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Apostila CPA20 2017 Atualizada_CEBESA

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Certificação CPA-20 
 
 
 
 
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CEBESA 
Curso Preparatório 
Certificação Profissional 
ANBIMA série CPA-20 
(atualização Março/2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Certificação CPA-20 
 
 
 
 
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Índice 
MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO (ATÉ 10%) .......................... 6 
1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTOREGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ................................................................... 8 
1.2 INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS (SUBSISTEMA OPERATIVO) .................................................................... 12 
1.3 TIPOS DE INVESTIDORES ..................................................................................................................... 14 
MÓDULO 2 – COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E API (ATÉ 25%) ................................................................................ 18 
2.1 RISCO DE IMAGEM E RISCO LEGAL ....................................................................................................... 19 
2.2 CONTROLES INTERNOS – RESOLUÇÃO CMN 2.554/98.......................................................................... 19 
2.3 PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................. 21 
2.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS .............................................................................................................. 24 
2.5 API (CÓDIGO ANBIMA / INST. CVM 539) ............................................................................................ 25 
2.6 FATORES DOMINANTES DE SUITABILITY AO INVESTIDOR ......................................................................... 27 
2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS ......................................... 29 
MÓDULO 3 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS (ATÉ 10%) ....................................................... 37 
3.1 NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA .......................................................................................................... 38 
3.2 POLÍTICA ECONÔMICA ....................................................................................................................... 41 
3.3 NOÇÕES GERAIS DE FINANÇAS ............................................................................................................ 45 
MÓDULO 4 – INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E DERIVATIVOS (ATÉ 25%) ...................... 54 
4.1 MERCADO FINANCEIRO – CONCEITO GERAL ......................................................................................... 55 
4.2 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL .................................................................................................. 57 
4.3 INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA ......................................................................................................... 66 
4.4 DERIVATIVOS .................................................................................................................................... 79 
4.5 COE – CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS ............................................................................ 88 
4.6 NEGOCIAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA .............................................................................................. 90 
4.7 OFERTA PÚBLICA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ......................................................................... 92 
MÓDULO 5 – FUNDOS DE INVESTIMENTOS (ATÉ 25%) .................................................................................... 100 
5.1 FUNDOS DE INVESTIMENTOS – CONCEITOS, FUNÇÕES, REGULAMENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................ 101 
5.2 PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO ................................................................................................ 110 
5.3 CLASSIFICAÇÃO CVM ...................................................................................................................... 113 
5.4 DEMAIS FUNDOS DE INVESTIMENTOS................................................................................................. 116 
5.5 PERCENTUAIS DOS FUNDOS .............................................................................................................. 119 
5.6 TRIBUTAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS ................................................................................... 120 
5.7 CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS (FUNDOS DE INVESTIMENTO ........................................ 123 
5.8 CLASSIFICAÇÃO FUNDOS INVESTIMENTO ANBIMA ............................................................................... 127 
MÓDULO 6 – PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL (ATÉ 10%) .......................................... 131 
6.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA ................................................................................... 132 
6.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ................................................................ 133 
6.3 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) ............................................................................... 138 
6.4 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL) .................................................................................. 138 
6.5 ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS E MODALIDADES................................................................................... 139 
MÓDULO 7 – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO (ATÉ 20%) ............................................. 143 
7.1 RISCO – ESTATÍSTICA APLICADA ........................................................................................................ 144 
7.2 RISCO, RETORNO E DIVERSIFICAÇÃO ................................................................................................. 149 
7.3 CONTROLE DE RISCO E PERFORMANCE .............................................................................................. 155 
7.4 ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO ................................................................................... 162 
 
 
 
 
 
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AVISOS IMPORTANTES 
 
 
 Objetivo do Curso: englobar o conteúdo exigido no exame online de 
CERTIFICAÇÃO CPA-20 ANBIMA. 
 Conforme ARTIGO 59 do Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas 
Para o Programa de Educação Continuada, isenta-se a INSTITUIÇÃO ANBIMA 
de qualquer responsabilidade, utilização, elaboração, bem como publicação 
ou qualquer meio de divulgação deste curso. 
 Serão apresentados de maneira clara e objetiva todos os tópicos para a 
devida preparação na certificação ao aluno. 
 Segundo a Anbima, autorizada pela CVM, a CERTIFICAÇÃO CPA-20 se faz 
necessária a profissionais que desempenham atividades de comercialização 
e distribuição de produtos de investimento diretamente junto a investidores 
alta renda, bem como aos gerentes de agências que atendam aos segmentos 
private, corporate, investidores institucionais, e a profissionais que atendam 
aos mesmos segmentos em centrais de atendimento.o objetivo é com que 
você, aluno, tenha sucesso na certificação, obtendo no mínimo 70% de 
aproveitamento para estar apto a atuar com produtos de investimentodo 
mercado financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO CONTINUADA ANBIMA 
A ANBIMA é a principal entidade representante das instituições financeiras que 
atuam no mercado financeiro brasileiro, certificando profissionais para atuação com 
produtos financeiros junto ao público investidor em geral. 
Em conformidade com a Resolução 3.158 e 3.309 do Conselho Monetário Nacional 
houve, por meio de autorização da CVM e por iniciativa da ANBIMA (união da ANDIMA e 
da antiga ANBID) em conjunto com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), 
estabelecimento de exame de certificação (objeto deste curso preparatório) destinado a 
elevar significativamente a qualidade no conhecimento e propagação do mercado 
financeiro e seus produtos de investimento. 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
Neste curso serão abordados os módulos abaixo relacionados (percentual de 
composição do conteúdo no Exame de Certificação CPA 10): 
 
1º Módulo: Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado (até 10%); 
2º Módulo: Compliance Legal, Ética e API (até 25%); 
3º Módulo: Princípios Básicos de Economia, Finanças (até 10%); 
4º Módulo: Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (até 25%); 
5º Módulo: Fundos de Investimentos (até 25%); 
6º Módulo: Previdência Complementar Aberta: PGBL E VGBL (até 10%); 
7º Módulo: Mensuração, Gestão de Performance e Risco (até 25%). 
 
 
 
 
 
 
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Módulo 1 – Sistema 
Financeiro Nacional e 
Participantes do Mercado 
(até 10%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1 Órgãos de Regulação, Autoregulação e Fiscalização 
1.1.1 Conceito de Sistema Financeiro Nacional 
Conjunto de instituições públicas e privadas. O SFN se divide em dois grupos: 
Normativo e Operativo. Possui como principais objetivos viabilizar, intermediar, regular e 
coordenar a relação geral nos mercados financeiros entre os Agentes Poupadores 
(Superavitários em Recursos) e os Agentes Tomadores (Deficitários em Recursos). 
 
1.1.2 Órgãos Normativos e Supervisores 
CMN – Conselho Monetário Nacional 
(Min. Fazenda / Min. Planejamento / Presidente Bacen) 
• Normatizar a constituição e regulamento das instituições financeiras; 
• Determinar/Estabelecer a Política Economica em geral 
• Aprovar as emissões de papel moeda (R$ - reais); 
• Estabelecer as medidas e políticas necessárias para o equilíbrio econômico 
(Redesconto e Compulsório); 
*****DEFINE A META DE INFLAÇÃO – IPCA***** 
 
BACEN – Banco Central do Brasil 
Autarquia Federal. Principal órgão executor da economia onde sua principal função 
é de praticar as disposições da legislação em curso do CMN. 
• Controlar o Crédito! 
• Executar as políticas econômicas estabelecidas no CMN (Fiscal, Monetária e 
Cambial); 
• Efetuar as emissões de papel moeda (R$ - reais); 
• Compra e venda de Títulos Públicos Federais (Open Market); 
• Fiscalizar as Instituições Financeiras 
 
 
 
 
 
 
 
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CVM – Comissão de Valores Mobiliários 
A CVM é uma autarquia subordinada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de órgão 
normativo que executa as diretrizes definidas para o mercado de valores mobiliários. Neste 
mercado, são negociados diversos - Valores Mobiliários e Títulos – tais como: Ações, 
Debêntures e Fundos de Investimento (cotas). Os principais objetivos da CVM são: 
 Medidas de incentivo aos investimentos junto ao mercado de valores 
mobiliários; 
 Regular e coordenar o funcionamento das bolsas de valores; 
 Garantir a legalidade e procedimentos transparentes na negociação dos 
títulos e valores mobiliários; 
 Fiscalização de emissão de títulos, ofertas de distribuição, registro, e demais 
atividades de negociação utilizadas nas Bolsas pelas firmas de capital aberto 
(S/A’s) e Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários. 
 
