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Gêneros Textuais: Tipos e Características

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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
O gênero textual é a forma como a língua é empregada nos 
textos em suas diversas situações de comunicação, de acordo 
com o seu uso temos gêneros textuais diferentes. É importante 
lembrar que um texto não precisa ter apenas um gênero 
textual, porém há apenas um que se sobressai. 
Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo 
de estabelecer algum tipo de comunicação, possuem algumas 
características básicas que fazem com que possamos saber em 
qual gênero textual o texto se encaixa. Algumas dessas 
características são: o tipo de assunto abordado, quem está 
falando, para quem está falando, qual a finalidade do texto, 
qual o tipo do texto (narrativo, argumentativo, instrucional, 
etc.). 
 
Distinguindo 
 
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero 
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é 
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma 
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual: 
Gênero Literário nestes os textos abordados são apenas 
os literários, diferente do gênero textual, que abrange todo 
tipo de texto. O gênero literário é classificado de acordo com a 
sua forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, 
narrativo e etc. 
Tipo textual este é a forma como o texto se apresenta, 
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, 
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se 
apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. 
Os gêneros textuais são infinitos e cada um deles possui o 
seu próprio estilo de escrita e de estrutura. Desta forma fica 
mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles e 
poder classifica-los de acordo com suas características. 
 
Exemplos de gêneros textuais1 
 
Diário é escrito em linguagem informal, sempre consta a 
data e não há um destinatário específico, geralmente, é para a 
própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos 
acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar 
as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um 
exemplo: 
 
1 http://www.portuguesxconcursos.com.br/p/tipologia-textual-tipos-
generos.html 
http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/ 
 
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, 
quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de 
aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com 
isso eu não contava.) 
 
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não 
é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam 
levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha 
curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais 
para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me 
deu as boas-vindas, esfregando- 
 
 
Carta esta, dependendo do destinatário pode ser 
informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa com 
quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém 
mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do 
objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, 
podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se 
iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da 
carta e para finalizar a despedida. 
 
Propaganda este gênero geralmente aparece na forma 
oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais 
características são a linguagem argumentativa e expositiva, 
pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário 
se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter 
algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo. 
 
Notícia este é um dos tipos de texto que é mais fácil de 
identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo 
desse texto é informar algo que aconteceu. 
 
Artigo de Opinião 
 
É comum2 encontrar circulando no rádio, na TV, nas 
revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição 
por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o 
autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema 
em questão através do artigo de opinião. 
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a 
intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa 
apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e 
opiniões. 
O artigo de opinião é fundamentado em impressões 
pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. 
 
Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável 
seguir algumas orientações. Observe: 
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num 
papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser 
úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá 
desenvolver. 
 
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o 
interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve 
ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. 
 
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem 
fundamentar a ideia principal do texto de modo mais 
consciente, e desenvolva-os. 
 
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia 
principal que pretende defender. 
 
2 http://www.odiarioonline.com.br/noticia/43077/VENDEDOR-BRASILEIRO-
ESTA-MENOS-SIMPATICO 
Elementos de construção 
do texto e seu sentido: gênero 
do texto (literário e não 
literário, narrativo, descritivo 
e argumentativo); 
interpretação e organização 
interna. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: 
retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça 
uma citação de algum escritor ou alguém importante na área 
relativa ao tema debatido. 
 
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade 
do leitor. 
 
g) Após o término do texto, releia e observe se nele você se 
posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está 
fundamentada em argumentos fortes e se estão bem 
desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o 
texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se 
o texto como um todo é persuasivo. 
 
Argumentações de Artigos de Opinião 
 
Argumento de Causa: Propor uma relação com uma causa 
e consequência em sua argumentação. 
 
Argumento de Autoridade: Sempre usar uma fonte, ou um 
estudo confiável para ter uma credibilidade ao que você 
defende. 
 
Argumento de Exemplificação: Mostrar inúmeras 
comparações e exemplos para ilustrar o seu argumento. 
 
Veja um exemplo de Artigo de Opinião: 
 
Vendedor brasileiro está menos simpático 
Por Bruno Caetano 
 
O brasileiro é sorridente, certo? Nem sempre... Pesquisa 
realizada pela empresa sueca Better Business World Wide, 
divulgada no final de agosto, mostra o Brasil no penúltimo 
lugar na classificação sobre atendimento a clientes iniciados 
com um sorriso. Ou seja, o consumidor entra na loja e muitas 
vezes encontra o vendedor de cara fechada. Será que a 
simpatia deixou de ser uma das nossas marcas registradas? O 
levantamento em questão, chamado Smiling Report, foi feito 
em 2014 em 69 países e resultou em um ranking com 16 
posições. A liderança é dos irlandeses, com 97% de 
atendimentos começados com sorriso. O Brasil aparece em 
15º, com 79%, na frente apenas do Japão. 
Como se não bastasse o mau posicionamento, pioramos 
nesse quesito, já que na edição de 2013 da pesquisa estávamos 
na nona colocação. Pela conclusão da Shopper Experience, 
empresa parceira da pesquisa no Brasil, é grave o fato de dois 
em cada dez consumidores entrarem nas lojas do nosso País e 
serem recebidos sem um sorriso, dada a quantidade de 
estabelecimentos. E realmente é, pois estamos falando de 
milhares de pontosde venda de produtos e serviços, onde o 
contato direto com o público tem papel determinante para a 
imagem da empresa. O levantamento aponta que também 
estamos mal no índice de vendas adicionais conquistadas 
pelos atendentes. A média dos países nesse item foi de 52%; o 
Brasil ficou em 37%, de novo apenas antes do Japão. Honduras 
foi o líder nesse indicador, com 97%. Não tem segredo para 
melhorar a situação: é preciso investir em atendimento de 
qualidade. 
Quando preços e produtos são iguais ou similares, é o 
relacionamento com o cliente que faz a diferença, pois é capaz 
de despertar no consumidor a vontade de adquirir algo e ainda 
fidelizá-lo. O dono de um negócio deve, portanto, escolher 
muito bem os integrantes da sua equipe, treiná-los e motivá-
los para que o sorriso apareça, seja sincero e o público se sinta 
bem no estabelecimento. Com tanta concorrência, é fácil o 
cliente virar as costas porque não se sentiu bem recebido e 
preferir gastar seu dinheiro em outra loja. Além disso, na atual 
conjuntura econômica, em que as pessoas estão mais seletivas 
e com poder de compra reduzido, perder negócio porque o 
vendedor está de mau humor ou é impensável. 
Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP 
 
Carta 
 
A carta é um dos instrumentos mais úteis em situações 
diversas. É um dos mais antigos meios de comunicação. Em 
uma carta formal é preciso ter cuidado na coerência do 
tratamento, por exemplo, se começamos a carta no tratamento 
em terceira pessoa devemos ir até o fim em terceira pessoa: se, 
si, consigo, o, a, lhe, sua, diga, não digas, etc., seguindo também 
os pronomes e formas verbais na terceira pessoa. 
Atenção aos pronomes de tratamento como Vossa 
Senhoria, Vossa Excelência, eles devem concordar sempre na 
terceira pessoa. 
Há vários tipos de cartas, a forma da carta depende do seu 
conteúdo: 
 
- Carta Pessoal é a carta que escrevemos para amigos, 
parentes, namorado(a), o remetente é a própria pessoa que 
assina a carta, estas cartas não têm um modelo pronto, são 
escritas de uma maneira particular. 
- Carta Comercial se torna o meio mais efetivo e seguro de 
comunicação dentro de uma organização. A linguagem deve 
ser clara, simples, correta e objetiva. Existem alguns tipos de 
carta comercial: 
 
Particular, familiar ou social: são tipos de 
correspondência que são trocadas entre particulares, cujo 
assunto, se enquadra em particular, íntimo e pessoal. 
Bancária: este é focalizado nos assuntos relacionados à 
vida bancária. 
Comercial: associado às transações industriais ou 
comerciais. 
Oficial: Destinada ao serviço militar, público ou civil. 
 
