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Organização de políticas da saúde - resumo

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Virada do século 20 
No início do século 20​, o país vivia várias mudanças devido a chegada do 
progresso, mas também ocorriam epidemias. ​Como a epidemia de febre amarela 
no Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Outras doenças também assolavam outras cidades do Brasil: ​a cólera, varíola, 
malária, peste bubônica, tuberculose e outras. 
No início do século, as únicas pessoas que tinham acesso à saúde eram os ricos 
pois podiam pagar. Os pobres eram atendidos nos hospitais de caridade 
mantidos pela igreja. 
Nas grandes cidades ocorreu a chegada de imigrantes para trabalhar. Havia uma 
grande movimentação nos portos, o que disseminava as doenças. ​A falta de 
saneamento básico, o não acesso das pessoas aos serviços de saúde e a grande 
movimentação de pessoas de vários lugares nos portos facilitou o aumento da 
epidemia neste período. 
 
O que foi feito? 
● O Instituto Soroterápico de Manguinhos ​começa a distribuir vacinas.​ O 
presidente ​Rodrigues Alves ​tem o objetivo de sanear e reurbanizar o Rio 
de janeiro. 
● A reforma urbana foi realizada com a retirada da população pobre do 
centro da cidade e derrubando vários cortiços. ​O movimento foi apelidado 
de “O bota-baixo”. 
● Finalmente se iniciou a campanha para acabar com a epidemia que 
assolava a população. ​Instituiu-se a vacinação obrigatória contra a 
varíola. ​Em 1904 ocorreu a revolta da vacina. 
● Iniciou-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz​, ​o objetivo era 
eliminar a peste e a febre amarela. Para combater a peste ele criou 
brigadas sanitárias espalhando raticidas, removendo lixo e comprando 
ratos. Para combater a febre amarela, alvo foi a eliminação dos mosquitos 
transmissores da doença. 
 
 
A revolta da vacina 
 
A forma como a vacina era aplicada era violenta.​ Os agentes sanitários, em alguns casos, 
invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. A maioria das pessoas tinham medo de 
se vacinar, pois desconheciam seus efeitos.​ Dessa maneira, a revolta popular aumentou a 
cada dia. 
 
Foi um período de desemprego, alto custo de vida e inflação. 
 
Durante as manifestações, bondes foram destruídos, prédios públicos e vários tipos de 
desordem pela cidade. 
 
Então, é revogada a lei da vacinação obrigatória. ​O Exército, Marinha e a polícia são 
acionados para acabar com os tumultos nas ruas. 
 
GRIPES 
 
● Em 1918​, a gripe espanhola matou milhares de pessoas. 
● Em 1922​, os tenentes se revoltam e tomam o forte de Copacabana. 
● O deputado Eloy Chaves em 1923 ​criou a lei que regulamenta as Caixas de 
Aposentadoria e Pensões, que seriam financiadas pela empresa, seus trabalhadores 
e união, garantindo aos trabalhadores assistência médica. 
 
 A era Vargas 
A era Vargas foi divida em três momentos conhecidos como: 
 
● Governo provisório (1930 a 1934)​ – ​marcado pela Lei Orgânica​, ​que estabelecia 
plenos poderes ​a Vargas. 
● Governo Constitucional (1934 a 1937)​ – ​marcado por crise econômica, desemprego, 
inflação e carestia. Com a Constituição de 1934 foi criado o Tribunal do Trabalho, 
legislação trabalhista e liberdade de organização sindical, e as mulheres adquirem o 
direito ao voto. ​Getúlio Vargas cria IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões) e 
pensões dos marítimos.​ As Caixas de Aposentadoria e Pensões são substituídas 
porque são poucas e ineficientes.​ ​Com os IAPS​,​ os trabalhadores passaram a ter 
direito à assistência medica e aposentadoria e pensões. 
● O Estado Novo (1937 a 1945)​ – ​período da ditadura de Vargas,​ teve como 
características a centralização política com os executivos, e o intervencionismo do 
Estado na economia e na sociedade. Várias ações em saúde pública foram 
instituídas neste período, como as ações de combate a malária e proteção ​dos 
trabalhadores da borracha, ações que ficaram conhecidas como Atividades do 
Serviço Especial de Saúde Pública (S.E.S.P). Em 1945, o ditador Getúlio Vargas é 
deposto. 
 
 1950: 
 
Em 1950, Getúlio Vargas​ ganha a presidência. 
 