 
 
 
CMN x BACEN (competências)
CMN é um órgão unicamente
NORMATIVO, Verbos: Determinar, 
Disciplinar, Limitar, Definir, 
Estabelecer e Regular. 
BACEN é o órgão executor da 
POLÍTICA ECONÔMICA. Verbos: 
Regular, administrar, emitir, receber, 
autorizar, fiscalizar, controlar e 
exercer. 
 
 
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Organograma Normativo - Sistema Financeiro Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP 
Órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; 
é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, 
representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência 
de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da 
Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, 
organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao 
SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos 
contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as 
diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das 
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e 
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e 
disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor. 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – Supervisor 
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Responsável pelo controle e 
fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas 
atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e 
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; cumprir e fazer 
BACEN 
(Executa – Fiscaliza – 
Regula – Cumpre) normas 
definidas para as 
Instituições Financeiras. 
Ampara Clientes 
 
CMN 
Min. Planej / Min. Fazenda / Pres. Bacen 
 
CVM 
(Fiscaliza – Regula) S/A’s, 
Bolsas, Agentes Financeiros 
(Corretoras). Protege 
Investidores. 
 
 
 
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cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; 
prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
 
Conselho Nacional de Previdencia Complementar - CNPC 
Órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado 
pelas entidades fechadas de previdência complementar. O CNPC é presidido pelo ministro 
da Previdência Sociale composto por representantes da Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência 
Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da 
Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência 
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de 
benefícios das referidas entidades. 
 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC (Supervisor) 
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as 
atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A 
Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades 
fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de 
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário 
Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. O Decreto nº 7.123, de 03 
de março de 2010, dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho Nacional de 
Previdência Complementar (CNPC) e dá outras providências. 
 
1.1.3 Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados 
Financeiro e de Capitais (Autorregulação) 
Órgão de classe – União das IF’s – AUTORREGULAÇÃO 
 Representa os interesses das instituições participantes (SIGNATÁRIAS). 
 
 
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 Autorregula suas atividades com normas mais rigorosas e detalhadas que as 
determinadas pela CVM, estabelecendo códigos próprios de regulação. 
 Promove a busca pela educação e informação de investidores e profissionais de 
mercado. 
 
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação 
Continuada: 
http://www.anbima.com.br/data/files/92/36/9F/4D/9B7675106582A275862C16A8/Codigo_
Certificacao_20150620_1_.pdf 
- CPA-10 se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que atuam 
na prospecção ou venda de produtos de investimento diretamente junto ao investidor, 
inclusive em agências bancárias ou Plataformas de Atendimento.; 
- CPA-20 se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que atuam 
na prospecção, venda de produtos de investimento ou manutenção de carteira de 
investimentos diretamente junto a investidores atendidos nos segmentos Varejo Alta 
Renda, Private Banking, Corporate e Investidores Institucionais. 
- CEA se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que 
assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas em investimentos, 
podendo indicar produtos de investimento. 
- CGA se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que 
desempenham atividades de gestão profissional de recursos de terceiros. 
 
1.2 Intermediários Financeiros (Subsistema Operativo) 
Viabilizam a transferência de recursos dos Agentes Superavitários (poupadores) 
aos Agentes Deficitários (captadores) da economia. As Instituições Financeiras realizam 
“operações ativas” (ex: empréstimos, financiamentos, CDC) e/ou “operações passivas” 
(poupança, CDB, aplicações). 
 
1.2.1 Bancos Comerciais 
São as instituições financeiras mais comuns do sistema financeiro operativo. 
Realizam a intermediação financeira quando adquirem recursos financeiros numa ponta, e 
 
 
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em outra, lançam empréstimos de curto a médio prazo destinados a pessoas físicas e 
jurídicas (comerciais, de serviços e da indústria). Captam $$ recursos por meio de depósitos 
à vista em contas correntes; à prazo em CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB 
(Recibo de Depósito Bancário). Ofertam $$ recursos através de empréstimos gerando 
moeda escritural, na forma de operações de ativos financeiros como CDC (Crédito Direto 
ao Consumidor) 
 
1.2.2 Bancos de Investimento 
Instituições Financeiras que ofertam crédito em prazo médio a longo (mínimo de 1 
ano) por meio de financiamentos e capital de giro. Pela Resolução 2624/99, estas IF’s 
podem ter contas correntes, desde que não tenham remuneração, não ofertem depósitos 
a vista, nem serviços com emissão de cheques pelos Titulares. 
**NÃO POSSUEM CONTAS CORRENTES C/ CHEQUES** 
 
1.2.3 Bancos Múltiplos 
Efetuam a conjunção de diversas carteiras em um mesmo conglomerado financeiro. 
Trata-se de uma mesma instituição que possui mais de um CNPJ com diferentes 
(CARTEIRAS) atividades de intermediação. Algumas carteiras principais são: comercial, 
investimento, crédito imobiliário, crédito, financiamento e investimento, desenvolvimento 
e leasing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMPRE CAI NO EXAME! 
LEMBRE-SE QUE, PARA SER DENOMINADA 
COMO BANCO MÚLTIPLO, A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 
DEVE POSSUIR PELO MENOS (2) CARTEIRAS 
DISTINTAS, SENDO UMA DELAS OBRIGATORIAMENTE, 
OU COMERCIAL OU DE INVESTIMENTO! 
 
 
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1.2.4 Bolsa de Valores: BM&F Bovespa 
Instituição Financeira na forma de sociedade anônima, resultante da fusão em 2008 
da Bolsa de Mercadorias e Futuros (antiga BM&F) com a Bolsa de Valores de São Paulo. 
Fiscalizada pela CVM, a Bolsa de Valores coordena diversas operações no mercado de 
balcão organizado à vista ou futuro de compra e venda de: ações, derivativos, 
commodities, entre outros títulos e contratos. 
 
1.2.5 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
São as instituições financeiras do sistema operativo, fiscalizadas pela CVM, que 
operam no mercado acionário de bolsas de valores e mercadorias. Efetuam a compra, 
venda e distribuição de ações, títulos e valores mobiliários, e derivativos diversos 
(contratos, mini-índices, opções). Funções: 
 Emitir ordens de própria titularidade; 
 Atuar em operações de câmbio; 
 Gerir fundos de investimento. 
 Homebroker – serviço de compra e venda de ações on line, via internet, pelo próprio 
titular. 
 
1.2.6 Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
Instituições Financeiras que facilitam a liquidez dos mercados. Possuem como 
finalidade a intermediação de valores mobiliários. Também são fiscalizadas pela CVM, e até 
2009, se distinguiam das corretoras por não poderem operar no recinto das bolsas de 
valores. Por decisão do BACEN e da CVM as distribuidoras já podem atuar nos mercados 
organizados das Bolsas. Funções: 
 Participar de ofertas públicas de ações; 
 Operar nos mercados financeiro e de capitais por conta e ordem de terceiros; 
 Intermediar operações de câmbio. 
 
1.3 Tipos de Investidores 
1.3.1 Investidor Profissional 
Conforme Instrução CVM 554, consideram-se investidores profissionais: 
I. instituições financeiras e demais autorizadas pelo BACEN; 
II. companhias seguradoras e sociedades de capitalização; 
III. entidades abertas e fechadas de previdência complementar; 
 
 
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IV. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor 
superior a R$ 10.000.000,00(dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por 
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; 
V. fundos e clubes com carteira gerida por profissional autorizado pela CVM; 
VI. agentes de investimento, administradores de carteira e consultores de valores 
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; 
VII. investidores não-residentes 
 
1.3.2 Investidor Qualificado 
Conforme Instrução CVM 554, consideram-se investidores qualificados: 
I. Investidores profissionais; 
II. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor 
superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por 
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio; 
III. clubes de investimento geridos por investidores qualificados. 
 
