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CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS E A FILOGENIA MICROBIANA 2018.1 Prof. Juliana FL Santos Aula 002 HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO: separar objetos ou organismos em grupos distintos (seguindo 1 ou vários parâmetro) ; POR QUE CLASSIFICAR: facilitar o estudo e/ ou sua aplicação. SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA: área de estudo que procura desvendar como os organismos estão relacionados e em quais tempos as separações ocorreram - representação pela árvore filogenética. HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 1ª FASE 2ª FASE 3ª FASE Universo macroscópico Sec. IV a.C - 1640 Hipócrates e Aristóteles 2 reinos (1 parâmetro) 1665 *– 1930/1940 Descoberta do microscópio*; Euglena sp – 1800 (Kaeckel) Fig. Euglena sp Fonte: www.fcps.edu 1940 - 1970 1932: descoberta microscópio eletrônico 5 reinos 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... 4ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: biologia molecular e a proposta atual... 1970-2018 avanços da biologia molecular; Aprimoramento da microscopia eletrônica e; Aceitação do desenvolvimento da sistemática filogenética seres vivos – constituídos de DNA, RNA e proteínas ; Organismos próximos – similaridade entre essas moléculas RNA - molécula chave para a produção de proteínas e evolutivamente parece ter se originado antes mesmo que o próprio DNA. 1977 - CARL WOESE (1928-2012) - microbiologista Pioneiro no estudo da filogenia molecular. Comparações entre as moléculas de RNA. O que evidenciou seus estudos? Que os eucariontes são muito próximos entre si, mas que os procariontes formam dois grupos distintos. A grande explosão na área da sistemática molecular veio acompanhada por novas metodologias de análises, trazendo profundas mudanças nas propostas de classificação, sendo essa área hoje uma das mais dinâmicas da Biologia. É muito frequente, em função disso, que propostas de classificação sejam conflitantes. Trata-se de uma área que está em pleno processo de CONSTRUÇÃO e RECONSTRUÇÃO. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... A proposta atual... DOMÍNIO – categoria taxonômica SUPERIOR a REINO classificação pelo tipo de célula TODOS eucariontes PROCARIONTES 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Etimologia: a derivação, origem, ou história de uma palavra. NOMES CIENTÍFICOS ESCRITOS EM LATIM - PROPORCIONA NOMES UNIVERSAIS DOS ORGANISMOS Terminologia Binômio: Todo organismo recebe dois nomes – 1º GÊNERO (Sempre iniciado em letra maiúscula) e o 2º ESPÉCIE (Segue o gênero e se inicia em letra minúscula). Em itálico Staphylococcus aureus - Staphyl é derivado do grego staphyle”grupo de frutos” e coccus do grego e que quer dizer ”fruto”. Aurous é de Latim e quer dizer ”dourado”. Um grupo de frutos dourados. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... MICROBIOLOGIA: estudo da biologia dos seres microscópicos Microscópio eletrônico Fonte: nanolive.ch Microscópio ótico. Fonte: nanolive.ch A diferença básica entre o microscópio eletrônico e o óptico é que o eletrônico não é utilizada a luz, mas sim feixes de elétrons. O primeiro 500 mil x e o segundo 1000/ 2000 x AVALIAÇÃO DO ESTADO DO CONHECIMENTO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA DO BRASIL - COBIO/MMA – GTB/CNPq – NEPAM/UNICAMP. 2003. FONTE: http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/microb1.pdf AVALIAÇÃO DO ESTADO DO CONHECIMENTO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA DO BRASIL - COBIO/MMA – GTB/CNPq – NEPAM/UNICAMP. 2003. FONTE: http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/microb1.pdf AVALIAÇÃO DO ESTADO DO CONHECIMENTO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA DO BRASIL - COBIO/MMA – GTB/CNPq – NEPAM/UNICAMP. 2003. FONTE: http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/microb1.pdf 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... VAMOS RELEMBRAR ALGUNS CONCEITOS? PAREDE CELULAR - dividida em: Gram-positivas e Gram- negativas, de acordo com sua resposta à coloração, decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... VAMOS RELEMBRAR ALGUNS CONCEITOS... PROCARIONTES X EUCARIONTES PRINCIPAIS DIFERENÇAS – NÍVEL CELULAR União ordenada e complexa gerando produtos capazes de se auto- replicarem; Célula Procariótica Célula Eucariótica MENOR complexidade MAIOR complexidade 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... VAMOS RELEMBRAR ALGUNS CONCEITOS... PROCARIONTES X EUCARIONTES Célula Procariótica Célula Eucariótica Organismos unicelulares simples que não possuem compartimentalização membranosa de seus produtos intracelulares. Presença de Parede Celular (PC) – peptidoglicano (bact.) e glicoproteínas e outras subst. (archaeas) Organismos unicelulares ou pluricelulares que possuem compartimentalização membranosa de seus produtos intracelulares. Presença PC (vegetais, algas e fungos) – celulose, sílica, quitina entre outras... As estruturas compartimentalizadas por membrana são denominadas de organelas Domínio Bacteria PAREDE CELULAR presente em todas as bacctérias – estrutura semirrígida que protege a célula e impede seu rompimento. Estrutura complexa formada por peptídeoglicanos. Formada por uma ou mais camadas Configuração da malha peptideoglicana formada por moléculas/ Fonte: Cepa Christian Gram desenvolveu um método de coloração em 1884, chamado de Coloração Gram - dividir as bactérias em dois grandes grupos: gram-positivas e; gram-negativas Técnica de coloração: reconhecer as características de cada caso de infecção e determinar os tratamentos mais convenientes; Gram-positivas e Gram- negativas, de acordo com sua resposta à coloração, decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular. PC gram-negativas: composta por uma ou poucas camadas de peptideoglicanos e outro componente, a membrana externa, semelhante à membrana plasmática. PC gram-positivas: apresentam apenas parede celular composta por diversas camadas de peptideoglicanos que formam uma estrutura espessa . 