são tratadas
PLANEJAMENTO URBANO
Sistemas de Drenagem Urbana
Estação de Tratamento de Águas Fluviais - ETAF Pampulha
 Trata as águas dos córregos Ressaca e Sarandi
 Tratamento: Flotação a ar dissolvido
Vista geral Bacia de flotação
PLANEJAMENTO URBANO
3. Sistema unitário modificado:
- as águas de chuva poluídas (das vias com tráfego intenso ou 
setores industriais) são coletadas juntamente com as águas 
usadas e devidamente tratadas;
- as águas de chuva pouco poluídas, correspondentes às áreas 
residenciais, devem ser forçosamente infiltradas;
- as águas não poluídas de tempo seco são infiltradas ou 
coletadas separadamente para serem lançadas diretamente no 
meio receptor.
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
Sistema clássico → Princípio do Higienismo (preconiza a evacuação 
rápida).Evita acúmulo de águas pluviais, capta e transporta para 
áreas a jusante
Composição: 
 Dispositivos de Microdrenagem (sarjetas, bocas de lobo, 
condutos enterrados) 
 Dispositivos de Macrodrenagem (canais abertos, galerias, 
bueiros, dissipadores de energia e outras obras complementares).
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
Fonte: http://fabianekrolow.blogspot.com.br/2010/07/infra-estrutura.html
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
A urbanização intensa da metade do século XX evidenciou os 
limites das soluções clássicas de drenagem urbana (Baptista e 
Nascimento, 1996).
A canalização de cursos d’água mostrou-se eficaz na solução de 
problemas locais, entretanto se revelou responsável por provocar 
ou agravar problemas de inundação em áreas a jusante. 
Exclusão do curso d’água da paisagem urbana, impedindo a prática 
de atividades esportivas e de lazer próximo a um ambiente hídrico.
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
A retificação e a canalização dos córregos
Amplia a velocidade do escoamento superficial
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
A retificação e a canalização dos córregos
Amplia a velocidade do escoamento superficial
Diminui o tempo de concentração
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
A retificação e a canalização dos córregos
Amplia a velocidade do escoamento superficial
Diminui o tempo de concentração
Aumenta o pico de vazão a jusante
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
A retificação e a canalização dos córregos
Amplia a velocidade do escoamento superficial
Diminui o tempo de concentração
Aumenta o pico de vazão a jusante
Pode provocar inundação em áreas que anteriormente não sofriam tais 
problemas
PLANEJAMENTO URBANO
PLANEJAMENTO URBANO
EXEMPLO:
PLANEJAMENTO URBANO
EXEMPLO:
Bueiro 
insuficiente
PLANEJAMENTO URBANO
EXEMPLO:
Aumentar a 
seção do bueiro
PLANEJAMENTO URBANO
Mudança de Pensamento
Relatório de Brundtland (WHO, 1987): 
“O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades 
da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. A busca 
desse equilíbrio se dá por meio da gestão racional dos recursos 
naturais, na qual a intervenção humana não prejudica a natureza e 
nem a sua própria sobrevivência.”
Segundo Righetto et al. (2009), os projetos de saneamento (PMSB) 
têm buscado soluções inovadoras de engenharia para um 
desenvolvimento sustentável.
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
Anos Período Características
Até 1970 Higienista
Canalização de cursos d’água, com a
transferência dos problemas para jusante.
1970-1990 Corretivo
Amortecimento quantitativo da drenagem e
controle do impacto existente da qualidade
da água pluvial.
Depois de 
1990
Sustentável
Planejamento da ocupação do espaço urbano,
obedecendo aos mecanismos naturais de
escoamento; Controle dos micro-poluentes,
da poluição difusa e o desenvolvimento
sustentável do escoamento pluvial por meio
da recuperação da infiltração.