1.3.3 Investidor Não-Residente 
Considera-se investidor não residente, individual ou coletivo, as pessoas físicas ou 
jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou 
domicílio no exterior. As movimentações financeiras com o exterior, decorrentes das 
aplicações de não-residentes somente podem ser efetuadas mediante câmbio. 
O investidor não-residente deve: 
I. Constituir um representante legal no Brasil; 
II. Obter registro junto à Comissão de Valores Mobiliários. 
III. Nomear instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central, caso não seja instituição 
financeira. 
IV. Registrar os recursos financeiros oriundos das aplicações no Banco Central do Brasil, 
na forma da regulamentação. 
 
Compete ao representante constituído: 
I. Responder pelo Investidor Não-Residente junto à CVM e Bacen. 
II. Manter atualizados os registros do não-residente. 
III. Comunicar imediatamente ao Banco Central do Brasil e à Comissão de Valores 
Mobiliários o cancelamento do contrato de representação observadas as respectivas 
competências, e a ocorrência de qualquer irregularidade de seu conhecimento. 
Os ativos financeiros e os valores mobiliários negociados devem: 
I. ser registrados, custodiados ou mantidos em conta de depósito em instituição ou 
entidade autorizada à prestação desses serviços pelo Banco Central do Brasil ou pela 
Comissão de Valores Mobiliários; ou 
II. estar devidamente registrados em sistemas de registro, liquidação e custódia 
reconhecidos pelo Banco Central do Brasil ou autorizados pela Comissão de Valores 
Mobiliários, em suas respectivas esferas de competência. 
 
 
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III. Ficam vedadas quaisquer transferências ou cessões de titularidade, no exterior, de 
investimentos ou de títulos e valores mobiliários pertencentes a investidor não 
residente. 
 
1.3.4 EFPC – Entidade Fechada de Previdência Complementar 
São os fundos de pensão, constituídos como Fundações, sem fins lucrativos, o 
propósito de formar planos privados de ofertas de rendas, de pecúlio (indenizações) e 
benefícios semelhantes como os da previdência social, mediante aportes de seus 
participantes e de seus empregadores. São INVESTIDORES PROFISSIONAIS. Dependem de 
prévia autorização do Conselho Nacional de Previdência Complementar, vinculado ao 
Governo Federal, através da PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar. A EFPC deve definir a política de investimento para a aplicação dos 
recursos de cada plano por ela administrado. Os recursos das carteiras de investimentos 
das EFPC devem ser alocados em: 
 
RENDA FIXA (art.18 Res. CMN 3792) 
I. os títulos da dívida pública mobiliária federal; 
II. os títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais; 
III. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições 
autorizadas a funcionar pelo Bacen; 
IV. os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen; 
V. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão de companhias abertas, 
incluídas as Notas de Crédito à Exportação (NCE) e Cédulas de Crédito à Exportação 
(CCE); 
VI. as obrigações de organismos multilaterais emitidas no País; 
VII. os certificados de recebíveis de emissão de companhias securitizadoras; 
VIII. as cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as cotas de fundos de 
investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios; 
IX. as debêntures de infraestrutura emitidas na forma disposta no art. 2º da Lei nº 12.431, 
de 24 de junho de 2011, por sociedade por ações, aberta ou fechada, cuja oferta pública 
tenha sido registrada na CVM, ou que tenha sido objeto de dispensa, e que possuam 
garantia de títulos públicos federais que representem pelo menos trinta por cento do 
principal na data de vencimento dos compromissos estipulados na escritura de 
emissão, observadas as normas da CVM; e 
X. as cotas de fundos de investimento admitidas à negociação no mercado secundário 
por intermédio de bolsa de valores, na forma regulamentada pela CVM, cujas carteiras 
visem refletir as variações e rentabilidade de índices de referência de renda fixa e que 
apresentem prazo médio de repactuação igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias, 
(Fundo de Índice de Renda Fixa), conforme regulamentação estabelecida pela CVM. 
§ 1º Os títulos ou valores mobiliários de emissores não relacionados nos incisos deste artigo somente 
podem ser adquiridos se observadas as seguintes condições: 
IV. com coobrigação de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen; 
 
 
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V. com cobertura de seguro que não exclua cobertura de eventos relacionados a casos 
fortuitos ou de força maior e que garanta o pagamento de indenização no prazo 
máximo de 15 (quinze) dias após o vencimento do título ou valor mobiliário; 
VI. com coobrigação de instituição financeira, no caso de cédula de crédito imobiliário 
(CCI); ou 
VII. com emissão de armazém certificado, no caso de warrant agropecuário (WA). 
 § 2º Os títulos e valores mobiliários recebidos como lastro em operações compromissadas são 
classificados no segmento de renda fixa e devem ser considerados no cômputo dos limites 
estabelecidos nesta Resolução 
 
RENDA VARIÁVEL (art.19 Res. CMN 3792) 
I. as ações de emissão de companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição, 
recibos de subscrição e certificados de depósito; 
II. as cotas de fundos de índice, referenciado em cesta de ações de companhias abertas, 
admitidas à negociação em bolsa de valores; 
III. os títulos e valores mobiliários de emissão de sociedades de propósito específico (SPE), 
com ou sem registro na CVM, excetuando-se as debêntures de infraestrutura 
mencionadas no inciso IX do art. 18; 
IV. as debêntures com participação nos lucros; 
V. os certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), de que trata o art. 34 da 
Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001; 
VI. os certificados de Reduções Certificadas de Emissão (RCE) ou de créditos de carbono 
do mercado voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias 
e futuros ou mercado de balcão organizado, ou registrados em sistema de registro, 
custódia ou liquidação financeira devidamente autorizado pelo Bacen ou pela CVM, 
nas suas respectivas áreas de competência; e 
VII. os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de 
mercadoriase de futuros. 
Parágrafo único. A SPE, mencionada no inciso III deste artigo, deve: 
I. ser constituída para financiamento de novos projetos; 
II. ser constituída para financiamento de novos projetos, incluindo aqueles decorrentes 
de concessões e permissões de serviços públicos; 
III. ter prazo de duração determinado e fixado na data de sua constituição; 
IV. ter suas atividades restritas àquelas previstas no objeto social definido na data de sua 
constituição 
Embora seja considerado Investidor Profissional, o Fundo de Previdência deverá respeitar os 
critérios aplicados aos Fundos de Varejo caso exista taxa de performance (COBRANÇA SEMESTRAL / 
LINHA DE ÁGUA E MÍN 100% BENCHMARK). Podem ainda realizar investimentos estruturados, 
investimentos no exterior, investimentos em imóveis e financiar seus participantes. 
 
 Itens VEDADOS às EFPC: 
 Aquisição de ações de companhias sem registro na CVM (exceto as que integram o 
Novo Mercado, Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBovespa, salvo se estas tiverem 
realizado sua primeira distribuição pública em data anterior a 29 de maio de 2001). 
 Utilização de estratégia de alavancagem em derivativos. 
 Efetuar operações day trade. 
 Concessão de operações de crédito aos patrocinadores. 
 
 
 
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Legal, Ética e API (até 25%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 Risco de Imagem e Risco Legal 
2.1.1 Risco de Imagem 
Pode-se conceituar risco de imagem como risco de reputação. É gerado quando a 
opinião pública responde de forma negativa a algum fato envolvendo a organização. Trata-
se da possibilidade de resposta negativa do mercado frente alguma noticia ou fato que 
desabone o bom conceito da organização. Alguns dos exemplos de ocorrências que 
arriscam a reputação das companhias são: 
 Situação financeira questionável; 
 Falta de compromisso com a governança corporativa ou responsabilidade social; 
 Suspeitas de fraudes ou participação em má gestão do dinheiro público. 
Obs: a ausência do procedimento de marcação a mercado da carteira dos Fundos de 
Investimento também coloca em risco a imagem das Instituições. 
Algumas das conseqüências deste risco são: 
 Queda do valor de mercado das ações em Bolsa 
 Em Bancos, aversão a risco e rejeições a depósitos, gerando falta de liquidez ao 
mercado financeiro 
 Redução de negócios e perda de clientes. 
 