A documentação comercial compreende os papéis 
empregados em todas as transações da empresa como: Carta, 
Telegrama, Cheque, Pedido de Duplicatas, Faturas, 
Memorandos, Relatórios, Avisos, Recibos, Fax. Na 
correspondência a linguagem mais correta é aquela que é 
adequada ao contexto, ao momento, e à relação entre o 
emissor e o destinatário. 
Por exemplo: a linguagem que você usa para falar com um 
amigo, não é a mesma que você usa para falar com sua avó, ou 
com um parente distante. 
Existem vários tipos de cartas, e pessoas diferentes para 
qual deve mandá-las, cartas de amor, de familiares que moram 
muito longe, ou se alguém é parabenizado por seu aniversário. 
A carta ao ser escrita deve ser primeiramente bem analisada 
em termos de língua portuguesa, ou seja, deve-se observar a 
concordância, a pontuação e a maneira de escrever com início, 
meio e então o fim, contendo também um cabeçalho e se for 
uma carta formal, deve conter pronomes de tratamento 
(Senhor, Senhora, V. Ex.ª etc.) e por fim a finalização da carta 
que deve conter somente um cumprimento formal ou não 
(grato, beijos, abraços, adeus etc.). 
Depois de todos esses itens terem sido colocados na carta, 
a mesma deverá ser colocada em um envelope para ser 
enviado ao destinatário. Na parte de trás e superior do 
envelope deve-se conter alguns dados muito importantes tais 
como: nome do destinatário, endereço (rua, bairro e cidade) e 
por fim o CEP. Já o remetente (quem vai enviar a carta), 
também deve inserir na carta os mesmos dados que o do 
destinatário, que devem ser escritos na parte da frente do 
envelope. E por fim deve ser colocado no envelope um selo que 
serve para que a carta seja levada à pessoa mencionada. 
Exemplo: 
- Cabeçalho: cidade, data, mês e ano. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
- Conteúdo: o texto da carta com começo, meio e fim. 
- Saudações: finalização da carta. 
 
No envelope deve conter: Atrás do envelope, lado com aba. 
Remetente. 
- Nome completo. 
- Rua número bairro (não obrigatório) 
- Cidade Estado. 
- CEP. 
 
Alguns concursos e exames vestibulares trazem como 
prova de redação o pedido de elaboração de uma carta 
argumentativa. Significa que o estudante deverá elaborar uma 
carta que tenha "tese" (o assunto propriamente dito) 
argumentação (o conjunto de ideias ou fatos que constituem 
os argumentos que levam ao convencimento ou à conclusão de 
algo) e conclusão. 
A carta argumentativa que apresento como exemplo tem 
como tese o "casamento", ou melhor, "a manutenção do 
casamento". A argumentação, em dois parágrafos, tenta 
convencer o interlocutor de que o casamento não deve ser 
desfeito, sendo esta a conclusão. 
 
Caro Nicolo 
 
Chegou-me a notícia de que você e Maria Lúcia estão em 
vias de separação. Isso me entristeceu deveras, já que vocês 
sempre foram considerados o casal exemplar. Lembra-se 
daquela época quando brincávamos, dizendo que vocês eram 
"mais" perfeitos que Tarcísio Meira e Glória Meneses, o casal 
modelo da televisão brasileira? Pois é. E agora me vem essa 
informação estapafúrdia de que a perfeição é imperfeita. 
Fiquei chocado, mas ainda tenho a esperança de que não passa 
de uma crise superável. Por isso peguei a caneta para escrever-
lhes minhas considerações sobre o assunto e tentar ajudá-los 
a superar isso. Como amigo de infância e mais velho que você, 
portanto mais experiente, acho que tenho esse direito, não é 
mesmo? E também porque, conforme você sabe muito bem, 
minha tese sempre foi a de que casamento é dedicação e 
sacrifício. Isso que quero evidenciar a vocês nestas linhas. 
Quando vocês se uniram, não apenas formaram um casal, 
mas sim se tornaram um casal, o que significa que a 
individualidade de cada um não foi extinta. Cada um de vocês 
traz uma bagagem de história pessoal e familiar muito forte, e 
isso não pode ser jamais desprezado. Em alguma crise 
conjugal, cada um deve ter isso em mente, para entender os 
pontos de vista do outro e, assim, relevar pequenos deslizes e 
perdoá-los. Perdoar não significa esquecer completamente o 
problema, mas sim renunciar à punição e deixar de considerar 
essenciais os erros. O mais importante está na harmonia do 
casal e do próprio ser. Quem consegue agir dessa maneira 
desenvolve, certamente, suas inteligências interpessoais e 
intrapessoais. 
O segundo aspecto que quero frisar é o da honra, esse 
princípio ético que leva alguém a ter uma conduta proba, 
virtuosa, corajosa, e que lhe permite gozar de bom conceito 
junto à sociedade. Muito bem. Não quero entrar em detalhes 
de caráter religioso, mas quero lembrar-lhes que prometeram 
perante a comunidade e perante seu líder religioso ficar juntos 
"até que a morte os separe". Foi uma promessa solene. Uma 
pessoa honrada cumpre suas promessas e não se deixa abater 
por seus problemas, e sim os resolve conforme surgirem, por 
mais graves que sejam. 
Vocês são extremamente inteligentes e têm aquelas duas 
inteligências, intrapessoal e interpessoal, bem desenvolvidas, 
eu o sei. Devem, portanto, renunciar à punição que estão 
infligindo a si mesmos e enfrentar a situação com dignidade, já 
que são pessoas honradas. Devem, portanto, tentar,até a 
última esperança, manter o casamento. E não podem deixar 
que essa última esperança se esgote. "Aparem as arestas", 
como dizem alguns, e não esgotem os recursos para 
permanecerem juntos, afinal casamento é dedicação e 
sacrifício. Espero que essas poucas palavras produzam o efeito 
desejado: a conscientização de que vocês são unos, de que o 
casal que se tornaram não deve e não pode ser desfeito e de 
que são capazes de solucionar as desavenças e transformá-las 
em aprendizagem. 
Abraços fraternos de seu amigo. 
Noslid Takannory 
 
Carta Argumentativa 
 
Relembrando, é preciso destacar dois tipos básicos de 
carta. O primeiro é a correspondência oficial e comercial, que 
nos é enviada pelos poderes políticos ou por empresas 
privadas (comunicações de multas de trânsito, mudanças de 
endereço e telefone, propostas para renovar assinaturas de 
revistas, etc.). 
Este tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos 
prontos, em que o remetente só altera alguns dados. 
Apresentam uma linguagem padronizada (repare que elas são 
extremamente parecidas, começando geralmente por 
) e normalmente são redigidas na linguagem 
formal culta. Nesse tipo de correspondência, mesmo que 
venha assinada por uma pessoa física, o emissor é uma pessoa 
jurídica (órgão público ou empresa privada), no caso, 
devidamente representada por um funcionário. 
Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que 
utilizamos para estabelecer contato com amigos, parentes, 
namorado(a). Tais cartas, por serem mais informais que a 
correspondência oficial e comercial, não seguem modelos 
prontos, caracterizando-se pela linguagem coloquial. Nesse 
caso o remetente é a própria pessoa que assina a 
correspondência. 
Embora você possa encontrar por aí livros que trazem 
acterizam 
por uma linguagem artificial, surrada, repleta de expressões 
desgastadas, além de serem completamente ultrapassados. 
Não há regras fixas (nem modelos) para se escrever uma 
carta pessoal, afora a data, o nome (ou apelido) da pessoa a 
quem se destina e o nome (ou apelido) de quem a escreve, a 
forma de redação de uma carta pessoal é extremamente 
particular. 
No processo de comunicação (e a correspondência é uma 
forma de comunicação entre pessoas), não se pode falar em 
linguagem correta, mas em linguagem adequada. Não falamos 
com uma criança do mesmo modo que falamos com um adulto. 
A linguagem que utilizamos quando discutimos um filme 
com os amigos é bastante diferente daquela a que recorremos 
quando vamos requerer vaga para um estágio ao diretor de 
uma empresa. Em síntese: a linguagem correta é a adequada 
ao assunto tratado (mais formal ou mais informal), à situação 
em que está sendo produzida, à relação entre emissor e 
destinatário (a linguagem que você utiliza com um amigo 
íntimo é bastante diferente da que se utiliza com um parente 
distante ou mesmo com um estranho). 
Na correspondência deve ocorrer exatamente a mesma 
coisa: a linguagem e o tratamento utilizados vão variar em 
função da intimidade dos correspondentes, bem como do 
assunto tratado. Uma carta a um parente distante 
comunicando um fato grave ocorrido com alguém da família 
apresentará uma linguagem mais formal. Já uma carta ao 
melhor amigo comunicando a aprovação no vestibular terá 
uma linguagem mais simples e descontraída, sem formalismos 
de qualquer espécie. 
 