90 a 95% das bactérias Gram-negativas são patogênicas - PC mais complexas - resistentes e dificultam que os antibióticos e outros medicamentos adentrem em seu interior – maior virulência . Técnica Gram de coloração - submeter esfregaços com bactérias - agentes químicos específico [violeta genciana e em seguida lugol] - permitem diferenciar bactérias com diferentes estruturas PC a partir das colorações que estas adquirem; Gram-positivas e gram-negativas - absorvem e fixam o corante e adquirem uma coloração violácea. Etapa final: processo de descoloração pelo etanol- acetona - solvente descolore as membranas externas de algumas bactérias* ABC.MED.BR, 2014. Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas: o que são? Como é a técnica de Gram? Quais as vantagens de diferenciar as bactérias Gram-negativas e Gram-positivas?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/587007/bacterias-gram-positivas-e-gram-negativas-o-que-sao-como-e-a-tecnica-de-gram-quais-as-vantagens-de-diferenciar-as-bacterias-gram-negativas-e-gram- positivas.htm>. Acesso em: 10 mai. 2016. Retenção ou não do corante é dependente das propriedades físicas e químicas – PC - e isso determina a sensibilidadedelas às medicações. As bactérias Gram-positivas têm paredes simples e as Gram-negativas têm estrutura mais complexa. Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus faecalis. Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Bacteria compreende pelo menos 40 divisões (filos); PROTEOBACTÉRIAS - maior grupo taxonômico de bactérias Composto por bactérias gram-negativas O nome Proteo vem do Deus grego Proteu – assumia muitas formas – seus subgrupos são designados por letras gregas α β γ Pseudomonas aeruginosa nature.com Importância do ponto de vista ambiental Nitrobacter sp e Nitrossomas sp α e β-Proteobactérias (respectivamente) 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Bacteria α –Proteobactérias Rhizobium sp e Agrobacterium sp Possuem habilidade de invadir plantas – formando nódulos com a função de fixar o nitrogênio do ar – para uso da planta; γ – Proteobacterias (maior subgrupo) Inclui organismos da ordem Enterobacteriales - grupo bacteriano que habita o trato intestinal humano Escherichia coli – bioindicador de qualidade ambiental (indica a presença de coliformes fecais na água). Rhizobium sp canna.es 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Bacteria BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS NÃO PROTEOBACTÉRIAS consideradas diferente das Proteobactérias, incluem diversas BACTÉRIAS FOTOSSINTETIZADORAS Cianobactérias X Bactérias fotossintetizantes púrpuras e verdes Cianobactérias: Importantes produtores primários, possuem fotossíntese aeróbia e muitas fixam N atmosférico. Produção de O2 (fotossíntese) Chamadas de Oxigênicas Não produzem O2 Chamadas de não-oxigênicas 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Bacteria BACTÉRIAS FOTOSSINTETIZANTES PÚRPURAS E VERDES (não-oxigênicas) realizam a fotossíntese, mas diferentemente dos vegetais e cianobactérias – não utilizam o O2 1) 2 H2O + CO 2 (CH2O) + H2O + O2 – realizam fotos - para produzir carboidrato e O2 2) 2 H2S + CO2 (CH2O) + H2O + 2S – utilizam sulfeto H2 , produzem carboidratos e grânulos de S Cianobactérias - utilizam compostos orgânicos (carboidratos) – para redução fotossintética do CO2; Bactérias púrpuras e verdes sulfurosas: Podem utilizar compostos reduzidos do enxofre, acetatos, piruvatos e ácidos dicarboxílicos (não utilizam H2O na fotossíntese) Ocupam nichos ambientais similares aos ocupados pelas algas eucariontes - adaptáveis em ambientes pobres nutricionalmente. Cianobactéria filamentosa – pigmentação esverdeada Cianobactérias - Bactérias capazes de realizar fotossíntese com produção de oxigênio. As moléculas de clorofila ficam soltas no citoplasma (diferentemente dos vegetais). Cianobactérias. Desenho de um filamento de cianobactéria com destaque de algumas estruturas / Fonte: Cepa Lamelas: rede de membranas onde se encontram a clorofila e outros pigmentos Diversidade morfológica: Synechocystis, Gloeothece, Nostoc, Dermocarpa, Anabaena, Scytonema, Pleurocapsa, Oscillatoria, Fischerella, Stigonema h ttp ://b io setal.b lo gsp o t.co m .b r/2 0 1 2 /0 2 /cian o b acterias-u n -m u n d o -d e -ap licacio n es.h tm l 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Bacteria BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS PC - mais espessa e divididas conforme suas características morfológicas e bioquímicas; a. Filo Firmicutes a. Classe Clostridiales: membros dos gênero Clostridium sp – anaeróbicos, possuem endosporos de importância médica e para a indústria alimentar – resistência ao calor e compostos químicos. b. Classe Bacillales: espécies patogênicas, como Bacillus anthracis, aeróbico que causa a doença conhecida por carbúnculo, que acomete animais domésticos (ovelha, gado, cavalos) e que pode ser transmitida a humanos. Os esporos formados sob condições adversas podem sobreviver por décadas no ambiente – toxinas letais. Endosporos: células especializadas de “repouso” utilizadas quando os nutrientes essenciais (H2O e nutrientes) se esgotam. O que permite resistirem por longos períodos a condições adversas. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Processo de esporulação ou esporogênese i. Início: escassez de nutrientes- chave. Isolamento por invaginação da m.p. ii. Amadurecimento: com o rompimento, morte da célula e liberação do endoposporo. Dormência longos períodos (milhares de anos). Germinação – lesão física ou química – rompimento da camada externa e início do metabolismo. Resistentes a processos que matam células vegetativas (aquecimento, dessecação, congelamento e radiação). Problema indústria: sobrevivência a determinados processos – e se condições ocorrerem para o crescimento – podem produzir toxinas e doenças. Fig. Formação do endosporo (Tortora et al, 2012. lo o kf o rd ia gn o si s. co m microbeworld.org Quando você escuta o termo “guerra biológica”, o que vem à sua cabeça? Espécies de Bacillus Pela atual conjuntura mundial é pertinente se preocupar com isso? Quais microrganismos seriam mais indicados para este propósito? Como podemos nos defender das toxinas? Importância clínica Formação de esporos – sobrevivência (trituração, desidratação, enterrado) - pulverizados, tornando-se ativos novamente quando encontram um ambiente quente e úmido como o interior do nariz. Esses esporos podem ser borrifados por algo como um avião usado em plantações, ou por um aerosol caseiro, que possibilita seu uso em um ataque biológico. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... b. Filo Actinobacteria Altamente pleomórficas Frankia sp - responsável pela formação de nódulos fixadores de N em raízes de leguminosas; Mycobacterium sp – incluem patógenos importantes como M. tuberculosis e o M . leprae. Outras sp são encontradas na água e solo e são patógenos ocasionais. web.uconn.edu Frankia sp M. tuberculosis 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Morfologia das bactérias células bacterianas podem ocorrer individualmente ou em colônias e medem cerca de 0,2 a 2 μm de diâmetro e de 2 a 8 μm de comprimento; bactérias gigantes com células de até 600 μm de comprimento - Epulopiscium fishelsoni (de 200 a 700 μm) encontradas no tubo digestório - presente em sedimentos oceânicos. sciencepolicyivh.wordpress.com 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Morfologia das bactérias forma das células nas diferentes espécies é constante, mas entre as espécies essa forma é variável. Existem três formatos básicos dos quais surgem inúmeras variações: cocos, bacilos e helicoidais. Fig. Formatos celulares e arranjos encontrados no grupo das bactérias / Fonte: Cepa 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies...Domínio Archaea Parede celular (PC) não possui peptideoglicano (caract. comum domínio Bacteria) – no entanto, apresenta PC de glicoproteínas e outras subst; Altamente diversificados: maioria de morfologia comum (cocos e hélices); Archaea definem claramente os limites de tolerância biológica nos extremos físicos e químicos da vida na Terra; Fisiologicamente encontrados em ambientes extremos – não existem patogênicas conhecidas Pyrodictium abyssi – representante incomum encontrado em sedimentos das profundezas do oceanos sob uma temperatura de 100 °C. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Archaea Comumente o domínio é representado por organismos halófilos extremos – altas concentrações de saís, Great Salt Lake. Ou aquelas que crescem em nascentes ácidas, ricas em enxofre e quentes o gênero Sulfolubus sp (cratera sulfurosa na Itália) Halobactérias - dependência absoluta de altas concentrações de sal (NaCl). Sob baixas concentrações de sal, a membrana celular se desintegra e, portanto, é somente encontrado em ambientes de alta salinidade – Halobacterium salinarum – capturaram a luz por meio de um pigmento bacteriorodopsina e produzem energia para a realização das atividades celulares – tipo especial de fotossíntese. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Archaea Methanobacterium sp - maior número de espécies identificadas, obtêm energia convertendo uma variedade de compostos em metano e, por isso, prosperam em ambientes anaeróbios ricos em matéria orgânica: sistemas intestinais e rúmen de animais, camada sedimentar oceânica, pântanos e marismas, águas termais e ambientes ricos em matéria orgânica. Ponto de vista ecológico: produção metabólica de metano desses organismos é de grande debate. O metano é um combustível “limpo” e pode ser utilizado como uma excelente fonte alternativa de energia (energia sem poluição). No entanto, o composto metano absorve radiação infravermelha e contribui para o efeito estufa e aquecimento global. No Brasil, existem poucos relatos do isolamento e identificação espécies de Archaea, sendo estes principalmente relacionados a estudos em processos de tratamento de efluentes, produção de metano em reatores experimentais e campos alagados de arroz, e microrganismos halofílicos isolados de salinas. Arqueas halofílicas ao microscópio eletrônico de varredura. Isoladas de salinas abandonadas em Icapui (CE) - capazes de crescer em meio de cultura contendo 10% NaCl (Créditos: Francisco Eduardo de Carvalho Costa, Brigida Pimentel Vilar de Queiroz e Sávio Torres de Farias, CNPMA/EMBRAPA). Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo voltadas para caracterização taxonômica de Archaea em lodos. Vazoller, R.F. (1989). Estudos sobre isolamento, caracterização e crescimento de culturas puras de bactérias metanogênicas provenientes de biodigestores de lodo de esgoto. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas/USP. Vazoller, R.F. (1995). Avaliação do ecossistema microbiano de um biodigestor anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo, operado com vinhaça sob condições termofílicas. Tese de Doutorado. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos/USP. Vazoller, R.F. (1997). Microbial aspects of thermophilic anaerobic biodigestion of vinasse. Proceedings of ISME 7 – Progress in Microbial Ecology. Santos. p. 527-532. brasiladentro.com.br 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya CARACTERÍSTICAS DOS PROTOZOÁRIOS Protozoan “primeiro animal” – nutrição “semelhante aos animais” – reproduzem-se e geralmente parasitam – “ir de um hospedeiro a outro”; Otto Butschli - primeiras classificações biológicas - método de locomoção como base para a separação dos diferentes organismos unicelulares eucariontes; Divisão morfológica em: ameboides, flagelados, ciliados e esporozoários – apelo didático x caráter filogenético; Habitat: água e solo; Espécies: 20.000 [nº pequeno - doenças]; < heterotróficos aeróbicos – poucos intestinais/ anaeróbicos; Grupos contém clorofila: Euglenóides 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Protozoários Esquemas atuais de classificação em filos/ divisões – sequenciamento do rRNA – Woose; Modo de vida: Podem ser de vida livre – presentes em água doce e marinha e no solo ou ainda simbiontes dentro e sobre os hospedeiros vivos; Nutrição: absorvem nutrientes dissolvidos, alguns são predadores e alimentam- se de bactérias e outros protozoários; Locomoção: na água por meio do auxílio de apêndices curtos e finos – denominados cílios ou apêndices em chicote, longos denominados flagelos; 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Protozoário – FILO ARCHAEZOA Forma de fuso e flagelos na extremidade frontal; Maioria dois ou mais flagelos; Parasita humano – Trichomonas vaginalis. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Protozoário – FILO ARCHAEZOA Giardia lamblia / G. duodenalis – habita o intestino delgado de seres humanos e outros mamíferos – excretado nas fezes na forma de cisto – sobrevive no ambiente até ser ingerido por outro hospedeiro; Protozoário atinge 61% das amostras de esgoto na capital paulista – ETE – irrigação – morte dos cistos??? 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Protozoário – FILO AMOEBOZOA Pseudópodes: projeções lobulares; Entamoeba histolytica - coloniza o trato intestinal (10%) - patogênica; Acanthamoeba sp – habitat aquático e H2O potável – infecção na córnea e cegueira; Balamuthia sp – encefalite amebiana EUA Maranhão é o estado com maior número de internações por amebíase: 32 a cada 100 mil/hab 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Protozoário – FILO APICOMPLEXA Sem locomoção quando adultos – parasitas intracelulares obrigatórios; Transmissão entre vários hospedeiros – Plasmodium sp – causador da malária; Mosquito – hospedeiro definitivo e o homem intermediário Toxoplasma gondii – parasita intracelular de humanos – gatos domésticos hospedeiro definitivo/e outros mamíferos – toxoplasmose; Toxoplasma gondii Protozoário – FILO EUGLENOZOA Euglenóides - fotoautotróficos – possuem MP semirrígida denominada película – movem-se por flagelos; possuem olhos primitivos denominados ocelos; Contém carotenóides e percebem a luz e dirigem à célula na direção apropriada; Frequentemente estudados com as algas, por realizarem a fotossíntese; Hemoflagelados (parasitas sanguíneos) transmissão picada de insetos hematófagos; Trypanossoma cruzi - doença de Chagas – barbeiro (liberação pelas fezes do inseto). Domínio Eukarya TORTORA, Gerard J. FUNK Berdell R. CASE, Christine L. Microbiologia. 8a edição. Aritimed. Microbiologia. São Paulo Artimed Editora. 2005. Domínio Eukarya - ALGAS Placas marrons nas águas costeiras, espumas verdes, manchas verdes do solo ou sobre rochas; Eucariontes e semelhantes aos vegetais por conterem a clorofila (pigmento verde); Dois tipos: Unicelulares/ microscópicos ou multicelulares e até vários metrosde comprimento; Maioria aquática – as vezes solo e troncos (umidade suficiente); ÁGUA – suporte físico, reprodução e difusão de nutrientes Cyanoderma sp 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... CLASSIFICAÇÃO Natureza e propriedades de pigmentos (disponibilidade de nutrientes, comprimento de onda da luz e superfícies sobre as quais crescem); Natureza dos produtos de reserva e armazenamento; Tipo, número, inserção (ponto de fixação) e morfologia dos flagelos; Composição química e características físicas de parede celular e; Prováveis localizações representativas (figura) Domínio Eukarya - ALGAS Pneumocisto – vesícula com gases “flutuação” 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya - ALGAS Características gerais Habitam águas salgadas, doces e ainda o ambiente terrestres; Podem ser unicelulares ou multicelulares; Seu corpo denominado talo; Podem ter até 60m de comprimento “algas marrons”; Possuem pigmentos localizados em seus cloroplastos - de 1 cloroplasto até dezenas deles por célula; Todos os cloroplastos possuem clorofila a, essencial ao processo de fotossíntese, e um ou mais tipos de clorofilas acessórias, dependendo do grupo. As clorofilas designadas pelas letras b, c e d diferem ligeiramente da clorofila a em sua estrutura molecular; 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya - ALGAS Características gerais Algas microscópicas são abundantes na superfície dos mares e de grandes lagos. Juntamente com protozoários, microscrustáceos e larvas de animais diversos formam o plâncton e; Os cloroplastos podem conter também outros tipos de pigmento (carotenos e xantofilas), cuja cor chega a “mascarar” o verde da clorofila, tornando as algas marrons, amareladas ou avermelhadas. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... O ácido algínico é usado como geleificante, estabilizante e emulsificante. As propriedades coloidais dessa mucilagem impedem a formação de cristais de gelo quando em soluções aquosas, por isso, são muito utilizados na indústria de sorvetes.... 80 gêneros, dos quais apenas 5 são de água-doce; sp grande porte (60 m) - 300 quilogramas de massa ou ainda seres microscópicos multicelulares; Altas taxas de crescimento – 20 cm/dia – podendo ser colhidas regularmente Todas são multicelulares e marinhas algas pardas gigantes – kelps - ancoradas no fundo marinho e formando extensas “florestas” submersas; Nos mares tropicais há poucas espécies de feofíceas, entre as quais se destacam as do gênero Sargassum sp, fáceis de encontrar na costa brasileira; 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... FILO PHAEOPHYTA - ALGAS MORRONS alibaba.com O uso de Sargassum tem crescido na agricultura moderna, tanto na agricultura convencional como na crescente demanda da agricultura orgânica. A composição única das Sargassum estimula a produção de fitoalexinas, que são compostos sintetizados naturalmente pela planta para conferir maior resistência a agentes abióticos (estresse hídrico, baixas temperaturas, baixa luminosidade prolongada) e bióticos (fungos, vírus e bactérias) promotores do estresse. aver-o-mar.no.comunidades.net 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... FILO RHODOPHYTA - ALGAS VERMELHAS Maioria vermelhas e multicelulares Abundantes nos mares tropicais – habitam águas profundas – as maiores profundidades oceânicas do que outras algas; Podem ocorrer em água doce e superfícies úmidas (formam cobertura semelhantes a crostas nas rochas); registros de algas a 268 m de profundidade/ 0,0005% da quantidade de luz disponível na superfície – Bahamas (Littler et al., 1985) reefland.it Algumas sp acumulam carbonato de cálcio nas paredes celulares – tornando rígido o seu talo rígido com aspecto petrificado, semelhante aos recifes de coral onde vivem. Porphyra sp conhecida no Japão como "nori“ - sushi Littler, M.; Littler, D.; Blair, S.M. & Norris, J.N. 1985. Deepest known plant life discovered on an uncharted seamount. Science 227: 57-59 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... FILO BACILLARIOPHYTA - DIATOMÁCEAS algas unicelulares e filamentosas com uma parede celular complexa (pectina e camada de sílica) – carapaças rígidas - comprimento de 20 a 200 µm; 100.000 sp o mais significativo ecologicamente; Ocorrem em mares de águas frias e até mesmo lagos de água doce. Licmophora ehrenbergii, encontrada no Mar Mediterrâneo, na costa da Itália, grudada sobre o invertebrado Eudendrium racemosum. Padrões distintos (PC) - ornamentação – identificação das sp (chaves); Podem viver presas à superfície do corpo de moluscos, crustáceos, tartarugas e até baleias; Armazenam energia capturada na fotossíntese – óleo (ácido domóico) w o n d erfu lseaw o rld .b lo gsp o t.co m µm : 1 milionésimo de metro (1 × 10-6 m) 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... FILO BACILLARIOPHYTA - DIATOMÁCEAS ácido domóico (neurotoxina) – Pseudonitzchia punges - a.a. excitatório bloquear a ação do ácido glutâmico (neurotransmissor SNC) - conhecido como "combustível do cérebro“ - funções cognitivas - memorização e aprendizagem) – neurotoxia; acumulando-se em moluscos e crustáceos – ingestão pelos seres humanos “envenenamento”; Nos mamíferos - causam perda de memória a curto prazo, danos cerebrais e, em casos graves, morte – Intoxicação Amnésica por Molusco (ASP); Centenas de aves marinhas e leões- marinhos têm morrido por intoxicação. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... unicelulares coletivamente denominadas plâncton (organismos de livre flutuação) (10 a 500 µm) De estrutura rígida – devido à celulose presente na PC; Algumas sp – produzem neurotoxinas Alexandrium sp Fig. Peridinum sp – possuem dois flagelos – quando batem simultaneamente a célula gira. FILO DINOPLAGELLATA – DINOFLAGELADOS/ PIRROFÍCEAS 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... FILO DINOPLAGELLATA - DINOFLAGELADOS Gymnodinium breve - ficam presas a brânquias (peixes) – liberando uma neurotoxina – causando uma parada respiratória no peixe; Indivíduos do gênero Alexandrium sp - produzem as neurotoxinas (saxitoxinas) que causam paralisia por envenenamento de molusco (PSP¹) (em especial nos moluscos e mexilhões) – o ser humano ao ingerir tais animais – desenvolvem a doença PSP com sintomas: vômito, diarreia, paralisia facial e respiratória; Alta concentração desta alga do gênero Alexandrium sp maré vermelha Moluscos e crustáceos devem ser evitados. PSP: do inglês paralytic shellfish poisoning “paralisia por envenenamento de molusco” 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Nas últimas décadas registrou-se um aumento no número de marés vermelhas; POSSÍVEIS CAUSAS quantidade e dispersão geográfica, mas também a intensidade; poluição causando eutrofização das águas marinhas e; ao uso das águas costeiras para a aqüicultura, bem como ao aumento sistemático da temperaturamédia global. atmosferasapiente.blogspot.com 