2.1.2 Risco Legal 
Risco (jurídico) de perda pela dificuldade de conseguir cobrar legalmente as 
cláusulas de um contrato. Engloba os riscos gerados de formalizações com pendências, 
incorretas ou de documentação escassa, ausência de poderes aos procuradores da 
contraparte para manter o compromisso, desconhecimento de algum fato envolvido 
relevante de Direito. 
 
2.2 Controles Internos – Resolução CMN 2.554/98 
O Conselho Monetário Nacional estabeleceu que as instituições financeiras e 
demais autorizadas a funcionar pelo BACEN devem possuir sistemas internos de controle 
e compliance para as atividades desenvolvidas, a fim de mantê-las em conformidade com 
 
 
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os procedimentos pré-definidos e normas legais aplicáveis. Estes controles internos são 
definidos pela Diretoria das Instituições Financeiras, e devem compreender: 
I. Definição das responsabilidades dentro da instituição; 
II. Segregação das atividades a fim de evitar o conflito de interesses na 
organização; 
III. Existência de adequados canais de comunicação que assegurem o acesso 
confiável às informações; 
IV. Monitoramento e medidas necessárias e cabíveis em desvios. 
Os relatórios devem estar disponíveis ao Banco Central do Brasil por um período de 
5 anos. 
2.2.1 Segregação de Atividades (Chinese Wall) e procedimentos para 
evitar conflitos de interesses. 
Uma das medidas utilizadas pelas Instituições a fim de ser evitado o conflito de 
interesses é a separação das atividades das organizações em departamentos ou diretorias 
diferentes, ou até mesmo a separação das áreas em empresas distintas. Esta prática se 
denomina “muralha da China”. As resoluções que determinam esta separação são (2451, 
2486 e 2616). 
 
2.2.2 Política de Segurança da Informação 
Os colaboradores das Instituições Financeiras não devem expor nenhuma 
informação da Empresa ou de seus Clientes sem o seu prévio consentimento, salvo sob 
determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má 
prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o Agente Certificado e o 
cliente. 
Este principio vai ao encontro da Lei Complementar nº105/01 que trata do Sigilo 
Bancário. 
Das atividades de Política de Informação: 
 Procedimentos que garantam a segurança física dos dados; 
 Procedimentos que garantam a correta classificação das informações 
(Confidenciais, Uso Interno, Pública); 
 Controles e níveis de acesso a fim de manter a segurança, integridade e 
confidencialidade das informações. 
 
 
 
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2.3 Prevenção à Lavagem de Dinheiro 
2.3.1 Dos crimes precedentes 
(Lei 9613/98) - antiga 
 Tráfico de drogas 
 Terrorismo e seu financiamento 
 Contrabando e tráfico de armas 
 Corrupção 
 Seqüestro 
 Crime contra o sistema financeiro 
 Praticado por organização criminosa (quadrilha) 
(Lei 12683/12) - nova 
“Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, 
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou 
indiretamente, de INFRAÇÃO PENAL.” 
***Prestem atenção. Dentre os crimes acima (lei 9613), furto ou assalto (apenas 1 
delinqüente) não estava qualificado como crime precedente. Se a prova estiver atualizada, 
a nova lei que rege a lavagem é a 12.683/12 deste ano, onde qualquer crime que gere infração 
penal poderá ser considerado como precedente de lavagem de dinheiro. 
 
2.3.2 Pena (leis 9613/98 e 12683/12) 
Pena de 3 a 10 anos E multa. (***cuidado, na prova colocam OU, e se marcar como 
correta você poderá perder a questão). 
Obs: Nova lei (A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos 
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de ORGANIZAÇÃO 
CRIMINOSA.) 
 
2.3.3 Princípio da Boa Fé e Transparência no inquérito de Lavagem 
“§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime 
aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer 
tempo, por pena restritiva de direitos, se o AUTOR, COAUTOR OU PARTÍCIPE 
 
 
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(funcionários das instituições financeiras e agentes certificados pela Anbima) colaborar 
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à 
apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à 
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.” 
 
2.3.4 Sonegação Fiscal 
Conforme a lei 9613/98, NÃO se caracteriza como crime precedente. Cuidado!2.3.5 Responsabilidade pelo processo de Lavagem 
Todos os envolvidos. Os agentes certificados e as instituições financeiras também. 
Cuidado com algumas questões “sem ônus para as IF’s”. Isto é falso. 
 
2.3.6 Fases (Ciclo da Lavagem) 
1º. Colocação – inserir dinheiro do crime / infração penal no sistema financeiro, 
compra de bens negociáveis (apartamentos, jóias, ouro, VALORES 
MOBILIÁRIOS, abertura de conta com depósito de valores oriundos “dinheiro 
sujo”) 
2º. Ocultação – efetuar movimentações para numerosas contas que em sua soma 
total gerem significativas quantias. A ocultação serve para distorcer o 
rastreamento. Diversos valores transacionados abaixo do limite estabelecido 
(atualmente R$ 10.000,00) que em sua habitualidade e soma total configurem 
uma burla deste mesmo limite. 
3º. Integração – a última fase onde se consegue “esquentar o dinheiro”, pois após 
a ocultação estes valores que retornam podem ser utilizados para declaração de 
IR parecendo dinheiro “limpo”. 
 
2.3.7 Indícios 
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio/atividade do cliente; 
• Resistência em facilitar informações; 
• Numerosos depósitos em pequeno valor a um mesmo cliente; 
• Câmbio sem causa plausível; 
• Praças de fronteiras. 
 
 
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2.3.8 Prevenção e controle Anti-Lavagem 
Princípio KYC – Conheça seu Cliente (Distribuidores de Investimentos e Agentes 
Certificados): 
Cada instituição é responsável dentro de um sistema próprio de controle anti-
lavagem. Operações suspeitas acima do limite estabelecido deverão ser reportadas ao 
SISCOAF / SISBACEN (órgãos competentes). 
 O Cadastro dos clientes sempre deverá estar atualizado. Este mesmo cadastro e as 
transações dos clientes deverão estar armazenadas até 5 ANOS após o 
encerramento da conta e/ou última movimentação ocorrida. 
 Deverão comunicar ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras – 
órgão subordinado também ao Ministério da Fazenda) as suspeitas, ABSTENDO-SE 
DE DAR CIÊNCIA DE TAL ATO A QUALQUER PESSOA, inclusive àquela à qual se refira 
a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização. Ou 
seja CUIDADO!! NUNCA DEVEREMOS INFORMAR O CLIENTE QUE ELE ESTÁ SENDO 
ALVO DE INVESTIGAÇÃO! 
 
IF’S que não observarem as regras: 
“...II - multa pecuniária variável não superior: 
a) ao dobro do valor da operação; 
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela 
realização da operação; ou 
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); 
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação 
ou funcionamento. 
§ 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou 
dolo: 
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10; 
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos 
termos do inciso V do art. 1;... 
 
 
 
 
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2.3.9 Valores da Comunicação Anti–Lavagem 
a) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e não suspeitas deverão ficar 
registradas internamente na instituição financeira. 
b) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e suspeitas deverão ficar 
registradas internamente, assim como enviadas ao conhecimento do SISCOAF / SISBACEN 
c) Transações acima de R$ 100.000,00 (inclusive) independentemente de aparente 
idoneidade ou suspeita, deverão ser comunicadas ao SISCOAF/SISBACEN 
 
2.4 Normas e Padrões Éticos 
2.4.1 Informações Privilegiadas 
Também conhecida como “insider information” a informação privilegiada tende a 
gerar benefícios somente aquele que a utiliza. Porém, esta informação utilizada em 
benefício próprio ou para benefício de terceiros representa prejuízo de outra parte. Diante 
disto, como boa conduta ética se recomenda: 
 Manter as informações em nível de confidencialidade até que possam ser 
levadas a domínio público. 
 Informações Relevantes sejam divulgadas como tal. 
 Não utilizá-las em benefício próprio ou de terceiros. 
 
