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TECNOLOGIA ASSISTIVA

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ESPIRITO SANTO 
TECNOLOGIA ASSISTIVA 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
 
 
TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
Texto adaptado do autor: Rita Bersch 
 
Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo, utilizado para 
identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para 
proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e 
consequentemente promover vida independente e inclusão. (BERSCH & 
TONOLLI, 2006) 
Num sentido amplo percebemos que a evolução tecnológica caminha na 
direção de tornar a vida mais fácil. Sem nos apercebermos utilizamos 
constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para 
favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, 
computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, 
uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina e, 
num senso geral, “são instrumentos que facilitam nosso desempenho em 
funções pretendidas”. 
Introduzirmos o conceito da TA com a seguinte citação: 
“Para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais 
fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas 
possíveis”. (RADABAUGH, 1993). 
 
Cook e Hussey definem a TA citando o conceito do ADA - American with 
Disabilities Act, como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias 
e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais 
encontrados pelos indivíduos com deficiências”. (COOK & HUSSEY, 1995). 
A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação 
de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função 
desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo 
envelhecimento. 
Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à 
pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão 
social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu 
ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho. 
 
 
TECNOLOGIA ASSISTIVA – CONCEITO BRASILEIRO 
 
Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos 
Humanos da Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, 
instituiu o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, que reúne um grupo de 
especialistas brasileiros e representantes de órgãos governamentais, em uma 
agenda de trabalho. 
 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
O CAT foi instituído como objetivos principais de: apresentar propostas 
de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos 
referentes à área de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de 
conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente 
trabalham com o tema; detectar os centros regionais de referência, objetivando 
a formação de rede nacional integrada; estimular nas esferas federal, estadual, 
municipal, a criação de centros de referência; propor a criação de cursos na área 
de tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimento de outras ações com o 
objetivo de formar recursos humanos qualificados e propor a elaboração de 
estudos e pesquisas, relacionados com o tema da tecnologia assistiva. (BRASIL 
– SDHPR, 2012). 
Para elaborar um conceito de tecnologia assistiva que pudesse subsidiar 
as políticas públicas brasileiras os membros do CAT fizeram uma profunda 
revisão no referencial teórico internacional, pesquisando os termos Ayudas 
Técnicas, Ajudas Técnicas, Assistive Tecnology, Tecnologia Assistiva e 
Tecnologia de Apoio. Alguns dos conceitos pesquisados são citados e 
analisados no texto que segue. 
De acordo com o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração 
das Pessoas com Deficiência (SNRIPD) de Portugal afirma: 
 
“Entende-se por ajudas técnicas qualquer produto, instrumento, 
estratégia, serviço e prática utilizada por pessoas com deficiência e 
pessoas idosas, especialmente, produzido ou geralmente disponível 
para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, 
incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade 
de vida dos indivíduos”. (PORTUGAL, 2007). 
 
Nesta descrição percebemos a grande abrangência do tema, que 
extrapola a concepção de produto e agrega outras atribuições ao conceito de 
ajudas técnicas como: estratégias, serviços e práticas que favorecem o 
desenvolvimento de habilidades de pessoas com deficiência. 
O conceito proposto no documento "Empowering Users Through 
Assistive Technology" - EUSTAT, elaborado por uma comissão de países da 
União Europeia traz incorporado ao conceito da tecnologia assistiva as várias 
ações em favor da funcionalidade das pessoas com deficiência afirmando: 
“...em primeiro lugar, o termo tecnologia não indica apenas objetos 
físicos, como dispositivos ou equipamento, mas antes se refere mais 
genericamente a produtos, contextos organizacionais ou modos de 
agir, que encerram uma série de princípios e componentes técnicos”. 
(EUROPEAN COMMISSION - DGXIII, 1998). 
 
Já os documentos de legislação nos Estados Unidos apresentam a TA 
como recursos e serviços sendo que: 
“Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, 
produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para 
aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas 
com deficiência. Serviços são definidos como aqueles que auxiliam 
diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar 
os recursos acima definidos”. (ADA - American with Disabilities ACT 
1994.) 
 
A partir destes e outros referenciais o CAT - aprovou, em 14 de 
dezembro de 2007, um conceito que pudesse subsidiar as políticas públicas 
brasileiras. Afirma este conceito: "Tecnologia Assistiva é uma área do 
conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a 
funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com 
deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, 
independência, qualidade de vida e inclusão social". (BRASIL - SDHPR. – 
Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII). 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO EM CATEGORIAS 
 
Os recursos de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de 
acordo com objetivos funcionais a que se destinam. 
Várias classificações de TA foram desenvolvidas para finalides distintas 
e citamos a ISO 9999/2002 como uma importante classificação internacional de 
recursos, aplicada em vários países. 
O Sistema Nacional de Classificação dos Recursos e Serviços de TA, 
dos Estados Unidos, diferencia-se da ISO ao apresentar, além da descrição 
ordenada dos recursos, o conceito e a descrição de serviços de TA. 
A classificação HEART, é apresentada de forma adaptada no 
documento EUSTAT- Empowering Users Through Assistive Technology, que foi 
elaborado por um grupo de pesquisadores de vários países da União Europeia 
e é considerada por eles, como sendo a mais apropriada para a formação dos 
usuários finais de TA, bem como para formação de recursos humanos nesta 
área. 
Ao apresentar uma classificação de TA, seguida de redefinições por 
categorias, destaca-se que a sua importância está no fato de organizar a 
utilização, prescrição, estudo e pesquisa de recursos e serviços em TA, além de 
oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização. 
A classificação que segue foi escrita em 1998 por José Tonolli e Rita 
Bersch. Ela tem uma finalidade didática e em cada tópico considera a existência 
de recursos e serviços; foi desenhada com base em outras classificaçõesutilizadas em bancos de dados de TA e especialmente a partir da formação dos 
autores no Programa de Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva – 
ATACP da California State University Northridge, College of Extended Learning 
and Center on Disabilities. Recentemente esta classificação foi utilizada pelo 
Ministério da Fazenda; Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Secretaria 
Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República na publicação da 
Portaria Interministerial Nº 362, de 24 de Outubro de 2012 que trata sobre a linha 
de crédito subsidiado para aquisição de bens e serviços de Tecnologia Assistiva 
destinados às pessoas com deficiência e sobre o rol dos bens e serviços. 
 
 
 
CATEGORIAS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
Auxílios para a vida diária e vida prática 
Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e 
independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em 
situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, 
vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. 
São exemplos os talheres modificados, suportes para utensílios 
domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores, 
velcro, recursos para transferência, barras de apoio, etc. Também estão 
incluídos nesta categoria os equipamentos que promovem a independência das 
pessoas com deficiência visual na realização de tarefas como: consultar o 
relógio, usar calculadora, verificar a temperatura do corpo, identificar se as luzes 
estão acesas ou apagadas, cozinhar, identificar cores e peças do vestuário, 
verificar pressão arterial, identificar chamadas telefônicas, escrever etc. 
 
Alimentação (fixador do talher à mão, anteparo de alimentos no prato, 
fatiados de pão. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
Vestuário (abotoador, argola para zíper e cadarço mola) 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
Materiais escolares (aranha mola para fixação da caneta, pulseira de imã 
estabilizadora da mão, plano inclinado, engrossadores de lápis, virador 
de página por acionadores) 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa 
 
Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em 
defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou 
escrever. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com 
simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são 
utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, 
sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com 
produção de voz) ou o computador com softwares específicos e pranchas 
dinâmicas em computadores tipo tablets, garantem grande eficiência à função 
comunicativa. 
 
Prancha de comunicação impressa 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
Prancha de comunicação impressa; vocalizadores de mensagens 
gravadas; prancha de comunicação gerada com o software Boardmaker SDP no 
equipamento EyeMax (símbolos são selecionados pelo movimento ocular e a 
mensagem é ativada pelo piscar) e pranchas dinâmicas de comunicação no 
tablet. 
 
RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO COMPUTADOR 
 
Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar 
o computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e 
auditivas), intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, 
teclados e acionadores diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, 
informações táteis). 
São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os 
teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, 
software de reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam 
movimento de cabeça, movimento de olhos, ondas cerebrais (pensamento), 
órteses e ponteiras para digitação, entre outros. 
Como dispositivos de saída podemos citar softwares leitores de tela, 
software para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), os 
softwares leitores de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, 
impressão em relevo, entre outros. 
 
Teclado expandido e programável Intellikeys, difetes modelos de mouse e 
sistema EyeMax para conerdb computador com movimento ocular. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
Linha Braile, mapa tátil com impressão em relevo 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
ÓRTESES E PRÓTESES 
 
Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. 
Órteses são colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um 
melhor posicionamento, estabilização e/ou função. São normalmente 
confeccionadas sob medida e servem no auxílio de mobilidade, de funções 
manuais (escrita, digitação, utilização de talheres, manejo de objetos para 
higiene pessoal), correção postural, entre outros. 
 
