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Virada do século 20 No início do século 20, o país vivia várias mudanças devido a chegada do progresso, mas também ocorriam epidemias. Como a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro e São Paulo. Outras doenças também assolavam outras cidades do Brasil: a cólera, varíola, malária, peste bubônica, tuberculose e outras. No início do século, as únicas pessoas que tinham acesso à saúde eram os ricos pois podiam pagar. Os pobres eram atendidos nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. Nas grandes cidades ocorreu a chegada de imigrantes para trabalhar. Havia uma grande movimentação nos portos, o que disseminava as doenças. A falta de saneamento básico, o não acesso das pessoas aos serviços de saúde e a grande movimentação de pessoas de vários lugares nos portos facilitou o aumento da epidemia neste período. O que foi feito? ● O Instituto Soroterápico de Manguinhos começa a distribuir vacinas. O presidente Rodrigues Alves tem o objetivo de sanear e reurbanizar o Rio de janeiro. ● A reforma urbana foi realizada com a retirada da população pobre do centro da cidade e derrubando vários cortiços. O movimento foi apelidado de “O bota-baixo”. ● Finalmente se iniciou a campanha para acabar com a epidemia que assolava a população. Instituiu-se a vacinação obrigatória contra a varíola. Em 1904 ocorreu a revolta da vacina. ● Iniciou-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz, o objetivo era eliminar a peste e a febre amarela. Para combater a peste ele criou brigadas sanitárias espalhando raticidas, removendo lixo e comprando ratos. Para combater a febre amarela, alvo foi a eliminação dos mosquitos transmissores da doença. A revolta da vacina A forma como a vacina era aplicada era violenta. Os agentes sanitários, em alguns casos, invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. A maioria das pessoas tinham medo de se vacinar, pois desconheciam seus efeitos. Dessa maneira, a revolta popular aumentou a cada dia. Foi um período de desemprego, alto custo de vida e inflação. Durante as manifestações, bondes foram destruídos, prédios públicos e vários tipos de desordem pela cidade. Então, é revogada a lei da vacinação obrigatória. O Exército, Marinha e a polícia são acionados para acabar com os tumultos nas ruas. GRIPES ● Em 1918, a gripe espanhola matou milhares de pessoas. ● Em 1922, os tenentes se revoltam e tomam o forte de Copacabana. ● O deputado Eloy Chaves em 1923 criou a lei que regulamenta as Caixas de Aposentadoria e Pensões, que seriam financiadas pela empresa, seus trabalhadores e união, garantindo aos trabalhadores assistência médica. A era Vargas A era Vargas foi divida em três momentos conhecidos como: ● Governo provisório (1930 a 1934) – marcado pela Lei Orgânica, que estabelecia plenos poderes a Vargas. ● Governo Constitucional (1934 a 1937) – marcado por crise econômica, desemprego, inflação e carestia. Com a Constituição de 1934 foi criado o Tribunal do Trabalho, legislação trabalhista e liberdade de organização sindical, e as mulheres adquirem o direito ao voto. Getúlio Vargas cria IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões) e pensões dos marítimos. As Caixas de Aposentadoria e Pensões são substituídas porque são poucas e ineficientes. Com os IAPS, os trabalhadores passaram a ter direito à assistência medica e aposentadoria e pensões. ● O Estado Novo (1937 a 1945) – período da ditadura de Vargas, teve como características a centralização política com os executivos, e o intervencionismo do Estado na economia e na sociedade. Várias ações em saúde pública foram instituídas neste período, como as ações de combate a malária e proteção dos trabalhadores da borracha, ações que ficaram conhecidas como Atividades do Serviço Especial de Saúde Pública (S.E.S.P). Em 1945, o ditador Getúlio Vargas é deposto. 1950: Em 1950, Getúlio Vargas ganha a presidência. O Ministério da saúde é criado para estabelecer as ações de saúde pública e medicina preventiva. Neste período existiam duas correntes para a assistência em saúde: uma defendia a atenção com programas verticais do tipo de doenças, como exemplos: tuberculose e hanseníase e a outra defendia uma assistência que aproxima a medicina às condições sociais da população. Já existem propostas para a criação de um sistema de saúde pública para todos. Logo, surge a medicina de grupo com a finalidade de prestar serviços médicos aos empregados. Em 1964, ocorreu o golpe militar. SINPAS/IAPAS Com a criação do Sistema Nacional de Assistência social (SINPAS) este passou a reunir: ● Todos os órgãos de assistência médica no Instituto Nacional Assistência Médica Previdência Social (INAMPS). ● Todos os órgãos de aposentadoria e pensões no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). ● A administração dos recursos financeiros passou a ser controlada pelo Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). Movimento popular O movimento da Reforma Sanitária Brasileira é marcado por uma luta de trabalhadores, intelectuais e partidos políticos em busca de uma mudança legal que regulamentasse a proteção à saúde da população. Este movimento