2.4.2 Insider Trading 
É vedada pela CVM a prática do “insider trading” na qual o investidor se posiciona 
de acordo com informações privilegiadas a fim de obter ganhos em benefício próprio ou 
de terceiros. Por exemplo, se o alto executivo de uma companhia XYZ sabe que ela está 
prestes a ser adquirida por sua concorrente. Isto é um fato que irá elevar os preços da XYZ, 
pelo aumento da procura e alta dos papéis. Este executivo vende ou revela esta informação 
a um grupo de amigos, recomendando a compra destes papéis. 
 
2.4.3 Front Running 
Prática relacionada também a informações de cunho confidenciais, na qual são 
utilizadas em benefício próprio ou de terceiros. 
Por exemplo, um operador recebe uma ordem de compra de volume expressivo, 
que gera alta de preços deste ativo, porém se antecipa e adquire estes ativos antes de sua 
 
 
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solicitação. Irá se beneficiar pela alta de preços. Esta prática também é vedada conforme 
as normas da CVM. 
 
2.4.4 Confidencialidade 
O Agente Certificado não deve expor nenhuma informação do cliente sem o seu 
prévio consentimento, salvo sob determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a, 
defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa 
civil entre o Agente Certificado e o cliente. Este principio vai ao encontro da Lei 
Complementar nº105/01 que trata do Sigilo Bancário. 
 
2.4.5 Objetividade e Conflito de Interesses 
Objetividade pressupõe prudência e imparcialidade. O Profissional de finanças deve 
ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes., tendo como foco a 
necessidade do cliente. Na oferta diária e recomendações de carteiras e produtos de 
investimentos é exigido do profissional que este seja imparcial. Trata-se de uma qualidade 
essencial a qualquer profissional. Isoladamente ao serviço prestado ou da competência 
aplicada em seu trabalho, deve-se agir de acordo com o interesse do cliente. O profissional 
não deve: 
 Tolerar o conflito de interesses nas negociações; 
 Ofertar produtos que não atendam a vontade do cliente. 
 Evitar possuir atividades paralelas 
 Realizar suas operações financeiras de forma aberta 
 
2.5 API (Código Anbima / Inst. CVM 539) 
Análise de Perfil do Investidor é o processo de diagnóstico dos investidores, 
estabelecido de acordo com critérios próprios, e controles internos. Obrigatório API para 
produtos de investimentos conforme regulamentação em vigor (Inst. CVM 539). Todos os 
clientes que solicitarem aplicações iniciais nos produtos de investimentos, exceto 
Poupança e Previdência, serão submetidos ao processo de Análise de Perfil do Investidor 
(API). Não se aplica a pessoa jurídica considerada investidor qualificado (ou profissional). 
API Simplificado é opcional apenas para os Produtos Automáticos (operações 
compromissadas ou fundos com resgates automáticos). Realizado através de questionário, 
 
 
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traz informações suficientes para estabelecer o Perfil de Investidor – Princípio do 
Suitability (adequação devida dos investimentos). As instituições participantes têm 
responsabilidadeintegral e não delegável pela aplicação do processo de API, regularmente 
num prazo que não exceda 24 meses (validade), contendo: 
I. Coleta de Informações: descrição detalhada do mecanismo de coleta das informações junto 
ao Investidor para definição de perfil; 
II. Classificação do Perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para a classificação de 
perfil do Investidor; 
III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada dos critérios utilizados 
para a classificação de cada Produto de Investimento; 
IV. Comunicação com o Investidor: descrição detalhada dos meios, forma e periodicidade de 
comunicação utilizada entre a Instituição participante e o Investidor para: a. Divulgação do seu 
perfil de risco após coleta das informações; e b. Divulgação referente ao desenquadramento 
identificado entre o perfil do Investidor e seus investimentos; 
V. Procedimento Operacional: descrição detalhada dos procedimentos utilizados para a 
aferição periódica entre o perfil do Investidor e seus investimentos; 
VI. Atualização do Perfil do Investidor: descrição detalhada dos critérios utilizados para 
atualização do perfil do Investidor, incluindo a forma como a instituição dará ciência a este de 
tal atualização. 
VII. Controles Internos: descrição detalhada dos controles/mecanismos adotados para o 
processo de API com o objetivo de assegurar a efetividade dos procedimentos estabelecidos 
pelas instituições participantes. 
 
É vedado às instituições participantes recomendar Produtos de Investimento 
quando o perfil do investidor não seja adequado ao produto, ou as informações do perfil 
estejam desatualizadas. Em caso de desenquadramento do perfil a instituição deve: 
I. Alertar o Investidor acerca da ausência ou desatualização de perfil ou da sua inadequação, 
com a indicação das causas da divergência; e 
II. Obter declaração expressa do Investidor de que ele deseja manter a decisão de investimento 
neste produto, mesmo estando ciente da ausência, desatualização ou inadequação de perfil. 
 
Perfis Diagnosticados: 
 Conservador: investidor que procura garantia e segurança acima de tudo em 
seus investimentos. Perfil voltado para aplicações em renda fixa e baixa volatilidade. 
 Moderado: investidor que pretende obter maiores ganhos e suporta risco 
calculado para superar a inflação e obter retornos em taxas reais. Este perfil indica adquirir 
fundos de renda fixa, multimercados, podendo destinar pequena parte em fundos de 
ações. 
 Agressivo: investidor que busca maximizar ganhos no médio e longo prazo, 
apesar de um risco mais acentuado que esteja correndo. Este perfil indica que se pode 
destinar um maior percentual da carteira em fundos multimercados e fundos de ações. 
 
 
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Suitability: Sugestão de investimentos coerente e adequada ao perfil do investidor. 
Deverá ser readequada caso haja disparidade. Se um investidor conservador quiser investir 
em fundos com produtos alavancados de renda variável, o profissional certificado deve 
informar as conseqüências desta escolha por escrito, a fim deste investidor julgar melhor 
sua opção frente a atual carteira mantida. 
 
 
 
 
 
2.6 Fatores Dominantes de Suitability ao Investidor 
2.6.1 Ciclo de Vida, Conhecimento de Mercado, Objetivo e Horizonte 
de Investimento 
De uma maneira geral existem três fases que enquadram um investidor: 
 Até 35 anos é a fase de acumulação de reservas, onde deseja guardar para aumentar 
suas reservas ou adquirir algum bem (carro, imóvel, etc...) 
 De 36 a 60 anos é a fase da consolidação (estabilidade), já pensa nos estudos dos filhos 
e começa a pensar na aposentadoria. 
 Acima de 60 anos que é a fase do consumo. 
 
