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AN02FREV001/REV 4.0 40 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 41 CURSO DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 42 MÓDULO II 3 PERMACULTURA Vejamos a definição de Permacultura por um de seus criadores: Uma definição mais atual de permacultura, que reflete a ampliação da abordagem implícita no livro Permacultura Um, é: “Paisagens conscientemente desenhadas que reproduzem padrões e relações encontradas na natureza e que, ao mesmo tempo, produzem alimentos, fibras e energia em abundância e suficientes para prover as necessidades locais.” As pessoas, suas edificações e a forma como se organizam são questões centrais para a permacultura. Assim, a visão da permacultura de uma agricultura permanente ou sustentável evoluiu para uma visão de uma cultura permanente sustentável. (HOLMGREN, 2007, p. 3) FIGURA 26 – FLOR DA PERMACULTURA FONTE: Disponível em: <http://naturaekos.com.br/blog/design-sustentavel/voce-sabe-o-que-e- permacultura/. Acesso em: 12 jun. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 43 Essa filosofia prega a reprodução dos modelos da natureza, criando sistemas ecologicamente corretos, viáveis economicamente e que se sustentem ao longo de sua aplicação. Três diretrizes definem a ética da Permacultura, que são: RESPEITO COM AS PESSOAS: orientação de como atender de forma satisfatória as principais necessidades humanas, a saber – abrigo, alimentação, educação, saúde e trabalho. Sua importância é significativa em virtude da intervenção humana em seu meio e as consequências do antes, durante e principalmente após esse estabelecimento. CUIDADO COM A TERRA: aconselha no método de como proceder com os seres vivos e inanimados. Utilização racional dos recursos com um sistema de viver coerente. COERÊNCIA COM A DISTRIBUIÇÃO DOS EXCEDENTES: determina a quantidade de tempo, capital e energia para alcançar as metas traçadas no cuidado com a Terra e as pessoas, ou seja, sempre que atendidas nossas necessidades e tendo os sistemas devidamente racionalizados em nosso favor, poderemos e deveremos nos organizar para que nosso semelhante alcance os mesmos propósitos. Dentro da filosofia da Permacultura existem alguns princípios que determinam as ações em qualquer local de sua inserção. Vejamos de uma forma sintética a seguir (SATTLER, 2007): Cada elemento (casa, estrada, açude, horta, etc.) é posicionado em relação ao contexto auxiliando-se mutuamente; Cada elemento deverá ter o maior número de funções possíveis ao ser escolhido; Sempre buscar suprir as necessidades básicas, tais como, a água, alimentação, energia, por meio de duas ou mais maneiras; Prever o emprego eficiente da energia. O uso dos recursos naturais é elementar e essencial; Usar preferencialmente recursos biológicos em detrimento de combustíveis fósseis; AN02FREV001/REV 4.0 44 Lançar mão da reciclagem de resíduos; Exercer a policultura e diversidade de espécies; Emprego de padrões naturais; Criar a consciência de que não existem problemas, mas sim oportunidades. A Permacultura traz inerente a sua filosofia, a não agressão à natureza pelo ser humano em suas possíveis técnicas de intervenção. Algumas associações realizadas com essa linha de pensamento podem ser registradas com o paisagismo produtivo: produção de alimentos isentos de produtos químicos. Podem também evidenciar a utilização e reutilização dos recursos naturais. 3.1 HISTÓRICO A Permacultura teve sua criação no final dos anos 1970 por Bill Mollison e David Holmgren, na Austrália, não tratando unicamente dos elementos de um sistema, mas principalmente, dos relacionamentos que podem ser criados entre eles, por meio da forma com que os colocamos no terreno (SATTLER, 2007). A primeira nomenclatura foi agricultura permanente. Depois veio a definição de cultura permanente, para se transformar no que chamamos hoje de Permacultura. Uma prática de vida adotada em diversas regiões do planeta. AN02FREV001/REV 4.0 45 FIGURA 27 – DAVID HOLMGREN E OS PRINCÍPIOS DA PERMACULTURA FONTE: Disponível em: <http://www.permanentculturenow.com/permaculture-pioneers-david- holmgren/. Acesso em 12 jun. 2013. FIGURA 28 – BILL MOLLISON FONTE: Disponível em: <http://www.vebu.de/alt/nv/nv_2001_1__Was_ist_Permakultur.htm>. Acesso em 12 jun. 2013. http://www.vebu.de/alt/nv/nv_2001_1__Was_ist_Permakultur.htm AN02FREV001/REV 4.0 46 3.2 PRINCÍPIOS DA PERMACULTURA São aplicáveis de uma forma universal com o intuito de acelerar o desenvolvimento do uso sustentável da terra e dos recursos, seja em qualquer circunstância, tanto de abundância como de escassez. O procedimento para satisfazer as necessidades da população dentro de parâmetros ecológicos requer uma mudança de postura cultural. Vamos ver um breve resumo dos princípios da sustentabilidade, encontrados no livro “Os Fundamentos da Permacultura” de autoria de David Holmgren. 