lutou em busca de um Sistema de Saúde que atendesse às necessidades da população. Visto que nesse momento histórico as ações de promoção e prevenção não estavam ocorrendo em sua totalidade e tendo como consequência a volta de inúmeras doenças que estiveram controladas, os investimentos na área eram pequenos e a falta de saneamento favorecia o adoecimento da população. As indústrias de equipamentos e medicamentos cresceram muito no país e a Medicina de grupo também. Os especialistas defendem a ideia que o hospital era o local de maior segurança e confiabilidade para os tratamentos de saúde, pois incorporaram em suas atividades o uso de equipamentos sofisticados e de alto custo. O modelo de assistência em saúde é influenciado por estas práticas e pelo setor privado. As ações adotadas eram individuais e o sistema de saúde era: Excludente: As ações e os serviços de saúde estavam ligadas apenas à quem trabalhava formalmente. As pessoas que não possuíam um trabalho formal, não estavam cobertas pelas políticas de saúde e não tinham seus direitos reconhecidos. Socialmente desigual: Somente eram garantidos os direitos dos trabalhadores formais e o restante da população não tinha acesso, mantendo as desigualdades de direito. Recursos escassos: Os recursos financeiros eram insuficientes. O país começa a ficar insatisfeito e a ditadura começa a declinar. O processo de redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já estão ocorrendo por todo o país. É anunciada a falência do IAPAS, o Instituto não dispõe mais de verbas para financiar o INPS e INAMPS. Início do projeto AIS Em 1982, acontecem as eleições diretas para governadores e vários participantes do movimento sanitário ocuparam cargos políticos em Secretarias Estaduais de Saúde e puderam iniciar os projetos que contemplassem os princípios da Reforma Sanitária. O projeto Ações Integradas de Saúde (AIS) visaram à integração das ações curativos-preventivas e educativas. Dando início formal à participação popular e fortaleceu a ideia da municipalização. Acontecia ao mesmo tempo o descredenciamento de vários hospitais que após terem se capitalizado deixaram de atender aos pacientes que contribuíam para a previdência. O movimento da Reforma Sanitária teve como grande marco histórico a VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986. Foram discutidos os temas: Reformulação do sistema nacional de saúde, saúde com direito, financiamentosetorial. Saúde com direito: A saúde como direito, em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. 1987 - criação do suds Com a criação do suds, retornaram várias propostas para a saúde como a integração, hierarquização, regionalização e busca de maior eficiência e eficácia ao sistema de saúde. 1988 - criação do SUS Em 1988, a nova Constituição Brasileira aprovou os mais importantes princípios da Reforma Sanitária e finalmente criou o Sistema Único de Saúde (SUS). O que é o Sistema Único de Saúde? (SUS) É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações da saúde. O sus não é sucessor do SUDS e INAPS. O sistema único de saúde foi instituído através da constituição da república federativa do Brasil em 1988 na seção II - da saúde. De acordo com o artigo 4 - da lei 8.080/1990 é o conjunto de ações e serviços de saúde, prestado por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta das fundações mantidas pelo poder público, constitui o sistema único de saúde. Por que o sistema é único? Por seguir a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o país. E está organizado nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal. O sus deve ser garantido para todas as pessoas, independente das diferenças. Três princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e equidade. A rede de serviço deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida e as suas desigualdades. Pessoas são diferentes, vivem em condições desiguais e com necessidades diversas. O Art. 198 da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 descreve que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: Descentralização, com direção única em cada esfera de governo. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. Participação da comunidade. Princípios organizativos do SUS Regionalização: Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida. O acesso da população à rede deve se dá através dos serviços de nível primário de atenção que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Hierarquização: A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. Descentralização: Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo. A regionalização deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde. Neste processo são identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade nos resultados, assim como maior capacidade de cogestão regional. Como funcionaria o sus? Lei Orgânica de Saúde: (Lei no 8.080/1990) Servia para que fossem descritos os papéis institucionais de cada esfera de governo, as regras de transferência de recursos – fundo de saúde e outras providências. Lei Complementar da Saúde (Lei 8.142/1990) A Lei 8.142/1990 discute sobre as Conferências de Saúde que