Quanto maior a idade do investidor, menor sua tolerância a riscos. O efeito do 
suitability é eficaz até mesmo dentro de um mesmo mercado, como a bolsa de valores, 
bastando para isso que se escolha empresas de diferentes setores e que sejam afetadas 
por diferentes fatores econômicos, internacionais, etc. Para investimentos de longo prazo, 
os ativos devem ser alocados seguindo-se as demais restrições estabelecidas pelo cliente, 
como: 
 necessidade de indexação (a um índice de inflação, ao dólar, aos juros de mercado) 
 vínculo de risco de crédito (apenas títulos do governo, diversificação de outros papéis 
em instituições com o rating mínimo aceito pelo cliente) 
 metas financeiras estabelecidas (ter atingido um patrimônio de um determinado 
montante ou pagar uma dívida específica) 
Estes objetivos e metas, bem como os riscos associados devem ficar muito claros 
aos investidores para evitar insatisfação com os resultados alcançados. Também se leva 
em conta: 
 
 
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a) histórico de investimento: se o cliente sempre aplicou de uma determinada 
forma, pode demonstrar um perfil mais conservador (não fica confortável ao experimentar 
aplicações diferentes) 
b) conhecimento de mercado: quem conhece o mercado compreende melhor as 
sugestões tecnicamente corretas. No entanto muitos investidores aparentam entender os 
mecanismos do mercado financeiro e na verdade não o conhecem (até eles mesmos 
pensam que conhecem). A troca de informações mais técnicas, ajuda a identificar o nível 
de conhecimento que o investidor possui. 
c) restrições momentâneas: em função de momentos de mercado ou momento de 
vida do cliente, o investidor pode se declarar conservador (não pretende assumir riscos 
momentaneamente) 
 
2.6.2 Finanças Pessoais 
Serve como um guia, para ajudar a encontrar maneiras para poupar dinheiro, e 
cumprir os nossos objetivos financeiros pessoais. “As contas que assustam mais, são 
sempre as menores, porque nunca temos verdadeiramente a noção de quanto gastamos”. 
Ou seja, se gastar todos os dias 10 reais, chegará a uma conta de 300 reais no final do mês. 
O orçamento deve ser elaborado por um período de um ano, para evitarmos que algumas 
despesas e ou receitas não sejam contempladas, como aquelas que ocorrem apenas em 
determinados períodos do ano. As despesas e receitas têm de ser listadas, analisadas e 
avaliadas mensalmente, para verificar possíveis desvios e rota ou despesas extras não 
contempladas no plano original. 
Fluxo de Caixa - é o mecanismo que permite um perfeito monitoramento das 
entradas e saídas de recursos previstos ou não, no orçamento. Possibilita a identificação 
das sobras e faltas no caixa, possibilitando planejar melhor suas ações futuras e 
acompanhar o seu desempenho dentro do orçado. O orçamento é considerado um 
instrumento que permite o Planejamento Financeiro Pessoal mostrar uma visão com o 
horizonte de tempo maior (um ano pro exemplo), enquanto o Fluxo de Caixa para ser 
acompanhado no curto prazo, pois os seus dados são praticamente diários. 
 
 
 
 
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Índice de Endividamento – Cálculo que utiliza o fluxo de caixa. 
 1. Calcula-se a renda: 
Basta pegar o salário líquido (descontado INSS e IR) e acrescentar o 13º proporcional 
(multiplicar o salário por 13 e dividir por 12). Somar demais rendas líquidas (como 
aluguéis) 
 2. Soma-se as dívidas 
Ponha no papel as parcelas de compromissos financeiros que são pagas mensalmente. 
Financiamento de imóvel ou carro? Empréstimo consignado? Some as parcelas de cada 
um. 
 3. Calcula-se o índice 
Divida o total das parcelas pela rendalíquida e multiplique o resultado por 100. Esse 
será o percentual da renda mensal dedicada ao pagamento das dívidas. 
 
Como entender este índice: 
 Até 30% ou um terço da renda – Parcela administrável pela maioria da população. Entre 
30% e 35% – Importante trabalhar para reduzir as dívidas, mantendo-as dentro do 
máximo administrável anterior; 
 Entre 35% e 40% – O aperto financeiro não permite nehuma mudança estrutural ou nas 
receitas, o que é perigoso. É necessário reduzir as dívidas imediatamente, ou corre-se 
o risco de inadimplência e problemas em caso de emergências; 
 Acima de 40% – Com quase metade da renda comprometida, fica quase impossível 
honrar todos os compromissos financeiros e o efeito “bola de neve” dos empréstimos 
e financiamentos pode transformar a situação em um verdadeiro caos. 
 
Ativos – compostos pelos bens de um indivíduo como (imóveis, aplicações 
financeiras, valores em espécie e em conta corrente, ações judiciais transitadas e julgadas 
com valores a auferir, veículos e empresas das quais o indivíduo tenha participação) 
Passivos – conjunto das obrigações de um indivíduo, tais como (empréstimos, 
financiamentos, compras parceladas e demais obrigações de curto ou longo prazo). Os 
custos fixos e variáveis mensais não são contemplados nesta análise, pois tratam-se de 
despesas. 
Patrimônio Líquido – valor ou equivalente financeiro dos ativos do indivíduo, 
descontando o valor total de suas dívidas (passivo). 
 
2.7 Decisões do Investidor na perspectiva de Finanças 
Comportamentais 
2.7.1 A decisão do investidor na perspectiva das Finanças 
Comportamentais 
Finanças comportamentais e um novo entendimento sobre os mercados financeiros 
que emergiu em parte como uma resposta às dificuldades encontradas pelos paradigmas 
tradicionais. Alguns fenômenos financeiros são melhor entendidos usando modelosem 
que alguns agentes não são completamente racionais. 
 
 
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Teoria do Prospecto: afirma que um indivíduo é avesso ao risco no campo dos 
ganhos, porém é propenso ao risco no campo das perdas. Com a aversão ao risco no campo 
dos ganhos, um indivíduo escolheria um ganho certo a um ganho de maior valor, porém 
provável. No entanto, quando se trata da possibilidade de perda, a escolha se inverte, ou 
seja, o indivíduo tende a escolher uma perda de maior valor, que seja provável, a uma perda 
de menor valor, porém certa. A Teoria do Prospecto é o principal pilar de estudos mais 
importantes das Finanças Comportamentais, onde se combina conceitos de Economia, 
Finanças e Psicologia, e tem o intuito de explicar a tomada de decisão dos investidores, 
considerando as limitações da racionalidade. 
Ilusão cognitiva: cometimento de erros sistemáticos no processo de tomada de 
decisão dos humanos. Os indivíduos não processam de forma objetiva todas as 
informações para se chegar a uma decisão racional, ao invés disto, utilizam atalhos mentais 
ocasionando em importantes vieses de decisões. 
Heurísticas: Os humanos procuram simplificar o processo de decisão e, na tentativa 
de tornar a tarefa mais simples e mais rápida, fazem uso de “atalhos mentais” ou regras 
heurísticas para tomar decisões. As decisões dos investidores passam por processo 
heurístico, ou seja, são criados modelos equivocados para tomar decisões complexas em 
um ambiente de risco e incerteza. 
 
2.7.2 As principais Heurísticas (regras práticas que orientam o 
julgamento e avaliação dos investidores) 
Heurística é um conjunto de regras e métodos que conduzem à resolução de 
problemas, ou ainda, como metodologia ou algoritmo usado para resolver problemas por 
métodos que, embora não rigorosos, geralmente refletem o conhecimento humano e 
permitem obter solução satisfatória. Significam atalhos mentais utilizados pelo cérebro no 
intuito de facilitar a tomada de decisão, que podem levar o tomador de decisão a cometer 
erros de julgamento. 
Heurística da disponibilidade; (decisões influenciadas por ocorrências e eventos 
recentes na memória do investidor) 
O ser humano julga como mais provável a repetição no resultado de acontecimento 
que já tenha ocorrido recentemente. Relacionado ao acionamento de freqüências de um 
 