Partes da Carta 
 
- local e data; 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
- destinatário; 
- saudação; 
- interlocução com o destinatário; 
- despedida; 
- assinatura. 
Esses itens estão na ordem em que devem aparecer. 
Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha 
finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S 
(post scriptum) ou Obs. (observação). Essa sigla é 
 
 
As Expressões Surradas 
 
Na produção de textos, devemos evitar frases feitas e 
expressões surradas (os chamados clichês), como 
, , 
, etc. Na carta, não é diferente. Fuja de expressões 
surradas que já apareceram em milhares de cartas, como 
-lhes estas mal t ou 
encontrá- . 
 
A Coerência no Tratamento 
 
Na carta formal, é necessário a coerência no tratamento. Se 
a iniciamos tratando o destinatário por tu, devemos manter 
esse tratamento até o fim, tomando todo o cuidado com 
pronome e formas verbais. Nesse tipo de carta, são comuns os 
erros de uniformidade de tratamento como o que 
apresentamos abaixo: 
-te 
 
 
Observe que não há nenhuma uniformidade de 
tratamento: começa-se por você (terceira pessoa), depois se 
passa para a segunda pessoa (te), volta-se à terceira (se), 
terminando com a segunda (tua). 
Ainda com relação à uniformidade, fique atento ao 
emprego de pronomes de tratamento como Vossa Senhoria, 
Vossa Excelência, etc. Embora se refiram às pessoas com quem 
falamos, esses pronomes devem concordar na terceira pessoa. 
Veja: 
-me ainda hoje os 
relatórios de sua autoria. Vossa Excelência não precisa 
preocupar- 
 
Carta aberta 
 
A Carta Aberta3 é um modelo de carta (texto epistolar) 
que tem como principal característica informar, instruir, 
alertar, protestar, reivindicar ou argumentar sobre 
determinado assunto. 
É um veículo de comunicação coletiva, ou seja, é destinada 
a várias pessoas (algum público, sindicatos, representações, 
comunidade, etc.). 
Portanto, o destinatário e o remetente da carta aberta não 
são seres individuais e por isso, ela é diferente das cartas 
pessoais. 
A carta aberta não está reduzida a somente um gênero 
textual, ou seja, ela pode ser um texto instrucional, expositivo, 
argumentativo ou descritivo. 
Diante disso, vale lembrar que ela pode englobar mais de 
um gênero, ou seja, ela pode ser ao mesmo tempo descritiva e 
argumentativa. 
Dessa maneira, a carta aberta representa uma importante 
ferramenta de participação política dos cidadãos, uma vez que 
apresenta determinado assunto de interesse coletivo. 
 
3 https://www.todamateria.com.br/carta-aberta/ 
Lembre-se que a carta aberta não é um texto muito extenso 
e sua linguagem é clara, coesa e está de acordo com as normas 
gramaticais. 
Geralmente são veiculadas nos meios de comunicação 
(televisão, rádio, internet, etc.) sendo que os assuntos mais 
abordados apontam algum problema, demanda da 
comunidade, apoio a uma causa, dentre outros. 
 
Estrutura: Como fazer uma Carta Aberta? 
 
Para produzir uma carta aberta, devemos estar atentos a 
seguinte estrutura: 
Título: geralmente é acrescentado um título que indica a 
quem será destinada a carta (comunidade, associação, 
instituição, organização, entidade, autoridade municipais, 
estaduais e nacionais, etc.) 
Introdução: tal qual um texto dissertativo, ela apresenta 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, as 
principais ideias são abordadas pelos destinatários. 
Desenvolvimento: segundo a proposta da carta, nesse 
momento serão apontados os principais argumentos e pontos de 
vista referentes ao assunto abordado. 
Conclusão: momento de arrematar a ideia e sugerir alguma 
ação dos interlocutores ou possível resolução do problema 
posto em causa. Na conclusão, ocorre o fechamento da ideia e 
busca de soluções. 
Despedida: com saudações cordiais e assinatura dos 
remetentes, a despedida finaliza a carta aberta. 
 
Para compreender melhor o conceito, segue abaixo um 
exemplo de Carta Aberta: 
 
Carta Aberta a Comunidade de Manaus 
 
De acordo com os problemas que temos passado durante 
os últimos dias no centro de Manaus, resolvemos apontar 
alguns temas para a reflexão, os quais consideramos de suma 
importância para a comunidade manauara. 
Primeiramente, devemos salientar que o pagamento dos 
espaços destinados à comercialização dos produtos artesanais 
inclui todos os profissionais que comercializam seus produtos 
nocentro do município. 
Assim, após a inscrição na Prefeitura Municipal, os 
inscritos deverão pagar a matrícula do espaço alugado e ainda 
um valor de 20% das vendas anuais. 
Esse evento de mudança na legislação a partir do mês de 
outubro, acarretou diversos problemas para os artesões que 
sofreram com a fiscalização na semana passada no centro da 
cidade. 
Visto a repercussão do episódio, decidimos entrar em 
contato com o órgão responsável para ampliar o tempo de 
cadastramento de todos os artesãos, visto a desorganização 
das últimas inscrições, bem como a falta de informação. 
Além disso, depois de nosso contato, a rádio e canal local 
de televisão, ficaram encarregadas de divulgar durante um 
mês, informações sobre a nova legislação, bem como a 
importância do cadastramento e detalhes sobre o pagamento 
dos espaços locais. 
Esperamos que todos estejam atentos uma vez que o 
trabalho de produção e comercialização de produtos 
artesanais representa uma parte considerável de nosso 
patrimônio, e, portanto, possui um valor inestimável para a 
comunidade. 
 
Atenciosamente, 
 
Associação de Artesãos de Manaus 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 5 
Carta de reclamação 
 
A carta de reclamação4 é utilizada quando o remetente 
descreve um problema ocorrido a um destinatário que pode 
resolvê-lo. É considerado um texto persuasivo, pois o 
interlocutor tenta convencer o receptor da mensagem a 
encontrar uma solução para o problema apontado na carta. 
Por este motivo, quem reclama deve se utilizar de um 
discurso argumentativo: descrevendo de maneira clara o(s) 
problema(s), motivo(s) pelo qual pode ter ocorrido, as 
consequências se não for resolvido. A exposição dos fatos deve 
comprovar que o remetente é quem tem razão, o qual pode 
ainda, apontar as possíveis soluções para que haja 
entendimento entre as partes. 
É essencial que a carta de reclamação tenha: identificação 
do remetente e do destinatário, data e local, assinatura, 
documentos em anexo (caso necessário). 
Lembre-se de expor claramente os antecedentes, pois 
neles estão os motivos pelos quais a reclamação está sendo 
feita. 
A carta deve ser preferencialmente digitada, pois facilita a 
leitura e evita equívocos. 
 
Importante: Sempre tenha uma cópia e caso entregue em 
mão, solicite a assinatura de quem recebeu com a data, se 
possível carimbada (no caso de empresa). 
 
Carta de solicitação 
 
A carta de solicitação5 faz parte das cartas comerciais e 
deverá possuir: timbre da empresa, iniciais do departamento, 
número da carta, local e data, destinatário, referência, assunto, 
saudação, corpo do texto, despedida e assinatura. 
 
O objetivo desse tipo de carta, como o próprio nome já diz, 
é fazer um pedido (solicitar algo) ao destinatário. 
 
Veja um exemplo: 
 
Timbre da empresa 
Dep. de vendas 
Nº 02/09 
 
Ao Diretor do Dep.de Faturamento 
João Esleveriano da Costa 
 
Recife, _____ de fevereiro de 2009. 
 
Prezado Senhor, 
Solicito a esse departamento, do qual V.Sª. é diretor, que 
tenha a gentileza de enviar-me a tabela de faturamento do 
último mês, a fim de que possamos conferir algumas vendas 
realizadas. 
 
Antecipo-lhe meus agradecimentos, certo de que serei 
prontamente atendido, dada a eficiência desta seção. 
 
Subscrevo-me. 
 
Cordialmente, 
 
Antonie Bernardo da Luz. 
Chefe do departamento de vendas. 
 
Há alguns sinônimos que podem ser utilizados: estimado 
senhor, peço-lhe o obséquio de, peço-lhe a gentileza, solicito a 
V.Sª. A especial fineza de, informar-me, comunicar-me, desde 
 
4 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm 
5 https://brasilcola.wordpress.com/category/carta-de-solicitacao/ 
já, apresento-lhe meus agradecimentos, antecipadamente 
grato, me firmo. 
 