deverão se reunir a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais; já o conselho de saúde tem caráter permanente e deliberativo, sendo composto por representação de 50% dos usuários, representação sendo paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos e os outros 50% sendo divididos entre os representantes do governo, prestadores de serviço (25%) e profissionais de saúde (25%).Terão representação no Conselho Nacional de Saúde os Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Vários conceitos foram tratados na Lei no 8080/1990 como o de vigilância sanitária, epidemiológica, saúde do trabalhador. A direção do SUS é única de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal. Descreve ainda a competência de cada esfera do governo, e ao município cabe as ações de execução de serviços como o de vigilância epidemiológica; de vigilância sanitária; de alimentação e nutrição; de saneamento básico; e de saúde do trabalhador. As Normas Operacionais Básicas são Instrumentos jurídicos-institucional editados periodicamente pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com os demais gestores e outros segmentos da sociedade, negociado e pactuado na Tripartite e aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para: Aprofundar e reorientar a implementação do SUS, definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacional, regular as relações entre seus gestores e normatizar o SUS. Nob/91: A NOB/91 discute sobre a equiparação dos prestadores públicos e privados e ainda aponta uma gestão do SUS a nível federal muito centralizada. NOB/93: A NOB/93 discute a habilitação dos municípios nos modelos de gestão incipiente, parcial e semiplena, desencadeando o processo de municipalização; cria a transferência de recursos financeiros que ficou conhecido como fundo a fundo, sendo necessário que seja aberta uma conta para que o dinheiro seja repassado diretamente, é criado também as Comissões Intergestores Bipartites (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional). Comissões Intergestores Bipartites (CIB): Espaços estaduais de articulação e pactuação política que objetivam orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de descentralização das ações de saúde. São constituídas, paritariamente, por representantes do governo estadual – indicados pelo Secretário de Estado da Saúde – e dos secretários municipais de Saúde – indicados pelo órgão de representação do conjunto dos municípios do estado, em geral denominado Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Comissões Intergestores Tripartite (CIT): Instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS das três esferas de governo – União, estados, DF e municípios. A representação de estados e municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das cinco regiões no país. Nesse espaço, as decisões são tomadas por consenso e não por votação. A CIT está vinculada à direção nacional do SUS. A NOB/96 discute sobre: A responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde aos municípios (descentralização), a responsabilidade sanitária de cada gestor, o estabelecimento de vínculo entre a população e o SUS, a instituição da gestão da atenção básica e a gestão plena do sistema municipal, o aumento da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a estados e municípios – PAB (Piso Ambulatorial Básico), a reorganização do modelo de atenção à saúde com a ampliação de cobertura do PSF (Programa Saúde da Família) e do PACS (Programa Agente Comunitário de Saúde). A NOAS/2001 instituiu o PlanoDiretor de Regionalização e o Plano Diretor de Investimentos. Tem o objetivo de colocar em prática os princípios da integralidade, regionalização e hierarquização. Propôs uma política para ações de média e alta complexidade, cria mecanismos de referencia e contra referência, propõe a criação de módulos assistencial e município satélite e amplia as ações de atenção básica. Plano Diretor de Regionalização (PDR): O Plano Diretor de Regionalização (PDR) é considerado um dos instrumentos de planejamento e coordenação do processo de regionalização, o PDR deverá expressar o desenho final do processo de identificação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal. Plano Diretor de Investimentos (PDI): O Plano Diretor de Investimentos (PDI) é considerado também um instrumento de planejamento do processo de regionalização, o PDI deverá expressar os recursos de investimentos para atender às necessidades pactuadas no processo de planejamento estadual e regional. Os planos de investimentos deverão ser discutidos e aprovados na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) dos estados O plano diretor de regionalização visa garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência e serviços de saúde como: Assistência pré natal, parto e puerpério, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Cobertura universal pelo esquema preconizado pelo programa nacional de imunizações, para todas as faixas etárias. Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência e outros serviços. A PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006, divulga o Pacto pela Saúde 2006, a Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Suas prioridades são: O pacto pela vida: Saúde do idoso: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE: Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias. O Pacto em Defesa do SUS: CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo. O pacto de gestão do sus MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias. ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. Diretrizes operacionais do PACTO PELA SAÚDE: Pacto pela vida: As prioridades do Pacto pela vida devem ser estabelecidas através de metas nacionais, estaduais, regionais e municipais. Algumas metas atingiram a população brasileira como um todo e, algumas, um grupo específico como o controle do câncer do colo do útero e de mama. Pacto em defesa do sus: O Pacto em Defesa do SUS trata de expressar os compromissos entre os gestores do SUS na defesa dos princípios do SUS estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira. Busca qualificar e assegurar o SUS como política pública de saúde. As iniciativas são: Repolitizar a saúde, promover a cidadania através da mobilização social e garantir o financiamento. As ações estão voltadas para a articulação e apoio à mobilização social – saúde como um direito, estabelecimento de diálogo com a sociedade, ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania, laboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional, aprovação do orçamento do sus. Pacto de gestão: Trata das diretrizes para gestão nos seguintes aspectos: Descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, educação na saúde, gestão do trabalho, participação social, regulação, Programação Pactuada e Integrada – PPI. Gestão do Trabalho e Educação na Saúde: Na área da Educação na Saúde, promoção de mudanças na formação dos profissionais da saúde, com vistas à integralidade e ao desenvolvimento da humanização da atenção em saúde. Na área do Trabalho em Saúde vem promovendo um conjunto de ações, tais como a implementação das Diretrizes para o Plano de Carreira, Cargos e Salários do SUS; a desprecarização dos vínculos de trabalho no sistema de saúde. Financiamento do SUS: As ações e serviços de Saúde, implementados pelos estados, municípios e Distrito Federal são financiados com recursos próprios da União, estados e municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente contemplados no orçamento da seguridade social. Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a Emenda Constitucional nº 29, de 2000. Regulação da atenção à saúde: A regulação da atenção à saúde tem por objeto atuar sobre a produção das ações diretas e finais de atenção à saúde. Em relação às premissas da descentralização devemos nos atentar a: Descentralização administrativa relativo à gestão para as Comissões Intergestores Bipartite. Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da Saúde que promoverão e apoiarão processo de qualificação permanente para as Comissões Intergestores Bipartite. Os instrumentos de planejamento que são o Plano Diretor de Regionalização – PDR, o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde (PPI). A garantia de acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde. A busca da redução das desigualdades sociais e territoriais e promoção da equidade. A garantia da integralidade na atenção a saúde. De acordo com a portaria no 399, as regiões em saúde são recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura de transportes compartilhados do território. (PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006). Esta organização visa favorecer a ação cooperativa e solidária entre os gestores e o fortalecimento do controle social. Em relação ao Financiamento do Sistema Único de Saúde a Portaria no 399 descreve que: É responsabilidade das três esferas de gestão – União, Estados e Municípios pelo financiamento do Sistema Único de Saúde. A redução das iniqüidades macrorregionais, estaduais e regionais. O repasse deverá ser realizado fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores. O financiamento de custeio será organizado e transferido em blocos de recursos, utilizando recursos federais. Os blocos do financiamento para o custeio ficou dividido para: Atenção básica; Atenção de média e alta complexidade; Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS. Planejamento do sus: O sistema de planejamento buscará, de forma tripartite, a pactuação de bases funcionais do planejamento, monitoramento e avaliação do SUS, bem como promoverá a participação social e a integração intra e intersetorial, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. Esta Portaria apresenta também as responsabilidades gerais da gestão dosus, regionalização, no planejamento e programação, na regulação, controle, avaliação e auditoria, na gestão do trabalho, na educação na saúde, na participação e controle social em relação aos municípios, estados, distrito federal e união. A portaria no648/2006 aprova a Política Nacional de Atenção Básica, que trata das diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e para o Programa Agentes Comunitários de Saúde(PACS).
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