O Ministério da saúde​ é criado para estabelecer as ações de saúde pública e medicina 
preventiva. 
Neste período existiam duas correntes para a assistência em saúde: uma defendia a 
atenção com programas verticais do tipo de doenças, como exemplos: ​tuberculose e 
hanseníase​ e a outra defendia uma assistência que aproxima a medicina às condições 
sociais da população. 
 
Já existem propostas para a criação de um sistema de saúde pública para todos. Logo, 
surge a ​medicina de grupo​ ​com a finalidade de prestar serviços médicos aos empregados. 
 
Em 1964, ocorreu o golpe militar. 
 
 
SINPAS/IAPAS 
 
Com a criação do ​Sistema Nacional de Assistência social (SINPAS)​ este passou a reunir: 
 
● Todos os órgãos de assistência médica no​ Instituto Nacional Assistência Médica 
Previdência Social (INAMPS). 
● Todos os órgãos de aposentadoria e pensões no ​Instituto Nacional de Previdência 
Social (INPS). 
● A administração dos recursos financeiros passou a ser controlada pelo ​Instituto de 
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). 
 
Movimento popular 
O movimento da ​Reforma Sanitária Brasileira ​é marcado por uma luta de trabalhadores, 
intelectuais e partidos políticos em busca de uma mudança legal que regulamentasse a 
proteção à saúde da população. 
 
Este movimento lutou em busca de​ um ​Sistema de Saúde​ que atendesse às necessidades 
da população.​ Visto que nesse momento histórico as ações de promoção e prevenção não 
estavam ocorrendo em sua totalidade e tendo como consequência ​a volta de inúmeras 
doenças que estiveram controladas, os investimentos na área eram pequenos e a falta de 
saneamento favorecia o adoecimento da população. 
 
As indústrias de equipamentos e medicamentos cresceram muito no país e a Medicina de 
grupo também. Os especialistas defendem a ideia que o hospital era o local de maior 
segurança e confiabilidade para os tratamentos de saúde, pois incorporaram em suas 
atividades o uso de equipamentos sofisticados e de alto custo. 
 
 O modelo de assistência em saúde é influenciado por estas práticas e pelo setor privado. 
 
 
As ações adotadas eram individuais e o sistema de saúde era: 
 
Excludente: ​As ações e os serviços de saúde estavam ligadas apenas à quem trabalhava 
formalmente. As pessoas que não possuíam um trabalho formal, não estavam cobertas 
pelas políticas de saúde e não tinham seus direitos reconhecidos. 
Socialmente desigual:​ ​Somente eram garantidos os direitos dos trabalhadores formais e o 
restante da população não tinha acesso, mantendo as desigualdades de direito. 
 
Recursos escassos:​ ​Os recursos financeiros eram insuficientes. 
 
O país começa a ficar insatisfeito e a ditadura começa a declinar. 
 
O processo de redemocratização e a​ Campanha pelas Diretas Já​ estão ocorrendo por todo 
o país. 
 
É anunciada a falência do​ IAPAS,​ o Instituto não dispõe mais de verbas para financiar o 
INPS e INAMPS. 
 
Início do projeto AIS 
 
Em 1982, ​acontecem as eleições diretas para governadores e vários participantes do 
movimento sanitário ocuparam cargos políticos em ​Secretarias Estaduais de Saúde​ e 
puderam iniciar os projetos que contemplassem os princípios da ​Reforma Sanitária. 
 
 
 
O projeto Ações Integradas de Saúde (AIS) visaram ​à integração das ações 
curativos-preventivas e educativas. 
 
Dando início formal à participação popular e fortaleceu a ideia da​ municipalização. 
 
Acontecia ao mesmo tempo o ​descredenciamento ​de vários hospitais que após terem se 
capitalizado deixaram de atender aos pacientes que contribuíam para a previdência. 
 
O movimento da​ Reforma Sanitária​ teve como grande marco histórico a ​VIII Conferência 
Nacional de Saúde – 1986.​ Foram discutidos os temas: 
 
Reformulação do sistema nacional de saúde, saúde com direito, financiamentosetorial. 
 
Saúde com direito:​ ​A saúde como direito, em seu sentido mais abrangente, é a resultante 
das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, 
transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de 
saúde. 
 
1987 - criação do suds 
 
Com a criação do ​suds​, retornaram várias propostas para a saúde como a​ integração, 
hierarquização, regionalização e busca de maior eficiência e eficácia ao sistema de saúde. 
 