 
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acontecimento pela facilidade de lembrar acontecimentos parecidos. Este tipo de 
heurística costuma se manifestar quando as pessoas avaliam a probabilidade de um evento 
pela facilidade com a qual exemplos ou acontecimentos podem ser trazidos a mente. 
Superestima a estatística (moda). Pode-se usar como exemplo desta heurística a 
probabilidade de uma pessoa ter ganhos em um determinado investimento devido a 
ganhos passados. Alguém pode prever a possibilidade deste ganho acontecer ao recordar 
a ocorrência deste tipo de aplicação entre seus conhecidos. 
A heurística da disponibilidade ocorre porque os indivíduos tendem a concentrar sua 
atenção em um fato particular ao invés da situação completa de maneira holística, apenas 
porque este fato está mais presente a sua mente. Isso significa que os eventos mais 
prováveis são mais lembrados que os improváveis. 
Heurística da representatividade; (decisões a partir de associações com 
estereótipos formados e desprezo à informações relevantes para a tomada de decisão) 
É uma heurística baseada em estereótipos, utilizado por pessoas que tentam, de 
forma intuitiva, determinar um determinado acontecimento ou fato. Subestima a 
probabilidade (média). 
Para tentar esclarecer de que forma a heurística da representatividade funciona no 
cérebro humano, tomem-se as seguintes seqüências de caras (K) e coroas (C) de uma 
moeda não-viciada. CCCKKK CKCKKC 
Foi perguntado a grupos de alunos de programas de MBA e Aperfeiçoamento na 
área de Operações e Logística qual das duas seqüências é a mais provável de ocorrer e a 
maioria (80%) respondeu que é a segunda. A resposta correta, neste caso, é que a 
probabilidade de qualquer uma das seqüências ocorrer é igual. Este problema de 
julgamento probabilístico ocorre também nos jogos de loteria. Apesar de qualquer 
seqüência de seis números sorteados ter a mesma probabilidade de ocorrer, poucas 
pessoas apostam dinheiro em seis números 3 consecutivos, pois o cérebro humano tem 
dificuldades para reconhecer este tipo de seqüência como aleatória.Torna a decisão 
suscetível à verossimilhança com eventos passados. A regra da representatividade pode 
levar as pessoas a ignorarem o tamanho de uma amostra, negligenciando o conhecimento 
sobre o processo que gerou a base de dados, julgando probabilidades de maneira rápida. 
A heurística da Representatividade, freqüentemente faz com que as pessoas confundam 
 
 
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bons investimentos com boas companhias e que nem sempre uma boa companhia é um 
bom investimento. 
Ancoragem e ajuste (decisões com base em conhecimentos prévios ou 
preconcebidos, decisões com base em track-record) 
Surge quando as pessoas fazem estimativas de uma determinada probabilidade 
baseadas em uma informação inicial ou ponto de partida. Este tipo de heurística pode fazer 
com que os investidores marquem uma “âncora” (ou informação base) mental para a 
tomada de decisão de compra ou venda de uma ação. Exemplos de Ancoragem podem ser 
observados no nosso dia a dia. Pode-se citar o exemplo de um vendedor de carros. Este 
vendedor, ao apresentarum determinado carro, começa a negociação apresentando um 
preço alto, com o objetivo de ancorar o comprador neste preço. Desta forma, ao oferecer 
um desconto sobre o preço do veículo, o comprador irá analisar o preço final como um 
preço melhor. 
 
2.7.3 Vieses comportamentais do investidor 
Efeito Disposição - É um viés psicológico que faz com que os investidores tenham a 
tendência a manter por muito tempo carteiras de ações com desempenho baixo e 
venderem muito rápido, aquelas com desempenho positivo. Quanto mais recente for o 
ganho ou a perda com a ação, comparando a semana anterior com o mês anterior, mais 
forte é a propensão para vender as ganhadoras e manter as perdedoras. 
Viés do Arrependimento - O arrependimento e a emoção experimentada por não 
ter tomado a decisão certa. É a dor associada com o sentimento responsável pela perda. 
 
 
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Os investidores que sentem arrependimento intensamente. Razão pela qual os 
investidores evitam vender ações que caíram de preço de maneira a não finalizar o erro 
que eles cometeram e para não sentir a dor do arrependimento, ou vendem as ações que 
subiram de preço para que não sintam arrependimento por falhar em fazê-lo antes que a 
ação caia posteriormente. O efeito disposição e o viés do arrependimento dão prejuízo aos 
investidores de duas formas: 
 Primeiro, porque pagam mais taxas devido à disposição de vender as 
ganhadoras, ao invés de vender as perdedoras. 
 Segundo, porque tem um retorno menor em sua carteira por venderem 
prematuramente as ações que estão dando lucro e reterem as ações que têm 
mal desempenho. 
Falácia dos custos afundados (perdidos) – o custo é afundado, quando não pode 
ser recuperado. O dinheiro investido se torna uma justificativa plausível para continuar, 
mesmo quando, objetivamente, não faz sentido nenhum. É considerado um 
comportamento mal-adaptativo que é manifestado pela grande tendência em continuar 
um empreendimento uma vez que tenha sido em dinheiro, esforço ou tempo. É como se 
um investidor de bolsa não vendesse de jeito algum a ação que mais tiver dado prejuízo. 
Contabilidade Mental - o processo de codificar, categorizar e avaliar resultados 
financeiros. Esse viés faz com que as pessoas vejam o mesmo problema em partes 
separadas e avaliem as opções de resolução sem considerar o problema como um todo. 
Uma das conseqüências dessa contabilidade imaginária é o fato de não considerar que a 
interação entre essas contas mentais, afeta a construção da carteira. 
Ex: Investimento em Debêntures por R$ 10.000,00 e manutenção em conta de outros R$ 
10.000,00 em dinheiro por 1 ano para uma reforma. 
 Ao final, perda do valor das debêntures (empresa faliu). Assume-se a perda e 
leva os R$ 10.000,00 pra casa fazendo a reforma pela metade sem reaplicar 
para tentar recuperar o prejuízo. 
 Ao final, a debênture está no mesmo nível de preço, mas houve desembolso 
dos R$ 10.000,00 sem devido controle. Se permanece com a debênture sem 
liquidá-la, pois não se associa esse dinheiro desembolsado ao valor investido. 
Em ambos os casos, o valor contábil ao final do período é igual. 
 
 
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Excesso de Otimismo - humor ou atitude associada a uma expectativa positiva 
frente ao futuro. O excesso de otimismo é prejudicial porque gera muito mais entusiasmo 
do que o realismo, dificultando uma avaliação adequada da realidade por parte dos 
investidores. 
Excesso de Confiança - tendência humana de ser excessivamente confiante em seus 
conhecimentos, atributos e características. Quando as pessoas são excessivamente 
confiantes acreditam que sabem mais do que de fato sabem, ou acreditam que sua 
acuidade é maior do que de fato é. Isto leva os investidores a superestimar suas opiniões, 
habilidades e à crença de que podem se antecipar ao mercado. 
Investidores com excesso de confiança:negociam em excesso; superestimam seus 
conhecimentos; subestimam os riscos; exageram na sua capacidade de controlar os eventos 
e; têm dificuldade em assimilar novas informações. 
Viés da confirmação - tipo de percepção que enfatiza idéias que confirmam nossas 
crenças, enquanto desvalorizam tudo que é contrário a estas crenças. É a habilidade de nos 
convencermos de tudo que acreditamos, independentemente dos fatos que possam 
alterar esta crença. Em termos financeiros, isto pode causar que procuremos somente 
informações que confirmem nossas decisões de investimento e que não contrariem o 
cenário da economia que acreditamos ser mais favorável. 
Armadilha da Confirmação - Muitas decisões estão baseadas em evidências não 
confirmadas, mas assumidas de forma que as pessoas só enxergam fatos que as 
confirmam. Consiste na busca de informações que evitem conflito com aquilo que já se tem 
em mente. É fundamental, buscar evidências contraditórias ao invés de evidências 
confirmatórias, pois certamente, trarão mais benefícios para o processo de resolução de 
problema. 
Ilusão do Controle - Percepção irreal de um evento onde evidências empíricas 
sugerem que a crença de controle pessoal dos agentes são maiores do que se poderia 
justificar. As crenças diárias dos indivíduos são baseadas em probabilidades de eventos 
incertos fundamentada na experiência anterior do indivíduo ou no senso comum de uma 
coletividade. A maioria dos agentes demonstra acreditar ter mais controle do que 
realmente possuem. Os indivíduos geralmente tomam suas decisões baseadas na crença 
de que possuem controle sobre uma situação envolvendo escolha. Mas os resultados 
 
 
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associados a esta situação são determinados por probabilidades independentes de 
qualquer envolvimento dos indivíduos. Daí a conclusão de que o fenômeno de ilusão de 
controle refere-se à crença de que se podem influenciar eventos aleatórios. As pessoas 
supervalorizam sua influência sobre eventos de probabilidade quando lhes são dados 
opções de escolha. 
 
