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GUARDA, CONVIVÊNCIA E ALIENAÇÃO PARENTAL DIREITO DE FAMÍLIA

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DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS
ARTS. 1583 E SEGTS DO CÓDIGO CIVIL
GUARDA ENTRE OS GENITORES
UNILATERAL - CC Art. 1583: A guarda será unilateral ou compartilhada:
§1° Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substituta (art. 1584, §5° do CC) 
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a SUPERVISIONAR os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou PRESTAÇÃO DE CONTAS, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.     
COMPARTILHADA – Art. 1583:....Compreende-se por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. 
§ 2o  Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos
Art. 1584, § 2º:  Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, SERÁ APLICADA a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
A GUARDA COMPARTILHADA OBJETIVA RETIRAR DA GUARDA A IDEIA DE POSSE
A GUARDA COMPARTILHADA NÃO IMPEDE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS OU DE REGRAS DE CONVIVÊNCIA
A GUARDA COMPARTILHADA É DEFENDIDA COMO UMA FORMA DE REDUÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTAL
ALTERNADA - ambos os pais possuem a guarda exclusiva do filho por um prazo determinado (mês, semestre, ano), restando ao outro, neste período, apenas o direito de visitação e de supervisão dos atos do “guardião”. Não há previsão legal. 
ANINHAMENTO OU NIDAÇÃO – Três casas. Uma casa da criança e as casas dos genitores, que se dividem. 
ALIENAÇÃO PARENTAL
LEI 12.318/10
Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
ART. 2º § ÚNICO – FORMAS EXEMPLIFICATIVAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito de convivência familiar; 
V - omitir informações relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
AÇÃO DECLARATÓRIA AUTÔNOMA OU INCIDENTAL
Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente.....
GARANTIA MÍNIMA DE VISITAÇÃO ASSISTIDA 
Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
PERICIA PSICOLÓGICA OU BIOPSICOSSOCIAL
Art. 5o  Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
MEDIDAS CABÍVEIS (EXEMPLIFICATIVAS) – ART. 6º - PODEM SER CUMULATIVAS
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
ATOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL PODEM SER PERPETRADOS POR TERCEIROS DIFERENTES DOS GENITORES (IRMÃOS, AVÓS, PADRASTOS)
ART. 6º - “SEM PREJUIZO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OU PENAL” – NÃO EXISTE TIPO PENAL PRÓPRIO (CRIME DE TORTURA?)
ALIENAÇÃO PARENTAL INVERSA CONTRA GENITORES IDOSOS QUE MANIPULADOS POR UM DOS PARENTES AFASTAM-SE DOS DEMAIS FAMILIARES
OFICINAS DE PARENTALIDADE (CNJ E TJ)
SITE: WWW.ALIENAÇÃOPARENTAL.COM.BR
GUARDA PARA TERCEIROS
O ECA ESTABELECE QUE:
A GUARDA IMPLICA EM ASSISTÊNCIA MORAL, EDUCACIONAL E MATERIAL À CRIANÇA
DESTINA-SE A REGULARIZAR A POSSE DE FATO
PODE SER DEFERIDA LIMINARMENTE EM PEDIDO DE ADOÇÃO OU TUTELA OU TAMBÉM PARA ATENDER A SITUAÇÕES PECULIARES OU SUPRIR A FALTA EVENTUAL DOS PAIS OU RESPONSÁVEL
ECA Art. 33. §3° A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 
O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos.
Código Civil - Art. 1584
§ 5o  Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.  
GUARDA DE ANIMAIS
Os animais de estimação já estão por merecer tratamento jurídico distinto daquele conferido a um simples objeto. Com esse entendimento, o juiz Leandro Katscharowski Aguiar, titular da 7ª Vara Cível de Joinville (SC), declinou competência em favor de uma das varas de família daquela unidade jurisdicional, sobre processo que discute a posse e propriedade de uma cadelinha de nome "Linda" entre o casal recém-separado.
“Independente do contexto da disputa (econômico ou afetivo), se o litígio tiver sua gênese em um término relacional, a competência deverá ser da vara de família”, afirma a advogada Marianna Chaves, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). 
DIREITO DE CONVIVÊNCIA
Art. 227 CF/88 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a CONVIVÊNCIA FAMILIAR 
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação. 
O direito à convivência familiar da criança/adolescente, não se limita à família natural restrita (pais).
Art. 1589, Parág. único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente. 
Sem prejuízo do disposto no artigo 1589 do CC, não há vedação para que a criança/adolescente possa ter regulamentada a sua visitação com outros integrantes da família (natural) extensa (tios, primos), padrasto, madrasta. 
AÇÕES JUDICIAIS
Ação de Guarda
Ação de Regulamentação de convivência
Ação de Modificação de Cláusula
Ação de Busca e Apreensão de menor
OBS: No divórcio consensual deverão constar todas as cláusulas relativas a guarda, alimentos e convivência dos filhos com os pais – art. 731, III e IV do NCPC.

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