Carta do leitor 
 
A Carta do leitor6 é um tipo de carta (gênero epistolar) 
veiculada geralmente em jornais e revistas, onde os leitores 
podem apresentar suas opiniões. 
É um espaço reservado donde as opiniões, sugestões, 
críticas, perguntas, elogios e reclamações dos leitores são 
publicadas e podem ser visualizadas por qualquer indivíduo. 
Possui uma função relevante para os meios de 
comunicação, de modo que a carta do leitor assegura uma 
resposta (feed-back) de seus leitores. 
É um importante instrumento de comunicação cujo leitor 
pode interagir com o meio de comunicação, expondo assim, 
seu ponto de vista sobre uma notícia, reportagem, pesquisa ou 
qualquer outro assunto atual. 
Além disso, ele pode sugerir algum tema a ser abordado. 
Por esse motivo, é uma importante ferramenta de produção de 
pauta para os veículos de comunicação. 
Desse modo, devemos lembrar que a carta do leitor possui 
um remetente (emissor ou locutor) e destinatário (receptor ou 
interlocutor). 
Antes de ser publicada ela passa pela equipe de revisão, a 
qual adaptará o texto e corrigirá possíveis erros. 
Por esse motivo, não existe um modelo específico, uma vez 
que segue o padrão de apresentação e o espaço destinado para 
esse fim determinado pelo meio de comunicação. 
Vale lembrar que a carta do leitor é uma pequena seção do 
veículo de comunicação, a qual pode ser publicada na íntegra, 
ou somente trechos relevantes. 
Como será publicada, as expressões de baixo calão, ou 
posições preconceituosas não devem ser pronunciadas. 
Além disso, o leitor deve evitar expressões populares, 
gírias, vícios de linguagem, apresentando seu texto numa 
linguagem formal, ou seja, que segue a norma culta da língua. 
Importante destacar que, de acordo com o público, a 
linguagem pode ser mais descontraída, por exemplo, numa 
revista para adolescentes. 
 
Características 
 
As principais características da carta do leitor são: 
Textos breves e escritos em 1ª pessoa 
Temas atuais e de caráter subjetivo 
Linguagem simples, clara e objetiva 
Presença de destinatário e remetente 
Texto expositivo e argumentativo 
 
Estrutura: Como Fazer uma Carta do Leitor? 
 
Geralmente as cartas dos leitores não seguem uma 
estrutura padrão, no entanto, devem apresentar alguns 
elementos estruturais: 
Vocativo: aparece o nome da revista ou do jornal e pode 
vir acompanhada de local e data (chamado de cabeçalho). 
Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que 
será apresentado e explorado pelo leitor. 
Desenvolvimento: desenvolvimento da argumentação do 
leitor sobre sua ideia central. 
Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente 
inclui uma sugestão para o assunto abordado. 
Despedida: representa as saudações finais do leitor, por 
exemplo, atenciosamente, cordialmente, abraços, etc. 
6 https://www.todamateria.com.br/carta-do-leitor/ 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 6 
Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer 
em forma de sigla, por exemplo, Afonso Miguel Pereira dos 
Santos (A.M.P.S.) 
 
Exemplos 
Para compreender melhor o conceito de carta do leitor, 
segue abaixo dois exemplos, donde o primeiro apresenta uma 
linguagem formal e o segundo uma linguagem informal: 
 
Exemplo 1 
 
São Paulo, 12 de dezembro de 2013 
 
Caros Editores da Revista Viagens e Lazer, 
 
Antes de mais nada, gostaria de agradecer a matéria 
Lugares Inóspitos do 
Planeta
texto. 
Após ler a matéria, fiz uma lista dos locais que me 
interessam conhecer, uma vez que sou antropólogo e um 
grande viajante e explorador de lugares. 
Quanto a isso, tenho uma sugestão para o próximo mês, a 
inclusão de uma matéria sobre as ilhas Fiji. Estive ali durante 
dois anos de minha vida e pude contemplar belezas naturais 
estonteantes. Parabéns pelo trabalho! 
 
Agradeço a atenção! 
 
João Ribeiro, Porto Alegre (Rio Grande do Sul) 
 
Exemplo 2 
 
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2012 
 
Olá Pessoal da Revista TeenFemina, 
 
Meu nome é Gisele e tenho 14 anos. Adorei a matéria sobre 
o primeiro beijo e gostaria de sugerir uma nova matéria sobre 
o namoro na adolescência. Sou fã da revista, compro todo o 
mês!!! 
Além dessas matérias importantes na adolescência adoro 
a seção de modas e acessórios. Já pensaram em ter um espaço 
para a reciclagem de artigos de moda? Tenho feito algumas 
adaptações nas roupas e acessórios que tenho no guarda-
roupa e tem sido um sucesso com a galera. Abraços e até a 
próxima! 
 
Gisele Matias Albuquerque, Natal (Rio Grande do Norte) 
 
Editorial 
 
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente 
aparece no início das colunas. Diferente dos outros textos que 
compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são 
textos opinativos. 
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem 
apresentar certa objetividade. Isso porque são os editoriais 
que apresentam os assuntos que serão abordados em cada 
seção do jornal, ou seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, 
Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros. 
Os textos são organizados pelos editorialistas, que 
expressam as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a 
assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do 
meio de comunicação (revista, jornal, rádio, etc.). 
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os 
 
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se 
apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E 
quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da 
linguagem que, mesmo em se tratando de impressões 
pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que 
prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de 
destaque. 
 
Estrutura de um editorial: 
- Uma síntese: constituída por uma apresentação 
geralmente 1º e 2º parágrafos, refere-se à exposição da ideia 
principal com base na ideia a ser defendida. 
- O corpo do editorial: Revela os argumentos que 
fundamentam a ideia principal em relação ao posicionamento 
atribuído pelo veículo de comunicação em referência. 
- A conclusão: Refere-se a uma possível solução para o 
problema levantado ou, em determinados casos, incita o leitor 
a uma reflexão sobre o assunto em pauta. 
 
Notícia 
 
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos 
existentes e tem como intenção nos informar acerca de 
determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante 
recorrente nos meios de comunicação em geral, seja na 
televisão, em sites pela internet ou impresso em jornais ou 
revistas. 
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, 
clara, objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que 
interessam ao público em geral. 
 
Estrutura de uma notícia: 
- Manchete ou título principal: Geralmente é grafado de 
forma bastante evidente, com o objetivo de chamar a atenção 
do leitor. 
- Título auxiliar: Serve como um complemento do 
principal, com o acréscimo de algumas informações, a fim de 
torná-lo ainda mais chamativo ao leitor. 
- Lide (lead): Corresponde ao primeiro parágrafo e nele 
são expostas as informações que mais despertar a atenção do 
leitor para continuar com a leitura do texto. Busca responder 
às questões: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?. 
Esta estratégia é bastante utilizada em jornais devido ao seu 
caráter informativo e por poder levar informações rápidas e 
claras ao leitor. 
- Corpo da notícia: Trata-se da informação propriamente 
dita, com a exposição mais detalhada dos acontecimentos 
mencionados. Após trazer as informações mais importantes no 
primeiro parágrafo, os parágrafos seguintes apresentam os 
outros acontecimentos sempre em ordem decrescente de 
relevância. As informações realmente necessárias para o 
entendimento dos fatos tais como as personagens, o espaço 
e o tempo são priorizadas. 
 
Um detalhe de extrema importância que devemos estar 
atentos é sobre o tipo de linguagem estabelecida, ou seja, 
identificarmos se ela é formal ou informal, se há a participação 
do emissor (a pessoa que escreve ou fala) no sentido de emitir 
algum tipo de opinião, entre outros aspectos. A notícia, de 
forma específica, possui uma linguagem clara, precisa e 
objetiva, uma vez que se trata de uma informação e, por isso, 
tudo que é relatado precisa estar claro, de modo a fazer com 
que a mensagem seja transmitida de forma adequada. 
 