Fonte: adaptado de Tucci (2005)
PLANEJAMENTO URBANO
Sistema Clássico de Drenagem Urbana
Fonte: adaptado de Tucci (2005)
Anos Período Características
Até 1970 Higienista
Canalização de cursos d’água, com a
transferência dos problemas para jusante.
1970-1990 Corretivo
Amortecimento quantitativo da drenagem e
controle do impacto existente da qualidade
da água pluvial.
Depois de 
1990
Sustentável
Planejamento da ocupação do espaço urbano,
obedecendo aos mecanismos naturais de
escoamento; Controle dos micro-poluentes,
da poluição difusa e o desenvolvimento
sustentável do escoamento pluvial por meio
da recuperação da infiltração.
Brasil
CICLO HIDROLÓGICO – IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO
CARATINGA
CARATINGA
CARATINGA
CARATINGA – SISTEMA DE CONTROLE 
ENCHENTES
CARATINGA – SISTEMA DE CONTROLE 
ENCHENTES
CARATINGA – SISTEMA DE CONTROLE 
ENCHENTES
PLANEJAMENTO URBANO
Drenagem Urbana Sustentável
Trata-se do desenvolvimento sustentável da drenagem 
urbana obtido através estratégias que objetivam garantir 
a qualidade da água e o ciclo hidrológico em todas as 
suas fases, evitando-se processos erosivos, enchentes e a 
perda da capacidade dos mananciais subterrâneos.
PLANEJAMENTO URBANO
Princípios do novo modelo de Drenagem
1. Novos desenvolvimentos não podem aumentar a vazão 
de pico das condições naturais (ou prévias) – controle de 
vazão de saída;
2. Planejar o conjunto da Bacia para controle de volume;
3. Evitar a transferência de impactos para jusante.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Princípios do novo modelo de Drenagem
Gestão Integrada
 Participação da sociedade;
 Legitimidade às decisões e ações;
 Democracia na tomada de decisão;
 Execução de ações integradas;
 Tecnologias socialmente sustentáveis;
 Educação ambiental.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Coerência Interna
Sistemas naturais e sistemas urbanos;
Planejamento dos recursos hídricos, planejamento 
urbano e conservação da natureza.
O Plano diretor de drenagem urbana deve ser coerente 
com seguintes instrumentos: código de obras, código 
ambiental, código de posturas, Plano diretor de 
desenvolvimento urbano, lei orgânica municipal.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Coerência Externa
Controle das Cheias e da Qualidade das Águas;
Gestão dos recursos hídricos e do saneamento 
ambiental.
No Brasil o gerenciamento da drenagem urbana em 
nível municipal é função da secretaria de obras e dos 
resíduos sólidos são entregues as companhias estaduais 
de saneamento em forma de concessão;
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Gestão Integrada do saneamento ambiental:
uma única entidade que gerencia os cinco
componentes: água, sistemas de esgotamento,
drenagem urbana, resíduos sólidos e riscos
Ambientais; 
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
As estratégias da drenagem urbana sustentável
incluem:
Medidas Estruturais: consistem em 
componentes físicos ou de engenharia como 
parte integrante da infraestrutura;
Medidas não estruturais: todas as formas de
atividades que envolvem as práticas de 
gerenciamento e mudanças de comportamento.
MEDIDAS SUSTENTÁVEIS
Regulação do uso do solo
Criação de áreas verdes
Técnicas compensatórias Recuperação de matas cil iares - parques l ineares
não estruturais Não conexão ou desconexão de áreas impermeáveis
Uso de revestimento de elevadas rugosidades em vias e canais
Manejos de ferti l izantes, pesticidas
e detergentes
Telhado verde
Localizado Microrreservatório
Poço de Infi ltração
Controle na fonte Plano de Infi ltração
Trincheira de Infi ltração
Técnicas compensatórias Vala de detenção
estruturais Linear Pavimento reservatório
Pavimento permeável
Áreas úmidas l ineares
Bacias de detenção ou retenção
Controle centralizado Bacias de Infi ltração
Bacias de detenção e infi ltração
Áreas úmidas artificiais
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Medidas de Controle
Estruturais: Medidas que modificam o sistema, buscando reduzir 
o risco de enchentes, pela implantação de obras para conter, reter 
ou melhorar a condução dos escoamentos.