Próteses de membros superiores e órteses de membro inferior. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
 
 
ADEQUAÇÃO POSTURAL 
 
Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se 
consiga um bom desempenho funcional. Fica difícil a realização de qualquer 
tarefa quando se está inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo 
desconforto. 
Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos 
que garantam posturas alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição 
do peso corporal. 
Indivíduos que utilizam cadeiras de rodas serão os grandes beneficiados 
da prescrição de sistemas especiais de assentos e encostos que levem em 
consideração suas medidas, peso e flexibilidade ou alterações 
musculoesqueléticas existentes. 
Recursos que auxiliam e estabilizam a postura deitada e de pé também 
estão incluídos, portanto, as almofadas no leito ou os estabilizadores 
ortostáticos, entre outros, fazem parte deste grupo de recursos da TA. 
Quando utilizados precocemente os recursos de adequação postural 
auxiliam na prevenção de deformidades corporais. 
 
Desenho representativo da adequação postural, poltrona postural e 
estabilizador ortostático. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
AUXÍLIOS DE MOBILIDADE 
 
A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, 
carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro 
veículo, equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. 
 
Cadeiras de rodas motorizadas, equipamento para cadeiras de rodas 
subirem e descerem escadas 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
Carrinho de transporte infantil, cadeira de rodas de autoprodução, 
andador com freio 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a 
informação a pessoas com baixa visão ou cegas. 
São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas 
eletrônicas; os softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e 
relevos, mapas e gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação 
de texto informativo, etc. 
 
 
 
Lupas manuais, lupa eletrônica, aplicativos para celulares com retorno de 
voz, leitor autônomo. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
AUXÍLIOS PARA PESSOAS COM SURDEZ OU COM DÉFICIT AUDITIVO 
 
Auxílios que incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), 
aparelhos para surdez, telefones com teclado-teletipo (TTY), sistemas com 
alerta táctil-visual, celular com mensagens escritas e chamadas por vibração, 
software que favorece a comunicação ao telefone celular transformando em voz 
o texto digitado no celular e em texto a mensagem falada.Livros, textos e 
dicionários digitais em língua de sinais. Sistema de legendas (close-
caption/subtitles). 
 
Aparelho auditivo, celular com mensagens escritas e chamadas por 
vibração, aplicativo que traduz em língua de sinais mensagens de texto, 
voz e texto fotografado. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
 
MOBILIDADE EM VEÍCULOS 
 
Acessórios que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um 
automóvel, facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para 
cadeiras de rodas (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), 
rampas para cadeiras de rodas, serviços de autoescola para pessoas com 
deficiência. 
 
Adequações no automóvel para dirigir somente com as mãos e elevador 
para cadeiras de rodas 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
ESPORTE E LAZER 
 
Recursos que favorecem a prática de esporte e participação em 
atividades de lazer. 
 
Cadeira de rodas/basquete, bola sonora, auxilio para segurar cartas e 
próteses para escalada no gelo. 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
 
O QUE É E O QUE NÃO É TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
A TA deve ser entendida como o “recurso do usuário” e não como 
“recurso do profissional”. Isto se justifica pelo fato de que ela serve à pessoa com 
deficiência que necessita desempenhar funções do cotidiano de forma 
independente. Por exemplo: a bengala é da pessoa cega ou daquela que precisa 
de um apoio para a locomoção; a cadeira de rodas é de quem possui uma 
deficiência física e com este recurso chega aos lugares que necessita; a lente 
servirá a quem precisa melhorar sua eficiência visual. 
O software leitor, fala o conteúdo de textos digitalizados à pessoa com 
deficiência visual ou a quem não consegue ler em função da dislexia ou 
deficiência intelectual. Todos estes recursos promovem maior eficiência e 
autonomia nas várias atividades de interesse de seus usuários. Por princípio, o 
recurso de TA acompanha naturalmente o usuário que o utilizará em diferentes 
espaços na sua vida cotidiana. 
Devemos diferenciar a TA de outras tecnologias como as aplicadas na 
área médica e de reabilitação. No campo da saúde a tecnologia visa facilitar e 
qualificar a atividade dos profissionais em procedimentos de avaliação e 
intervenção terapêutica. São equipamentos utilizados no diagnóstico de saúde, 
no tratamento de doenças ou na atividade específica de reabilitação, como 
melhorar a força muscular de um indivíduo, sua amplitude de movimentos ou 
equilíbrio. Estes equipamentos não são tecnologia assistiva e sim tecnologia 
médica ou de reabilitação. 
A tecnologia educacional também é facilmente confundida com a 
Tecnologia Assistiva. Um aluno com deficiência física nos membros inferiores e 
que faz uso de cadeira de rodas, utilizará o computador com o mesmo objetivo 
que seus colegas: pesquisar na web, construir textos, tabular informações, 
organizar suas apresentações etc. O computador é para este aluno, como para 
seus colegas, uma ferramenta tecnológica aplicada no contexto educacional e, 
neste caso, não se trata de Tecnologia Assistiva. Qualquer aluno, tendo ou não 
deficiência ao utilizar um software educacional está se beneficiando da 
tecnologia para o aprendizado. Na escola o professor propõe novas ferramentas 
tecnológicas com objetivo de diversificar e qualificar o acesso ativo dos alunos 
 
às informações e também proporcionar a eles múltiplas formas de organizarem, 
expressarem e apresentarem os conhecimentos construídos. 
Quando então a tecnologia pode ser considerada Assistiva no contexto 
educacional? Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por 
objetivo romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que limitam/impedem 
seu acesso às informações ou limitam/impedem o registro e expressão sobre os 
conhecimentos adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e participação 
ativa e autônoma em projetos pedagógicos; quando possibilitam a manipulação 
de objetos de estudos; quando percebemos que sem este recurso tecnológico a 
participação ativa do aluno no desafio de aprendizagem seria restrito ou 
inexistente. São exemplos de TA no contexto educacional os mouses 
diferenciados, teclados virtuais com varreduras e acionadores, softwares de 
comunicação alternativa, leitores de texto, textos ampliados, textos em Braille, 
textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobilidade pessoal etc. 
 
INTERDISCIPLINARIDADE E A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS EM TA. 
 
O serviço de Tecnologia Assistiva atuará realizando a avaliação; a 
seleção do recurso mais apropriado a cada caso; o ensino do usuário sobre a 
utilização de seu recurso; o acompanhamento durante a implementação da TA 
no contexto de vida real; as reavaliações e ajustes no processo. Também é 
atribuição do prestador de serviço conhecer e orientar o usuário quanto ao 
acesso público e particular aos recursos de TA. 
O serviço de TA agregará profissionais de distintas formações como os 
educadores, engenheiros, arquitetos, designers, terapeutas ocupacionais, 
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos, assistentes sociais, psicólogos, entre 
outros, para o atendimento do usuário da TA. A equipe de profissionais 
envolvidos e a coordenação do serviço de TA poderá variar, a depender da 
característica deste serviço, da modalidade de TA que se propõe a orientar e 
colocar em prática e do local onde está inserido, como por exemplo, uma sala 
de recursos multifuncionais dentro de uma escola, um centro de reabilitação, 
uma Universidade com serviço especializado e pesquisa na área da 
comunicação alternativa, uma serviço de arquitetura especializado em 
 
acessibilidade ambiental, um centro formador de paraatletas, um serviço de 
reabilitação profissional, etc. 
Todo o trabalho desenvolvido em um serviço de TA deverá envolver 
diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto de vida, 
a valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como 
a identificação de suas habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá 
com a avaliação do potencial físico, sensorial e cognitivo do usuário; com o 
conhecimento a respeito dos recursos de TA disponíveis no mercado ou que 
deverão ser projetados para uma necessidade particular. 
Uma característica importante do serviço de TA é que ele deve voltar-se 
à formação do usuário para que este possa se tornar um consumidor informado 
e competente, ou seja, que o usuário e seus familiares adquiram a habilidade 
de: 
• DEFINIR O PROBLEMA: Explicitar claramente a dificuldade que 
pretendem superar; 
• PARTICIPAR ATIVAMENTE DE TODO O PROCESSO DE 
SELEÇÃO: Ser ativo no processo de experimentação de várias 
alternativas tecnológicas, retroalimentando a equipe de profissionais 
com suas considerações, em cada item de TA experimentado. O 
usuário e familiares conhecem profundamente o problema e a 
organização do ambiente onde a tecnologia será implementada. 
Estas informações serão fundamentais para que a equipe defina de 
forma exitosa a melhor solução em TA. 
• DEFINIR A SOLUÇÃO: Durante o percurso de consultoria o usuário 
deverá adquirir os conhecimentos necessários para definir, junto com 
a equipe, no ponto final deste processo, a escolha da melhor 
tecnologia que atenderá seu problema específico. 
 