2.7.4 Efeitos de estruturação-influência de investimento em função da 
forma como o problema é apresentado 
Ao se verem diante de uma situação em que devem tomar uma decisão, as pessoas 
formam uma concepção a respeito das possíveis opções, resultados e probabilidades 
associando-as às escolhas que poderão fazer. Em parte, esta concepção é controlada pelo 
framing ou problema. Além disso, determinam tal concepção, as características e atos 
peculiares de cada pessoa. 
Efeito framing - possibilidade de influenciar a decisão de um determinado indivíduo 
sem, contudo, distorcer ou suprimir a informação dada. O efeito framing pode ser utilizado 
para reverter um comportamento avesso ao risco em um comportamento propenso ao 
risco. Isto, graças ao fato de que as variações no ponto de referência podem determinar se 
um resultado será avaliado como ganho ou como perda. As escolhas dependem menos das 
suas características objetivas do que da forma como o problema, propriamente dito, é 
apresentado. 
 
2.7.5 Aversão à perda: manutenção de investimentos não lucrativos e 
venda de investimentos com ganho certo 
Este conceito diz que as pessoas não têm aversão ao risco e sim à perda. “Não se 
trata tanto de que as pessoas odeiam a incerteza – mas, pelo contrário, de que odeiam 
perder”. Existe, ainda, outra característica do comportamento humano relacionada à 
aversão àperda que é trabalhada pelos estudiosos das Finanças Comportamentais: o medo 
do arrependimento. É muito doloroso para os investidores assumirem seus erros, fazendo 
com que eles tenham um comportamento que não proporciona o maior lucro possível em 
uma operação somente para evitar reportar uma perda. 
 
 
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Exemplo: indivíduos que evitam vender papéis por um preço inferior ao da compra, 
mantendo-os em sua carteira de investimentos por longos intervalos de tempo e 
comprometendo sua liquidez conscientemente, deixando de realizar melhores opções de 
negócios nesse período devido ao medo de arrependimento. A vergonha ou 
constrangimento de informar de que se realizou um mau investimento acaba por fazer com 
que alguns participantes do mercado façam opções somente por ações de grandes 
empresas ou assumam posições sempre com a maioria do mercado. Isso parece explicar, 
em parte, o grande medo que uma parcela considerável da população tem de aplicar em 
Bolsa de Valores. 
O medo de sentir arrependimento pode explicar por que tantos potenciais investidores 
preferem oferecer a gestão de seu patrimônio a um terceiro, mesmo sem exigir uma 
comprovação clara de sua capacidade. Isto parece acontecer porque, em caso de erro, os 
investidores podem atribuir culpa a outro. 
Algumas vezes, o investidor “esquece” uma ação que caiu muito de preço e vende muito 
rápido todas as ações com boa performance. Isso faz com que alguns investidores tenham 
carteiras que são verdadeiras amostras de empresas que não deram certo, ou que se 
denomina no mercado financeiro de “jaula de micos”. E porque fazem isto? Basicamente 
para sentir prazer ou se sentir inteligente ao vender um investimento com lucro e não ter 
de vender um investimento no qual tiveram prejuízos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Módulo 3 – Princípios 
Básicos de Economia, 
Finanças (até 10%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.1 Noções Gerais de Economia 
3.1.1 PIB (Produto Interno Bruto) 
 Representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país em 
determinado período. O PIB Anual Brasileiro leva em consideração somente bens e serviços 
finais (agregados). Por exemplo, quando somamos no PIB um leite longa vida, a etapa de 
ordenha animal (intermediário e custos) já está embutida no preço final. 
INDEPENDE DA NACIONALIDADE DOS AGENTES – Ex. Produção da Bosch e 
Volkswagen no Brasil é somada no PIB!! 
 
 
 
Consumo: totalidade dos bens e serviços adquiridos no consumo das famílias, entre bens 
duráveis, bens não-duráveis e serviços. 
Investimento: totalidade adquirida pelas empresas de bens de capital e de ativos 
financeiros que geram recursos. 
Gastos Governamentais: despesas do Estado (consumo público). 
(X) Exportações: total dos produtos e serviços nacionais consumidos por outros países 
(M) Importações: total dos produtos e serviços estrangeiros consumidos no país. 
 
3.1.2 BENCHMARKS: ÍNDICES E TAXAS 
Palavra ÍNDICE na prova: indicará INFLAÇÃO (variação percentual do preço de 
produtos e serviços, em um período de tempo, que influencia o nosso poder aquisitivo de 
compra). 
Palavra TAXA na prova: indicará JUROS (variação percentual do custo do dinheiro 
de quem está emprestando) 
 Lembre-se! 
 Quanto maiores os JUROS, mais caras as parcelas, menos consumo, 
reduzindo a INFLAÇÃO. 
 
PIB = CIGEI 
 
 
 
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3.1.3 IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) 
Índice oficial da inflação no Brasil. Calculado de forma SETORIAL pelo IBGE 
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A colheita dos dados para o cálculo se 
desenvolve em nove capitais. É o índice estabelecido como parâmetro para meta de 
inflação definida pelo CMN desde 1999. 
 
3.1.4 IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) 
Índice Geral de Preços - Inflação do Aluguel 
IGP-M/FGV é composto pelos índices: 
 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA) 
 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 
 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) 
Índice que mais afeta o IGP-M é o IPA 
 
3.1.5 COPOM – Comitê de Política Monetária 
• Executa as diretrizes da Política Monetária. 
• Define a taxa de juros básica (TAXA SELIC META) da economia. 
• A cada 45 dias têm reunião. 
• Cumpre a meta da inflação do CMN. (Quanto maiores os JUROS, mais caras as 
parcelas, menos consumo, reduzindo a INFLAÇÃO.) 
 
3.1.6 Taxa SELIC Meta 
A taxa de juros SELIC Meta fixada na reunião do Copom regula todas as outras taxas 
do Brasil. Expressas de forma anual (252 dias úteis). 
Regime de Metas da Economia: 
1º CMN – IPCA (anual) 
2º COPOM - Taxa Selic Meta (45 dias) 
 
 
 
 
 
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3.1.7 Taxa SELIC Over (diária) 
Formada no financiamento interbancário para operações compromissadas de um 
dia, ou overnight, com garantia de TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS, listados e negociados no 
SELIC (COISA DO GOVERNO>TPF). 
Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias. 
 
3.1.8 Taxa DI CETIP - CDI 
Os Certificados de Depósito Interbancário são Títulos Privados de emitidos pelos 
Bancos, nas operações de final de dia. 
• Empréstimos entre Bancos (prazo de 1 dia apenas), com objetivo de cobrir o caixa 
negativo que o banco possa vir a apresentar. 
• Somente entre dois BANCOS!! 
• Taxa Média Mensal das transações envolvendo o CDI. 
• Custo do dinheiro negociado entre os bancos. 
• Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias. 
• Chama-se CETIP, pois o CDI é Título Privado 
• Utilizada também como parâmetro para analisar a rentabilidade de fundos, como 
os DI, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.1.9 TAXAS REFERENCIAL e BÁSICA FINANCEIRA – TR e TBF 
• CALCULADAS pelo BACEN 
• TR – Taxa com redutor sobre a TBF. 
• Índice da Poupança, FGTS, Capitalização. 
• TBF (taxa básica financeira – média da taxa CDB’s de 20 IF’s maiores e selecionadas 
pelo BACEN). 
 
3.2 Política Econômica 
3.2.1 Política Monetária 
Metas de Inflação 
A meta para a inflação é determinada de acordo com o IPCA. Responsável por este 
cálculo é o IBGE. A opção de um Índice que reflete a variação de preços ao consumidor é 
habitual na maioria dos demais regimes de metas em outros países. Este regime de metas 
demonstra melhor correspondência para calcular o poder aquisitivo frente o aumento da 
renda da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Meta alcançada – IPCA dentro do viés* 
Política Monetária Básica: 
 
Conselho Monetário Nacional (CoMandaN) 
define a Meta da Inflação (IPCA). 
 
COPOM (cumprem a inflação) e definem a 
Taxa Selic Meta (“Coisa do Governo”).

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