Podem ser:
 Intensivas: de aceleração do escoamento:
canalização e obras correlatas; de retardamento de Medidas de 
Controle fluxo: reservatórios (bacias de detenção/retenção), 
restauração de calhas naturais; desvio de escoamento: túneis de 
derivação e canais de desvio;e que englobem a introdução de 
ações individuais visando tornar as edificações a prova de 
enchentes.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Medidas de Controle
Extensivas: correspondem aos pequenos
armazenamentos disseminados na bacia, à recomposição de 
cobertura vegetal e ao controle de Medidas Estruturais erosão do 
solo, ao longo da bacia de drenagem.
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
TRINCHEIRAS E VALAS DE INFILTRAÇÃO
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS ESTRUTURAIS (< 35%; 4 ANOS)
MEDIDAS ESTRUTURAIS
Reservatório: retém parte do volume da enchente,
reduzindo a vazão natural, procurando manter no rio
uma vazão inferior àquela que provocava extravasamento 
do leito. O volume retido no período de vazões altas é 
escoado após a redução da vazão natural. O reservatório 
pode ser utilizado quando existe Medidas Estruturais
relevo conveniente a montante da área atingida, mas
exige altos custos de construção e desapropriações.
MEDIDAS ESTRUTURAIS (MICRORESERV.)
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
9.00
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Va
zã
o 
(m
³/s
)
Tempo (min)
Simulação sem microrreservatório Simulação com microrreservatório
MEDIDAS ESTRUTURAIS
Modificações no Rio: As modificações na morfologia do
rio visam aumentar a vazão para um mesmo nível,
reduzindo a sua freqüência de ocorrência. Isto pode ser
obtido pelo aumento da seção transversal ou pelo
aumento da velocidade.
Para aumentar a velocidade é necessário reduzir a
rugosidade, tirando obstruções ao escoamento,
dragando o rio, aumentando a declividade pelo corte de
meandros ou aprofundando o rio. Essas medidas, em
geral, apresentam custos elevados.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
São ações de convivência com as enchentes; ou
diretrizes para reversão ou minimização do problema.
Incluem todas as atividades que envolvem práticas e
mudanças de comportamento.
Através delas procura-se reduzir os danos ou 
conseqüências das inundações, através da introdução
de normas, regulamentos, programas que visem, por
exemplo, ao disciplinamento do uso e ocupação do solo,
à conscientização da população para a manutenção dos
dispositivos de drenagem.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
 Ações de renaturalização de rios e córregos por meio de 
medidas associadas ao tratamento de fundo de vale que 
preservem ou aproximem às condições naturais;
 O Plano Diretor Urbanístico e de Drenagem, a Lei de 
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e Decretos 
Municipais; 
 IPTU Hidrológico (Mediondo, 2007) – calculado por meios 
de variáveis hidrológicas e hidráulicas;
 A eficácia se dá por meio do controle e fiscalização do 
Poder Público.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
São Elas:
Zoneamento de áreas de inundação: definição de um
conjunto de regras para a ocupação das áreas de maior
risco de inundação, visando à minimização futura das
perdas materiais e humanas em face das grandes
cheias.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS (ZON-BH)
Permite que as edificações impermeabilizem até 100% da 
área do terreno, desde que sejam construídas caixas de 
retenção de água pluvial. 
As caixas devem possibilitar a retenção de até 30 L de 
água pluvial por m² de terreno impermeabilizado que 
exceda o limite estabelecido em lei
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
Seguro de enchente: permite aos indivíduos ou
empresas a obtenção de uma proteção econômica para
as perdas decorrentes dos eventos de inundação.