Os usuários e familiares, ao participarem ativamente do processo de 
seleção da Tecnologia Assistiva, tomarão consciência das possibilidades e das 
limitações das tecnologias exploradas no processo avaliativo e isto os ajudará a 
tomar a decisão de qual recurso atende melhor à necessidade perseguida. 
Compreenderão tambémque mudanças de rotina e novos empenhos diários 
aparecerão para todos os envolvidos e que os objetivos de maior autonomia para 
 
o usuário serão alcançados se efetivamente todos se envolverem no 
aprendizado e na utilização da TA durante o período de implementação. A 
participação do usuário é considerada como ponto fundamental para que se evite 
o abandono ou a subutilização posterior do investimento em TA. 
 Um dos papéis do serviço de TA é a Educação do usuário à autonomia. 
Ao descrever um serviço de TA podemos afirmar que os profissionais e os 
usuários formam uma única equipe. Nela, os profissionais serão os consultores 
e os formadores e os usuários assumem um papel ativo desde a definição do 
problema até a escolha da solução. 
 
 TERMINOLOGIA APLICADA EM NOSSO PAÍS 
 
Ao pesquisar o tema da Tecnologia Assistiva deveremos direcionar a 
busca a partir dos termos: tecnologia assistiva, ajudas técnicas, tecnologia de 
apoio. 
Na legislação brasileira, o que aprofundaremos a seguir, ainda é 
aplicado o termo “ajudas técnicas”, quando trata dar garantias ao cidadão 
brasileiro com deficiência de acesso a recursos destinados a melhorar suas 
habilidades funcionais. 
Em agosto de 2007, o CAT/ SEDH / PR aprovou o termo Tecnologia 
Assistiva como sendo o mais adequado e passa a utilizá-lo em toda a 
documentação legal ele produzida. Desta forma, estimula que o termo tecnologia 
assistiva seja aplicado nas formações de recursos humanos, nas pesquisas e 
referenciais teóricos brasileiros. O comitê sugere também que se façam os 
possíveis encaminhamentos para revisão da nomenclatura em instrumentos 
legais. 
A aprovação no CAT para a oficialização do termo tecnologia assistiva 
leva em conta a ausência de consenso sobre haver diferença conceitual entre 
os termos pesquisados no referencial teórico internacional. Os conceitos 
aplicados a cada um destes termos ora se assemelham, ora mostram algumas 
diferenças, principalmente na abrangência, pois podem referir-se 
especificamente a um artefato ou podem ainda incluir serviços, práticas e 
metodologias aplicadas ao alcance da ampliação da funcionalidade de pessoas 
com deficiência. 
 
O CAT considera também que há uma tendência nacional já firmada da 
utilização do termo Tecnologia Assistiva no meio acadêmico, nas organizações 
de pessoas com deficiência, em setores governamentais (MEC, MCT, CNPq) e 
no mercado de produtos. Justifica ainda que tecnologia assistiva por ser um 
termo criado para representar um conceito específico nos remete diretamente à 
compreensão deste conceito e se solidifica. 
O CAT propõe ainda que as expressões "tecnologia assistiva" e "ajudas 
técnicas", neste momento, continuem sendo entendidas como sinônimos, pois 
em nossa legislação oficial ainda consta o termo “ajudas técnicas”. 
Outro ponto importante na definição terminológica é que na 
documentação produzida pelo CAT está indicado que a expressão Tecnologia 
Assistiva seja utilizada sempre no singular, por referir-se a uma área de 
conhecimento e não a uma coleção específicas de produtos. (BRASIL – SDHPR 
– Comitê de Ajudas Técnicas, 2009). Utilizar corretamente o termo no singular 
ajuda à compreensão da abrangência deste conceito. Sendo assim, é incorreto 
dizer “as tecnologias assistivas”. Para nos referirmos a um conjunto de 
equipamentos deveremos dizer: Recursos de TA. Para especificar serviços e 
procedimentos utilizamos: os serviços de TA, os procedimentos em TA. 
 
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA EM TA E AS AÇÕES GOVERNAMENTAIS 
 
Apesar de a legislação brasileira apontar para o direito do cidadão com 
deficiência da concessão dos recursos de tecnologia assistiva dos quais 
necessita, estamos no início de um trabalho para o reconhecimento e 
estruturação desta área de conhecimento em nosso país. Inicial também é o 
estágio de incentivos à pesquisa e à produção nacional de recursos de TA, que 
venham a atender a grande demanda reprimida existente, no entanto, passos 
importantes estão acontecendo nestes últimos anos. 
No que se refere à legislação nacional podemos mencionar a 
promulgação do Decreto 3.298 de 1999, que no artigo 19, fala do direito do 
cidadão brasileiro com deficiência às Ajudas Técnicas. Nele consta que: 
“Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os 
elementos que permitem compensar uma ou mais limitações 
funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de 
deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da 
 
comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão 
social. 
 
Parágrafo único. São ajudas técnicas: 
I - próteses auditivas, visuais e físicas; 
II - órteses que favoreçam a adequação funcional; 
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da 
pessoa portadora de deficiência; 
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente 
desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência; 
V- elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para 
facilitar a autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência; 
VI- elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a 
sinalização para pessoa portadora de deficiência; 
VII- equipamentos e material pedagógico especial para educação, 
capacitação e recreação da pessoa portadora de deficiência; 
VIII- adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria 
funcional e a autonomia pessoal; e 
IX- bolsas coletoras para os portadores de ostomia." (LIMA.2007). 
 
Também o decreto 5.296 de 2002 que dá prioridade de atendimento e 
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade 
das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, possui um capítulo 
específico sobre as ajudas técnicas (VII) onde descreve várias intenções 
governamentais na área da tecnologia assistiva, além de referir a constituição do 
CAT/SEDH. Neste decreto encontramos que: 
“Consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos, 
equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados 
para melhorar a funcionalidade de pessoas portadoras de deficiência, 
com habilidade reduzida favorecendo autonomia pessoal, total ou 
assistida", (LIMA, 2007). 
 
O Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
deficiência da ONU e a incorporou ao seu ordenamento jurídico conferindo-lhe 
equivalência constitucional. (BRASIL, SDHPR - Secretaria Nacional de 
Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SNPD. 2012). 
 
Os Estados Partes desta Convenção comprometem-se a assegurar os 
direitos nela impressos e aqui destacamos todos os artigos referentes ao tema 
da Tecnologia Assistiva: 
“Artigo 4. Das obrigações gerais: 
Realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento, bem como a disponibilidade e 
o emprego de novas tecnologias, inclusive as tecnologias da informação e comunicação, ajudas 
técnicas para locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, adequados a pessoas com 
deficiência, dando prioridade a tecnologias de custo acessível; 
Propiciar informação acessível para as pessoas com deficiência a respeito de ajudas 
técnicas para locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, incluindo novas tecnologias bem 
como outras formas de assistência, serviços de apoio e instalações; 
Artigo 20: Mobilidade pessoal 
Facilitando às pessoas com deficiência o acesso a tecnologias assistivas, dispositivos 
e ajudas técnicas de qualidade, e formas de assistência humana ou animal e de mediadores, 
inclusive tornando-os disponíveis a custo acessível; 
Incentivando entidades que produzem ajudas técnicas de mobilidade, dispositivos etecnologias assistivas a levarem em conta todos os aspectos relativos à mobilidade de pessoas 
com deficiência. 
Artigo 26: Habilitação e reabilitação 
Os Estados Partes promoverão a disponibilidade, o conhecimento e o uso de 
dispositivos e tecnologias assistivas, projetados para pessoas com deficiência e relacionados 
com a habilitação e a reabilitação. 
Artigo 29: Participação na vida política e pública. 
Proteção do direito das pessoas com deficiência ao voto secreto em eleições e 
plebiscitos, sem intimidação, e a candidatar-se nas eleições, efetivamente ocupar cargos eletivos 
e desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de governo, usando novas 
tecnologias assistivas, quando apropriado; 
Artigo 32: Cooperação Internacional 
Propiciar, de maneira apropriada, assistência técnica e financeira, inclusive mediante 
facilitação do acesso a tecnologias assistivas e acessíveis e seu compartilhamento, bem como 
por meio de transferência de tecnologias.” (Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência - UNU, 2007). 
 