3.2.1 Princípio 01: observe e interaja Uma relação livre e com harmonia, entre a natureza e o homem, aliada à observação atenta geram um bom design. O produto é gerado por meio de uma interação contínua com o objeto de observação. A Permacultura utiliza essas condições para desenvolver, de maneira consciente e contínua, sistemas de uso da terra e de vida que possam sustentar as pessoas pela era de energia decrescente. Mais do que a adoção e duplicação de soluções que se mostraram satisfatórias, o objetivo primordial desse princípio é facilitar a geração de pensamentos em longo prazo. Assim, em todo e qualquer nível é preciso acreditar nas habilidades de observação e interação cuidadosa para encontrarmos a linha de conduta mais indicada para a ação desejada. AN02FREV001/REV 4.0 47 3.2.2 Princípio 02: capte e armazene energia Vivemos em um mundo com muitas riquezas coletadas de combustíveis fósseis, as quais foram utilizadas ao longo dos anos, e em consequência os estoques vêm diminuindo. Precisamos aprender a economizar as riquezas que estamos consumindo e desperdiçando para um futuro próximo. Algumas fontes de energia podem ser decorrentes do sol, ventos, água e recursos desperdiçados, pelo setor agrícola, industrial ou comercial. 3.2.3 Princípio 03: obtenha rendimento No princípio anterior vimos a necessidade de utilizar os recursos existentes para investimentos em longo prazo. Porém, necessitamos nos manter também agora, no presente. O terceiro princípio diz respeito ao planejamento de qualquer sistema que nos proporcione autossuficiência em qualquer nível, fazendo uso de energia capturada e armazenada eficientemente. Sem a produção útil e satisfatória, qualquer coisa projetada tenderá a enfraquecer, enquanto elementos que gerem produção imediata terão sucesso. 3.2.4 Princípio 04: pratique a autorregulação e aceite o feedback Sistemas autorreguláveis são a busca da Permacultura. Um sistema que possui em sua composição elementos autossuficientes e independentes é mais eficiente e resistente às turbulências. AN02FREV001/REV 4.0 48 O desenvolvimento de culturase comportamentos mais condizentes com aceitação de feedback da natureza, evita a exploração abusiva dos recursos naturais. O feedback negativo precisa de direção para produzir uma mudança corretiva, mas não excessiva a ponto de prejudicar ou impossibilitar o desenvolvimento do sistema. 3.2.5 Princípio 05: use e valorize os serviços e recursos renováveis Os recursos renováveis são aqueles que são repostos por processos naturais ao longo de períodos coerentes, sem a necessidade de grandes insumos que não possuem renovação. Os serviços renováveis são aqueles que obtemos de plantas, animais, solo e água vivos, sem consumi-los. O design da permacultura pontua o melhor uso dos recursos naturais que não envolvam consumo para minimizar novas demandas e potencializar as boas relações entre a natureza e os seres humanos. 3.2.6 Princípio 06: não produza desperdícios Nesse princípio são reunidos os valores tradicionais da frugalidade e cuidado com os bens materiais, a preocupação moderna com a poluição e a perspectiva mais radical que relaciona os desperdícios como recursos e oportunidades. Os processos desenvolvidos dentro da indústria são caracterizados pelo modelo insumo-produto, em que os insumos são materiais naturais e energia, e os produtos são coisas ou serviços. Dando um passo além, no futuro, vamos perceber que todas essas coisas produzidas acabam virando lixo e que o mais insignificante dos serviços redunda na degradação de recurso e energia em resíduos que não podem ser aproveitados. AN02FREV001/REV 4.0 49 “Hoje deveríamos reconhecer aqueles que reusam criativamente os desperdícios como a verdadeira essência de uma vida com mínimo impacto na Terra” (HOLMGREN, 2007, p.18). Ainda que seja menos interessante do que buscar maneiras de usar abundâncias indesejadas, a manutenção daquilo que já temos vai se tornar um assunto potencial em um mundo com energias em declínio. 