 Previsão e alerta de inundação: um sistema composto
de aquisição de dados em tempo real, transmissão de
informação para um centro de análise, previsão em
tempo atual com modelo matemático, e Plano de Defesa
Civil que envolve todas as ações individuais ou de
comunidade para reduzir as perdas durante as
enchentes.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
Orçamento participativo: população participa através 
de discussões, ajudando na tomada de decisões sobre as
melhores medidas a serem adotadas no amortecimento
das cheias e estudos de viabilidade econômica e 
disponibilidades de recursos.
 leis: a associação de engenheiros, arquitetos e 
agrônomos de Guarulhos (SP) conseguiu incorporar no
código de obras da cidade a Lei Nº 5.617, técnicas de
armazenamento de águas pluviais.
MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS
Plano Diretor de Drenagem ( I X ES)
1ª Etapa
 Diagnóstico do sistema atual;
 Desenvolvimento de estudos preliminares;
 Levantamento cadastral das redes;
 Implantação do SIG.
2ª Etapa
 Atualização dos dados da 1ª etapa;
 Implantação do sistema de monitoramento;
 Inserção do módulo hidrológico no SIG;
 Desenvolvimento da modelagem; 
 Proposição de planos de ação e de gestão do sistema.
	DRENAGEM URBANA
	Drenagem: ato de escoar as águas de terrenos encharcados, por meio de tubos, túneis, canais, valas e fossos;
	Ciclo Hidrológico: É um fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre.
	Processos Físicos do Ciclo Hidrológico:�Precipitação (P): a água proveniente do vapor de água da�atmosfera deposita na superfície terrestre de diversas maneiras: Chuva; Chuvisco; Neve; Granizo; Orvalho; Geada.�Infiltração (I): fenômeno de penetração d’água nas camadas de solo.�Evaporação e Transpiração (EVT): Evaporação: transformação da água liquida da superfície do solo em vapor d’água; Transpiração: é a evaporação devida á ação dos vegetais através das folhas.�O conjunto dos dois fenômenos se chama: Evapotranspiração.
	Escoamento Superficial (Q): se refere ao deslocamento das�águas na superfície da terra.�Balanço Hídrico: é a contabilidade dos volumes d’água numa área ou bacia segundo a lei da continuidade: num certo período de tempo, o volume d’água de entrada menos o volume d’água de saída deve igualar a variação dos estoques de água na área.�� S = P – EVT – Q
	Ao longo da história da humanidade, as aglomerações urbanas se desenvolveram preferencialmente próximas aos cursos d’água.��A disponibilidade de água favorecia:
	O risco de inundações periódicas era relativamente bem aceito até meados do século XIX (“um preço a pagar”).��Guiando-se pelo senso lógico que as civilizações grego-romanas associaram a ausência de saneamento com a presença de algumas doenças.
	Até hoje existem obras construídas pelos romanos para a evacuação das águas pluviais e cloacais, destacando-se a notável “cloaca maxima”, ainda em funcionamento em Roma (Butler e Davies, 2000).
	Na Idade Média, a área urbana era ocupada de forma socialmente estratificada.��As populações mais desfavorecidas ocupavam as áreas baixas, sujeitas, portanto, às inundações periódicas. ��As cidades não mais implantavam sistemas
de evacuação, ao mesmo tempo que os sistemas construídos pelos romanos não sofriam manutenção, caindo em desuso.��A ausência de sistemas de evacuação de esgotamento sanitário levava ao “tout à la rue”, acarretando condições de vida bastante insalubres (“cidade pútrida”).
	No século XVI, durante o renascimento, ocorrem a realização de obras de regularização e canalização dos cursos d’água urbanos, transformados em esgotos. ��Os cursos d’água urbanos são cobertos e esquecidos, até a ocorrência de eventos pluviais excepcionais (Bertrand-Krajewsky, 2000).��Apenas no século XIX, no entanto, com as grandes epidemias de cólera e tifo, são implantados os princípios do HIGIENISMO. 