A legislação brasileira estabelece o direito à tecnologia assistiva e 
preconiza uma ação propositiva da parte do governo, para atender esta 
demanda, no entanto, o cidadão brasileiro com deficiência carece primeiramente 
da informação sobre a existência desta legislação e da implicação disto sobre o 
que lhe é de direito. Não há ainda uma orientação pública acessível (texto 
orientador ou site institucional) que concentre as informações necessárias sobre 
Tecnologia Assistiva e aponte aos usuários finais, de forma clara e fácil, os 
caminhos para o acesso a estes bens e serviços públicos. As informações 
existentes estão pulverizadas e ficam, muitas vezes, restritas aos diferentes 
agentes de governo e a poucos profissionais que atuam nas áreas saúde, 
educação, assistência social, direitos humanos, trabalho, fazenda etc. 
Apesar desta realidade, vários programas governamentais estão em 
pleno curso e constantemente se atualizando. De 2007 a 2010 tivemos 
 
importantes ações decorrentes da Agenda Social da Presidência da República e 
mais recentemente, 2011 para cá, do Programa Viver sem Limites, também da 
Presidência. Recursos financeiros públicos estão sendo aplicados em políticas 
sociais que integram ações de vários Ministérios e são voltadas as pessoas com 
deficiência. 
Entre elas, está o incremento da pesquisa, desenvolvimento e inovação 
em TA (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação) e a organização de redes 
de serviços de reabilitação e concessão de Tecnologia Assistiva (Ministério da 
Saúde). A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva 
(Ministério da Educação) efetiva programas que disponibilizam recursos e 
serviços de TA nas escolas. Uma ação conjunta entre Secretaria Nacional de 
Direitos Humanos, Ministério da Fazenda e Ministério de Ciência, Tecnologia e 
Inovação, em parceria com o Banco do Brasil, promoveu a criação de um crédito 
especial subsidiado para compra direta de 250 itens de produtos de TA. 
O usuário possui acesso a crédito facilitado, o “BB Crédito 
Acessibilidade”, que conta com taxa de juros de 0,57% ao mês para quem recebe 
até cinco salários mínimos, ou 0,64% para quem recebe de seis a dez salários 
mínimos mensais. Para compra do bem ou serviço o financiamento pode ser de 
até 100% do valor, com limite máximo de até R$ 30 mil por pessoa e prestações 
debitadas diretamente na conta corrente. O prazo para quitação é de quatro a 
60 meses e a primeira prestação pode ser paga em até 59 dias. 
Segundo resultados divulgados pelo IBGE, do Censo 2010, o País 
possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 
23,91% da população. Estes números revelam a grande demanda existente para 
o desenvolvimento de tecnologia nacional, inserção do tema da TA nos cursos 
de formação profissional, organização de serviços específicos e, especialmente, 
ações governamentais de concessão de TA que atendam a grande demanda 
reprimida. 
A tecnologia assistiva na mão do usuário será fundamental para a 
promoção da inclusão das pessoas com deficiência, tanto no campo da 
educação, inserção no trabalho como na vida em sociedade. Apesar de 
visualizarmos ações importantes podemos afirmar que estamos dando os 
primeiros passos e o que conseguimos fazer no momento atual ainda é 
insuficiente. 
 
COMO TER ACESSO A FINANCIAMENTO PARA COMPRA DE TA NO 
ÂMBITO DAS ESCOLAS PÚBLICAS? 
 
As redes públicas de educação possuem financiamento para compra de 
recursos de TA por meio dos programas Salas de Recursos Multifuncionais, 
Escola Acessível, do Plano de Ações Articuladas - PAR e do Fundeb duplo. 
O Ministério da Educação introduziu o Serviço de Tecnologia Assistiva 
nas escolas públicas por meio do Programa “Salas de Recursos Multifuncionais” 
(SRMF). As SRMF são espaços onde o professor especializado realiza o 
“Atendimento Educacional Especializado” (AEE) para alunos com deficiência, no 
contra turno escolar. É atribuição do professor do AEE reconhecer as 
necessidades de recursos pedagógicos e de recursos de Tecnologia Assistiva 
que serão necessários à participação de seu aluno nos desafios de 
aprendizagem que acontecem no dia a dia da escola comum. 
Identificando o recurso de TA apropriado o professor encaminhará a sua 
aquisição e trabalhará junto com seu aluno capacitando-o no uso da tecnologia. 
Juntos, levarão esta ferramenta para a escola, visando a superação das 
barreiras à plena participação do aluno nos vários projetos, experimentos, 
acesso às informações, produções/registros pessoais, comunicação e 
avaliações. 
O programa Escola Acessível disponibiliza verba diretamente na escola 
na promoção da acessibilidade arquitetônica e compra de recursos de TA. 
No PAR – Plano de Ações Articuladas, as secretarias de educação 
municipais e estaduais poderão demandar verbas para adequação do espaço 
físico de suas escolas, tornando-as acessíveis, poderão ainda solicitar salas de 
recursos multifuncionais e verbas específicas para compra de recursos de TA 
destinados à complementação dos equipamentos já existentes nas salas de AEE 
ou que deverão servir diretamente aos alunos atendidos por este serviço. Ainda 
no PAR o gestor poderá demandar verbas para a organização de eventos de 
formação dos profissionais da educação e estes, poderão contemplar o Tema da 
Tecnologia Assistiva no contexto educacional. 
As prefeituras e estados recebem do governo federal o valor referente 
ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No caso dos alunos com 
 
deficiência o repasse deste valor é acrescido de 1.2 nas matrículas daqueles que 
frequentam classes comuns do ensino regular e o atendimento educacional 
especializado. Este valor adicional poderá ser utilizado para a compra de 
recursos de tecnologia assistiva e também em outras ações destinadas a 
qualificar a educação inclusiva e a ação da educação especial nesta perspectiva, 
sendo um exemplo o investimento na formação dos gestores, dos profissionais 
do AEE e da escola comum. 
 
RECURSOS PEDAGÓGICOS ACESSÍVEIS TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA) E 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO NAS ESCOLAS. 
 
Adaptado da autora: Rita Bersch. 
 
Com o objetivo de ajudar professores do AEE e gestores a identificar 
alternativas em tecnologia assistiva que possam beneficiar os alunos que 
frequentam suas escolas, a ASSISTIVA – TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO 
preparou um catálogo com fotografias, descrição de alguns recursos e a 
indicação de sites onde estes recursos podem ser visualizados e adquiridos. 
Antecedendo o catálogo propriamente dito, apresentaremos um textoque pretende conversar com os professores sobre o processo de avaliação para 
a indicação da TA apropriada a cada caso. 
 
A TECNOLOGIA ASSISTIVA NA ESCOLA. O QUE É NECESSÁRIO 
CONSIDERAR? 
 
O acesso à internet coloca facilmente a nossa vista uma série de 
alternativa de recursos que prometem auxiliar as pessoas com deficiência no 
desempenho de ações pretendidas. Muitas vezes temos a tendência de 
direcionar a nossa “busca” por “grupo de recursos” para grupos de pessoas com 
uma “determinada deficiência”: recursos para cegos, recursos para surdos, 
recursos para pessoas com deficiência física, recursos para pessoas com 
deficiência intelectual, recursos para autistas etc. Este ponto de vista não 
considera que as pessoas com deficiência são diferentes entre si, vivem em 
contextos diferentes e enfrentam problemas únicos de participação e 
 
desempenho de tarefas, nos lugares onde vivem. Buscando conhecer e comprar 
a TA desta forma, teremos uma forte tendência ao fracasso, ao desperdício 
financeiro e finalmente ao abandono do recurso. 
Podemos resumir e afirmar então que o PAREAMENTO entre 
DEFICIÊNCIA X TECNOLOGIA é INSUFICIENTE na busca da alternativa em 
TA apropriada a uma situação problema vivida por um usuário específico. 
Outra tendência natural de todos nós é o encantamento pela tecnologia 
e, sempre que possível, a compra de “tudo”. Facilmente nos iludimos e 
colocamos na tecnologia a expectativa de que com ela “tudo vai dar certo”, o 
milagre vai acontecer e nosso aluno passará a ter outro desempenho. 
Já sabemos que a Tecnologia Assistiva, por si só, não resolverá o 
problema da inclusão de alunos com deficiência e muito menos da qualidade de 
ensino para todos. 
Podemos resumir e afirmar então que o ENCANTAMENTO pela 
TECNOLOGIA e o apelo do mercado para que se compre tudo, pois os recursos 
mais atualizados serão sempre superiores e melhores, não nos ajudará a 
perceber e encontrar a melhor alternativa em TA. 
Considerando tudo isso, passemos a pensar e propor uma reflexão 
sobre o SERVIÇO DE TA que acontece a partir da Sala de Recursos 
Multifuncionais onde se efetiva na ação do AEE: 
Para definir a melhor tecnologia a ser proposta para um aluno, o 
professor de AEE deve observar atentamente: 
 
A pessoa (o aluno): 
Deve-se criar a oportunidade de o aluno manifestar, de forma bem clara 
e objetiva, quais são os problemas que ele pretende ver resolvidos, no sentido 
de ter ampliada a sua participação no ambiente e nos desafios propostos a todos 
na escola. Quais são os interesses e prioridades do aluno neste sentido? 
Deveremos também realizar uma observação sobre as condições pessoais do 
aluno no que diz respeito à sua condição (habilidade e dificuldades) físicas, 
sensorial, intelectual, emocional etc. 
 
