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Ação de Partilha de Bens

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ 
DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA 
COMARCA DE SÃO PAULO-SP 
 
 
Autora: Maria Vitória Pereira Esteves, brasileira, solteira, portadora do RG 
n° 39.336.356-9, SSP, inscrita no CPF-MF sob o n° 365.544.268-84, residente e 
domiciliada no endereço Rua Doutor Gabriel Piza, n° 532, CEP 02036-011, SÃO 
PAULO/SP, neste ato, representada por seu Advogado Humberto Lima 
Ribeiro (procuração em anexo), brasileiro, solteiro, inscrito na Ordem dos 
Advogados do Brasil, secção São Paulo, n° 441185, vem, muito 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor: 
 
 
AÇÃO DE PARTILHA DE BENS C/C DANOS MORAIS 
 
 
 
Em face de André Teixeira Veríssimo de Campos, brasileiro, solteiro, 
residente e domiciliado no endereço Rua dos Filhos da Terra, n° 186, CEP 
02325-001, SÃO PAULO/SP, pelos motivos de fato e de direito que passa a 
expor: 
 
 
 
 
 
 
 
1- Dos fatos 
 
 
A autora viveu em união estável com o réu durante 2 (dois) anos, 
onde se mantiveram domiciliados na residência dos pais do mesmo. Entre 
eles não foi firmado nenhum contrato de relação patrimonial, e o único 
bem adquirido, que sobrevieram ao casal, na constância do casamento, 
foi um leito, constituído por uma cama box e um colchão, de casal. 
 
Após a separação de fato, a autora contatou o réu para, de forma 
amigável, efetuar a partilha. O réu propôs o acordo de ficar com o bem e 
ressarci-la de metade do valor, e a autora aceitou. 
 
Ocorre Excelência, que passado-se o tempo, a autora o contatou 
novamente o réu, questionando quando o valor devido seria pago, pois 
ela estava aguardando o depósito, para efetuar a compra de um novo 
leito. E informou também que precisava de urgência, visto que enquanto 
aguarda o depósito, a autora teve que adaptar o sofá para dormir. O que 
está lhe acarretando em fortes dores na coluna. O mesmo a informou que 
pagaria somente a quantia referente ao box, e nada mais. A autora passou 
então a ter, além de desgastes físicos, desgastes emocionais, tentando 
resolver a partilha. 
 
A autora ofereceu-lhe, amigavelmente, o acordo de restitui-lo pela 
parte que lhe cabe, para que enfim possa ser resolvido o assunto, e cessar 
também seu sofrimento e angústia de dormir desconfortavelmente e se 
levantar pela manhã com dores. Mas o réu não aceitou, disse que não 
tem outro acordo, a não ser o último proposto por ele, e informou que não 
irá deixar ninguém retirar o bem de sua residência. 
 
 
A justificativa do réu para tal posicionamento, foi de que a maior 
parte das despesas do local onde residiam, eram pagas por ele e sua 
família, e que por este motivo, a autora ainda estaria em débito com ele. 
Sendo esse, um argumento totalmente descabido, haja vista que a autora 
dispunha mensalmente de uma quantia em dinheiro para custear, 
solidariamente, as despesas da casa. 
 
 
Tal alegação, causou total constrangimento à autora, haja vista que 
a mesma sempre trabalhou para honrar seu compromisso com o 
pagamento das contas, e, diga-se de passagem, sempre custeou os 
lazeres do casal sozinha, pois, o réu, durante todo o período da união, se 
manteve desempregado. 
 
 
 
2- Do Direito 
 
 
DO DANO MORAL 
 
Conforme demonstrado pelos fatos narrados e provas 
documentais anexadas no presente processo, o nexo causal entre o 
dano e a conduta do réu fica perfeitamente caracterizado, e geram o 
dever de indenizar, conforme preconiza nosso Código Civil: 
 
 
 
Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência, ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
 
 
Art. 927. aquele que por ato ilícito (artigos 186-187 código civil), causar 
dano a outrem fica obrigado a repará-lo. 
DA PARTILHA DO BEM

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