3.2.7 Princípio 07: design partindo de padrões para chegar aos detalhes A ideia que originou a Permacultura foi a floresta tomada como modelo para a agricultura. Apesar de existirem ainda muitas críticas e limitações nesse modelo, ainda é considerável o pensamento. Enquanto que os modelos tradicionais de uso da terra nos fornecem muitos modelos para o design de sistemas completos, as pessoas imersas na cultura local necessitam uma experiência nova que lhes permita enxergar a paisagem e suas comunidades de uma maneira nova. (...) O contexto mais amplo da comunidade, ao invés de fatores técnicos, pode geralmente, determinar o sucesso de uma solução. (HOLMGREN, 2007, p. 19) 3.2.8 Princípio 08: integrar ao invés de segregar Os diversos tipos de relacionamentos que aproximam os elementos em sistemas mais estreitamente interligados, e os métodos de design mais vançados de comunidades de plantas, animais e pessoas para obter benefícios desses relacionamentos, é o objetivo desse princípio. A habilidade do designer para criar sistemas que sejam estreitamente interligados depende de uma ampla visão de inter-relacionamentos de encaixe perfeito que carcaterizam as comunidades sociais e ecológicas. Tanto como um design predefinido, temos que antecipar, e acomodar, as relações sociais e ecológicas efetivas que se desenvolvem a partir da auto- organização e crescimento.(...) Quando se tem um arranjo adequado de plantas, animais, obras de terra e outros tipos de infra-estrutura, é possível se desenvolver um grau mais elevado de integração e autorregulação sem a AN02FREV001/REV 4.0 50 necessidade de intervenções humanas constantes para manejo corretivo. (...) A permacultura pode ser vista como parte de uma longa tradição de conceitos que enfatizam os inter-relacionamentos mutuamante e com simbiose em relação aos demais que são competitivos e predatórios. (HOLMGREN, 2007, p.20-21) 3.2.9 Princípio 09: use soluções pequenas e lentas Os sistemas devem ser concebidos para que as funções sejam executadas em menor escala de forma prática e eficiente no uso da energia para determinada função. A escala e capacidade humana deveriam ser a unidade de medida para uma sociedade sustentável democrática e humana. Podemos colocar como exemplo as grandes cidades com elevada densidade populacional. A aparente facilidade propiciada pelos automóveis congestiona o trânsito e prejudica a qualidade de vida, enquanto as bicicletas, mais eficientes na economia de energia, proporcionam liberdade de movimento sem barulho e poluição. Sem contar, que as bicicletas, podem ser fabricadas e montadas de maneira mais eficiente e em indústrias de menor porte que a automobilística. 3.2.10 Princípio 10: use e valorize a diversidade É importante sempre dispor do que o planeta nos fornece e valorizar a diversidade dos ecossistemas, aproveitando o que a natureza nos disponibiliza no local de implantação. A enorme diversidade de formas, funções e interações na natureza e na humanidade são a fonte da complexidade sistêmica que evolui ao longo dos tempos. O valor da diversidade na natureza, cultura e Permacultura são dinâmicos, complexos, e às vezes, aparentemente contraditórios em si mesmos. A diversidade necessita ser vista como o resultado do equilíbrio e da tensão existente na natureza entre a variedade e possibilidade de um lado, e de produtividade e força de outro. (...) Embora muitos movimentos sociais e ambientais somente reconheçam a diversidade biológica e cultural pré-existente, a Permacultura também está ativamente engajada em criar novas biodiversidades biorregionais a partir da fusão de elementos herdados da natureza e da cultura. (HOLMGREN, 2007, p. 23) AN02FREV001/REV 4.0 51 3.2.11 Princípio 11: use as bordas e valorize os elementos marginais Aqui predomina o cuidado na observação não só dos protagonistas de um sistema, mas também dos coadjuvantes que integram o conjunto como um todo. Cada integrante tem seu papel para acontecer o perfeito funcionamento do ecossistema. Uma vez reconhecidos e devidamente valorizados, esses aspectos podem ser aproveitados de uma maneira mais abrangente, contribuindo indireta e diretamente com a potencialização na produtividade geral. Fazer distinções e deixar de lado pequenos agentes pode acabar por comprometer todo sistema. 3.2.12 Princípio 12: use criativamente e responda às mudanças Encontramos aqui duas vertentes: realização de um design levando em conta as mudanças de uma forma deliberada e cooperativa, e responder de forma criativa ao design de mudanças de larga escala do sistema que escapa ao nosso controle. “A Permacultura diz respeito à durabilidade de sistemas vivos naturais e da cultura humana, mas essa durabilidade depende de certa flexibilidade e mudança” (HOLMGREN, 2007, p.25). As mudanças são inevitáveis. O universo passa por transformações constantes e reinventa-se a todo o momento. Devemos estar atentos aos sinais e responder de forma inteligente, para que possamos nos adaptar rapidamente ao novo cenário que aparece. O mais importante é que respondamos de forma criativa, sem agredir o meio, para que a coexistência seja harmoniosa. AN02FREV001/REV 4.0 52 3.3 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Listamos nesse capítulo algumas das práticas de sucesso que levam em conta os princípios da Permacultura, especificamente dentro da temática arquitetônica. Técnicas que datam de longos períodos e que incorpora em sua essência a prática primordial da sustentabilidade. Práticas que visam o aproveitamento dos recursos disponíveis, no local de implantação da edificação. Métodos simples e baratos, mas o principal, altamente eficientes quanto à economia de energia e conforto humano. Em regiões rurais as práticas ainda são empregadas, sobretudo onde a escassez de recursos financeiros aparececomo um condicionante, contudo não se deve rotular esse sistema em virtude dessa utilização. São formologias construtivas que podem satisfazer empreendimentos de maior vulto sem desmerecer sua importância. 