O contexto: 
 Recursos humanos disponibilizados (ou não); 
 
Recursos materiais disponíveis ou ausentes; 
Acessibilidade ambiental e de comunicações; 
Qualidade de conhecimentos da equipe e como ela consegue aplicá-los 
na busca de acessibilidade e participação do aluno. 
Gestão de tempo dos profissionais para realização de ações em parceria 
(AEE, sala comum, gestão, demais parceiros). Como são estas parcerias 
efetivamente? 
 
A tarefa: 
 Com base no plano de aula de professor da sala comum e na 
observação das tarefas que ele propõe ao grupo de alunos perceberemos “que 
tarefa” está organizada de maneira a proporcionar uma “participação parcial”, ou 
uma “não participação do aluno” com deficiência. Sobre as barreiras que limitam 
a participação do aluno é que vamos intervir. 
A TA deverá ser então introduzida com o objetivo de ampliar a 
participação do aluno neste desafio/tarefa, de forma que ele realize as mesmas 
atividades e junto com seus colegas. Para identificação de barreiras à 
participação, o professor especializado deverá observar seu aluno na sala de 
aula comum e no momento da realização das tarefas propostas à turma. 
Somente depois destes conhecimentos é que o professor do AEE poderá 
partir para a pesquisa e experimentação da tecnologia assistiva a ser indicada 
para a compra (aquisição e disponibilização para o aluno). Nem sempre o 
professore se sentirá apto a dar seguimento sozinho neste processo e então, 
poderá buscar apoio de parceiros da área da saúde, informática, design, 
engenharia, arquitetura ou outros. 
Não poderemos comprar/providenciar uma ferramenta sem saber quem 
a utilizará (características do usuário), onde este recurso utilizado 
(características do contexto) e o que o usuário necessitará realizar neste 
contexto (características da tarefa). Sabendo disso definiremos a ferramenta 
(TA). 
 
 
 
 
 
 COMO EVITAR ERROS NA INDICAÇÃO DE UM RECURSO DE TA? 
 
O referencial teórico nos mostra a grande probabilidade de abandono ou 
subutilização da tecnologia assistiva quando alguns aspectos não são 
valorizados no momento da avaliação: 
• Selecionar uma tecnologia assistiva considerando-se somente o tipo 
de deficiência. 
• Selecionar a TA sem ter a definição clara do problema enfrentado 
pelo usuário e de qual é a sua escala de prioridade. 
• Não envolver o usuário na definição do problema e em todas as 
etapas do processo que levará à seleção da TA. 
• Definir a TA sem apontar para o usuário as repercussões que a 
introdução deste recurso provocará na sua vida. Todos os envolvidos 
deverão estar cientes dos benefícios possíveis, mas também das 
novas exigências e necessidade de envolvimento ativo do usuário, 
de seus familiares, de seus professores e das demais pessoas com 
quem convive. A TA aponta para soluções de problemas mas, ao 
mesmo tempo, exige envolvimento, empenho, mudança de rotina, etc 
• Iniciar o processo tendo como ponto de partida uma lista de recursos 
concedidos pelo poder público e, a partir dela, buscar uma 
necessidade do usuário que se encaixe a um destes benefícios. Não 
considerar a necessidade real do usuário como ponto de partida e 
então proceder à busca da alternativa em TA mais adequada, 
independente de listas de concessões. 
• Não avaliar adequadamente as habilidades e dificuldades do usuário. 
Indicar recursos superestimando ou subestimando habilidades e 
dificuldades. 
• Não considerar as características do ambiente onde esta tecnologia 
será utilizada. 
• Não compreender bem os objetivos da tarefa para a qual se pretende 
qualificar o desempenho do aluno. 
• Falta ou pouco conhecimento dos profissionais sobre o potencial, a 
aplicação e a utilização específica de alguns um recursos TA 
disponibilizados no serviço e, que atuam. 
 
AVALIAÇÃO PARA DEFINIÇÃO DA TA: AÇÃO DO AEE COM SUAS 
PARCERIAS INTERDISCIPLINARES: 
 
FASE 1: IDENTIFICAÇÃO PROBLEMA E 
PRIORIZAÇÃO/ORGANIZAÇÃO DE AÇÕES: 
O processo de avaliação e definição da melhor alternativa em TA deve 
partir de “um problema real manifestado por seu usuário” e por seus parceiros 
de interação (família, professores, colegas,...). O usuário deve dizer claramente 
“que função” ele pretende ver qualificada com o uso da TA. Todo o projeto de 
identificação da TA iniciará a partir desta definição e clarificação (busca de 
compreensão) do “problema funcional”, vivenciado pelo aluno em questão. 
Deveremos sempre ter em mente que, no campo educacional, a TA será 
aplicada para auxiliar o aluno com deficiência a atingir os objetivos educacionais 
propostos a ele e ao grupo do qual faz parte. A TA deve qualificar a ação do 
aluno com deficiência e sua interação na escola, possibilitando que construa 
ativamente conhecimentos; que tenha possibilidade de expressar-se e 
relacionar-se com todos e em igualdade deoportunidades. 
 
Vamos então perguntar ao aluno: 
• Em que momentos e em que atividades na escola você percebe estar 
em desvantagem, não participando do que é proposto à turma? Neste 
caso, que dificuldades você encontra? As dificuldades estão na sua 
condição física que lhe impede de atuar na tarefa ou a dificuldade 
está no meio (falta de ferramentas adequadas, falta de 
conhecimentos, falta de apoio de terceiros etc.) 
• Em que momento e atividade você percebe que sua participação é 
parcial? O que você considera importante para ampliar sua 
participação e melhorar seu desempenho nesta tarefa? 
• Em que momento sua participação é plena? O que você considera 
ter contribuído para o sucesso de sua participação nesta atividade? 
 
Quando um aluno não fala “palavras” ele pode expressar-se por 
comportamentos, expressões faciais ou corporais e gestos. Será fundamental 
fazer a leitura destes comportamentos e perguntar ao aluno, dando a ele a 
 
oportunidade de expressar se concorda ou não com nossas interpretações e 
afirmações. O professor do AEE deverá ser um especialista em “prestar atenção 
no aluno” e assim conseguirá trazer para seu relato de caso e plano de AEE 
situações concretas e relevantes que o auxiliarão o seu trabalho de apoiar o 
aluno na superação de barreiras ao aprendizado, comunicação e participação 
nos desafios educacionais. 
Estas mesmas questões poderão também ser direcionadas aos 
professores e colegas (parceiros do ambiente educacional). Esta etapa tem por 
finalidade apontar objetivamente “que problemas serão resolvidos” pela 
intervenção da TA e em que ordem de prioridade. 
 
 Problema definido Causas do 
problema? 
Possíveis 
soluções em 
TA: 
O que se 
espera? 
Nome dos 
responsáveis 
pela 
solução: 
Resultado: 
1 
2 
3 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
Outro ponto importante a ser considerado é se perguntar se a TA é a 
real solução para cada um dos problemas definidos. Neste caso deverão ser 
feitos outros encaminhamentos para solução de questões paralelas e que 
influenciam na dificuldade vivenciada pelo aluno. 
 
 Problema definido Encaminhamentos? A quem? O que se 
espera? 
Resultado: 
1 
2 
3 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
Exemplo - Parte 1: O aluno relata que sua lentidão ao digitar utilizando 
o teclado com colmeia e isto não permite que ele escreva uma redação na forma 
 
como gostaria. As ideias para o texto eles as tem, mas acaba abreviando a 
escrita por conta do cansaço e também do tempo que lhe é disponibilizado para 
a tarefa. Sua avaliação na escola está prejudicada. A professora de português 
considera que seu texto não possui as orientações mínimas, transmitidas por 
ela, para a escrita de uma redação. 
 
 FASE 2: OBSERVAÇÃO DA TAREFA IN LOCO PARA 
CLARIFICAÇÃO DO PROBLEMA E PROJETO DE SOLUÇÃO: 
Uma avaliação das habilidades e dificuldades pessoais do aluno deve 
ser encaminhada, a partir da observação de como ele desempenha atualmente 
a tarefa que pretende ver qualificada. Procuraremos entender o que está 
impedindo ou limitando sua participação plena na tarefa em questão. 
 Exemplo – Parte 2: O aluno é observado fazendo a digitação de um 
texto. Em primeiro lugar observamos a inadequação de sua postura, a 
dificuldade relativa à altura da mesa e também a dificuldade de apoio dos braços 
durante a digitação. O Teclado com colmeia é de tamanho padrão. O aluno utiliza 
apenas a mão esquerda e nem todas as teclas ele consegue atingir. Para fazer 
uso do mouse utiliza o teclado numérico, que está a direita portanto é de difícil 
acesso. Observa-se que o aluno possui um bom controle de cabeça e segue 
todos os pontos do monitor com atenção e habilidade. É capaz de fixar o seu 
olhar, por um tempo, em um ponto determinado do monitor. 
 Aobservação do aluno no exercício da tarefa deverá acontecer “no local” 
onde o problema acontece e onde se pretende implementar a TA. Esta ação 
desvendará os pontos fortes e as fragilidades do contexto (no caso do contexto 
escolar) e nos apontarão intervenções complementares necessárias. 
Exemplo – parte 3: Na escola o mobiliário não é acessível nem na sala 
de recursos e nem na sala de aula. Seu computador apresenta teclado virtual e 
demais opções de acessibilidade que não foram exploradas pelo aluno, que 
afirma desconhecê-las. Da mesma forma os professores relatam que o aluno 
chegou à escola utilizando seu computador pessoal e o teclado com colmeia e 
nada foi feito no sentido de avaliar se esta seria a melhor alternativa ou se teria 
alguma alternativa de acessibilidade mais efetiva. Também relatam 
desconhecimentos a este respeito. 
 