Reportagem 
 
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado 
nos meios de comunicação de massa. A reportagem informa, 
de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela 
situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação 
e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo 
acontecimento. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 7 
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas 
geralmente costuma estabelecer conexões com o fato central, 
anunciado no que chamamos de lead (foi visto em Notícia). 
A partir daí, desenvolve-se a narrativa do fato principal, 
ampliada e composta por meio de citações, trechos de 
entrevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos 
resumos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um 
título, como todo texto jornalístico. 
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias 
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e 
contribuindo para formar sua opinião. 
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, 
dinâmica e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos 
meios de comunicação de massa, que se caracteriza como uma 
linguagem acessível a todos os públicos, mas pode variar de 
formal para mais informal dependendo do público a que se 
destina. Embora seja impessoal, às vezes é possível perceber a 
opinião do repórter sobre os fatos ou sua interpretação. 
Para se produzir uma boa reportagem, é fundamental que 
o repórter ouça todas as versões de um fato, a fim de que a 
verdade apurada seja realmente a verdade que possa ser 
comprovada, não aquela que se imagina que é a verdade. 
Cuidado para não confundir o gênero reportagem com 
notícia. A reportagem apresenta elementos que não são 
próprios do gênero notícia, entre eles o levantamento de 
dados, entrevistas com testemunhas e/ou especialistas e uma 
análise detalhada dos fatos. Embora preze pela objetividade, 
característica importante dos gêneros jornalísticos, a 
reportagem invariavelmente apresenta um retrato do assunto 
a partir de um ângulo pessoal, por isso, ao contrário da notícia, 
ela é assinada pelo repórter. Nesse gênero é comum encontrar 
também o recurso da polifonia, pois nele existem outras vozes 
que não a do repórter, por isso o equilíbrio entre os discursos 
direto e indireto. A finalidade maior da polifonia é permitir que 
o repórter aborde o tema de maneira global e, dessa maneira, 
isente-se da apresentação dos fatos. 
 
Resenha 
 
A resenha caracteriza-se por ser, no geral, um resumo 
crítico. Nesta produção textual, o autor faz uma descrição e 
uma breve apreciação a respeito de acontecimentos culturais 
ou obras (sejam elas cinematográficas, musicais, teatrais ou 
literárias), a fim de divulgar um objeto de consumo cultural, de 
maneira resumida, convidando o leitor ou espectador a 
conhecer a obra na íntegra. Em geral, a resenha é veiculada por 
jornais e revistas. 
No geral, o texto resenha deve conter uma análise e um 
julgamento, seja de verdade ou de valor. Por tratar-se de um 
resumo crítico, este tipo de texto exige que o resenhista seja 
alguém com conhecimentos na área, pois só assim poderá 
avaliar e julgar a obra criticamente. 
A linguagem pode ser mais ou menos formal, de acordo 
com o leitor, o veículo e o produto cultural resenhado. Há o 
emprego de vocabulário específico relacionado ao objeto 
resenhado. Os autores de resenhas geralmente são entendidos 
ou estudiosos do assunto, por isso,são grandes formadores de 
opinião e podem influenciar o público alvo, contribuindo para 
o sucesso ou para o fracasso do produto cultural criticado. 
 
Tipos de resenha 
 
Resenha crítica 
Avalia e julga obras culturais como filmes, livros e peças 
teatrais, bem como trabalhos acadêmicos. É um texto que 
descreve o objeto do qual trata e apresenta o juízo de valor do 
resenhista sobre tal. A resenha crítica precisa ter uma 
 
7 Fonte: http://pt.slideshare.net/Nilberte/slide-de-portugus-01-curso-sac 
(Adaptado) 
contextualização da obra avaliada, assim como suas 
referências completas, de acordo com as regras da ABNT; 
título a partir do enfoque da análise; considerações sobre o 
que foi avaliado; crítica a respeito dos conteúdos; e indicação 
para alunos de áreas afins ou possível público de interesse. 
 
Resenha descritiva 
A resenha descritiva se assemelha ao resumo descritivo. 
Ele sintetiza uma obra, apresentando seu autor e seus aspectos 
formais além de contextualizar seus assuntos. Mas, aqui, 
diferentemente da resenha crítica, não há inferência do 
resenhista, sendo assim, não cabe avaliação ou juízo de valor. 
 
Compreensão de textos informativos, argumentativos e de 
textos de ordem prática (ordens de serviço, instruções, 
cartas e ofícios) 
 
Compreensão de Textos7 
 
Confunde-se muito compreensão com interpretação 
textual. Você sabe dizer a diferença entre ambas? Se não, 
observe, se sim revise: Compreender o texto nada mais é do 
que ler o que exatamente vem escrito nele. 
A compreensão está propensa a três erros: Extrapolação, 
Redução e Contradição: 
Extrapolação: quando você faz deduções sem ter base no 
texto, de forma aleatória, de acordo com o seu achismo; Vamos 
simular? Se a frase afirma: Nem todos os candidatos são 
classificados nos concursos. 
Se você afirmar que todos os candidatos são classificados 
nos concursos não haveria vagas suficientes e você estaria 
extrapolando, falando algo que não está no texto; 
Redução: quando você reduz o significado de determinado 
trecho do que foi escrito; Se a frase afirma: Nem todos os 
candidatos são classificados nos concursos. E você afirma que 
nenhum candidato é classificado nos concursos. Nesse caso 
você restringiu o sentido mudando o termo de nem todos para 
nenhum de maneira inadequada, alterando o significado do 
que está escrito. 
Contradição: quando você deduz algo que é oposto ao real 
significado do que está texto. Se a frase afirma: Nem todos os 
candidatos são classificados nos concursos. E você afirma que 
todos os candidatos são classificados. Então, além de 
extrapolar você entra em contradição, pois não é isso que o 
texto afirma. Logo, uma forma adequada de reescrever a frase 
mantendo o seu sentido seria: Alguns candidatos são 
classificados nos concursos. 
 
Tipos de Ofícios Requerimento 
 
Conforme a definição de um dicionário é derivado do verbo 
requerer, que significa na forma denotativa (literal) solicitar, 
pedir, estar em busca de algo. Logo, redigir um requerimento 
tem a finalidade de solicitar aprovação (deferimento) de algo 
por escrito a um órgão (Público ou Privado) como uma 
Secretaria, um Colégio, uma Faculdade, etc. 
Portanto, observe uma dica para te auxiliar a identificar 
um requerimento: 
- Quanto ao desfecho não pode faltar: 
- 
 
Ilm.º. SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco (Nome da 
pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmente 
matriculada no nono ano do ensino fundamental desta escola, 
vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos 
documentos necessários à sua transferência para outro 
estabelecimento de ensino. Nestes termos, pede deferimento 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 8 
Londrina, 04 de novembro de 2008. (Assinatura) (Extraído do 
site www.brasilescola.com.br) 
 
Ata 
 
A ata tem como objetivo documentar qualquer evento 
realizado em uma instituição, sendo assim possui algumas 
formalidades pelo fato de ser uma redação técnica, um 
documento pertencente a uma Instituição. 
Ata referente ao primeiro conselho de classe realizado pela 
(nome completo da instituição) Aos vinte e três de março de 
2010, às dezessete horas e trinta minutos, sob o comando do 
diretor (nome completo), da coordenadora pedagógica (nome 
completo) e demais professores, realizou-se o primeiro 
conselho de classe referente ao 1º bimestre, tendo por objetivo 
a análise do rendimento de todos os educandos, usando como 
instrumento de verificação as avaliações formais. Dentre as 
propostas inerentes ao evento, destacaram-se as medidas a 
serem tomadas no que diz respeito às possíveis falhas obtidas 
mediante o processo avaliativo, com vistas a contorná-las. 
Constatados e discutidos todos os propósitos, a reunião se 
encerrou, na qual eu (nome da secretária escolar) lavrei a ata, 
lida e assinada por todos os presentes. Belo Horizonte, 23 de 
março de 2010. 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
Carta Comercial 
 
Tem por finalidade estabelecer uma comunicação 
comercial, entre pessoas e empresas ou somente entre 
empresas. 
Loja da Maria e Cia. Ltda. Comércio de utensílios Av. João, 
1000 Goiânia GO Goiânia, 03 de março de 2008. Ao diretor 
Joaquim Silva Rua das Amendoeiras, 600 Belo Horizonte MG 
Prezado Senhor: Confirmamos ter recebido uma 
reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao 
mês de fevereiro. Informamos-lhe que o referido valor foi 
depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta 
corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que 
o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. 
Pedimos escusas por não termos feito o depósito 
anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova conta bancária. 
Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de 
elevada estima e consideração. Atenciosamente, Amélia Sousa 
Gerente comercial 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
Procuração 
 
Tem como finalidade transferir os poderes de alguém 
(outorgado) para agir em nome de outra pessoa (outorgante). 
Eu, Eloá Oliveira, brasileira, natural de Marilândia, casada, 
Residente e Domiciliada em Belo Horizonte, MG, Rua Joaquina 
Silvério, nº 444, RG 4254748, CPF 263.362.421.12, NOMEIO 
MEU PROCURADOR O Sr. João da Silva, brasileiro, natural de 
Marilândia, casado, Residente e Domiciliado em Belo 
Horizonte, MG, Rua Joaquina Silvério, nº 444, RG 2542636, CPF 
263.895.325-13, PARA FINS DE efetivar matrícula, junto à 
Universidade Federal de Minas Gerais, PODENDO em meu 
nome, fazer a inscrição no curso de Pedagogia, para o qual fui 
selecionada no Processo Seletivo de 2008. Belo Horizonte, 03 
de março de 2009. ___________________ Eloá Oliveira 
(Extraído do site www.brasilescola.com.br) 
 
GÊNEROS LITERÁRIOS 
 
Gênero Narrativo: 
 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários 
reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com 
o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado 
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao 
surgimento de concepções de prosa com características 
diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. 
Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem 
elementos estruturais e estilísticos em comum e devem 
responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? 
onde? por quê? Vejamos a seguir: 
 
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente 
longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, 
envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. 
Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de 
valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os 
Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. 
 