3.3.1 Adobe A técnica do adobe consiste em criação de tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em formas por processo artesanal ou semi-industrial. Pelas características físicas que constituem o barro, as casas apresentam em seu interior um microclima agradável. Em virtude desse fator, é comum que em áreas de clima quente severo, seja empregado o adobe, pois sua inércia térmica, garante diminuição de calor em relação ao ambiente externo, ao mesmo tempo em que evita a perda de calor para o exterior em momentos de temperatura mais baixa. Igualmente para climas que possuem variação entre as estações de calor e frio, o acondicionamento térmico é garantido pelas características do material. AN02FREV001/REV 4.0 53 Vantagens dessa técnica: • Conforto térmico; • Material encontrado no local de utilização; • Preparação in loco; • Rapidez de confecção dos tijolos; • Sistema acessível e barato. FIGURA 29 – TIJOLO DE ADOBE FIGURA 30 – PAREDE DE ADOBE FIGURA 29 FONTE: Disponível em: <http://cilpes.blogspot.com.br/2012/05/solucoes-e-tecnicas-tradicionais- o.html>. Acesso em: 15 jun. 2013. FIGURA 30 FONTE: Disponível em: <http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-parede-de-tijolo-de-adobe- image16404670>. Acesso em: 15 jun. 2013. 3.3.2 Super Adobe Essa técnica utiliza sacos de polipropileno preenchidos com terra que são sobrepostos e moldam as paredes e a cobertura da edificação. Em seguida passa- se um pilão para solidificar a mistura. http://cilpes.blogspot.com.br/2012/05/solucoes-e-tecnicas-tradicionais-o.html http://cilpes.blogspot.com.br/2012/05/solucoes-e-tecnicas-tradicionais-o.html http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-parede-de-tijolo-de-adobe-image16404670 http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-parede-de-tijolo-de-adobe-image16404670 AN02FREV001/REV 4.0 54 FIGURA 31 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM SUPERADOBE FONTE: Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm>. Acesso em: 15 jun. 2013. Para uma maior proteção contra a umidade as paredes podem ser feitas sobre uma base de pedra. Uma largura admissível seria de 40 a 50 centímetros para uma estrutura mais sólida. FIGURA 32 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM SUPERADOBE FONTE: Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm>. Acesso em: 15 jun. 2013. http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm AN02FREV001/REV 4.0 55 Para demarcar janelas e portas são utilizados espaçadores. A cobertura recebe ripas de madeira e telhas ou simplesmente a própria moldura de adobe em forma de iglu. FIGURA 33 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM SUPERADOBE FONTE: Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm>. Acesso em: 15 jun. 2013. FIGURA 34 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM SUPERADOBE FONTE: Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm>.Acesso em: 15 jun. 2013. http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe4.htm AN02FREV001/REV 4.0 56 3.3.3 Taipa O primeiro passo, para construir uma parede de taipa é a locação de taipas de madeira, ou seja, duas pranchas que delimitam a espessura da parede a ser feita. Depois disso, o barro é colocado e amassado até ganhar consistência. Uma vez seca a camada de barro, retira-se as taipas de madeira e instalam-se as mesmas logo acima da parede terminada para construir uma nova fiada de parede. As características do barro conferem aos ambientes uma boa acústica e excelente conforto térmico, semelhante à técnica do adobe. Outro fator positivo é que o barro é encontrado no local de construção e não tem valor agregado como os materiais de construção, tornando a obra barata e fácil de ser executada, pois não requer tecnologia apurada para sua execução. A grande diferença entre os outros sistemas que utilizam como matéria- prima o barro, é que a parede de taipa constitui-se por um único elemento, ou seja, um bloco maciço de terra, conferindo dessa forma uma durabilidade mais estendida. FIGURA 35 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM TAIPA 1 2 3 FONTE: Disponível em: <http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe6.htm>. Acesso em: 10 jan. 2013. http://ambiente.hsw.uol.com.br/adobe6.htm AN02FREV001/REV 4.0 57 3.3.4 Pau a pique A técnica do pau a pique é basicamente a aplicação de camadas de barro em uma parede feita de trama de madeira, geralmente o bambu. Erguem-se as tramas de madeira que formam as paredes e constituem-se assim as delimitações e fechamentos da habitação. O passo seguinte é abrir as áreas onde ficarão as janelas e portas. O passo seguinte é cobrir a casa, então é instalado o madeiramento do telhado e posteriormente a cobertura. Para constituir a cobertura são usadas telhas cerâmicas, ou em casos mais modestos, folhas de coqueiro e carnaúba. Em ambos os casos é deixado, em todo o perímetro da casa, um prolongamento do telhado, conhecido como beiral, para proteção contra o sol, vento e chuva. O último passo é aplicar o barro na parte externa e interna das tramas de madeira até conformar as paredes. A finalização das paredes é feita com a aplicação de uma camada de cal para conferir uma maior estanqueidade e por consequência aumentar a durabilidade. AN02FREV001/REV 4.0 58 FIGURA 36 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM PAU A PIQUE FONTE: Disponível em: <http://www.coopertecti.com.br/desenvolvimento-sustentavel>. Acesso em: 10 jan. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 59 3.3.5 Sanitário seco FIGURA 37 – BANHEIRO SECO FONTE: Disponível em: <http://sitiorefazenda.blogspot.com.br/2011/08/sanitario-seco-ou- compostavel-cont.html>. Acesso em: 19 jun. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 60 FIGURA 38 – ELIMINAÇÃO DOS DEJETOS COM AUXÍLIO DA SERRAGEM FONTE: Disponível em: <http://especiais.ne10.uol.com.br/vocemais20/016-produtos-quimicos-e- dejetos.html>. Acesso em: 19 jun. 2013. O seu funcionamento reside basicamente no acúmulo dos dejetos humanos em uma câmara fechada durante um tempo necessário para sofrer o processo de decomposição, sendo assim, os dejetos, papel higiênico e serragem se misturam e transformam-se em adubo. Uma vez utilizado o banheiro, joga-se uma porção de serragem e por queda todos os componentes chegam a uma câmara de acúmulo, sem a utilização de água para eliminação. Como mostra a figura 37, com o esquema de montagem do banheiro, temos um cano que funciona como exaustor e uma chapa que fecha a câmara, pintados de preto para absorver calor para prevenir agentes patológicos e odores excessivos. Para um melhor desempenho é conveniente que se posicione a câmara em direção ao Norte para absorver mais calor durante o dia. Nos banheiros ecológicos mais eficientes acontece a separação da urina e dos dejetos sólidos, consistindo basicamente em termos um local distinto do outro, onde a urina pode ser acumulada e utilizada como fertilizante de solo, enquanto os dejetos acumulados são utilizados como adubo natural. AN02FREV001/REV 4.0 61 Em uma realidade em que grande parte da população brasileira não possui banheiro em suas casas, essa seria uma técnica barata, eficiente e ecologicamente correta, pois não faz uso de água, não contamina o solo e não depende de rede de esgoto e saneamento da cidade para funcionar. FIGURA 39 – SANITÁRIO COM SEPARADOR DE URINA E DEJETOS. FONTE: Disponível em: <http://banheirosecoecologico.blogspot.com.br/>. Acesso em: 19 jun. 2013.http://banheirosecoecologico.blogspot.com.br/ AN02FREV001/REV 4.0 62 3.3.6 Telhado verde FIGURA 40 – TELHADO VERDE FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nor%C3%B0rag%C3%B8ta,_Faroe_Islands_(2).JPG>. Acesso em: 19 jun. 2013. Telhado verde é uma prática que consiste na montagem de uma estrutura acima da cobertura da casa composta por camadas de preparo (distintos materiais conforme figura 41), solo e vegetação. Entre as suas principais características positivas estão: drenagem, isolamento térmico, isolamento acústico, compensação da área permeável utilizada para implantação da edificação e o agradável aspecto visual proporcionado. Consegue-se também, com essa técnica, benefícios para a saúde ambiental e equilíbrio da biodiversidade. O teto verde mantém a umidade relativa do ar constante em torno da edificação, formando um microclima local agradável e AN02FREV001/REV 4.0 63 purificando a atmosfera local. As plantas utilizadas, sempre adequadas aos impactos gerados pelo sol e intempéries, acabam por realizar uma filtragem da água que pode ser armazenada e reutilizada para fins diversos, inclusive consumo humano. FIGURA 41 – CORTE ESQUEMÁTICO FONTE: Disponível em: <http://amacedofilho.blogspot.com.br/2010/07/telhados-verdes-e-jardins- verticais.html>. Acesso em: 19 jun. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 64 FIGURA 42 – TELHADO VERDE EM EDIFÍCIO FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:20080708_Chicago_City_Hall_Green_Roof.JPG>. Acesso em: 19 jun. 2013. 3.4 ESTUDO DE CASOS – MODELOS E PROPOSTAS 3.4.1 Mapa temático da estação de Permacultura: Casa Colmeia Temos nessa proposta modelo um exemplo de diversas técnicas e procedimentos que poderiam ser adotados para ter como fim uma estação de convivência dentro dos princípios da Permacultura (CASA COLMEIA, 2013): http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:20080708_Chicago_City_Hall_Green_Roof.JPG AN02FREV001/REV 4.0 65 FIGURA 43 – CASA COLMEIA – ESTAÇÃO PERMACULTURA FONTE: Disponível em: <http://ptbr.protopia.wikia.com/wiki/Constru%C3%A7%C3%A3o/Permacultura> Acesso em: 19 jun. 2013. • 1. Casa Mãe: bioconstrução de custo baixo onde temos a cozinha e espaço para oficinas. • 2. Abrigo da Família: construção com material reciclado e reutilizado para sua construção. • 3. Banheiro Seco: não usa água e sim serragem para tirar o odor das fezes humanas, depositadas em uma câmara para formação de húmus. • 4. Abrigo para Voluntários: construído em pneu e barro socado, essa construção serve para acomodar e hospedar visitantes em caso de emergência. • 5. Lago: espaço para criação de peixes e plantas aquáticas para promover a biodiversidade. AN02FREV001/REV 4.0 66 • 6. Horta Mandala: jardim produtivo com hortaliças e plantas comestíveis. São em formato circular para reter melhor os nutrientes e compor uma harmonia estética visual. • 7. Forno Solar: uso da energia solar para cozinhar e assar a alimentação. • 8. Espiral de Ervas Medicinais: temperos e ervas funcionais, uma verdadeira farmácia natural. • 9. Composteira: onde se recicla o lixo orgânico. • 10. Pia Reciclada: feita de vidro, bambu e pneus de automóveis, onde se lava a louça da casa. • 11. Minhocário: criação de minhocas que auxiliam a processar restos orgânicos e transformar o húmus para adubo do solo. • 12. Combosteira: onde são compostadas as fezes humanas. É uma câmara pintada de preto para aquecer e eliminar elementos patológicos. Após é utilizado como adubagem. • 13. Reciclagem: depósito de materiais que podem ser reciclados e reutilizados em alguma outra função, com separação de vidros, metais, plásticos, papéis e outros. • 14. Calçada Produtiva: objetivo de servir para produzir alimentos para a comunidade. • 15. Secador Solar: para secar alimentos ao sol, como tomates, frutas, sementes e chás. • 16. Roça Circular: plantação de milho, feijão, batata, mandioca, girassol, etc. • 17. Circulo de Bananeiras: são os filtros biológicos das águas das pias e banhos. Usa-se sabão biodegradável feito a partir de óleo reutilizado. • 18. Teto vivo: os telhados das casas são cobertos por plantas, para substituir telhas manufaturadas e proporcionar conforto térmico interno, além do conforto visual. AN02FREV001/REV 4.0 67 3.4.2 IPEMA – Ubatuba FIGURA 44 – VIVEIRO DE MUDAS FIGURA 45 – VIVEIRO DE MUDAS FIGURA 44 Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de- ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp>. Acesso em: 19 jun. 2013. FIGURA 45 Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de- ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp>. Acesso em: 19 jun. 2013. O IPEMA, Instituto de Permacultura e Eco vilas da Mata Atlântica, possui um sistema de orientação de atividades e espaço físico dentro da filosofia da Permacultura. Todas as construções são de materiais reciclados. As casas são construídas pelos próprios moradores e feitas de pau a pique e os pisos são constituídos igualmente de diversos materiais reciclados. Os banheiros são secos e a energia solar é utilizada para fins diversos. Uma parte dos alimentos que são consumidos provém do próprio local. A produção não recebe agentes químicos, mas sim os adubos criados pelo acúmulo de lixo orgânico e banheiros secos. A irrigação da horta é feita com a reutilização das águas cinza, devidamente purificadas por filtros biológicos. http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp AN02FREV001/REV 4.0 68 FIGURA 46 – CASA SUSTENTÁVEL FONTE: Disponível em: <http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as- belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp>. Acesso em: 19 jun. 2013. 