 
Habilidades do aluno no 
exercício da tarefa problema: 
Dificuldades do aluno no 
exercício da tarefa problema: 
Intervenções necessárias: 
 
 
Pontos positivos no contexto: Fragilidades no contexto: Intervenções necessárias: 
 
 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
FASE 3: O PROJETO: 
Com base nestes dados, um projeto com propostas de recursos ou 
estratégias devem ser encaminhado pelo professor do AEE, em contato com 
parceiros que se façam necessários e com a participação ativa do aluno. 
Exemplo – parte 4: Uma pesquisa sobre mesas acessíveis, disponíveis 
no mercado, foi encaminhada pela professora do AEE e, em parceria com uma 
fisioterapeuta e uma terapeuta ocupacional, fizeram a seleção de uma proposta 
que pudesse atender as necessidades atuais e ainda receber ajustes, 
considerando que o aluno crescerá ou necessitará mudanças na cadeira de 
rodas com o passar dos tempos. Encaminhou-se um pedido de compra de duas 
mesas, sendo uma para a sala de recursos e outra para a sala de aula. Por 
orientação dos terapeutas alguns acessórios para adequação de postura foram 
incluídos na cadeira de rodas, ficando o aluno mais alinhado, confortável e 
estável. 
Além do problema postural ficou definido que o aluno deveria passar por 
um período de experimentação de alternativas de recursos de acesso ao 
computador, orientado pela professora de AEE, com apoio dos profissionais da 
informática e assessoria de um terapeuta com experiência na área (auxiliando 
as questões motoras envolvidas no acesso e manejo do recurso). 
 
 
 
FASE 4: EXPERIMENTAÇÃO: 
Para evitar o abandono ou subutilização da TA, idealmente deve-se dar 
a oportunidade ao usuário de experimentar mais de uma alternativa de recursos, 
antes da definição do que deva ser adquirido. Com base na fase de 
experimentação do recurso, o próprio usuário estará mais ciente de suas 
possibilidades e limitações, bem como das vantagens e desvantagens de cada 
um dos recursos experimentados. 
Exemplo – parte 5: Para solucionar o problema da escrita (lentidão, 
fadiga e dificuldade de acessar teclas) iniciou-se uma fase de experimentação 
de recursos, juntamente com o aluno. Ele foi apresentado aos teclados virtuais 
e experimentou diferentes formas de acessá-los como, por exemplo, o mouse de 
esfera e mouse tipo roller. O aluno demonstrou interesse e empenhou-se em 
aprimorar seus movimentos de mão. Disse ter maior habilidade com o mouse de 
esfera, no entanto encontra dificuldade de manter a posição do cursor, no 
momento em que necessita deslocar a mão para fazer o clique. 
Foi proposto então outro equipamento, o mouse TrackerPro: Foi 
colocado na testa do aluno um adesivo refletivo e uma “webcam” especial 
detectou o deslocamento deste ponto e transformou esta percepção em 
informações para o direcionamento do cursor na tela do computador. Foi ativada 
a funçãode “auto clique” e definindo o tempo que o aluno deveria ficar parado 
sobre determinado ponto da tela para que um clique automático acontecesse. O 
aluno explorou no teclado virtual a escrita com predição de palavras e função 
abreviatura expansão, que permitiram abreviar o tempo da escrita de palavras e 
expressões frequentes. 
 Afase de experimentação nos dá boas pistas e permite que o próprio 
aluno descubra as possibilidades e limitações existentes tanto na sua condição 
de operar os recursos como no próprio recurso experimentado, que carrega 
características positivas como também negativas para atender a sua condição 
específica. 
 
FASE 5: TOMADA DE DECISÃO: 
A equipe, que ajuda a definir o recurso de TA apropriado, deve colocar 
seu conhecimento a disposição do usuário a fim de ajudá-lo a tomar uma decisão 
informada e consciente sobre a melhor alternativa de recurso de TA para si. Uma 
 
decisão deverá ser tomada e está deverá levar em conta os conhecimentos da 
equipe e a expressão do usuário sobre o que atendeu de forma mais satisfatória 
o seu problema. Portanto, a decisão sobre a compra deverá ser feita de forma 
compartilhada: usuário e equipe. 
 Exemplo – parte 6: Depois de experimentar as três opções de recursos 
o aluno expressou que o menor desgaste e melhor resultado se encontrava na 
utilização do TrackerPro (mouse tipo câmera). 
A equipe preparou um relatório onde definiu: 
• O “problema” expresso pelo aluno e que deveria ser resolvido por 
meio da introdução da TA. 
• Características do contexto escolar e os ajustes propostos neste 
ambiente e suas justificativas (adequação do mobiliário – mesa e 
cadeira). 
• O relato sobre a experimentação de diferentes recursos de TA para 
a digitação, mostrando vantagens e desvantagens de cada recurso 
experimentado. 
• A definição, compartilhada com o aluno, de qual recurso deverá ser 
encaminhado para compra (computador em sala de aula com o 
recurso TrackerPro e teclado virtual com predição e abreviatura 
expansão). 
 
 FASE 6: DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIA OPERACIONAL 
E IMPLEMENTAÇÃO DO RECURSO 
Definido o recurso de TA a ser adquirido e implantado, poderá ser 
necessária uma etapa de aprendizado do aluno e está, terá por objetivo o 
desenvolvimento de uma competência pessoal em operar/utilizar o recurso de 
TA escolhido, podendo tirar dele o máximo de proveito. 
 Exemplo – parte 7: Após receber o seu TrackerPro e teclado virtual o 
aluno passou a frequentar o AEE com o objetivo de aprimorar sua competência 
em operar o recurso. Desafios de digitação, desafios de utilização de predição, 
abreviatura expansão, abertura e fechamento de programas, exploração de 
teclados virtuais variados e de sites diversos foram trabalhados nesta etapa. 
 
 
 
FASE 7: EDUCAÇÃO AOS PARCEIROS: 
Da mesma forma que o aluno, os “parceiros” (professores, colegas, 
familiares) deverão ser instruídos, no sentido de explorar ao máximo a utilização 
desta tecnologia que será implantada. 
Exemplo – parte 8: O recurso foi imediatamente transferido para o 
ambiente de sala de aula o que favoreceu/agilizou consideravelmente a 
participação do aluno nas produções individuais e em grupo. Os professores 
foram instruídos sobre o potencial do recurso e de que forma poderiam aproveitar 
o desempenho do aluno propondo a ele diversos desafios educacionais. 
 
FASE 8: AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E REVISÃO DO PROJETO: 
A TA é um recurso de deve acompanhar seu usuário em todos os 
espaços onde ele possa se beneficiar de sua utilização. Após sua implantação 
será importante o acompanhamento para avaliação de resultados e ajustes 
necessários. 
 Exemplo – parte 9: O professor do AEE continua acompanhando o aluno 
para verificação de resultados e ajustes (se necessário). Da mesma forma está 
atento a novas e possíveis barreiras que poderão ser superadas com o uso da 
TA. 
 
SERVIÇOS DE TA NO CONTEXTO EDUCACIONAL INCLUSIVO: 
 
Para auxiliar gestores e professores de AEE neste novo e grande desafio 
de organizar Serviços de Tecnologia Assistiva nas escolas, a partir do trabalho 
existente nas Salas de Recursos Multifuncionais, disponibilizo abaixo o link da 
minha Dissertação de Mestrado (PGDesign da UFRGS), que tem como título: 
“Design de um Serviço de Tecnologia Assistiva em Escolas Públicas” 
www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18299/000728187.pdf?sequence=1 
A partir de uma “pesquisa ação” que observou e descreveu o serviço de 
tecnologia assistiva existente na Rede Pública Municipal de Educação de 
Florianópolis - SC, uma proposta de organização de Serviço de Tecnologia 
Assistiva foi formulada e teve por base o estudo feito com os professores de 
AEE, relativo ao referencial teórico da tecnologia assistiva, a Política Nacional 
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, à avaliação da 
 
realidade atual do serviço de TA na rede estudada e o seguimento de estudo de 
casos de alunos que frequentavam o AEE e as classes comuns do ensino 
regular. 
 
Produtos oferecidos no mercado brasileiro: 
Para sanar outra dificuldade hoje encontrada pelos professores especializados, que é 
a falta de informação e conhecimentos mais aprofundados sobre recursos de tecnologia assistiva 
disponíveis no mercado, elaboramos um catálogo dos produtos. Todos os recursos que aqui 
apresentaremos estão expostos no nosso serviço, na Assistiva - Tecnologia e Educação e 
portanto são recursos que conhecemos, aplicamos e podemos dizer algo sobre: onde encontrar, 
especificações mínimas, a quem servem e aplicações pedagógicas. 
 
Sugestão para organizar kits e serviços nas redes: 
Nossa experiência no assessoramento de redes nos permite também sugerir aos 
gestores que, em cada grande centro, possa existir um “kit de recursos de TA”, móvel ou fixo, 
com o maior número de itens possíveis, para servir aos procedimentos de avaliação de todas as 
salas de recursos de uma rede de educação. Será importante também uma equipe especializada 
para realizar processos formativos e avaliativos locais. Para a coordenação do serviço de TA nas 
escolas será fundamental a gerência de um professor especializado, com conhecimento na área 
e com habilidade de formar redes de parcerias com profissionais da saúde, assistência social, 
informática, design, engenharia, arquitetura, etc. 
 
RELAÇÃO DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA QUE 
INTERESSAM AO CAMPO EDUCACIONAL INCLUSIVO 
 
Recursos De Acessibilidade Ao Computador: 
Recursos para acesso Direto: Permite que o usuário introduza de forma 
autônoma comandos em seu computador: direcionamento do cursor, o clique e 
a digitação. São mouses e teclados diferenciados que são ativados a partir de 
diferentes habilidades do usuário: mover mão, braço, cabeça, boca, pé, olhos, 
som, voz. 
 
Alternativas para adequação do teclado: 
Para digitar com autonomia alguns usuários necessitarão utilizar 
teclados com formatos diferenciados (ampliados ou reduzidos); outros 
necessitarão integrar acessórios ao teclado (colmeia de acrílico, adesivos para 
melhor visualização de caracteres); outros ainda, se beneficiarão de órteses para 
digitação (órteses de mão, ponteiras de boca ou cabeça). 
Em alguns casos, será necessária uma simples modificação das taxas 
de respostas do teclado convencional (Painel de controle - Central de facilidades 
de acesso). Estes ajustes permitem, por exemplo, que uma letra não seja 
 
digitada repetidamente mesmo se usuário mantiver seu dedo pressionado à 
tecla. Funções que exigem o pressionamento simultâneo de mais de uma tecla 
também poderão ser realizadas por quem digita uma tecla de cada vez. 
 
ALTERNATIVAS EM TECLADOS: 
Produto:TECLADO INTELLIKEYS 
 
 
 
Descrição: 
Teclado expandido 
com letras grandes e 
pretas em fundo 
amarelo. 
Possui 6 diferentes 
lâminas que alteram a 
área de trabalho 
(teclado, mouse e 
calculadora). 
Possui uma lâmina 
para configuração do 
teclado. 
A quem serve: 
 
Pessoas com 
baixa visão. 
Pessoas com 
Deficiência 
física 
(programável na 
taxa de 
resposta o que 
viabiliza o ajuste 
do teclado à 
condição 
motora do 
usuário). 
Uso pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita, auxilia no 
processo de 
alfabetização. 
 
Permite a 
pesquisa e 
exploração de 
ambientes 
virtuais. 
Produto: 
Teclado com Colmeia – 
TClik 
 
 
Descrição: 
 
Conjunto composto de 
uma colmeia de 
acrílico transparente 
incolor em chapa de 3 
mm com furos de 16 
mm coincidentes às 
teclas, e um teclado 
para computador de 
alta qualidade, teclas 
padrão ABNT-2, 
compatível com 
Windows/Linux. 
A quem serve: 
Pessoas com 
deficiência 
física: Evita 
erros de 
digitação em 
caso de 
tremores e falta 
de 
coordenação 
motora. Obs.: 
Por vezes será 
necessário 
ativar a opção 
de 
acessibilidade 
do Windows 
que impede a 
repetição de 
teclas em caso 
de 
pressionamento 
sustentado. 
Teclado 
numérico pode 
ser 
transformado 
em mouse. 
Uso pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
 
Produto: 
Teclado expandido 
 
 
 
 
Descrição: 
Teclado com teclas 
grandes e coloridas 
que facilitam a rápida 
localização e digitação 
dos caracteres. As 
cores definem 
diferentes categorias 
de teclas como vogais, 
consoantes, números, 
pontuação e comandos 
pelo teclado. 
A quem serve: 
 
Crianças 
pequenas; 
pessoas com 
dificuldades 
motoras, visuais 
e/ou cognitivas. 
Uso pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. Pode 
auxiliar no 
processo de 
alfabetização. 
 
Produto: 
TECLADO PEQUENO COM 
ADESIVOS E COLMÉIA 
 
 
 
 
Descrição: 
 
Um teclado 
convencional de 
tamanho menor (não 
possui teclas 
numéricas de 
cálculo). Acompanha 
um conjunto de 
adesivos coloridos de 
teclas, para 
diferenciar grupos de 
diferentes caracteres. 
Possui também a 
opção de colmeia de 
acrílico. 
A quem serve: 
Usuário com 
deficiência 
motora com 
pouca amplitude 
de movimento 
para alcançar 
toda a área de 
digitação de um 
teclado 
convencional. 
Adesivos 
coloridos 
ajudarão os 
alunos com 
dificuldades 
visuais ou 
cognitivas. A 
colmeia evitará 
erros de 
digitação. 
 
Uso pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. Pode 
auxiliar no 
processo de 
alfabetização. 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
ACESSÓRIOS PARA FACILITAR A DIGITAÇÃO E OUTRAS 
FUNÇÕES: 
Produto: 
DIGITADOR 
 
 
Descrição: 
 
 Engrossador 
utilizado para 
facilitar a 
preensão palmar. 
Possui duas 
pontas onde 
poderão ser 
conectados vários 
acessórios. Na 
foto visualiza-se 
A quem serve: 
 
Pessoas que não 
conseguem 
dissociar um dedo 
para digitar e 
podem fazer a 
preensão de um 
tubo de espuma 
com ponta de 
borracha ou 
ventosa. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
 
uma ponteira de 
ventosa. 
Produto: 
ARANHA MOLA 
 
 
Descrição: 
 
Órtese feita e 
arame revestido. 
Envolve dedo 
indicador, o 
polegar e fixa um 
utensilio como 
caneta ou lápis. A 
digitação com o 
lápis é possível 
colocando-se uma 
ponteira de 
borracha na ponta 
que toca a tecla. 
A quem serve: 
 
Pessoas que não 
conseguem 
dissociar um dedo 
para digitar e 
podem se 
beneficiar da 
aranha mola como 
suporte ao lápis. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
Produto: 
TFF4: Facilitador de Punho e Polegar 
 
 
Descrição: 
Órtese feita de 
arame revestido 
de borracha, 
espuma e tecido. 
Posiciona o punho 
em extensão e 
envolve o dedo 
polegar. Possui 
uma ponta 
plástica que 
poderá ser 
utilizada para 
teclar e nela pode-
se também 
conectar vários 
acessórios 
A quem serve: 
Pessoas que não 
conseguem 
dissociar um dedo 
para digitar e 
podem se 
beneficiar de uma 
órtese que facilita 
o posicionamento 
do punho/mão e 
apresenta uma 
ponta onde podem 
ser conectados 
acessórios. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
Produto: 
TFF2: Facilitador Palmar Dorsal 
 
 
 
Descrição: 
Órtese feita de 
arame revestido 
de borracha, 
espuma e tecido. 
Envolve a palma e 
o dorso da mão. 
Possui uma ponta 
plástica que 
poderá ser 
utilizada para 
teclar. Nela é 
possível conectar 
acessórios. 
A quem serve: 
Pessoas que não 
conseguem 
dissociar um dedo 
para digitar e 
podem se 
beneficiar de uma 
órtese que se fixa à 
mão. 
Utilizada com 
diversos acessórios 
para favorecer 
funções de escrita, 
higiene, 
alimentação, entre 
outros. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
 
Produto: 
 
Acessórios para órteses funcionais 
 
 
Descrição: 
Variedades de 
acessórios que, 
conectados às 
órteses funcionais, 
facilitarão o 
desempenho de 
atividades. 
A quem serve: 
Usuários com 
dificuldade de 
segurar utensílios 
para o 
desempenho de 
atividades como 
alimentação, 
pentear, barbear, 
escrever, folhar, 
escovar dentes, 
etc. 
Uso Pedagógico: 
 
Favorece o 
desempenho em 
atividades como 
escrita, pintura 
pareamento e 
tarefas de 
higiene e 
alimentação. 
Produto: 
TFP 13: Posicionador de Dedos com 
 
 
Descrição: 
 
Base de apoio 
fixada com fita de 
velcro. Previne 
deformidades, 
mantém o dedo 
em posição de 
extensão. 
A quem serve: 
 
Pessoas que não 
conseguem 
dissociar um dedo 
para digitar e 
podem se 
beneficiar de um 
suporte para 
extensão do dedo. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
Produto: 
Ponteira de boca 
 
 
Descrição: 
 
Ponteira de boca 
para digitação 
A quem serve: 
 
Pessoas que não 
conseguem utilizar 
as mãos para 
digitar e possuem 
preservados os 
movimentos de 
boca e cabeça. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso a 
ambientes 
virtuais. 
Produto: 
TD1 Tamanduá 
 
 
Descrição: 
 
Sistema de 
fixação Mento-
Occipital, com 
hastes 
telescópicas. A 
haste de 
acionamento 
pode ser 
utilizada via 
testa ou via 
queixo. 
A quem serve: 
 
Pessoas que não 
conseguem utilizar 
as mãos para 
digitar e possuem 
preservados os 
movimentos de 
cabeça. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e acesso 
a ambientes 
virtuais. 
 