	Sistema de Esgotos de Paris� Ano�1200- Início da construção�1850 – Ampliação do sistema�
	Preconizava-se a condução das águas pluviais através de condutos, preferencialmente subterrâneos, funcionando por gravidade, facilitando a circulação viária e o desenvolvimento urbano, sem a presença nociva da água na superfície. �	�Conforme citado por Bertrand-Krajewski (2000), Ward indicava, em 1852, a semelhança que deveria existir entre a circulação sanguínea e os sistemas urbanos de água, associando o sistema arterial ao abastecimento de águas “puras” e o sistema venoso à evacuação das águas residuais.
	No Brasil, as idéias do “tout a l’égout” foram adotados efetivamente a partir da proclamação da República (Silveira, 1998).�	�Esses princípios vigoram até hoje, mesmo que modificados por aportes científicos e tecnológicos, como a análise de risco ou a adoção de sistema separativo para o esgoto pluvial e o esgoto cloacal. Eles são a base dos chamados “sistemas clássicos de drenagem”.
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem�A partir da segunda metade do século XX (1950), a porcentagem da população no Brasil vivendo em cidades mais do que dobrou.
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem��A busca de emprego e melhores condições de vida não foi acompanhada por um ordenamento adequado do espaço.�Rezende e Heller (2008) descrevem que o perfil de ocupação das nossas cidades é determinado pelo caráter profundamente desigual e antidemocrático da sociedade brasileira, que continua forçando as populações pobres a morarem em áreas de urbanização precária, muitas vezes em condições de risco, em margens de cursos d’água.
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem��Estudo realizado por Fontes e Barbassa (2003) mostrou que o Aumento da densidade populacional de uma área representa um aumento da área Impermeabilizada.��A falta de planejamento da urbanização provoca grandes modificações no ciclo hidrológico da região:�Diminuição da evapotranspiração e do armazenamento da água pluvial, com a retirada da vegetação existente;
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem ��Redução do processo de infiltração e consequente aumento do escoamento superficial, em alguns casos, em até 7 (sete) vezes (Leopold, 1968), devido à impermeabilização do solo;�Redução do tempo de concentração da bacia hidrográfica, com a implantação de estruturas hidráulicas que aceleram a velocidade e aumentam a capacidade de escoamento.
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem
	Impacto do desenvolvimento urbano no sistema de drenagem
	Sistemas de Drenagem Urbana�Podem ser:�� 1. Unitário: �A condução dos efluentes é �feita pelo mesmo conduto.��� 2. Separador absoluto:�A condução dos efluentes é�feita por condutos separados.�
	Sistemas de Drenagem Urbana�
	Sistemas de Drenagem Urbana�
	Número do slide 24
	Número do slide 25
	Número do slide 26
	Número do slide 27
	Número do slide 28
	Número do slide 29
	Número do slide 30
	Número do slide 31
	Número do slide 32
	Número do slide 33
	Número do slide 34
	Número do slide 35
	Número do slide 36
	Número do slide 37
	Número do slide 38
	Número do slide 39
	Número do slide 40
	Número do slide 41
	Número do slide 42
	Número do slide 43
	Número do slide 44
	Número do slide 45
	Número do slide 46
	Número do slide 47
	Número do slide 48
	Número do slide 49
	Número do slide 50
	Número do slide 51
	Número do slide 52
	Número do slide 53
	Número do slide 54
	Número do slide 55
	Número do slide 56
	Número do slide 57
	Número do slide 58
	Número do slide 59
	Número do slide 60
	Número do slide 61
	Número do slide 62
	Número do slide 63
	Número do slide 64
	Número do slide 65
	Número do slide 66
	Número do slide 67
	Número do slide 68
	Número do slide 69
	Número do slide 70
	Número do slide 71
	Número do slide 72
	Número do slide 73
	Número do slide 74
	Número do slide 75
	Número do slide 76
	Número do slide 77
	Número do slide 78
	Número do slide 79

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais