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Tripanossoma cruzi Doença de chagas Prof. Vinicius Souza costa Histórico Foi descoberto por Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas, que era médico e pesquisava sobre malária e entrou para equipe de Oswaldo Cruz. Primeiramente encontrou um hemoflagelado em um mico e foi denominado Trypanossoma minasensi. Histórico Descobriu que em barbeiros também apresentava outro tripanossoma, diferente do anterior, mas que apresentava movimentação intensa. A pesquisa foi comprovada através da contaminação de micos com o tripanossoma. Verificou também a contaminação entre barbeiros, mamíferos e humanos. Histórico Em 1909 foi relatado o primeiro caso de uma menina de 2 anos com estado febril. Apresentava em seu sangue o mesmo protozoário encontrado no nos barbeiros. Esta paciente faleceu em 1982 com 75 anos de idade e 73 anos de infecção pelo T. cruzi. Epidemiologia Freqüente nas Américas 16 a 18 milhões de pessoas contaminadas; 21 mil mortes anuais; 300 mil novos casos por ano; Triatomíneos Brasileiros No brasil existem pelo menos 44 mil espécies; Principais Triatomíneos domésticos: Triatoma infestans Panstrongylus megistus T. brasiliensis T. pseudomaculata T. sordida Reservatórios Humanos Tatu Gambá Ratos Mico Cachorro do mato Morcego Introdução Agente etiológico: Tripanossoma cruzi Ordem: Kinetoplastida Família: Tripanosomatidae Ciclo biológico Heteroxênico: Fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado e extracelular no inseto vetor. Formas evolutivas (a) – Promastigota – o flagelo emerge da parte anterior da célula; (b) – Epimastigota- o flagelo emerge ao lado do núcleo da célula; (c) – Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior da célula; (d) – Amastigota – somente o cinetoplasto é visível. Não há flagelo. Formas evolutivas Epimastigotas Fica no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os vertebrados. É fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao nucleo, há diferenciação para tripomastigota na porção final do intestino e infecta os vertebrados. Formas evolutivas Tripomastigota Fase extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana ondulante na extensão lateral do parasito Formas evolutivas Amastigota Após a penetração em vertebrados, modifica-se para amastigota multiplicativo, que é intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo grande. O cinetoplasto encontra-se ao lado do núcleo e é um pouco menor. Caracterizada pela fase crônica. Ciclo biológico Hospedeiro vertebrado Interação celular nas formas Amastigotas, Epimastigotas e Tripomastigotas; Tripomastigotas metacíclicos (fezes e urina do vetor) durante repasto Penetrar no local da picada interação com as células local (pele/mucosas) Transformação dos tripomastigotas em amastigotas multiplicação (div. Binária) diferenciação dos amastigotas em tripomastigotas liberação da célula do hospedeiro corrente sanguínea acometimento de novas células de outros tecidos ou destruído pelo sistema imunológico Ciclo biológico Parasitemia elevada (fase aguda) Ciclo biológico Interação entre parasito e a célula do hospedeiro Adesão celular; Interiorização - fagocitose; Fenômenos intracelulares – tripomastigotas resistente à ação das enzimas lisossômicas; retomando o ciclo. Ciclo biológico Ciclo biológico Hospedeiro Invertebrado Triatomíneos (barbeiro) se infecta durante o processo de hematofagismo (forma tripomastigota) No estômago do inseto se transforma em epimastigota Intestino médio ocorre multiplicação No reto, porção terminal do tubo digestivo, transformação epimastigota em tripomastigota (infectante) Eliminado nas fezes ou na urina. Ciclo biológico Ciclo biológico Hospedeiro Invertebrado Mecanismos de transmissão Transmissão pelo vetor: Maior relevância epidemiológica; Penetração da forma Tripomastigota contidos nas fezes ou na urina de triatomíneos, durante hematofagismo. Transfusão sanguinea Segundo mecanismo de maior importância epidemiológica; Transmissão congênita Ocorre quando existem ninhos de amastigotas na placenta liberam Tripomastigota Circulação fetal. Mecanismos de transmissão Transmissão oral: Amamentação (fase aguda da infecção); Alimentos contaminados com fezes ou urina de triatomíneos infectados; Penetração ocorre pela mucosa da boca íntegra ou lesada. Mecanismos de transmissão Transplante: Pode desencadear fase aguda grave; Drogas imunossupressoras Acidentes em laboratório Doença de Chagas Fase aguda Sintomática ou Assintomática; Na infância pode levar a morte; Acometimento da conjuntiva ou na pele, ocorrendo entre 4 a 10 dias após a picada; Edema unilateral da pálpebra; Febre, edema localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas. Doença de Chagas Fase aguda Doença de Chagas Fase Crônica Assintomática: fase latente, 10 a 30 anos; Sintomática: Acometimento cardiovascular ou digestivo com intenso processo inflamatório. Doença de Chagas Forma cardíaca A forma cardíaca atinge cerca de 20% a 40% dos pacientes no centro-oeste e sudeste do Brasil. Insuficiência cardíaca congestiva; Substituição por áreas de fibrose interrompendo fibras e fascículos, ocasionando diminuição da massa muscular. Diminuição da circulação Fenômenos tromboembólicos infarto em vários órgãos. Arritmia Doença de Chagas Forma cardíaca Doença de Chagas Forma Digestiva No Brasil esta presente de 7% a 11% dos casos. Alterações funcionais como megaesôfago e megacólon devido a incoordenação motora. Doença de Chagas Diagnóstico Imunofluorescência indireta Doença de Chagas Diagnóstico Hemaglutinação indireta Doença de chagas Diagnóstico Elisa (enzima) Doença de Chagas Prevenção: Combate aos Triatomíneos Dedetização de casas de pau-a-pique Melhoria da habitação Identificação e seleção dos doadores de sangue
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