 
1988 - criação do SUS 
 
Em 1988, a nova Constituição Brasileira​ aprovou os mais importantes princípios da Reforma 
Sanitária e finalmente criou o Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
 
O que é o Sistema Único de Saúde? (SUS) 
 
É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e 
ações da saúde. ​O sus não é sucessor do SUDS e INAPS. 
 
O sistema único de saúde foi instituído através da​ constituição da república federativa do 
Brasil em 1988 na seção II - da saúde. 
 
 
 
De acordo com o artigo 4 - da lei 8.080/1990 é o conjunto de ações e serviços de saúde, 
prestado por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da 
Administração direta e indireta das fundações mantidas pelo poder público, constitui o 
sistema único de saúde. 
 
Por que o sistema é único? 
Por seguir a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o país. ​E está 
organizado nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal. 
 
 
O sus deve ser garantido para todas as pessoas, independente das diferenças. 
 
Três princípios do SUS: ​Universalidade, Integralidade e equidade. 
 
A rede de serviço deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida e as 
suas desigualdades. Pessoas são diferentes, vivem em condições desiguais e com 
necessidades diversas. 
 
O​ Art. 198 da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
descreve que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes 
diretrizes: 
 
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo. 
 
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais. 
 
Participação da comunidade. 
 
 
 
Princípios organizativos do SUS 
Regionalização: 
 
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa 
área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida. 
 
O acesso da população à rede deve se dá através dos serviços de nível primário de 
atenção que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas que 
demandam os serviços de saúde. 
 
Hierarquização: 
 
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada, permite um conhecimento maior 
dos problemas de saúde da população da área delimitada,​ favorecendo ações de vigilância 
epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de 
atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. 
 
Descentralização: 
 
Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre os vários níveis 
de governo. 
 
A regionalização deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde. Neste 
processo são identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos 
quais serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde objetivando alcançar maior 
resolutividade e qualidade nos resultados, assim como maior capacidade de cogestão 
regional. 
 
 
Como funcionaria o sus? 
 
Lei Orgânica de Saúde: (Lei no 8.080/1990) 
 
Servia para que fossem descritos os papéis institucionais de cada esfera de governo, as 
regras de transferência de recursos – fundo de saúde e outras providências. 
 
Lei Complementar da Saúde (Lei 8.142/1990) 
 
A Lei 8.142/1990 ​discute sobre as Conferências de Saúde que deverão se reunir a cada 
quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais; já o conselho de saúde 
tem caráter permanente e deliberativo, sendo composto por representação de 50% dos 
usuários, representação sendo paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos e 
os outros 50% sendo divididos entre os representantes do governo, prestadores de serviço 
(25%) e profissionais de saúde (25%).Terão representação no Conselho Nacional de Saúde 
os Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (Conasems). 
 
Vários conceitos foram tratados na​ Lei no 8080/1990 ​como o de vigilância sanitária, 
epidemiológica, saúde do trabalhador. 
 
A direção do SUS é única de acordo com ​o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal. 
 
Descreve ainda a competência de cada esfera do governo, e ao município ​cabe as ações 
de execução de serviços como o de vigilância epidemiológica; de vigilância sanitária; de 
alimentação e nutrição; de saneamento básico; e de saúde do trabalhador. 
 
 As​ Normas Operacionais Básicas ​são Instrumentos jurídicos-institucional editados 
periodicamente pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com os 
demais gestores e outros segmentos da sociedade, negociado e pactuado na ​Tripartite e 
aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para: 
 
Aprofundar e reorientar a implementação do ​SUS​, ​definir novos objetivos estratégicos, 
prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacional, regular as relações entre seus 
gestores e normatizar o SUS. 
 
 
Nob/91: A NOB/91​ discute sobre a equiparação dos prestadores públicos e privados e ainda 
aponta uma gestão do SUS a nível federal muito centralizada. 
 
NOB/93: A NOB/93 ​discute a habilitação dos municípios nos modelos de gestão incipiente, 
parcial e semiplena, desencadeando o processo de municipalização; cria a transferência de 
recursos financeiros que ficou conhecido como fundo a fundo, sendo necessário que seja 
aberta uma conta para que o dinheiro seja repassado diretamente, é criado também as 
Comissões Intergestores Bipartites (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional). 
 