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e 
personagens bem definidos e de caráter 
mais verossímil.Também conta as façanhas de um herói, mas 
principalmente uma história de amor vivida por ele e uma 
obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, 
física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no 
final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. 
Ex: Tristão e Isolda. 
 
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário 
entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como 
exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, 
de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 
 
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente 
em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até 
folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. 
Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a 
publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual 
conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, 
que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de 
aventura, que envolvem personagens em um contexto mais 
próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); 
contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um 
contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; 
contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de 
um mistério. 
 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser 
inverossímil. As personagens principais são não humanos e a 
finalidade é transmitir alguma lição de moral. 
 
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida 
cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom 
humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, 
quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e 
programas da TV... 
 
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância 
entre os momentos narrativos e manifestos descritivos. 
 
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético 
e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e 
filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais 
flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto 
de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, 
filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, 
etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou 
provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: 
Ensaio sobre a tolerância, de John Locke. 
 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
Gênero Dramático: 
 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. 
Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. 
 no palco, ou seja, é representada por atores, que 
assumem os papéis das personagens nas cenas. 
 
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível 
de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a 
tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma 
extensão e completa, em linguagem figurada, com atores 
agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e 
Julieta, de Shakespeare. 
 
Farsa: A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao 
emprego de processos como o absurdo, as incongruências, os 
equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações 
ridículas e, em especial, o engano. 
 
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida 
e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está 
ligada às festas populares. 
 
Tragicomédia: modalidade em que se misturam 
elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a 
mistura do real com o imaginário. 
 
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se 
retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, 
fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este 
povo. 
 
Gênero Lírico: 
 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no 
poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime 
suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e 
há o predomínio da função emotiva da linguagem. 
 
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo 
que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O 
emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de 
morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a 
peça Roan e Yufa, de William Shakespeare. 
 
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, 
ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom 
exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites 
nupciais. 
 
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma 
homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à 
mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino 
é uma ode com acompanhamento musical; 
 
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor 
expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas 
que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que 
expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao 
lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a 
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com 
diálogos (muito rara); 
 
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a 
alguém ou a algo, em tom sério ou irônico. 
 
 
8 http://pt.slideshare.net/reinildesdias2010/simone-marcuschi; 
Acalanto: ou canção de ninar; 
 
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), 
composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso 
formam uma palavra ou frase; 
 
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, 
são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e 
refrão vocal que se destinam à dança; 
 
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com 
acompanhamento musical; 
 
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; 
odes do oriente médio; 
 
Haicai: 
(=sátira). E o poema japonês formado de três versos que 
somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° 
verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas; 
 
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em 
dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-
b a-b-b-a c-d-c d-c-d. 
 
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões 
(cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
 
Gêneros não literários 
 
A linguagem não literária8 apresenta peculiaridades que a 
diferem da linguagem literária, entre elas o emprego de uma 
linguagem convencional e denotativa. 
A linguagem não literária tem como função informar de 
maneira clara e sucinta, desconsiderando aspectos estilísticos 
próprios da linguagem literária. 
Você sabia que os diversos textos podem ser classificados 
de acordo com a linguagem utilizada? A linguagem de um texto 
está condicionada à sua funcionalidade: se a intenção é 
informar, a escolha vocabular deve estar de acordo com essa 
finalidade; se a intenção é artística, outros recursos 
linguísticos mais apropriados devem ser utilizados. 
Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais, 
devemos pensar também na linguagem adequada a ser 
adotada em cada um deles. Por isso existem a linguagem 
literária e a linguagem não literária. Essa última será nosso 
objeto de análise, e o Mundo Educação traz para você todas as 
especificidades que marcam a construção do discurso não 
literário. 
Diferentemente do que acontece com os textos literários, 
nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico e 
também com o estilo, os textos não literários apresentam 
características bem delimitadas para que possam cumprir sua 
principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. 
Quando pensamos em informação, alguns elementos devem 
ser elencados, como a objetividade, a transparência e o 
compromisso com uma linguagem não literária, afastando 
assim possíveis equívocos na interpretação de um texto. Para 
ilustrar melhor as diferençasentre linguagem literária e não 
literária, observe dois textos cuja temática, embora comum a 
ambos, é abordada em diferentes perspectivas e com escolhas 
vocabulares bem distintas: 
 
Texto 1 (exemplo de linguagem não literária): 
 
Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma 
metrópole 
http://pratica2pvsufcg.blogspot.com.br/2013/03/lingua-portuguesa-dominio-
discursivo-e.html (Adaptado) 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega 
subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um 
local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir 
o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha 
m
um colégio numa pequena colina, próxima aos rios 
Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era 
o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de 
São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de 
Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de 
habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da 
construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio. 
Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade 
chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. 
Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das 
bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. 
Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o 
aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas 
minas e lavouras. 
(Disponível em http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/a-cidade-de-sao-
paulo) 
 
Texto 2 (exemplo de linguagem literária) 
 
Soneto sentimental à cidade de São Paulo 
Ó cidade tão lírica e tão fria! 
Mercenária, que importa - basta! - importa 
Que à noite, quando te repousas morta 
Lenta e cruel te envolve uma agonia 
 
Não te amo à luz plácida do dia 
Amo-te quando a neblina te transporta 
Nesse momento, amante, abres-me a porta 
E eu te possuo nua e fugidia. 
 
Sinto como a tua íris fosforeja 
Entre um poema, um riso e uma cerveja 
E que mal há se o lar onde se espera 
 
Traz saudade de alguma Baviera 
Se a poesia é tua, e em cada mesa 
Há um pecador morrendo de beleza? 
(Vinícius de Moraes) 
 
O primeiro texto, publicado em um site de informações 
sobre a cidade de São Paulo, é um claro exemplo de linguagem 
não literária. Nele predominam escolhas linguísticas cuja 
função é transmitir para o leitor um pouco da história da 
capital paulista, sem que para isso sejam empregados recursos 
estilísticos, como figuras de linguagem e de construção, 
elementos próprios dos textos literários. No segundo texto, um 
poema de Vinícius de Moraes, percebemos claramente que 
existe uma preocupação com o estilo, o que confere ao texto 
maior expressividade. Em ambos os textos o objeto é o mesmo, 
a cidade de São Paulo, no entanto, existem grandes diferenças 
no que diz respeito ao plano da linguagem. 
As notícias, os artigos jornalísticos, os textos didáticos, os 
verbetes de dicionários e enciclopédias, as propagandas 
publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias e os 
manuais são exemplos de gêneros textuais que empregam a 
linguagem não literária. No discurso não literário deve 
predominar uma linguagem objetiva, clara e concisa a fim de 
que a informação seja repassada de maneira eficiente, livre de 
possíveis dificuldades que prejudiquem o entendimento do 
texto. 
 
Gêneros como Práticas Histórico-Sociais 
 
Segundo Marcuschi os gêneros textuais são fenômenos 
históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social, 
portanto, são entidades sócio discursivas e formas de ação 
social em qualquer situação comunicativa. 
Caracterizam-se como eventos textuais altamente 
maleáveis e dinâmicos. 
Passemos para uma simples observação histórica do 
surgimento dos gêneros que revela um conjunto limitado dos 
mesmos. Após a invenção da escrita alfabética por volta do 
século VII a.C., multiplicam-se os gêneros, surgindo os tipos da 
escrita; os gêneros expandem-se com o surgimento da cultura 
impressa e atualmente a fase denominada cultura eletrônica, 
particularmente computador (internet) aparece como uma 
explosão de novo gênero e forma de comunicação, tanto na 
oralidade como na escrita. 
Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas 
funções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por 
suas peculiaridades linguísticas e estruturais. 
 