 
Produto: 
OF3 – Pulseira DePeso 
 
 
Descrição: 
 
Pulseira de peso 
revestida de 
tecido e fixada 
com velcro para 
fixação em 
antebraço. 
 
 
A quem serve: 
 
Usuários com 
movimentação 
involuntária na 
parte inferior do 
braço. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e demais 
atividades de 
registro. 
Fonte: www.assistiva.com.br 
 
 
 
 
Fonte: www.politics.org.br 
 
 
 
ALTERNATIVAS EM MOUSE (DISPOSITIVOS APONTADORES): 
Algumas pessoas com deficiência física que utilizam alternativas de 
mouses diferenciados poderão necessitar ajustes e personalização da 
velocidade de deslocamento do cursor. Isto é possível ser feito em “propriedades 
do mouse” no “painel de controle” do seu computador. 
 
 
 
 
 
Produto: 
ORBITRACK • MOUSE POR 
TOQUE – 
PRETORIAN 
 
 
 
 
Descrição: 
Base sensível onde 
às funções do 
mouse são 
ativadas pelo 
deslocamento de um 
dedo sobre sua 
superfície. Com opção 
de plug para 
acionadores externos. 
 
A quem serve: 
Útil para usuários 
com movimentação 
limitada nas mãos, 
punhos e antebraço. 
Para utilizá-lo basta 
o toque suave e 
deslizamento de um 
dedo sobre o anel de 
controle, sensível ao 
toque. Produz as 
funções de clique, 
duplo clique e 
arrastar e possui 
ainda duas entradas 
traseiras para a 
conexão de 
acionadores 
externos. Possui 
quatro níveis de 
velocidade do 
cursor. 
Uso 
Pedagógico: 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
Produto: 
PRETORIAN - MOUSE 
JOYSTICK 
 
Descrição: 
Mouse joystick: 
Alavanca móvel com 
ponteiras 
intercambiáveis de 
diferentes formatos: 
Bola, T (letra T) e 
manopla. Botões para 
clique esquerdo, 
direito, arrasta e duplo 
clique. 
Com opção de plug 
para acionadores 
externos. 
 
A quem serve: 
Usuário com 
deficiência física 
com habilidade de 
segurar e direcionar 
uma alavanca 
móvel. 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
Produto: 
PRETORIAN - Mouse TrackBoll 
 
 
 
Descrição: 
 
Mouse de esfera 
grande em sua parte 
superior. O 
direcionamento do 
cursor é realizado com 
o deslizamento da 
mão sobre a esfera. 
Possui botões 
individualizados para 
clique esquerdo e 
direto do mouse e 
para a função arrastar. 
A quem serve: 
 
Pessoas com 
deficiência física que 
possuem 
dificuldades em 
utilizar o mouse 
convencional. 
 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
 
 
 
 
 
Com opção de plug 
para acionadores 
externos. 
 
Produto: 
RollerMouse 
 
 
Produto: 
 
Mouse tipo roller para 
deslocamento horizontal 
e vertical do cursos. 5 
botões com diferentes 
funções de cliques. 
A quem serve: 
 
Pessoas com 
deficiência física 
que possuem 
dificuldades em 
utilizar o mouse 
convencional. Boa 
opção para controlar 
o maouse com a 
mão ou com os pés. 
 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
Produto: 
MOUSE E TECLADO ESPECIAL 
RCTBARBAN 
 
 
 
 
Descrição 
Equipamento que 
funciona como mouse 
ou teclado. 
É composto de sete 
botões individuais de 
toque com as seguintes 
funções: 
Os 4 primeiros botões 
conduzem o movimento 
do cursor (direita, para 
cima, para baixo, 
esquerda) 
Um botão faz o clique 
direito e outro o clique 
esquerdo. 
Um último botão ativa a 
função “arrastar” do 
mouse 
Possui controle de 
velocidade do cursor do 
mouse na tela, ou 
tempo de exposição do 
caractere na tela. 
Botão de toque para 
alternar a função. 
Funciona também 
como teclado e quando 
esta função está ligada, 
toques repetidos sobre 
um mesmo botão ativa 
uma sequência de 
letras. Semelhante a 
escrita sobre o teclado 
numérico dos celulares. 
A quem serve: 
Acessório destinado 
a usuários com 
dificuldades 
motoras, entre eles 
pessoas com 
deficiência física, 
pessoas idosas ou 
crianças pequenas 
que possam ter 
limitações no 
manuseio de um 
mouse ou teclado 
convencionais. 
Uso Pedagógico: 
 
Viabiliza a 
produção de 
escrita e 
possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
 
Produto: 
TECLADO NUMÉRICO PARA 
FUNÇÃO DE MOUSE TECLADO 
 
 
Descrição: Um 
mouse numérico com 
adesivos indicativos das 
funções do mouse nas 
teclas. Programa-se em 
“opções de 
acessibilidade” para 
que este teclado 
funcione como mouse. 
Há opção de colmeia. 
A quem serve: 
Pessoas com 
dificuldade motoras 
que conseguem 
teclar, mas não 
conseguem utilizar o 
mouse. 
convencional. 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
Produto: 
 
MONITOR LCD COM TELA DE 
TOQUE • 15 OU 17 
POLEGADAS 
 
 
 
 
Descrição 
 
Monitor de 15 ou 17 
polegadas com tela 
sensível ao toque. A 
localização do cursor e 
o clique acontecerá na 
área do monitor que for 
tocada diretamente pelo 
dedo do usuário ou por 
uma ponteira 
emborrachada. 
A quem serve: 
Crianças pequenas, 
pessoas com 
limitações físicas 
ou cognitivas que 
possuem 
dificuldade de utilizar 
o mouse 
convencional. O 
acesso por meio do 
toque de um dedo ou 
de uma ponteira no 
monitor permitirá 
interação direta do 
usuário com 
qualquer atividade 
em seu computador. 
O monitore com tela 
de toque têm a 
vantagem de 
oferecer uma 
interação natural. Os 
alunos podem mover 
objetos, abrir menus 
e desenhar ou pintar 
diretamente. 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele 
oferece. 
 
Produto: 
DYNAVOX - VMAX + EYEMAX 
 
 
 
Descrição 
Computador dedicado à 
função da comunicação 
alternativa por meio do 
software Boardmaker 
SDP. Possibilita 
também acesso 
autônomo a todos os 
programas que rodam 
no sistema operacional 
Windows e apresenta 
possiblidades 
diferenciadas de 
acesso: 
• Varredura e 
acionadores; 
• Tela de toque; 
• Sistema de 
comando por 
movimento 
ocular. 
Pode ser fixado na 
cadeira de rodas ou em 
mesa. Possui baterias 
de que permitem 
tempo prolongado de 
uso e sistema de 
amplificação de voz 
potente para possa ser 
utilizado em ambiente 
externo. 
A quem serve: 
Usuários com 
dificuldades motoras. 
Habilidades exigidas: 
Comando ocular: 
Movimentar os 
olhos para promover 
o deslocamento do 
cursor sobre toda 
área do monitor. 
Parar por alguns 
segundos o olhar 
sobre uma 
determinada área, 
para que a ativação 
do clique aconteça 
automaticamente 
Comando por 
tela de toque: tocar 
com um dedo ou 
ponteira 
emborrachada 
qualquer área do 
monitor. 
Comando com 
varredura. Ativar em 
chaves acionadoras 
colocadas em 
qualquer parte do 
corpo. Esta opção é 
utilizada com apoio 
do sistema de 
varredura na tela. 
Uso Pedagógico: 
 
Possibilita o uso 
do computador 
com todas as 
funções que ele

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