Comissões Intergestores Bipartites (CIB): ​Espaços estaduais de articulação e pactuação 
política que objetivam orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do 
processo de descentralização das ações de saúde. São constituídas, paritariamente, por 
representantes do governo estadual –​ indicados pelo Secretário de Estado da Saúde​ – e 
dos secretários municipais de Saúde – indicados pelo órgão de representação do conjunto 
dos municípios do estado, em geral denominado​ Conselho de Secretários Municipais de 
Saúde (Cosems)​. 
 
Comissões Intergestores Tripartite (CIT):​ ​Instância de articulação e pactuação na esfera 
federal que atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS das três 
esferas de governo – ​União, estados, DF e municípios.​ A representação de estados e 
municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante para cada uma das cinco 
regiões no país. Nesse espaço, as decisões são tomadas por consenso e não por votação. 
A CIT está vinculada à direção nacional do SUS. 
 
 
A NOB/96 discute sobre: 
 
A responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde aos 
municípios (descentralização), a responsabilidade sanitária de cada gestor, o 
estabelecimento de vínculo entre a população e o SUS, a instituição da gestão da atenção 
básica e a gestão plena do sistema municipal, o aumento da transferência regular e 
automática (fundo a fundo) dos recursos federais a estados e municípios – ​PAB (Piso 
Ambulatorial Básico), a reorganização do modelo de atenção à saúde com a ampliação de 
cobertura do PSF (Programa Saúde da Família) e do PACS (Programa Agente Comunitário 
de Saúde). 
 
A NOAS/2001 instituiu o PlanoDiretor de Regionalização e o Plano Diretor de 
Investimentos. ​Tem o objetivo de colocar em prática os princípios da​ integralidade, 
regionalização e hierarquização. 
 
Propôs uma política para ações de média e alta complexidade, cria mecanismos de 
referencia e contra referência, propõe a criação de módulos assistencial e município satélite 
e amplia as ações de atenção básica. 
 
 
 
Plano Diretor de Regionalização (PDR)​: ​O Plano Diretor de Regionalização (PDR)​ é 
considerado um dos instrumentos de planejamento e coordenação do processo de 
regionalização, o PDR deverá expressar o desenho final do processo de identificação e 
reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no 
Distrito Federal. 
 
Plano Diretor de Investimentos (PDI): O Plano Diretor de Investimentos (PDI) ​é 
considerado também um instrumento de planejamento do processo de regionalização, o 
PDI deverá expressar os recursos de investimentos para atender às necessidades 
pactuadas no processo de planejamento estadual e regional. Os planos de investimentos 
deverão ser discutidos e aprovados na ​Comissão Intergestores Bipartite (CIB) dos estados 
 
O plano diretor de regionalização visa garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo 
possível de sua residência e serviços de saúde como: 
 
Assistência pré natal, parto e puerpério, acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento infantil. 
Cobertura universal pelo esquema preconizado pelo programa nacional de imunizações, 
para todas as faixas etárias. 
Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência e outros serviços. 
 
 
A PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006,​ divulga o Pacto pela Saúde 
2006, a Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Suas 
prioridades são: 
 
O pacto pela vida: 
Saúde do idoso: ​Implantar a ​Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, ​buscando a 
atenção integral. 
 
DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE​: 
Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e 
endemias. 
 
O Pacto em Defesa do SUS: 
 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA​:​ Contribuir para a redução da mortalidade por 
câncer de colo do útero e de mama. 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE​: ​Elaborar e implantar a​ Política Nacional de Promoção da Saúde​, 
com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a 
internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação 
saudável e combate ao tabagismo. 
 
O pacto de gestão do sus 
 
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA​: ​Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, 
infantil por doença diarréica e por pneumonias. 
 
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: ​Consolidar e qualificar a estratégia da ​Saúde da Família 
como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à 
saúde do SUS. 
 
 
 
 
 Diretrizes operacionais do ​PACTO PELA SAÚDE​: 
 
Pacto pela vida: 
 
As prioridades do ​Pacto pela vida ​devem ser estabelecidas através de metas ​nacionais, 
estaduais, regionais e municipais. 
 
Algumas metas atingiram a população brasileira como um todo e, algumas, um grupo 
específico como o controle do câncer do colo do útero e de mama. 
 
Pacto em defesa do sus: 
 
O Pacto em Defesa do SUS ​trata de expressar os compromissos entre os gestores do ​SUS 
na defesa dos princípios do​ SUS ​estabelecidos pela​ Constituição Federal Brasileira. 
 