Definição e funcionalidade. 
 
 
Alguns teóricos denominam narração; descrição e 
diss
diferenciando-os das terminologias que são considerados 
 
Partindo desse pressuposto e pautando-se no estudo de 
Marcuschi definimos a seguir: 
Tipos textuais: sequência definida pela natureza 
linguística de sua composição (narração, descrição e 
dissertação); 
 
Gêneros Textuais 
 
São os textos encontrados no nosso cotidiano e 
apresentam características sócio comunicativas (carta pessoal 
ou comercial, diários, agendas, e-mail, orkut, lista de compras, 
cardápio entre outros). 
 
Com referência a Bakhtin, concluímos que é impossível se 
comunicar verbalmente a não ser por um texto e obriga-nos a 
compreender tanto as características estruturais (como ele é 
feito) como as condições sociais (como ele funciona na 
sociedade). 
 
Tipos textuais voltados para as funções sociais dos 
textos. 
Informativos; 
Expositivos; 
Numerados; 
Prescritivos; 
Literário; 
Argumentativo. 
 
Segundo Bakhtin, os gêneros são tipos relativamente 
estáveis de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas 
da atividade humana. Por essa relatividade a que se refere o 
autor, pode-se entender que o gênero permite certa 
flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo uma 
categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um 
subgênero. 
 
Tipos textuais como ferramenta. 
Para Bakhtin, quando um indivíduo utiliza a língua, sempre 
o faz por meio de um tipo de texto ainda que possa não ter 
consciência dessa, ou seja, a escolha de um tipo é um dos 
passos- se não o primeiro- a ser seguido no processo de 
comunicação. 
Por isso, os tipos textuais podem ser uma ferramenta que 
está à disposição do falante, sendo por ele escolhidos da 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
maneira que melhor lhe convém para, no processo de 
comunicação, auxiliá-lo na sua expressão linguística. 
Tomar um tipo textual como uma estrutura básica 
normalmente usada em uma determinada situação o torna 
controla para poder expressar a função maior da linguagem 
que é atingir uma comunicação, em maior ou menor grau 
argumentativo, ou seja, uma comunicação cujo objetivo é 
efetivamente alcançado e concretizado; daí dizer que a 
argumentação está inscrita no uso da língua. 
 
Questões 
 
01. (UFSC Assistente em UFSC/2016) A respeito do 
gênero do Texto, é CORRETO afirmar que se trata de: 
 
 
 
(A) uma poesia, pois faz uso das funções enfática e 
expressiva da linguagem para homenagear as mães em virtude 
da passagem do Dia das Mães. 
(B) um anúncio publicitário, caracterizado pelo uso da 
função conativa da linguagem. Tem como finalidade seduzir o 
leitor para convencê-lo a comprar um determinado produto. 
(C) uma reportagem, caracterizada por ser publicada em 
periódico, ter a função básica de aprofundar as informações 
acerca de um tema relevante, apresentar ao leitor fatos e 
considerações e utilizar uma linguagem referencial, 
preferencialmente objetiva. 
(D) uma notícia, uma vez que se caracteriza por ser 
publicada em jornal, relatar um fato recente, explicitando os 
envolvidos e as circunstâncias em que se deu um fato, e por ser 
de relevância social para um grande público, apontando causas 
e consequências. 
(E) um editorial, caracterizado por emitir a posição de um 
jornal ou revista acerca de um produto, embora sem indicação 
deautoria, utilizando uma linguagem subjetiva e expressiva. 
 
02. (IF SUL MG Técnico de Tecnologia da 
Informação IF SUL MG/2016) O artigo objetiva contribuir 
para as análises referentes ao Programa Nacional de Acesso ao 
Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) proposto pelo MEC 
em 2011 e pertencente à Política de Educação Profissional 
Técnica de nível médio. (I) Problematiza um dos pressupostos 
do Programa: o de que a qualificação pretendida implica na 
melhoria da qualidade do Ensino Médio Público. (II) Apresenta, 
como bases de análise, o contexto do Decreto nº 5154/04, a 
atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Profissional e as do Ensino Médio e referencial teórico 
baseado nos conceitos de Estado ampliado e de capitalismo 
dependente. (III) O PRONATEC ao priorizar a qualificação 
profissional concomitante ao Ensino Médio Público, mediante 
parcerias público/privado fragmenta os insuficientes recursos 
públicos, e promove a descontinuidade em relação à concepção 
progressista de integração entre Ensino Médio e Educação 
Profissional. (IV) Paraliza o processo de travessia para a escola 
unitária e não enfrenta a problemática complexa da qualidade 
na escola pública. 
(Fragmento adaptado) Disponível 
em:<www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/vie
w/1713/141>. Acesso em: 02 maio2016. 
 
O fragmento em questão é o resumo de um artigo 
científico. Considerando que, nesse gênero, o uso da língua 
padrão é necessário, verifica-se que, nos trechos em destaque 
no próprio texto, houve observância desse uso no trecho: 
(A) IV. 
(B) III. 
(C) II. 
(D) I. 
 
03. (UFRPE Assistente em Administração SUGEP 
UFRPE / 2016) 
 
A Linguagem verbal e os textos 
 
As diferenças que podem ser observadas entre os textos 
dizem respeito à sua situação de produção e de circulação, 
inclusive a finalidade a que se destinam. São os chamados 
gêneros de texto. Por exemplo: se o locutor quer instruir seu 
interlocutor, ele indica passo a passo o que deve ser feito para 
a obtenção de um bom resultado, como ocorre numa receita de 
bolo. Se quer persuadir alguém a consumir um produto, ele 
argumenta, como faz em um anúncio de chocolate. Se quer 
contar fatos reais, ele pode escrever uma notícia. Se quer 
contar uma história ficcional, ele pode produzir um conto. Se 
quer transmitir conhecimentos, ele deve construir um texto 
em que exponha com clareza os saberes relacionados ao objeto 
em foco. 
Ou seja, quando interagimos com outras pessoas por meio 
da linguagem, seja ela oral ou escrita, produzimos certos textos 
que, com poucas variações, se repetem no tipo de conteúdo, no 
tipo de linguagem e de estrutura. Esses textos constituem os 
pelas pessoas a fim de atender a determinadas necessidades 
de interação social. De acordo com o momento histórico, pode 
nascer um gênero novo, podem desaparecer gêneros de pouco 
uso ou, ainda, um gênero pode sofrer mudanças. 
Numa situação de interação verbal, a escolha do gênero 
textual é feita de acordo com os diferentes elementos que 
fazem o contexto, tais como: quem está falando ou escrevendo; 
para quem; com que finalidade; em que momento histórico etc. 
Os gêneros estão ligados a esferas de circulação da linguagem. 
Assim, por exemplo, na esfera jornalística, são comuns gêneros 
como notícias, reportagens, editoriais, entrevistas; na esfera 
da divulgação científica, são comuns gêneros como verbete de 
dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, 
seminário, conferência etc. 
Desse modo, os gêneros de texto que circulam na 
sociedade têm uma grande vinculação com o momento 
histórico-cultural de cada contexto. 
(William Cereja; Thereza Cochar; Ciley Cleto. Interpretação 
de textos. São Paulo: Editora Atual, 2009, p. 29. Adaptado) 
 
constituem os chamados gêneros textuais e foram 
historicamente 
em que o sentido global desse trecho está mantido. 
(A) Esses textos constituem os chamados gêneros textuais 
uma vez que foram historicamente criados pelas pessoas. 
(B) Esses textos constituem os chamados gêneros textuais, 
como foram historicamente criados pelas pessoas. 
(C) Esses textos constituem os chamados gêneros textuais 
conforme foram historicamente criados pelas pessoas. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
(D) Esses textos não só constituem os chamados gêneros 
textuais, mas também foram historicamente criados pelas 
pessoas. 
(E) Esses textos constituem os chamados gêneros textuais, 
porém foram historicamente criados pelas pessoas. 
 