3.4.3 Chácara Asa Branca – Brasília Complexo com quatro casas de barro em uma área afastada do centro da cidade, onde é captada a água da chuva para todos os fins e os banheiros seguem a metodologia do banheiro seco. O barro utilizado para a construção das casas deixou um buraco no terreno que foi utilizado para fazer o reservatório da água. Os cômodos das casas são vazados para entrada de luz e ventilação natural, e vidros reciclados foram utilizados nas paredes para ampliar a área de iluminação natural. Temos ainda a utilização do telhado verde na cobertura das casas. http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp AN02FREV001/REV 4.0 69 As mudas são produzidas em viveiros, onde o adubo é composto pela compostagem das fezes humanas do banheiro seco e restos de matéria orgânica. Na verdade são encontrados nessa proposta, os principais tópicos que são difundidos e cultuados pela filosofia da Permacultura, respeito à natureza e menor agressão possível na intervenção humana no meio natural. FIGURA 47 – CASA SUSTENTÁVEL FONTE: Disponível em: <http://www.ipoema.org.br/ipoema/visite-a-asa-branca-setembro/>. Acesso em: 19 jun. 2013. http://www.ipoema.org.br/ipoema/visite-a-asa-branca-setembro/ AN02FREV001/REV 4.0 70 4 USO E REÚSO DOS RECURSOS E ENERGIASNATURAIS FIGURA 48 – USO DE RECURSOS NATURAIS FONTE: Disponível em: <https://www.facebook.com/RENOVARECO. Acesso em: 12 jun. 2013. Os recursos naturais presentes na natureza, nem sempre são utilizados de forma adequada, ou em situações críticas são simplesmente deixados de lado. Por meio de técnicas simples e posturas ecologicamente corretas podemos não só utilizar de forma racional os recursos naturais, como fomentar a sua reutilização, prevenindo assim a sua renovabilidade. 4.1 RECURSOS NATURAIS Separamos em três tópicos os principais recursos naturais disponíveis em nosso planeta, que são: os recursos hídricos, a energia solar e a energia eólica. Recursos esses que podem ser utilizados para diversos fins pelo homem, na execução e ocupação de edificações. https://www.facebook.com/RENOVARECO AN02FREV001/REV 4.0 71 4.1.1 Hídricos Os recursos hídricos representam todas as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis em nosso universo. FIGURA 49 – RECURSOS HÍDRICOS FONTE: Disponível em: <http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos>. Acesso em: 19 jun. 2013. A água potável, ou seja, a água doce presente na natureza é bastante restrita. Aproximadamente 97,61% da água total do planeta é proveniente das águas dos oceanos. As calotas polares e geleiras representam 2,08%, água subterrânea 0,29%, água doce de lagos 0,009%, água salgada de lagos 0,008%, água misturada no solo 0,005%, rios 0,00009% e vapor d’água na atmosfera 0,0009% (BRASIL ESCOLA, 2013). Diante desses percentuais, apenas 2,4% da água é doce, porém, somente 0,02% está disponível em lagos e rios que abastecem as cidades e pode ser consumida (BRASIL ESCOLA, 2013). http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos AN02FREV001/REV 4.0 72 Diante de números, que para muitos, causa uma grande surpresa, nos deparamos com outro dado ainda mais alarmante: a poluição de lagos, riachos, rios e seus afluentes. O meio urbano em todo o Brasil, apresenta altos índices de poluição dos seus rios e arroios. A ação desmedida do ser humano depreda e compromete não só o futuro, mas também o nosso momento presente. Mudar posturas e procedimentos, por parte do cidadão, é imprescindível para que possamos alterar esse panorama desanimador. Ao governo cabe o compromisso de firmar políticas de divulgação e fiscalização para engajamento da sociedade na defesa desse recurso que é essencial para todos os ecossistemas presentes em nosso planeta. Na arquitetura temos que nos comprometer com algumas práticas que possam minimizar impactos e potencializar o uso e reutilização da água. O primeiro passo é uma especificação de materiais que evitem desperdícios de água dentro da edificação. Tubos e conexões de qualidade e bem executados evitam que surjam vazamentos que acarretam não só o prejuízo à edificação, sobretudo ao desperdício desse recurso valioso. Outra medida recomendada é adoção de equipamentos que comprovem a economia no consumo da água. Já existem no mercado, torneiras, pias, vasos sanitários e eletrodomésticos que atendem a esse quesito. Alguns métodos inovadores podem ajudar bastante para consolidação desse propósito. AN02FREV001/REV 4.0 73 FIGURA 50 – SISTEMA DE RECICLAGEM DE ÁGUA FONTE: Disponível em: <http://eficienciahidrica.wordpress.com/2012/02/08/sistema-economiza-e- recicla-agua-da-casa-de-banho/>. Acesso em: 19 jun. 2013. Outro recurso que ainda não é utilizado em grande escala é o aproveitamento da água da chuva. A implantação desse sistema é de baixo custo e de fácil instalação. A partir dos telhados da edificação a água passa por um recolhimento e filtragem para acondicionamento em cisternas. Da cisterna a água é direcionada para um reservatório superior, e deste, direcionada para os ambientes onde será utilizada. É necessário que se tenha um sistema de distribuição separado do abastecimento de água potável. A água da chuva pode ser utilizada para irrigação, lavagem de áreas externas, roupas e automóveis, e também para descargas de bacias sanitárias. AN02FREV001/REV 4.0 74 FIGURA 51 – CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA FONTE: Disponível em: <http://casaecologicatfg.blogspot.com.br/2007_12_01_archive.html>. Acesso em: 19 jun. 2013. 