Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA SÂMILA DE OLIVEIRA BRITO MATOS RA: C700EG-1 DANIEL PEREIRA DA SILVA RA: C5802E-1 ELDER MIRANDA DE MORAIS RA: C570GA-6 IGOR BALTAZAR MARTINS PEREIRA NEVES RA: C4854G-0 THIAGO MATHEUS NUNES SANTOS RA: C49496-8 BRUNO AMARAL BATISTA RA: C611IB7 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR GOIÂNIA 2019 SÂMILA DE OLIVEIRA BRITO MATOS RA: C700EG-1 DANIEL PEREIRA DA SILVA RA: C5802E-1 ELDER MIRANDA DE MORAIS RA: C570GA-6 IGOR BALTAZAR MARTINS PEREIRA NEVES RA: C4854G-0 THIAGO MATHEUS NUNES SANTOS RA: C49496-8 BRUNO AMARAL BATISTA RA: C611IB7 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade Paulista - UNIP como requisito para aprovação na disciplina de atividades práticas supervisionadas – APS. Supervisora: Profa. Ana Cláudia Ferreira de Oliveira Hoxsie GOIÂNIA 2019 SUMÁRIO 1 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 3 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 5 3 1 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Em virtude dos fatos, a parte autora deveria comprovar a negativa de reparação do defeito pela parte ré, pois a relação de consumo que opera a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII do CDC, não a desonera da comprovação mínima de suas alegações, e dos fatos constitutivos do direito alegado, conforme o artigo 373 inciso I do CPC. Ainda, para que caracterizasse a responsabilidade objetiva do artigo 12 do CDC, ao fabricante, deve haver nexo de causalidade, dessa forma, Rizzatto Nunes afirma que: “o estabelecimento da responsabilidade de indenizar nasce do nexo de causalidade existente entre o consumidor (lesado), o produto ou serviço e o dano efetivamente ocorrente.1” Porém, resta demonstrado que não houve nexo causal, pois a consumidora não oportunizou o fabricante verificar o defeito e substituí-lo por outro ou qualquer das hipóteses prevista nos incisos I a III, do §1º, do art. 18, do CDC, buscando assistência fora da autorizada, sendo o defeito causado por outrem. Além do mais, se evidenciado pelo fabricante, de acordo com o artigo 373 inciso II do CPC, através de laudo técnico, que houve a troca da bateria fora da assistência técnica autorizada, consoante termos contratuais, implica a perda da garantia. Contudo, se trata de ilegitimidade passiva, e de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro nos termos do artigo 12 § 3º incisos I e III do CDC. Dessa forma, não há o que se falar em responsabilização da assistência técnica pelos vícios ocorridos após a troca da bateria não efetuada pela mesma, pois parte autora não oportunizou a parte ré a análise do problema e o conserto do produto nos termos do artigo 18 §1º do CDC. Em outras palavras, a consumidora deveria ter submetido o produto à assistência técnica autorizada, com a utilização da garantia, no entanto, ao efetuar a troca fora da assistência, gerou a perda da garantia e qualquer direito de responsabilização do fabricante que nem mesmo teve a oportunidade de analisar o problema. Assim decidiu o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: RECURSO INOMINADO. OBRIGACIONAL. CONSUMIDOR. AÇÃO PARA SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO OU DEVOLUÇÃO DO VALOR CUMULADA. ALEGAÇÃO DE VÍCIO NO PRODUTO. APARELHO 1 NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. Página 178. 3º edição. São Paulo: Saraiva, 2007. 4 CELULAR. APARELHO QUE FOI ENCAMINHADO SOMENTE PARA A ASSISTÊNCIA TÉCNICA NÃO AUTORIZADA, O QUE, EM TESE, AFASTARIA A GARANTIA DO FABRICANTE. AUTORA QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS PROBATÓRIO QUE LHE INCUMBIA, A TEOR DO ART. 373, I, DO CPC. NÃO COMPROVAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO DO PRODUTO À ASSISTÊNCIA TÉCNICA AUTORIZADA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO QUE A PARTE RÉ TENHA RESISTIDO À PRETENSÃO DA AUTORA. SENTENÇA QUE COMPORTA REFORMA. RECURSO PROVIDO. (TJ-RS - Recurso Cível: Nº 71007665672, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabio Vieira Heerdt, Julgado em 29/11/2018) Portanto, é necessário que a autora tivesse oportunizado ao fabricante o conserto do produto no prazo de trinta dias, apenas após ter essa tentativa frustrada, ou caso o conserto do produto não ocorresse no prazo legal, é que a autora poderia pleitear as hipóteses previstas no art. 18, §1º do CDC, e prosperar nesse pleito. Não tendo sida oportunizada a reparação do produto, a improcedência do pedido é a medida que se impõe. 5 REFERÊNCIAS NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 12° edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. 3º edição. São Paulo: Saraiva, 2007. Processo Eletrônico Nº 71007665672 (Nº CNJ: 0024806-79.2018.8.21.9000) 2018/CÍVEL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Acórdão da Terceira Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul.
Compartilhar