Busca qualificar e assegurar o SUS como política pública de saúde. As iniciativas são: 
Repolitizar a saúde, promover a cidadania através da mobilização social e garantir o 
financiamento. 
 
As ações estão voltadas para a articulação e apoio à mobilização social – saúde como um 
direito, estabelecimento de diálogo com a sociedade, ampliação e fortalecimento das 
relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e 
cidadania, laboração e publicação da ​Carta dos Direitos dos Usuários do SUS​. 
Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional, ​aprovação do orçamento do sus. 
 
 
Pacto de gestão:​ ​Trata das diretrizes para gestão nos seguintes aspectos: 
Descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, educação na saúde, gestão 
do trabalho, participação social, regulação, Programação Pactuada e Integrada – PPI. 
 
 
Gestão do Trabalho e Educação na Saúde​: Na área da ​Educação na Saúde, ​promoção de 
mudanças na formação dos profissionais da saúde, com vistas à integralidade e ao 
desenvolvimento da humanização da atenção em saúde. Na área do​ Trabalho em Saúde 
vem promovendo um conjunto de ações, tais como a implementação das​ Diretrizes para o 
Plano de Carreira​,​ Cargos e Salários do SUS​; a​ desprecarização dos vínculos de trabalho 
no sistema de saúde. 
 
Financiamento do SUS:​ ​As ações e serviços de Saúde, ​implementados pelos estados, 
municípios e ​Distrito Federal​ são financiados com recursos próprios da ​União​, ​estados e 
municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente 
contemplados no orçamento da seguridade social. Cada esfera governamental deve 
assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000. 
 
 
Regulação da atenção à saúde: 
 
A regulação da atenção à saúde tem por objeto atuar sobre a produção das ações diretas e 
finais de atenção à saúde. 
 
Em relação às premissas da descentralização devemos nos atentar a: 
 
Descentralização administrativa relativo à gestão para as ​Comissões Intergestores Bipartite. 
 
Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da Saúde ​que promoverão e apoiarão 
processo de qualificação permanente para as Comissões​ Intergestores Bipartite. 
 
Os instrumentos de planejamento que são​ o ​Plano Diretor de Regionalização – PDR, o 
Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção em 
Saúde (PPI). 
 
A garantia de acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde. 
 
A busca da redução das desigualdades sociais e territoriais e promoção da equidade. 
 
A garantia da integralidade na atenção a saúde. 
 
De acordo com a​ portaria no 399​,​ as regiões em saúde são recortes territoriais inseridos em 
um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir 
de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura 
de transportes compartilhados do território.​ (PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO 
DE 2006). 
 
 
Esta organização visa favorecer a ​ação cooperativa e solidária entre os gestores e o 
fortalecimento do controle social. 
 
 
Em relação ao​ Financiamento do Sistema Único de Saúde a Portaria no 399 descreve que: 
 
 ​É responsabilidade das três esferas de gestão – ​União, Estados e Municípios pelo 
financiamento do Sistema Único de Saúde. 
 
A redução das iniqüidades ​macrorregionais, estaduais e regionais. 
 
O repasse deverá ser realizado fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de 
transferência de recursos entre os gestores. 
 
O financiamento de custeio será organizado e transferido em blocos de recursos, utilizando 
recursos federais. 
 
Os blocos do financiamento para o custeio ficou dividido para: ​Atenção básica; Atenção de 
média e alta complexidade; Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica e Gestão do 
SUS. 
 
 
Planejamento do sus: 
 
O sistema de planejamento buscará, de forma tripartite, a pactuação de bases funcionais do 
planejamento, monitoramento e avaliação do SUS, bem como promoverá a participação 
social e a integração intra e intersetorial, considerando os determinantes e condicionantes 
de saúde. 
 
Esta Portaria apresenta também as responsabilidades gerais da gestão dosus, 
regionalização, no planejamento e programação, na regulação, controle, avaliação e 
auditoria, na gestão do trabalho, na educação na saúde, na participação e controle social 
em relação aos municípios, estados, distrito federal e união. 
 
A portaria no648/2006 aprova a Política Nacional de Atenção Básica​,​ que trata das 
diretrizes e normas para a organização da ​Atenção Básica para o Programa Saúde da 
Família (PSF) e para o Programa Agentes Comunitários de Saúde(PACS).

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