Gabarito 
 
01. (B) / 02. (C) / 03. (D) 
 
Comentários 
 
1. B 
A função conativa é o mesmo que apelativa; centrada no 
receptor, no destinatário. Exemplo: Propagandas. 
 
2. C 
A questão pede o uso da norma padrão da língua, os erros 
dos trechos são: 
I) O verbo implicar no sentido de "acarretar", "ocasionar" 
é transitivo DIRETO. 
II) Correta -> letra c 
III) Uso da vírgula errado, a primeira vírgula está 
separando sujeito do verbo. 
IV) Escreve-se paraliSa e não paraliZa 
 
3. D 
Qual o sentido global que apresenta o texto? De adição, 
note ali a conjunção aditiva "e". Para que mantenhamos o 
trecho com seu sentido global, temos que substituir a 
conjunção aditiva por outra conjunção aditiva. 
a) Errada; Esses textos constituem os chamados gêneros 
textuais uma vez que foram historicamente criados pelas 
pessoas. 
Aqui temos uma conjunção CAUSAL. 
b) Errada; Esses textos constituem os chamados gêneros 
textuais, como foram historicamente criados pelas pessoas. 
Conjunção COMPARARTIVA. 
c) Errada. Esses textos constituem os chamados gêneros 
textuais conforme foram historicamente criados pelas 
pessoas. 
Conjunção CONFORMATIVA 
d) Gabarito. Esses textos não só constituem os chamados 
gêneros textuais, mas também foram historicamente criados 
pelas pessoas. 
GABARITO. Não só... Mas também - Conjunção aditiva 
e) Errada. Esses textos constituem os chamados gêneros 
textuais, porém foram historicamente criados pelas pessoas. 
Conjunção ADVERSATIVA 
 
TIPOS TEXTUAIS 
 
Para escrever um texto, necessitamos de técnicas que 
implicam no domínio de capacidades linguísticas. Temos dois 
momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) e 
o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito). 
Fazer um texto, seja ele de que tipo for, não significa apenas 
escrever de forma correta, mas sim, organizar ideias sobre 
determinado assunto. 
 E para expressarmos por escrito, existem alguns modelos 
de expressão escrita: descrição, narração, dissertação e carta: 
 
- Descrição 
 Expõe características dos seres ou das coisas, apresenta 
uma visão; 
 É um tipo de texto figurativo; 
 Retrato de pessoas, ambientes, objetos; 
 Predomínio de atributos; 
 Uso de verbos de ligação; 
 Frequente emprego de metáforas, comparações e outras 
figuras de linguagem; 
 Tem como resultado a imagem física ou psicológica. 
 
- Narração 
 Expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta 
antes, durante e depois dos acontecimentos (geralmente); 
 É um tipo de texto sequencial; 
 Relato de fatos; 
 Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, 
tempo; 
 Apresentação de um conflito; 
 Uso de verbos de ação; 
 Geralmente, é mesclada de descrições; 
O diálogo direto é frequente 
 
- Dissertação 
Expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa; 
É um tipo de texto argumentativo 
Defesa de um argumento: apresentação de uma tese que 
será defendida, desenvolvimento ou argumentação, 
fechamento; 
Predomínio da linguagem objetiva; 
Prevalece a denotação. 
 
- Carta 
 Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um 
remetente e um destinatário; 
 É normalmente escrita em primeira pessoa, e sempre visa 
um tipo de leitor; 
 É necessário que se utilizeuma linguagem adequada com 
o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a 
visão daquele para quem o texto está sendo escrito. 
 
No entanto abordaremos com mais ênfase os seguintes 
elementos: 
 
Descrição 
 
É a representação com palavras de um objeto, lugar, 
situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais 
particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer 
elemento que seja apreendido pelos sentidos e transformado, 
com palavras, em imagens 
Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa 
ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não 
é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do 
observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa 
forma, o que será importante ser analisado para um, não será 
para outro. 
A vivência de quem descreve também influencia na hora de 
transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, 
pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento. 
Exemplos: 
Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho. 
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, 
pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado 
pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o 
meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de 
abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande 
 
Amor 
 
-se Raimundo este pequeno, e era mole, 
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em 
reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta 
minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com 
o cérebro. Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança 
fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na 
escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 13 
 
 
 
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor 
da escola que o escritor frequentava. 
Deve-se notar: 
- Que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao 
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os 
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha 
grande medo ao pai); 
- Por isso, não existe uma ocorrência que possa ser 
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de 
vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola 
é cronologicamente anterior a retirar-se dela; no nível do 
relato, porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: 
o que o escritor quer é explicitar uma característica do menino, 
e não traçar a cronologia de suas ações); 
- Ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se), 
todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica 
concomitância em relação a um marco temporal instalado no 
texto (no caso, o ano de 1840, em que o escritor frequentava a 
escola da Rua da Costa) e, portanto, não denota nenhuma 
transformação de estado; 
- Se invertêssemos a sequência dos enunciados, não 
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica 
poderíamos mesmo colocar o último período em primeiro 
lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais 
severo com ele do que conosco. Entrava na escola depois do 
pai e retirava-se antes... 
 
Características 
- Ao fazer a descrição enumeramos características, 
comparações e inúmeros elementos sensoriais; 
- As personagens podem ser caracterizadas física e 
psicologicamente, ou pelas ações; 
- A descrição pode ser considerada um dos elementos 
constitutivos da dissertação e da argumentação; 
- É impossível separar narração de descrição; 
- O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim 
a capacidade de observação que deve revelar aquele que a 
realiza; 
- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo: 
parecia mais velha pelo 
desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea 
e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que 
parecem conformados expressamente para esposas da 
(Raul Pompéia O Ateneu); 
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não 
existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus 
enunciados; 
- Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível, que 
se usem então as formas nominais, o presente e o pretérito 
imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferência aos 
verbos que indiquem estado ou fenômeno. 
- Todavia deve predominar o emprego das comparações, 
dos adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto. 
A característica fundamental de um texto descritivo é essa 
inexistência de progressão temporal. Pode-se apresentar, 
numa descrição, até mesmo ação ou movimento, desde que 
eles sejam sempre simultâneos, não indicando progressão de 
uma situação anterior para outra posterior. Tanto é que uma 
das marcas linguísticas da descrição é o predomínio de verbos 
no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo: o 
primeiro expressa concomitância em relação ao momento da 
fala; o segundo, em relação a um marco temporal pretérito 
instalado no texto. 
Para transformar uma descrição numa narração, bastaria 
introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um 
estado anterior para um posterior. No caso do texto 2 inicial, 
para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso 
grande medo do pai. Mais tarde, libertou-se desse medo... 
 
Características Linguísticas 
O enunciado narrativo, por ter a representação de um 
acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela 
temporalidade, na relação situação inicial e situação final, 
enquanto que o enunciado descritivo, não tendo 
transformação, é atemporal. 
Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático-
semânticas encontradas no texto que vão facilitar a 
compreensão: 
- Predominância de verbos de estado, situação ou 
indicadores de propriedades, atitudes, qualidades, usados 
principalmente no presente e no imperfeito do indicativo (ser, 
estar, haver, situar-se, existir, ficar); 
- Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é 
descrito; 
- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, 
comparações, sinestesias); 
- Uso de advérbios de localização espacial. 
 
Recursos 
- Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas. 
Ex.: 
 
- Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, 
concretas. Ex.: As criaturas humanas transpareciam um céu 
seren 
- As sensações de movimento e cor embelezam o poder da 
natureza e a figura do homem. Ex.: Era um verde transparente 
 
- A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do 
texto. Ex.: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O 
 
 
Formas para a apresentação da Descrição 
1) Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a 
passagem são apresentadas como realmente são, 
concretamente. Ex.: Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70 kg. 
Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, 
 
Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. 
Exemplo:
porta central que se alcançava por três degraus de pedra e 
quatro janelas de guilhotina para cada lado. Era feita de pau a 
pique barreado, dentro de uma estrutura de cantos e apoios de 
madeira-de-lei. Telhado de quatro águas. Pintada de roxo-
claro. Devia ser mais velha que Juiz de Fora, provavelmente 
sede de alguma fazenda que tivesse ficado, capricho da sorte, 
na linha de passagem da variante do Caminho Novo que veio a 
ser a Rua Principal, depois a Rua Direita sobre a qual ela se 
punha um pouco de esguelha e fugindo ligeiramente do 
ali (Pedro Nava Baú de Ossos) 
 
2) Descrição Subjetiva: quando há maior participação da 
emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são 
transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar 
ou expressar seus sentimentos. Ex.: 
que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações 
gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! 
Ateneu!

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