4.1.2 Energia solar A energia solar refere-se a toda a captação de energia luminosa ou térmica proveniente dos raios solares e que após o processo de transformação é utilizada para diversos fins dentro da edificação. A captação se dá por células fotovoltaicas ou por coletores solares. Os coletores solares são painéis que têm a função de transferir o calor da radiação solar para a água ou óleo que passa por dentro deles, para então ser utilizado como fonte AN02FREV001/REV 4.0 75 de calor. Esse sistema é utilizado em casas, hotéis e empresas para o aquecimento de água, utilizada em diversas atividades, aquecimentos de ambientes ou até em processos industriais. FIGURA 52 – PAINÉIS FOTOVOLTAICOS FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Solar_Panels.jpg>. Acesso em 19 jun. 2013. A montagem das células fotovoltaicas é feita com uma modulação que cria painéis para a captação dos raios solares. Nesse sistema, um dos materiais empregados é o silício, onde acontece a transformação da radiação solar em energia elétrica, por meio do processo chamado “efeito fotovoltáico”. Essa energia alternativa e limpa pode complementar e substituir outras fontes tradicionais. Vantagens: • Energia limpa, não polui. A fabricação dos equipamentos acarreta uma poluição mínima e controlável; • Baixa manutenção do sistema; http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Solar_Panels.jpg AN02FREV001/REV 4.0 76 • Os custos de instalação diminuem aos longo dos anos, possibilitando maiores aplicações; • Em territórios com alta incidência solar o sistema pode ser utilizado durante todo o ano, reduzindo assim o consumo de outros tipos de energia. Desvantagens: • Variação de produção de acordo com as condições climáticas, além de períodos noturnos impossibilitarem a produção de energia por ausência do sol; • Locais no planeta com invernos rigorosos comprometem a captação solar; • As formas de armazenamento são menos eficientes que às por combustíveis fósseis ou por hidrelétricas. Concluímos que a energia solar é extremamente útil e viável, porém não pode ser a única fonte de energia para um empreendimento, pois como vimos acima, em determinadas regiões e períodos do ano, a redução de incidência solar é diretamente proporcional à captação e utilização da mesma. Deve-se então, associar energias tradicionais ao sistema de captação da energia solar. Com essa associação podemos reduzir a conta de luz e contribuir significativamente com o planeta na redução de emissões poluidoras. AN02FREV001/REV 4.0 77 FIGURA 53 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO SOLAR FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/fisica/aquecimento-agua-por-energia- solar.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013. 4.1.3 Energia eólica Quando falamos em captação da energia eólica, que é proveniente dos movimentos dos ventos acabamos nos remetendo aos grandes aerogeradores distribuídos em vastas áreas territoriais para o acúmulo de energia. O movimento do ar gira as pás desses elementos e por meio desse gerador, é fornecida energia pelas turbinas que promovem o fornecimento de energia. http://www.brasilescola.com/fisica/aquecimento-agua-por-energia-solar.htm http://www.brasilescola.com/fisica/aquecimento-agua-por-energia-solar.htm AN02FREV001/REV 4.0 78 FIGURA 54 – AEROGERADORES FONTE: Disponível em: <http://www.recriarcomvoce.com.br/>Acesso em: 20 jun. 2013. Em regiões litorâneas ou em vastos campos, onde o movimento dos ventos atinge velocidades consideráveis, o potencial de captação e transmissão dessa energia atinge patamares muito altos e sendo assim, pode ser utilizada em substituição e complemento aos métodos convencionais. Igualmente em regiões urbanas, desde que após um estudo se comprove a incidência satisfatória de ventos, pode ser implantado em menor escala o sistema para captação e utilização dessa energia alternativa. Inclusive, já existem casos estabelecidos de produção de energia domiciliar por meio de geradores eólicos propícios adaptados para os fins residenciais. http://www.recriarcomvoce.com.br/ AN02FREV001/REV 4.0 79 FIGURA 55 – CAPTAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA EM RESIDÊNCIAS FONTE: Disponível em: <http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/existem- sistemas-eolicos-de-energia-para-uso-residencial.jhtm>. Acesso em: 12 abr. 2013. FIM DO MÓDULO II
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