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... http://g1.globo.com/sp/santos- regiao/noticia/2016/09/vigilancia-sanitaria- libera-o-consumo-de-moluscos-de-forma- parcial-em-sp.html http://www.diariodepernambuco.com.br/app/ noticia/vida- urbana/2018/03/15/interna_vidaurbana,7452 27/cprh-investiga-a-possibilidade-de-mare- vermelha-em-muro-alto.shtml 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Estima-se que 80% do O2 (subproduto de sua fotossíntese) do planeta sejam produzidos pelas algas em especial as planctônicas (O2) - 75% da Terra “água” ; Variações sazonais ou antrópicas de nutrientes, e ainda Cº e luminosidade – causam bloms de algas (florescência) – maré vermelha/ indicativo de poluição de corpos d’água (altas concentrações de matéria orgânica) – morte das algas, diminui o O2 dissolvido nas águas, levando a morte por asfixia de peixes e outros seres vivos; Bioprospecção de novos fármacos: subst. bons resultados em ensaios anticancerígenos, antitrombóticos, antitumorais, antifúngicos e antivirais. Importância ecológica das algas 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya - FUNGOS do latim fungi Micologia (estudo dos fungos); Incidência de infecções importantes (hospitalares e em indivíduos com o sistema imunológico comprometido) tem aumentado nas últimas décadas; Do ponto de vista econômico – doenças ocasionadas por fungos que afetam plantações – prejuízos de mais de meio bilhões de dólares no mundo; Benéficos – cadeia alimentar na decomposição da matéria orgânica morta (vegetais e animais) e reciclagem de elementos vitais (veremos mais nos ciclos biogeoquímicos!!!) EUCARIONTES – NÃO-FOTOSSITENTIZANTES Muitos fungos unicelulares (leveduras) – mas alguns são multicelulares e macroscópicos; 100 mil sp conhecidas – 200 sp patogênicas de homens, animais e vegetais. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya MACROFUNGOS - representados pelos COGUMELOS, importantes como alimento e em toxicologia (tóxicos e alucinógenos). MICROFUNGOS - representados pelos BOLORES e LEVEDURAS, com inúmeros aspectos importantes para o homem. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Grupo microbiano cosmopolita extremamente diverso, com uma ampla variedade de morfologias, metabolismos e habitats; grupos microbiano com o maior número de espécies na natureza, aproximando-se da casa dos 1,5 milhões de espécies estimadas - 6% da diversidade total dos fungos é conhecida (Hawksworth, 2001); Dentre os seres microbianos – maior número de pesquisas no Brasil; Estudos aplicados: áreas de reflorestamento para extrativismo de madeira, enfocando interações entre 50 fungos micorrízicos e plantas (Giachini, 1995; Giachini & Oliveira, 1966). ETNOMICOLOGIA estudo do papel dos cogumelos, no sentido mais lato, no passado da humanidade (Wasson, 1980) Dr. Prance – etnia Yanomami – plantas úteis Expedição de coleta – mulheres coletavam fungos comestíveis – 37 espécies Nomenclatura – sp comestíveis‘amo Samisami’amo – Polyporus aquosos (parecido com arraia) Uiacassi’amo – Favolus brasiliensis (fungo mais comum) Menino Yanomami (Prance, dec. 70) Micorrizas – quase todas as plantas dependem dessa interação “simbiose com fungos” auxiliam as raízes a absorver minerais e H2O do solo. Formigas – sp de saúvas (gênero Atta) e as quenquéns (gênero Acromyrmex) – cultivam em seus ninhos fungo da espécie Leucoagaricus gongylophorus – degradar a celulose e a lignina – facilitar a decomposição. Alimentos para o homem – várias sp de cogumelos e também na produção de alimentos – fermento (pães, ác. Cítricos). Remédios – álcool e penicilina – bactericida/ Staphylococcus aureus descoberta ao acaso Fleming 1928. Aflatoxina – compostos 2ºs produzidos por Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus - que se desenvolvem sobre muitos produtos agrícolas e alimentos quando as condições de umidade do produto, umidade relativa do ar e temperatura ambiente são favoráveis – transmitida pela ingestão ou aspiração – Em países da África e da Ásia, onde se consome, regularmente, alimentos contaminados com aflatoxina, a incidência de câncer no fígado é de, aproximadamente, 13 casos por 100.000 habitantes (Moçambique), por ano. Doenças em plantas – podridão branca, vermelha, ferrugem. Doenças fungícas homem e animais – ptiríase “pano branco”, micoses diversas - pitiríase versicolor é um tipo de infecção que aparece como se fosse um revestimento fino de fungo (Malassezia spp) na pele. Sua principal característica é o surgimento de manchas descoloridas de pele, que, são assintomáticas. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Principais características IDENTIFICAÇÃO Testes bioquímicos - Leveduras e bactérias Características das colônias e esporos - Fungos multicelulares CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM ESTRUTURAS VEGETATIVAS FUNGOS FILAMENTOS E FUNGOS CARNOSOS LEVEDURAS DIMÓRFICOS 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM ESTRUTURAS VEGETATIVAS colônias de fungos são descritas como estruturas vegetativas pois são compostas de células que estão envolvidas no metabolismo desses indivíduos FUNGOS FILAMENTOS E FUNGOS CARNOSOS Conjunto de hifas = micélio talo – é o corpo, constituído de filamentos longos de células conectadas – cada filamento é denominado de hifa (podem atingir enormes proporções) – a massa filamentosa formada pelo emaranhado de hifas denomina-se como micélio. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM ESTRUTURAS VEGETATIVAS Hifas divididas vegetativa – àquela que obtém nutriente essencial a manutenção da vida aérea/ reprodutiva – porção envolvida na reprodução – projeta-se acima da superfície onde o fungo cresce. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM ESTRUTURAS VEGETATIVAS LEVEDURAS Fungos unicelulares, não filamentosos (esféricos e ovais) - ampla distribuição na natureza “semelhante a um pó que cobre vegetais e hortaliças” O aumento no número de células de leveduras em meio sólido – produz colônias similares a colônias bacterianas. Fonte: SA, Márcia Caroline Nascimento et al. Isolamento de Candida no esfregaço cérvico-vaginal de mulheres não gestantes residentes em área ribeirinha do Estado do Maranhão, Brasil, 2012. Rev Pan-Amaz Saude [online]. 2014, vol.5, n.1 FUNGOS DIMÓRFICOS Em geral patogênicos – exibem dimorfismo Filamentoso – produz hifas áreas e vegetativas – 25ºC Levedura – reprodução por brotamento – 37ºC 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM ESTRUTURAS VEGETATIVAS CICLO DE VIDA Tanto a reprodução sexuada como a assexuada em fungos ocorrem pela formação dos esporos; Fungos identificados pelos esporos; Esporos de fungos e bactérias são iguais??? Após o fungo formar um esporo – o mesmo separa-se da célula e germina – dando origem a um novo indivíduo – difere das bactérias, uma vez que nãopermanece dormente e suporte condições adversas. Spore print – estampando os esporos – identificação correta da sp 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya FORMAS DE VIDA Os fungos podem ser saprófitas ou parasitas. Saprófitas – alimentam-se de matéria orgânica em decomposição vegetal e animal - degradam e absorvem compostos de matéria orgânica morta; importante papel na reciclagem de nutrientes e matéria orgânica na natureza - com as bactérias - responsáveis por decompor a matéria orgânica de organismos mortos no ambiente, sem os quais o planeta estaria coberto de árvores e animais mortos que nunca seriam decompostos; A decomposição é feita através da liberação, no substrato, de enzimas e metabólitos secundários que podem ser benéficos ou maléficos. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Da esquerda para a direita Basidiomycota: a. Ganoderma sp. (8 cm diâmetro) e b. Gymnopilus sp. (5 a 9 cm de diâmetro) crescendo em tronco, Bahia. c. Mycena sp. (4 cm de altura) crescendo em folhas, Costa Rica. Ascomycota: d. Cookeina tricholoma (1 cm de diâmetro) crescendo em tronco, Bahia (portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_2/5-fungos_briofitas.pdf) 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Parasitas – vivem às custas de outro ser vivo, vegetal ou animal - utilizam a matéria orgânica de organismos vivos como substrato e podem ser patogênicos; Parasita no vegetal – fitopatogênico/ quando parasita animais - causa as doenças - micoses; Os fungos podem crescer associados às algas formando os líquens. Esta associação ou simbiose onde os dois envolvidos são beneficiados é conhecida como o mutualismo. Nesta condição, os líquens tornam-se organismos pouco exigentes, sobrevivendo aos ambientes mais hostis. Normalmente são os pioneiros na instalação de uma comunidade. Altamente sensíveis a poluição. As algas fornecem aos fungos compostos carbônicos ricos em energia, enquanto os fungos fornecem às algas nutrientes minerais provenientes do ambiente, além de proteção às variações inóspitas do ambiente. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya As esquerda para a direita: a. Asterophora parasitica (30 a 50 mm de altura) crescendo sobre outro cogumelo do gênero Russula (ambos do filo Basidiomycota), Costa Rica; b. Cordyceps sp. (Ascomycota) (10 cm de altura) crescendo em um besouro, Tailândia 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Filo Chytridiomycetes Conhecidos como quitrídios - predominantemente aquáticos, mas também são encontrados em vários tipos de solo, em beiras de represas e rios, desertos, bem como habitando o trato digestivo de mamíferos ruminantes, onde são anaeróbios obrigatórios; uni ou multicelulares; saprófitas - importância ambiental - invasores primários (primeiros fungos a iniciarem o processo de degradação) do material orgânico como quitina, queratinina, celulose e hemicelulose em uma floresta; A Saprolegnia sp – comumente encontrado em água doce e solo – causa da saprolegniose em peixes e anfíbios provoca o aparecimento de hifas nas barbatanas. Pires-Zottarelli, Carmen Lidia Amorim, & Gomes, Alexandra Lenk. (2007). Contribuição para o conhecimento de Chytridiomycota da "Reserva Biológica de Paranapiacaba", Santo André, SP, Brasil. Biota Neotropica, 7(3), 309-329. Chytridiom “pequeno pote em grego” 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Filo Zygomycetes Maioria saprófita ou parasita; Algumas espécies de importância ecológica são da ordem Entomophthorales, parasita de insetos e por isso cada vez mais utilizada no combate a pragas da agricultura - muito específicos a insetos, alguns são até específicos a nível de espécie. E o mais importante: não infectam animais e plantas. Filo Ascomycetes importância econômica: como as trufas negras 500 euros/kg – 2.200 reais e as brancas 36 reais/grama, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos; aproximadamente 75% de todas as espécies de fungos descritas e existe uma grande variação na morfologia; Entomophthora muscae infecta moscas. O fungo se multiplica dentro do corpo da mosca adulta, que se torna enlarguecido e faixas amarelas dos esporos aparecem no abdômen. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Filo Ascomycetes maioria dos fungos que se associam à algas para formar liquens faz parte deste filo; Saccharomyces cerevisae - levedura utilizada na indústria de pães e bebidas fermentadas; Candida albicans - causador de assaduras na pele e vaginite; Saprófitas - decompondo desde matéria orgânica vegetal até tintas sintetizadas. Dentre os ascomicetes macroscópicos, um dos gêneros mais cosmopolitas e encontrado em quase todos os ambientes do Brasil crescendo em madeira em decomposição é Xylaria sp. Phillipsia sp também é um gênero degradador de madeira encontrado no nordeste do Brasil . Ascomycota: a. Xylaria sp, Bahia (5 a 6 cm de altura); b. Phillipsia sp., Bahia (2 a 3 cm de diâmetro) micorrizas - associações mutualísticas entre fungos e as raízes das plantas. Absorvem a água do solo, degradam matéria orgânica e absorvem os nutrientes liberados, transferindo-se em parte para a planta, que se desenvolvem mais facilmente. De certa forma, as plantas cedem aos fungos certos açucares e aminoácidos de que eles necessitam como alimento. Estima-se que 95% das plantas formam estas associações, aumentando a sua eficiência de absorção; Existem dois tipos de micorrizas – endomicorrizas [quando os fungos vivem internamente nas células das raízes] ectomicorrizas [quando estão presentes envolvendo as células de raízes, porém, sem penetrá-las] 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Domínio Eukarya Filo Basidiomycetes a maioria bem conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas - 30.000 espécies descritas, o que corresponde a 37% das espécies de Fungos descritas; Muito importantes na decomposição de substratos vegetais Filo Deuteromycetes inclui todos os fungos ainda não conhecidos; P.e: exemplares do género Penicillium - fase sexuada é conhecida mas não é considerada na sua classificação devido á sua elevada semelhança com outros organismos deste filo; Fungi imperfecti - Inclui mais de 17000 espécies, a maioria das quais parece ser de ascomicetos. PAREDE CELULAR - dividida em: Gram-positivas e Gram- negativas, de acordo com sua resposta à coloração, decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Agentes infecciosos - vírus 1898: descritos como fluídos contagiosos – do latim contagium vivum fluidum (material filtrado continha um veneno ou um agente desconhecido tão pequeno que era capaz de atravessar os poros de um filtro que retinha bactéria); 1930: utilização da denominação vírus (do latimveneno) – natureza ainda obscura; 1935: descoberta do microscópio eletrônico/ isolamento do vírus do mosaico do tabaco (estudos químicos e estruturais) 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Organismos vivos ou não? VIDA : conjunto complexo de processos resultantes da ação de proteínas codificadas por ácido nucleicos. Não são considerados seres vivos Inertes fora das células “vivas” ácido nucleicos: macromoléculas compostas por nucleotídeos (bases purícas e pirimídicas) e DNA e RNA. ácido nucleico das células “vivas” ativos Considerados seres vivos ac. nucleico viral torna-se ativo – penetração em uma célula hospedeira viral “viva” – multiplicação. Ponto de vista clínico: considerados vivos / causam infecção e doença como qquer m.o. Considerados como um agregado complexo de elementos químicos ou um microrganismo muito simples! 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Definição Didaticamente definidos parasitas intracelulares obrigatórios (requerem de cel. hospedeiras para se multiplicarem) e são filtráveis. 2 propriedades compartilhadas por determinadas bactérias Ehrlichia sp )Fonte: http://docplayer.com.br/3099500-Universidade- castelo-branco-curso-de-pos-graduacao-clinica-medica-e-cirurgica- de-pequenos-animais-erliquiose-canina-renata-guimaraes- canello.html) Rickettsia sp (Fonte: pt.wikipedia.org) 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Possuem classificação!? 1ª Classificação (antiga): sintomatologia (ex: doenças do sistema respiratório) – não aceitável, uma vez que um mesmo vírus pode causar mais de uma doença. 1966: Criação do Comitê Internacional de Taxonomia Viral (CITV) Características Tipo de ácido nucleico viral; Estratégia de replicação e; Morfologia. Cada espécie viral – designada por descritivos vulgares Uso formal Família Herpesviridae, gênero Simplexvirus, vírus herpes humano tipo 2 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Vírus / viríon – partícula viral completa – formada e infecciosa composta por ácido nucleico envolto por cobertura proteica que o protege do meio e serve como veículo de transmissão de uma célula hospedeira para outra. Podem ser classificados de acordo com a estrutura desses envoltórios. 2ª FASE DA CLASSIFICAÇÃO: do microscópio de luz até a evolução das espécies... Prions - não são vírus – desprovidos de ácido nucleico. São partículas proteicas infecciosas associadas, descoberta na década de 80, pelo neurobiologista Stanley Prusiner; Proteínas infecciosas - atingiram o tecido cerebral de ovelhas. Tratamento por meio de proteases (inibem a proteína infecciosa) . 9 doenças conhecidas: doença-da-vaca-louca, encefalopatias espongiformes Príon – de Proteinaceus infectious particle Viróides - são ácidos nucléicos de baixo peso molecular, sem capa proteica, extremamente resistentes ao calor, a radiação ultravioleta e radiação ionizante. Essas partículas se compõem exclusivamente de um fragmento de RNA circular de cadeia simples, com algumas regiões de cadeia dupla. Os viróides são agentes fitopatogênicos
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